sábado, dezembro 12, 2009

Inédito: Brasil se torna líder do setor (TV Paga) na América Latina

Brasil ultrapassa Argentina e México em número de assinantes de TV
Fonte: Na Telinha

Mesmo tendo uma população bem maior que a Argentina (40 milhões) e o México (110 milhões), só agora o Brasil (180 milhões) conseguirá fechar o ano com um número de assinantes de TV paga maior que o dos dois países latino-americanos.


Será a primeira vez que o Brasil se tornará líder do setor na América Latina. De acordo com dados divulgados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no mês de outubro, o país alcançou a marca de 7,16 milhões de domicílios com TV por assinatura, o que representa 24 milhões de pessoas.


Já Argentina e México deverão fechar 2009 na casa dos 7 milhões de assinantes cada. Uma das possíveis explicações para o baixo número de assinantes no Brasil está no fato do mercado de TV paga ser novo no país, com menos de 20 anos. Na Argentina, por exemplo, o serviço já é explorado por aproximadamente 40 anos.


Entre as assinaturas, a TV a cabo predomina, sendo responsável por 60% dos assinantes. O serviço via satélite corresponde a 35% e a transmissão por micro ondas é assinada por apenas 5% dos consumidores.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Pseudo-Atores também protestam!

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Mesmo em depressão, e que não é pós-parto, eu volto. Mais indignado que prostituta que depois do programa não foi paga. Mais louco que psiquiatra aposentado. Dentro do meu ócio improdutivo, do meu medo da morte compulsivo e de viver a vida relembrando de meu êxitos retroativos chego aqui a vocês que mesmo contra a insapiencia generalizada e a inveja de alma deslavada me persistem em ler.

Motivo de minha loucura ancestral ter sido desperta além de várias outras coisas que me ensandecem a cada segundo de minha vida nada acrítica foi uma nota, não digo pela nota, mais sim pela notícia que ela trás. A Coluna Zapping de 07/12/2009, diz: "Alguns atores revelados em "Viver a Vida" têm reclamado das gravações em cima da hora. Por causa disso, não sobra tempo para que eles façam publicidade e eventos. Eles avaliam que, se não aproveitarem agora, não terão outra chance para aumentarem seus rendimentos. Segundo a Globo, todos os contratados sabiam que a novela exigiria dedicação e disponibilidade".

Antigamente, bem antigamente, que dava pití em produções eram as grandes estrelas de talento inegável. Estas que tinham um currículo invejável e talento incontestável. Hoje em dias não, são sinais dos tempos, se não do Apocalipse. Clorofórmios fecais do mundo da interpretação, sem formação, que ademais de roubar mercado de trabalho de profissionais sérios ainda tem o desplante de dizerem tais coisas em tom de protesto.

O despudor é tanto que me faz pensar mesmo dentro da inércia que eu tentava manter em minha vida com objetivo de não perder minha sanidade. E a frase anterior foi sem vírgula propositalmente, pois minha ânsia não tem vírgula. Esses que reclamam de gravar em cima da hora, na era da telenovela ao vivo se suicidariam na primeira semana de exibição.

Na era em que eu ainda acreditava no ser humano, ou que em algum dia conheceria um de fato não apenas de título e sem honoris causa para ser-lo, eu pensava que deveria ser o ator mais eficiente e mais completo somente para ao dizer-me ator ser digno de tal falácia. Em tempos modernos, e não é um trocadilho com a novela global, os pseudo atores de reality e teste de sofá tem o garbo de darem crise porque tem de trabalhar. Afinal na minha época se usava a expressão: "Que bom trabalho de ator tem fulano!", para alguém que além de ator superava a simples obrigação de atuar não sendo ele mesmo como se faz atualmente.

Ao passo que em vez de preocuparem-se com a obra dramatúrgica que foram postos a cargo, estão na pulsão louca de venderem um pouco mais seus corpos, nisso vejo que algo precisa urgentemente ser feito. Se já não fora muito estarem roubando o pão de verdadeiros profissionais da área que não compram DRT por R$ 3.000,00. "Inda" me vem com a patolada de reclamar porque não podem vender sua imagem a eventos. O que me encanta é o argumento que é realmente justo e um indício de consciência ou ao menos de noção de que realmente são corpos de plástico. Cito: "Eles avaliam que, se não aproveitarem agora, não terão outra chance para aumentarem seus rendimentos".

Segundo a Globo, todos os contratados sabiam que a novela exigiria dedicação e disponibilidade. Pergunto uma coisa e não mais, ao assinarem contrato não leram nossos "queridíssimos ídolos" de meia tigela ou além de maus pseudo-atores são analfabetos?


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

terça-feira, novembro 24, 2009

Pareço um Menino

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Os meios autônomos de comunicação hoje em dia são a fábula das mais interessantes em meu a pasteurização da informação e até mesmo da vida atual. Hoje vivemos o status sobreposto a qualidade seja da informação ou da vida sócio-cultural. Quando vejo que coisas do tipo briga de egos, despudorarem e baixarem o nível da discussão como diria minha avó, sinto que estamos em uma via crucies desordenada e sem caminho ou rota de retorno, no caso a sana coerência da qual deveriam se manejarem os seres humanos.

Os meios hiper-valoraram e os meninos de super salários brigaram por net como dizíamos em minha época de usuário de Mirc, e como mau menino levou uma bronca da Globo e teve de retirar do ar o bate-boca com Homerinho. O barraco que irritou a cúpula da Globo, que não aceita ver seus funcionários se expondo dessa maneira foi mais uma chanchada do señor Huck, este que fora aconselhado a cuidar mais da imagem.

Como é impulsivo esse moço, né? - disse Homero Salles, diretor de Gugu Liberato, que não agüentou as acusações feitas pelo menino Luciano, se defendeu, e ainda o chamou de babaca: Deixa de ser babaca…você dirige um táxi que o Gugu dirigia e pensa que pode falar dos outros? Ô nobre colega, até três anos atrás você perdia pro Raul Gil. A Globo teve de gastar uma nota preta comprando formatos. Luciano Huck ficou nervoso porque Gugu entregou um caminhão, ontem, e ainda entrega casas reformadas, como acontece no Caldeirão.

