sábado, fevereiro 11, 2017

Pensar diferente ainda pode?

Resultado de imaxes para pensar diferentePorque custa tanto aos brasileiros conviver com quem pensa diferente de si? Nunca você se deparou com duas pessoas que pensam diferente e convivem em harmonia? O que ocorreria no primeiro momento de suas vidas em que seres que tenham filosofias distintas se cruzassem?

Vivemos um momento de encruzilhada no mundo. Este mesmo arredondado que um dia mandou todos que não pensassem que ele é quadrado. Houve uma evolução, todos passaram a pensar que deviam pensar, tanto que ele é redondo como apenas terem o direito universal ao pensamento.

Hoje conhecemos a existência de diversas religiões, mas todos querem obrigar os demais a seguir a sua. Se, outrora fora opção ou falta de, hoje é mera ignorância. Partindo desse pressuposto, inteligência versus conhecimento, vejo hoje que a humanidade não pensa.

O ato pensar involucra alguns outros coordenados e inter-relacionados em prol de uma conclusão determinada, mesmo que não determinando. Penso, logo existo. Fora dito por dizer, ou por um excesso de sucessões de pensares, uns mais ou menos equivocados que outros que tiveram como resultante este pensamento?

Seria muito insano e incoerente pensar que o pensamento na atualidade se limitou a opinião irracional? Sim, que não! Como devemos categorizar casos como da menina que ao sair de um culto de umbanda levou uma pedrada à cabeça? Ou será que “pensara” este que ao matar uma menina com este feito acabaria com uma religião milenar.

A imbecilidade é fruto silvestre que nasce sem adubo? Não, que não. poderia discorrer sobre nossa sócio-cultura ocidental e seus vários e tortuosos perfis variantes, mas então fugiria do tema. A ideia aqui, é chegar a um pensamento, e assim o sendo não posso mais que dar-lhes ração. Mastigar, tragar, deglutir, ruminar e voltar a comer este abjeto processado é com vocês.

“Eu não preciso ler jornais, medir sozinho eu sou capaz”. Mas se puder não ir de encontro ao azar, melhor. Gosto de relembrar coisas, pois. Minha memória recente não é tão boa quanto a emotiva. Um casa peculiar me ocorreu ao viver na Argentina. Acompanhado de duas chilenas em um comedor de franquia internacional e fazer uma piada com o preço da micro porção fui interpelado por um pseudo-nacionalista. Ele gritou: “Estás falando mal de meu país!?”. Similarmente ontem fui vilmente agredido por criticar o futebol e o carnaval. E a frase de similar perfil proferida foi: “Se não gostas da cultura do Brasil, vai pra Rússia!”. A vontade é dizer: se é seu então porque não estás cuidando dele?

Não posso rir, pois somente o faria se fosse um imbecil. Mas realmente gosto de sorrir ao pensar subliminarmente e em segredo o quão despreparados para a vida em uma sociedade evoluída estão estes gajos. Crer se está a falar mal de um país por criticar presos abusivos de uma empresa estado-unidense multinacional é estapafúrdio. Chamar carnaval e futebol de cultura do país, também.
Estamos no limite da bestificação plena. Porque custa tanto aos brasileiros conviver com quem pensa diferente de si? Não é apenas o brasileiro, este é um adestramento milenar. Primeiro se proibiu o pensamento, logo se proibiu de usá-lo, embora se discursasse que ele era um direito universal e hoje muitos confundem uma opinião doutrinada e ensinada como política de pão e circo com sua maneira de pensar.

Aonde estão os indivíduos, que com embasamento e não com argumentos copiados de posts de redes sociais possam dizer algo que não seja a mesmice do senso comum. Decartes não descartaria o trocadilho, descartável: podemos descartar aonde nossos seres conviventes na atual encarnação? Ser como todos é não ser ninguém!

Nando Schweitzer é louco, mas como ninguém pode provar juridicamente ainda não foi interditado

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