Hoje a TV brasileira vive do comprar formatos, devido as leis americanas de patentes que tem não sei porque um peso internacional que as nossas não possuem. A mim parece absurdo que uma invenção patenteada no brasil possa ser patenteada em terras do Império do Norte e esse registro seja de maior valia e faca com que o inventor brasileiro tenha de pagar para usar seu próprio invento pirateado pelos caros colegas do império. Enfim. Lucianinho que com quadros como o Lata Velha, do Caldeirão, que reforma carros, e a atração que faz reformas de casas são inspirados em formatos de programas internacionais pode falar de plágio?.

Compartilho de algumas idéias imbutas nas afirmações do nada ponderado diretor da Rede Record: “Todos nós assistimos aos programas de reforma de carros americanos…( eu jamais porque não financio a guerra do Iraque e nenhuma outra coisa americano cometo o sacrilégio de comprar para) nem você nem nós inventamos isso…”, disse o diretor em meio a sua cólera pelo ataque sofrido via Twiter.

Para não tomar partido vou usar do elemento de cita e que o universo reflita e tome suas próprias conclusão desse hipertexto concavo que trago para o mundo. Em tempo, a tarimba da cita que poderia se colocar nessa discussão é de Anna Muylaert do filme É Proibido Fumar, que estréia dia 4 em circuito comercial. Em seu segundo longa (o primeiro é o também excelente Durval Discos), Anna que desde seu primeiro filme opta por usar elementos contraditórios com giros brusco de enredo.

Falando sobre a temática do filme, ela diz que tenta examinar esse nó do moralismo presente. "Estamos vivendo num mundo politicamente correto e o filme não é. A grande discussão que quis colocar é sobre a impunidade, a culpa, a escolha que todos podemos fazer, mesmo com um cadáver embaixo do tapete."

Esperemos que nossos ilustres televisivos que tem nas mãos um grande instrumento de massa escolham evoluir do nível pré-escolar, do não corremos o risco de sermos vitimas da insanidade infanto de nossos infantes que em suas briguinhas por rixas bobas em vez de criarem algo novo, e as criações por si só fazem história. Saudades do tempo em que as pessoas eram tão criativas que não se preocupavam com as cópias pois tinham a capacidade de se renovar. Recém completo mais um ano de molesta existencia, e pulo citar minha idade, e descobri por sorte justo a tempo como apaziguar minha crise existencial, vou fazer como os meninos grandes e brigar por besteira como criança manhosa. Será que os senhores estão com síndrome de Peter Pan?


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

terça-feira, novembro 17, 2009

Continuamos a Pastar

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Cuidado, ela voltou! Diria a poderosa emissora carioca, que como sempre menospreza a concorrência. "A Fazenda", reality show da Rede Record, desta vez em sua estréia derrotou a Rede Globo e conquistou a liderança isolada. Crime ocorrido a este domingo 15 de Novembro. A rede paulista tem motivos para comemorar e muito. Com a estréia da segunda temporada de A Fazenda, a emissora desbancou o todo poderoso Fantástico, da Rede Globo. No confronto apenas com o Fantástico, no horário das 22h25 às 23h08, o placar foi de 19 a 16 pontos a favor do reality.

No horário das 22h25 às 0h17, o reality show marcou uma média de 19 pontos com pico de 23, conquistando a liderança isolada. Diriam as más línguas: “não chega a ser uma casa dos artistas”, mas hoje o cenário é outro. À época a TV brasileira era monossilábica e SBT era considerado o único canal de TV além da Rede Globo. Claro que como um canal, ou sub-canal do qual as pessoas tinham vergonha de dizer que assistiam, por sua programação popular. Babaquice em um país onde 1% da população controla 95% do PIB anual.

A emissora da Barra Funda neste período com media de 19 ponto deu uma apertada forte no acelerador e abriu quase 10 pontos de frente da segunda colocada, a ex poderosa dos domingos, ao menos até que acabe “A Fazenda”. Pois a Globo marcou 14; SBT 8 e, RedeTV! 8. Ao pensar os picos fortes do Pânico que colocam a Rede TV muitas vezes em primeiro lugar por minutos, que neste domingo deixarem a Rede Globo e SBT brigando por um terceiro lugar emboladas, tivemos um rally interessante no Ibope deste domingo.

A fórmula reality é realmente uma caixinha de surpresas, por mais que esteja desgastada, as vezes a falta de opção se torna a opção, e nisso deve-se reconhecer que o melhor atendimento de demanda de mercado superficial de neurônios a busca de futilidades via televisão desta vez foi plenamente atendido pela rede paulista. Desbancando a fábrica de futilidades carioca. Esta que dentro desta concorrência dominical já apelou ao formato reality recentemente e fiascando feio como um escatológico e mal planejado “Jogo Duro”.

Em maio, a estréia da primeira edição do reality deu 16 pontos. E empatara na média com o reality global, e com o passar de semanas o foi esmagando. Com a estréia do milésimo No Limite, desta vez com mil mudanças de regras que desnortearam os telespectadores só fez crescer os índices da concorrência. E neste momento um paralelo se construiu também, o humorístico Pânico na TV da Rede TV! Se manteve e até esta semana detém um patamar na casa de dois dígitos. Exemplo desta semana em que marcou uma média de 10 pontos com pico de 13, mantendo a terceiro colocação à frente de Silvio Santos.

Atendendo a pedidos dos fãs, a Record modificou sua grade. Inicialmente, A Fazenda seria exibida às 21h30, mas os fãs de Bela, a Feia não gostaram de saber que a novela seria exibida por volta das 20h30. Com isto, a emissora antecipou o reality e assim ficará a grade, 20:00h - Jornal de Record, 21:00h - A Fazenda, 21h30 - Bela, a Feia, 22h30 - Poder Paralelo. Nessa nova formulação o reality vai bate de frente com a novela das 8 que passa as 21:00h, e será a prova de fogo para o programa. Assim veremos o produto estandardizado e institucionalizado como o produto televisivo mais importante e de maior audiência do país talvez, somente porque não quero dar uma de Walter Mercado, sofre uma baixa a mais que a queda natural do horário que vem em declive desde 2004.


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

quarta-feira, novembro 11, 2009

Blecaute de Ética

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


A peleja Globo X Record cada vez mais passa dos limites da ética, coerência ou qualquer outra coisa que possa se prezar como valor em uma sociedade “civilizada”. Em nota da Folha, a primeira entre inúmeras já repercutir a gafe dupla da manha de 11/11/2009. O ocorrido: A Record em seu programa "Hoje em Dia", exibiu pela manhã um bate-boca ao vivo entre repórteres da Globo e da Record que disputavam uma entrevista com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, sobre o apagão que atingiu 12 estados brasileiros na noite de ontem.

Se já não, mais que o apagão de energia, parece-me que tivemos um apagão na mídia brasileira. Um fato vergonhoso levaria a outro, seria um inicio de romance policial aonde caberia perfeitamente este acontecimento. A repórter da Record Venina Nunes é anunciada pelos apresentadores do programa e aparece ao vivo perto do secretário, que aguardava para ser entrevistado por Camila Bomfim, da Globo News.

Ao lado recordino a argumentação é de que não havia ordem predeterminada e que eles estariam ao vivo e a Globo não. Venina tentou então chamar o secretário para começar uma entrevista, mas foi interrompida pela jornalista da Globo, que informou que ela deveria esperar. Como forma falida de apaziguar a coisa o apresentador Celso Zucatelli, disse: "Muitas pessoas estão querendo ter a informação. Tá tudo certo, não se preocupe, a gente está acompanhando tudo por aqui",e depois criticou o trabalho dos assessores de imprensa. "Se não está ao vivo, se estão segurando o secretário propositalmente... eu venho aqui pedir que a assessoria do secretário colabore. Olha só, o secretário está esperando, nós estamos esperando porque a assessoria resolveu que ele vai esperar", disse o apresentador.

Depois da declaração ao meio da confusão um assessor do ministro: "Você invadiu o espaço da Globo, invadiu o link", disse um assessor de imprensa, impedindo novamente que a repórter se aproximasse. Enquanto a jornalista se explicava novamente aos telespectadores, a Globo News exibia a entrevista de Camila com Márcio Zimmerman. Esta que não estava prevista, em uma clara demonstração de forca. Chamada ao vivo novamente pela equipe do "Hoje em Dia", Venina Nunes teve que esperar novamente, pois o secretário estava gravando uma nova entrevista para a Globo.

O alinhamento hoje da TV Globo com o governo talvez explicar-se-ia por o descriterioso refinanciamento de suas dívidas pelo Governo Lula, quem sabe essa divida pós ou pré paga tenha a ver com mesmo ao fim de 2009 ainda termos um quase monopólio midiático em contra a exemplos de diversos países, onde há uma partilha do filão TV. O menos racional dessa história é que pensaria eu se pudesse opinar, que por mais que haja concorrência, se é que existe concorrência no Brasil. Deveria se-la por competência e não por influência.


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

sexta-feira, outubro 30, 2009

Os filhos de Adão

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Em um mundo virtual, trivial e repleta pelo imperativo “vida moderna” como pretexto para qualquer besteira que se diga em prol de avanços, muitos desse que parecem retrocesso . Mesmo com intranet, infranet, internet, NET hoje ainda é possível que176 páginas possam causar polêmica? O sábio, provocador, inquieto, sagaz, crítico, comunista, escritor e polemista José Saramago consegue. Sua compatriota conhecida talvez mais cá que lá, a dramaturga, escritora e jornalista Maria Adelaide Amaral, 67, diz não ter o menor interesse de ler "Caim", novo livro de seu de Saramago, que entrou nesta semana na lista dos mais vendidos no Brasil.

Compatriotas, pero no muy amigos

Estamos em plenos anos 2009, beliscando 2010 e a qualquer barbárie que escutamos o jargão mais velho que minha avó nos caí a boca ou ao ouvido. “Isso é coisa de gente atrasada”, pois bem. Neste caso vejo que a um teor mais sintomático que racional na declaração da luso-brasileira, sendo que muito me apedrejariam por disser que uma escritora renomada e etc, possa ser dita como antiguada. Amaral diz em evento da Folha de S. Paulo e para a mesma que, teve teve sua religiosidade aumentada a pouco tempo e tentou explicar seu desinteresse pelo novo trabalho do escritor ateu. Em 2003, a autora de sucessos no teatro e na TV superou um câncer e se apegou cada vez mais ao catolicismo. Mas francamente nada contra a religião, mais em um evento oficial como escritora, ícone, opiniões particulares e rancouras creio não caber. Quanto mais em uma religião baseada no medo, morte e mentira. Parece-me vir apenas a título de minorar a obra, que já por si só é um exito.

Deus ou deus?

"Caim", novo livro do escritor português José Saramago, terá lançamento durante a Feira de Frankfurt, que começou a polemizar já de seu lançamento em 14 de Outubro. Saramago, como sempre, Saramago. Um ponta pé no embole e frisón que estaria por gerar deu-se na frase: "A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus"- proferido sem pudores pelo autor. O Nobel de Literatura de 1998 ao usar até mesmo de palavrões para contar a história do primogênito de Adão e Eva, choca aos puritanos ou demagogos. Todavia os conhecedores da obra do português compreendem a ótica e coerência desta obra, onde o responsável pela morte do irmão Abel é protagônico.

Quando Deus é chamado de "filho da puta", a reação dos setores mais reacionários é de contra-atacar e chamar-lo de herege. Não ponhamos instituições como culpadas o não de algo, sim as pessoas que compram algo de certas instituições, sejam em que sentido for são culpados criminais em maior grau de responsabilidade que as próprias. Independente da força de ímpeto das palavras em este caso usadas pelo escritor, a óbvia provocação tem duas vias de fato em posicionamento ideológico. Uma que escandaliza-se e outra que aplaude.

Partidarismo santo

Os primeiros o fazem por estarem dentro de crenças cristianas, passam a usar em algumas vezes algumas das más palavras que Saramago atira a “Deus”, entre aspas já que não crê em sua existência. Os que aplaudem são os que gozam do poder de status quo, pois como ateus simples não podem com tanta “propriedade” fazer o mesmo que o lusitano. Neste caso o romancista português, conhecido por posições de esquerda e seu gosto pela provocação, entre outras disse que a Bíblia é um "manual de maus costumes". Seja que, o rebu está feito e instaurado.

A obra herege

Nesta parte da trama o autor através da ótica, ou retina de um Caim contestador profere e indaga a Deus: “Esse senhor "rancoroso" admite a culpa pelo crime contra Abel, não hesita em estimular guerras, matar crianças inocentes, punir os bons e fazer com que as pessoas acreditem em situações improváveis. Como é possível um homem embriagado engravidar uma mulher? Como todos os animais do planeta poderiam ter sido representados na Arca de Noé? São algumas das perguntas que Caim se faz ao observar a trama bíblica. Ainda afirma que, por meio dele, expõe a "infinita dimensão da estupidez humana", capaz de acreditar em fábulas como essas. "Curiosamente, não se repara que Deus não fez nada durante a eternidade que precedeu a (suposta) criação do universo. Depois, não se sabe por que nem para que, resolveu fazer um universo. E desde então está outra vez sem fazer nada", conclui.

Provocante Nobel

José Polêmica Saramago, é o contestador nato e aos mais de 80 anos ainda um rebelde. Em um colóquio com o filósofo italiano Paolo Flores D'Arcais, o escritor português chamou o papa Bento 16 de "cínico" e disse que a "insolência reacionária" da Igreja Católica precisa ser combatida com a "insolência da inteligência viva". "Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual" desta pessoa, disse o Nobel de

Literatura. Publicitário, além de escritor?

Uns vão dizer que o livro é uma obra marqueteira, outros que veio tarde e que coisas que se falam no tal já deveriam ser palavra de regra. O que ocorre é que as pessoas deveriam despir-se do seu pré conceito e encarar como uma ficção. Isso no ponto de vista arte, pois arte não é sacra nem profana, o é. A velha história que sempre questiono. O importante é o que se diz ou quem diz algo? Arte pela arte, palavra pela palavra, verdade pela verdade, coerência e ética e nada mais. Valores cada um tem os seus, mais o importante é usar-los com critérios. Com critérios tudo, sem critérios nada.

Estou por ler a obra, só não o fiz porque por aqui onde vivo a literatura em língua portuguesa não chega. Quero poder falar um pouco mais sobre, mas ao contrário de muitos, prefiro falar bem ou mal do que conheço. Outro dia buscava um simples Nelson Rodrigues e não achei. Coisa que mesmo num Brasil onde o nacional não tem muito valor, se encontra até em livraria de bairro. Creio que se não encontro por aqui, pedirei a um amigo ou amiga que me envie por correio. Quero descobrir dentre outras coisas se somos ou não filhos de Adão. Claro que segundo a lente de José Saramago.



Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

segunda-feira, outubro 19, 2009

Luso-fobia ou Brasileiro-fobia?

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


A prova de que hoje a linearidade histórico-temporal não mais existe se deu em repercussão a uma matéria feita em 2007 para o canal GNT, por Maitê Proença. Um efeito bola de neve que hoje movimenta internautas e a mídia luso-brasileira. Para situar alheios a essa quase colisão diplomática, cito a matéria da Folha Online de 13/10/2009 - 21h24:

Maitê Proença grava pedido de desculpas aos portugueses.

Maitê Proença gravou hoje um pedido de desculpas pelo vídeo no qual aparece fazendo piadas durante uma viagem a Portugal. Exibido há dois anos no "Saia Justa", no canal pago GNT, o vídeo motivou a criação de um abaixo-assinado que exige "um pedido claro de desculpas" da atriz.
A polêmica veio à tona após reportagem publicada pelo português "Jornal de Notícias". Maitê afirma que o vídeo é uma "brincadeira caseira". "Brasileiro é muito brincalhão", argumentou. "A gente brinca com aquilo pelo qual a gente temafeto."

Ainda em tempo os números da "crise diplomática" Brasil-Portugal são pra mais do que expressivos. Polêmica qual a direção do canal GNT oficialmente em comunicado lastima: "A direção do canal GNT, no Brasil, afirma que não houve qualquer intenção em ofender os portugueses e Portugal ao exibir o vídeo no "Saia Justa", em março de 2007.
O GNT lamenta a repercussão negativa do quadro "Saia de Vídeo" e pede desculpas aos cidadãos que se sentiram atingidos."

Entre as várias brincadeiras da atriz uma que muito irritou nossos patrícios falava de uma placa com o número 3 pendurada ao contrário em frente a uma casa, e conta os problemas que enfrentou durante sua hospedagem no país. "Tive problemas com a internet do hotel e pedi um técnico para arrumar. Mandaram um técnico que não sabia nada de informática. Ele olhava pro meu mouse como se fosse uma capivara", em um trecho do Saia Justa. "Depois a gente fala de português, que eles são esquisitos. Mas é assim mesmo". Todos os meios já repercutiram o tema, tanto na TV, seja em Portugal ou no Brasil. Das últimas matérias sobre o tema Maitê dada a revista Caras, mostra já o desgaste seu com o assunto: "Amo e amarei Portugal, independentemente dos mal intencionados", declarou.

Índices numerológicos da peleia

Mais os números e a ola sobre o ocorrido é gigantesco. No Youtube é que a coisa esquenta, pois os ataques verborrágicos de ambos lados tomam uma proporção inimaginável ao considerar-se que estamos ao ano 2009, da dita era pós-moderna. Ao fazer uma busca no Google me assustei com o resultado da pesquisa: "Maitê Proença"Portugal. Na Web o sítio aponta: Resultados 1 - 10 de aproximadamente 132.000 páginas em Português sobre "Maitê Proença"Portugal. (0,27 segundos). Em vídeos se têm de resultados 1 - 10 de cerca de 251 para "Maitê Proença"Portugal.

Se compreende em estes desde artigos contra e em favor da atriz, vídeos com a matéria e centenas de vídeos respostas e sub-titulados acima da reportagem do GNT. A mim parece uma coisa tão louca e febril que se crie uma espantosa discussão por um quadro que intenciona-se despretensiosamente a, e de título "Saiu de Vídeo", como se fora um vídeo caseiro. Até eu me meti a fazer um vídeo resposta a um dos que se intitula: Resposta a Maitê Proença - Saia Justa - Portugal, que está com aproximadamente 80 a 85mil acessos no momento - http://www.youtube.com/watch?v=tX_GPxkuEP8&feature=related .

Um novo recurso do Youtube ao menos para a minha pessoa me tentou por acidente de percurso. Agora acima da opção comentários existe o "Resposta ao vídeo", este que ao chegar de uma festa em Buenos Aires cliquei na intencionalidade de fazer um comentário ao vídeo xenofóbico e descobri essa função em que você pela câmera caso a tenha conectado ao ordenador ou PC. Fui por ato osmótico ao link este, pois até então era ao mesmo lugar disponibilizada a função de comentário.

Não resisti a tentação e gravei um vídeo resposta de 33 segundos em 14 de Outubro de 2009, era um pouquinho mais mas o sistema cortou minha frase final: "O Território que hoje é chamado de Brasil". O vídeo de resposta ao vídeo de resposta, adoro essa redundante mais necessária aclaração, têm como título: Re: Resposta a Maitê Proença - Saia Justa - Portugal. Esta outra singela produção caseira ( http://www.youtube.com/watch?v=MXaNxv_zA-o ) gerou até o momento de escritura deste artigo a aproximados 11000 acessos, para mais de 700 comentários, ainda mais de 80 avaliações e centenas de ataques pessoais xenófobos.

A boa filha a casa torna

Agora ao pedirem que a senhora Maitê Proença Gallo (São Paulo, 28 de janeiro de 1958) é uma atriz, apresentadora de televisão e escritora brasileira. Filha de Margot Proença e Eduardo Gallo, Maitê Proença chegou a iniciar o curso de graduação de Psicologia na PUC-SP, mas não o concluiu, pois a carreira paralela de atriz decolou. A atriz é mãe Maria Proença Marinho, nascida em 1990. Eu conheci a atriz por primeira vez ao trabalhar na hilariante Sassáricando de Silvio de Abreu, que tinha no elenco os grandiosos Paulo Autrán e Tônia Carrero. Atores novos também faziam parte da trama, incluso o ganhador de uma das edições do programa português de show de realidade: "Quinta dos Artistas", Alexandre Frota.

Esse elo eu faço somente para explanar como bestificado fiquei com tamanha chacrinha diante deste ocorrido. Que alguém se ofenda com determinada coisa, fato, facto como ainda os antigos diriam, e todavia confesso que uso também para remeter alusivamente a factualidade de algo creio que seja valido. Já diz a máxima: "Posso não estar de acordo, mas defendo seu direito de se manifestar até o dia de minha morte". Mas é um tremendo despautério certos tipos de comentários que estão sendo postulados de ambas as partes. Citarei democraticamente dois, um de cada "lado", dos mais leves para não chocar a quem conseguiu chegar até aqui.

Os dois lados da moeda são iguais

Cito aqui o comentário do obviamente português de usuário no portal Youtube DB1143: "Só para que saibas seu zuca de merda, quando os Portugueses e o seu Grande Imperio chegaram ao brasil, voces zucas ainda eram macacos e viviam em arvores, deviam estar eternamente gratos aos Portugueses por vos terem ensinado a andar em duas pernas! Nao ver ouro nenhum! FILHOS DA PUTA", do qual juro não ter alterado uma vírgula.

Do lado de cá a coisa também não é tao simpática nem tao pouco mais polida. O usuário Zekitcha2, tenta fazer uma meia culpa, mas também cai na xenofobia: "Mais ignorante do que as colocações preconceituosas da arrogante Maitê é a reação desproporcional que o videozinho da Maitê causou. Esse programa Saia Justa é visto por uma ínfima minoria de brasileiros bestas, na TV fechada, ou seja, paga. Ao darem cartaz a essa jumenta, estão muito mais fazendo um favor a ela e um desfavor a Portugal, corroborando as afirmações dessa jumenta de pai, mãe e avós, pelo visto.
Ou seja, vocês, portugueses, estão confirmando o que Maitê disse.", idem a primeira cita.

Pobre Maitê, se há um erro existencial nessa história não foi apenas seu. Uma que a direção do canal poderia ter cortado a cena da fonte, e não a descrevo porque particularmente me parece um tanto mais que depreciativa, pois tenho TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo, se quer pego dinheiro que caia no chão quando estou na rua a não ser que tenho álcool para desinfetar.

Esqueceram um ser humano nesta história A atriz antes conhecida apenas por ter interpretado personagens históricos, como Marquesa de Santos e Dona Beija, Maitê foi muito elogiada à época quando fez, no teatro, a Princesa Isabel; agora também o é por uma gafe que um bom editor ou diretor de programa poderia ter evitado. Ao passar dos anos pudemos vê-la na televisão onde fez a romântica Juliana em Guerra dos Sexos 1983 e a professora Clotilde, par romântico do bóia-fria Sassá Mutema de Lima Duarte, em O Salvador da Pátria, de 1989. Talvez seu papel mais expressivo na TV.

Longe de defender qualquer gênero de preconceito seja: xenófobo, racial, homofóbico ou qualquer outro que o ser humano sejam ainda capaz de criar, somente vejo um demasiado exagero nessa história. Todavia erros ocorrem, e se esse foi o de Maitê, que tanto quanto ela foi humilde em admitir-lo seriam os lusofóbicos e os brasileirófobos, e os não nenhuma dessas duas coisas em aceitar suas desculpas e ter a soberbia de encerrar esse tema.

Carreira, ou corrida?

Passa que como “ator-MENTADO”, sei o quão é difícil a carreira e seja como for existe uma profissional e mãe de família que tao pouco está sendo digamos muito respeitada por muitos devido a este vídeo. Coerência deve pedir quem a têm. Sem embargo de uma maneira ou outra Maitê Proença tem sua história inegável e simplesmente não pode servir a preconceituosos que aproveitam um ocorrida para finalmente mostrar quem verdadeiramente são. Poderia citar tanto meu currículo, mas o artigo não é sobre mim, quem quiser que vá se informar no Google. E embora nunca tenha buscado fazer nada além do teatro não considero atores de TV artistas menores como muitos atores teatrais. São formatos distintos e independente de onde se atua, ainda defino estes que o fazem bem ou mal, em atores e não atores. E continuo a chamar Maitê de atriz, com propriedade.

O currículo é extenso, citando apenas as obras mais conhecidos realizadas por ela como em 1991 fazendo a segunda Helena de Manoel Carlos, em Felicidade, fazendo par romântico com Tony Ramos, o que se repetiria em O Sorriso do Lagarto, do mesmo ano, A Vida como Ela é..., em 1996, e em Torre de Babel, de 1998. Todas exibidas em muitos países da Europa. Exceto A Vida Como Ela É…, série de televisão baseada nas obras do maior escritor brasileiro em minha modesta opinião, Nelson Rodrigues, com adaptação de Euclides Marinho e direção de Daniel Filho, premiado em 1997 como melhor diretor pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Mas seu currículo se perderá? Devido a este vídeo ao menos em Portugal creio que a senhora Proença não terá mais tanta receptividade do povo lusitano. Eu particularmente vejo um ranço de preconceito nessa repercussão, afinal parece-me desculpa esfarrapada certas agressões portuguesas a coletividade dos brasileiros seja por internet ou com os imigrantes ou turistas que pisam em território europeu. E engana-se quadradamente quem pensa que em Portugal a coisa é mais amena. Piadas ou...

Agora a pensar estou cá, os portugueses também fazem piadas com brasileiros, alentejanos e etc. Nós com gaúchos, paulistas, cariocas, paulistas, turcos, judeus, americanos, baianos, enfim... Se fosse assim ao ponto de nos estressarmos a cada anedota, teríamos programas tao engraçados quanto os de humorísticos portugueses ou americanos. Ops... Me escapuliu. Era piada. Agora me processem por opinar que as comédias portuguesas não me fazem rir.

O que passa com a gente na atualidade? Todos estão muito histéricos, mal humorados e expondo seus preconceitos através da intertextualidade descontextualizada dos fatos, ou vídeos no caso. Seres humanos vocês nada aprenderam com o Nazismo, Facismo, Salazarianismo, Franquismo, Bushismo, americanismo, Stalinismo, Mercantilismo entre outros ismos. Só digo que devemos ter um pouco de leveza mesclada a responsabilidade obviamente em nossas vidas, para não atingirmos a vida "perfeita" dos países nórdicos onde as pessoas se suicidam de tédio.


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

domingo, outubro 11, 2009

É um barato o Cassino do Chacrinha!

Artigo conjunto por:
Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista
Ramón Dutra, Florianópolis/BRA - Jornalista, Blogger, Crítico de Cinema e Mídia


José Abelardo Barbosa de Medeiros (Surubim, 30 de setembro de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988), o Chacrinha. O que foi ou é este senhor para a história da TV Brasileira é impossível nominar, dizer ou explanar. Um dos poucos ícones do entretenimento que transitou dignamente por várias emissoras de TV.

Seu cunho popular nunca fora negado nem por ele. Com frases cabalísticas como: "Na TV nada se cria, tudo se copia!", ele mais que Nostradamus profetizou o que hoje vivemos no meu cultural e de entretenimento no país, no mundo.

Do Surubim para o mundo

Recém lançado em festivais um documentário sobre um rapaz nordestino que contagiou de alegria o país têm causado burburinho e controvérsia no meu pseudo-cult-alto-intelectualizado dos festivais audiovisuais.

Os ingredientes mais que conhecidos fazem da película um particular: chacretes e calouros de um dos programas de maior sucesso da TV brasileira (exército de anônimos que a indústria do entretenimento cria para, em seguida, descartar), entre depoimentos pra lá de polêmicos recheiam a obra. Cita em entrevista a Folha de S. Paulo: "Fiquei esquecido, mas tenho alma de artista", crê Manuel de Jesus, buzinado dezenas de vezes. No filme, ele entoa "Quando o inverno chegar..." e, à chegada da nota mais aguda, buzina para si: "Fon-fon".

Quem quer abacaxi?

Além das roupas engraçadas e espalhafatosas, foi um escalde de criatividade. Entre várias frases que se enraizaram na cultura popular da época e permeiam muito até hoje como: "Na televisão nada se cria, tudo se copia", "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?" , "Eu vim para confundir, não para explicar!" e "Quem não se comunica, se trumbica!" e "Quem quer abacaxi!". Mistura explosiva dados por bordões, chavões populares, calouros e jurados. Estes que o ajudavam a criar o clima de farsa, quase uma literatura de cordel via TV, no qual se destacaram Carlos Imperial, Aracy de Almeida,Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre muitos outros. Também nunca, jamais se pode deixar de mencionar os mais que criativos nomes de suas dancarinas como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto.

Alô Alô Terezinha, documentário dirigido por Nelson Hoineff, esmiuça para o público quem foi Abelardo Barbosa, o irreverente Chacrinha. Com um detalhado trabalho de pesquisa e imagens recuperadas, Hoineff conta a trajetória do apresentador como se fosse um programa de televisão. Essa meta-linguagem inter-textual por si só já é merecedora de aplausos, mas a "crítica especializada em cinema" como sempre é capaz de azedar o bolo do bom e aplaudir os similares em concepção ao molesto, insosso e desprovido de sentido "Cinema Novo", ao qual o público sempre saiu das salas de cinema igual a quando entrou, pensando que cinema é algo inatingível a não ser para seres super privilegiados como os tais críticos especializados.

Um veículo ou formato audiovisual que toma de outro elementos tanto para sua linguagem e/ou discurso, muitas vezes se torna uma pavada. Neste caso o documental creio ser perfeito pois, busca mais que falar sobre uma pessoa, fala sobre um programa de televisão. Para isso mitificar o criador Abelardo Barbosa faria desmerecer o documental.

Ainda o criticam, mas ele entendia o povo

A figura polêmica do tema se estende para a receptividade de crítica e público ao trabalho. Exibido em dois festivais de cinema, Rio de Janeiro e Recife, o documentário dividiu opiniões. Muitos se divertiram e voltaram no tempo ao ver o espírito do “Cassino do Chacrinha” recriado no longa. Outros se sentiram ofendidos, inclua ai algumas ex-chacretes, com as declarações com conotação sexual da vida nos anos 70 de Chacrinha e seus colegas de trabalho.

Hoineff se defende das críticas ao afirmar que quis fazer um documentário com o mesmo espírito excêntrico de Chacrinha, um tapa no politicamente correto e humor com amarras, vividos hoje. O diretor acredita que "na televisão atual o apresentador não teria espaço por tudo ter ficado burocrático. Coisa que ele, Chacrinha, nunca foi." Friamente pode-se dizer que criticar Hoineff é por tabela retomar a critica ao popular, pois Chacrinha é sinônimo de popular.

O produtor-idealizador do filme ainda provoca os grandes, ou pequenos entendedores do audiovisual do país: "Meu limite foi o limite do Chacrinha. Não ridicularizo ninguém", garante. "Mas tem gente que só acha bons os documentários do Discovery ou aqueles sobre miséria."


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista
Ramón Dutra, Florianópolis/BRA - Jornalista, Blogger, Crítico de Cinema e Mídia

quarta-feira, outubro 07, 2009

SINCERANDO Falando sobre...

Clássicos Pós-Modernos

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



O que define um clássico? No futebol seria como aquele jogo que até os não aficionados do futebol se interessam ou comentam. No teatro as obras que, mesmo que não sejam interessantes, de alguma forma criaram uma nova onda, linguagem ou parâmetro diferencial dentro da história do teatro ou da sociedade.

A Televisão é um invento relativamente novo, mesmo tomando elementos narrativos audiovisuais do cinema e do rádio, a mescla como que veio com o tempo a condensar-se e criar um bicho muito particular. A linguagem televisiva foi se consolidando a um ponto na história mundial de forma impressionante. Grande exemplo são os produtos televisivos que vão para o cinema e muitos cineastas mais ortodoxos e críticos de cinema afirmam ser uma invasão, senão apenas uma exibição de um produto televisivo em tela grande. No Brasil o fenômeno "O auto da compadecida" de Ariano Suassuna, foi ponto de controversia no meio audiovisual. Pois que, a peca teatral adaptada e exibida em formato de micro-serie pela Rede Globo, sofrendo apenas alguns cortes de edição foi lançado no circuito nacional de cinema e obteve milhões de espectadores.

Quais as "causas, motivos, razões e circunstâncias"?

Indubitavelmente um dos maiores clássicos da televisão mundial é "El Chavo del 8", conhecido no Brasil como apenas "Chaves". Hoje a série também tem sua versão desenho animado também. Chaves, já foi exibido em mais de 90 países, onde conseguiu os primeiros lugares de audiência, inclusive no Brasil onde apesar das reprises do seriado, sempre foi um ponto forte do SBT por conseguir alavancar a audiência de algum horário. Em alguns momentos, voltou a superar o também clássico Pica-Pau.

A meta-linguagem sócio cultural que é usada por Bolaños em Chaves é sutil, digamos politicamente correta para a época e talvez ainda para hoje. Chaves é o retrato da América Latina e quiças do mundo. Ao retratar um órfão, aborda indiretamente a condição de extrema pobreza, e isso em 1971, em que vivemos. As personagens todas não eram arquétipos, mas densamente bem caracterizados. Realmente verossímeis. Seja em sua construção pelos intérpretes como pelo conceito embutido em suas sinopses.

Quico e dona Florinda são o retrado da nossa classe média falida que como sardinha e arrota caviar. Seu Madruga, esse é o melhor, mostra como se pode viver sem trabalhar, ou que não se pode trabalhar para viver. É uma metáfora irônica as condições de trabalho a que o imperialismo nos coloca, aonde se trabalha não para viver, apenas sobreviver. Professor Girafales poe em uma única frase o que é ser professor em nosso território: "Eu tenho esperança no futuro, e essas crianças são o futuro...". Dona Clotilde, a bruxa, que é julgada apenas pela aparência, pode-se considerar uma crítica a ditadura descartável da beleza. Mesmo porque Angelines Fernández Abad, era considerada até a década de 60 uma das mulheres mais lindas do México, a atriz espanhola recebera também muitos prêmios como atriz dramática. Chiquinha tinha um que de menino moleque e também de pós modernidade, já uma tendência hoje de androgenia social cada vez mais comum, seguindo a linha feminista com Dona Neves, brilhante interpretações de María Anthonieta de las Nieves.

Os capítulos "perdidos"

A série exibida pelo SBT, vêm sendo reprisado até que episódios novos apareceram em 1988. Em 1990 e 1992, os últimos lotes de episódios foram comprados pelo SBT, no entanto, somente episódios até a fase entre 1979 e 1980 foram exibidos. Alguns foram exibidos apenas uma vez e/ou deixaram de ser exibidos e são chamados de episódios perdidos. O canal de Silvio Santos alega que uma enchente ocorrida em 1992 destruiu boa parte dos episódios, mas os fãs dizem que não é bem assim, já que no ano 2000 o SBT chegou a exibir alguns capítulos "perdidos". O movimento que tem um site, onde conta com um abaixo-assinado virtual para quem quiser participar desta tentativa junto ao SBT, para que episódios da série mundialmente exitosa de Roberto Bolaños. Existe hoje um abaixo assinado que já chega próximamente a 2000 assinaturas virtuais. Repercutiu em alguns sítios web, e já é comentado nos corredores do SBT. Quem ainda não conhece o movimento "Chavista", ou ainda não participa pode acessar e aderir através do sítio http://www.grandesclassicos.net/movimento/index.html.

Foi sem querer querendo

Chaves chegou ao Brasil juntamente ao nascimento da TVS, que depois viria a se chamar Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a emissora de Sílvio Santos. Em meio a falta de recursos na época para preencher a grade de horários, Sílvio optou pela parceria com a televisão mexicana. Importar atrações como telenovelas, séries e filmes do México era barato e trazia bons resultados. Eis que chegava um lote de novelas da Televisa que foram dubladas pela Maga, em parceria com o SBT.

O lote dublado, a então desconhecida serie teve aproximadamente oitenta episódios comprados, que foram dublados e apresentados ao dono do SBT. A atração tinha reprovação dos homens de confiança de Sílvio. Contudo, ele contrariou sua equipe e exibiu o seriado como teste no programa do palhaço Bozo, em 1984, alternando com o seriado Chapolin Colorado. A série se tornou um sucesso, tendo por vezes a maior audiência do SBT segundo o IBOPE, conseguindo vencer por várias vezes a Rede Globo. A partir de 1988 começou a ser exibido em horário nobre. Seu maior pico de audiência foi de 36 pontos, em 1990. Desde o fim de fevereiro deste ano, um grupo de fãs dos seriados Chaves e Chapolin, exibidos pelo SBT, batalham com um movimento chamado "Volta Perdidos CH & CH", onde pedem à emissora a exibição de episódios que não vão ao ar há muito tempo, alguns há mais de 15 anos.

A série somente uma única vez saíra do ar

A anos atrás a ameaça de não ter mais o seriado em teve aberta causou protestos no site do SBT, Orkut e até um piquete frente a emissora do patrão. Medida que acabou por não ocorrer e fez com que se criasse um novo horário de exibição as 5:30h.

Hoje existe uma outra mobilização na rede. existe um sítio que cadastra todas as repercussões do movimento e também um abaixo assinado evocado pelo seguinte texto explicativo:

AOS AMIGOS CHMANIACOS,

este abaixo-assinado visa trazer de volta inúmeros episódios das séries "Chaves" e "Chapolin" que, há anos sumiram do mapa. São os que figuram no famosíssimo guia de episódios perdidos. Incrivelmente, também há episódios inéditos que estão há mais de 20 anos dublados. Se você é realmente fã das séries, nos ajude a fazer com que o SBT acabe com a "piadinha". Se você pertence à Imprensa, ajude-nos também. Para maiores informações sobre os "episódios perdidos", acesse nosso site: www.voltaperdidosch.com

Gratos!

O pequeno e seus grandes feitos

Bolaños têm muitíssimas personagens em sua gama mais destacada, como o próprio Chaves, Chapolin Colorado, Dr. Chapatin, Chaveco, Pancada Bonaparte, Dom Caveira. Hoje atua ainda em teatro e a pouco fez uma turnê pela américa latina. Em seus programas mais conhecidos no mundo três já foram exibidos no país El Chavo del Ocho (Chaves) - Chespirito - El Chapulín Colorado (Chapolim).

Até mesmo em Os Simpsos, Bolaños fora citado, através da personagem Chapolim. O criador da série americana já declarou-se por diversas vezes um admirador do autor mexicano. Além de enaltecer os próverbios Chispirianos, por que Bolaños é conhecido como o Sheakspear mexicano e dado o apelido Chispirito, entoados pela personagem Don Ramón (Seu Madruga): Algumas frases de Seu Madruga ficaram bastante conhecidas, como: "A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena" e "As pessoas boas devem amar seus inimigos".

Hoje a gigante Televisa ainda exibe as 18h a maioria dos episódios. À época, 1971, quando fora exibido o primeiro episódio pela rede; as BGMs (músicas de fundo que tocavam durante o programa) originais do seriado eram composições famosas de instrumentistas norte-americanos como Pete Winslow, Tony Hymas e John Charles Fiddy. Como a produção da Televisa não possuía verba de sobra para compor músicas próprias, foram utilizadas músicas da década de 30 compostas por tais artistas. Além disso, um dos temas de abertura da série foi The Elephants Never Forget, de autoria do compositor francês Jean Jacques Perrey - os direitos autorais na época eram mais baratos.

O movimento chamado "Volta Perdidos CH & CH", onde pedem à emissora a exibição de episódios que não vão ao ar há muito tempo, alguns há mais de 15 anos, fora destacado no Portal Natelinha, em matéria de 05 /10/09. Entre outros sítios do setor também começam a eclodir notas sobre o movimento. Clássicos a parte, este tem uma legião de seguidores, continua líder do Ibope ao seu horário de meio-dia e ainda consegue divertir nesta TV atual. Isso sem apelação!


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Clássicos Pós-Modernos

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



O que define um clássico? No futebol seria como aquele jogo que até os não aficionados do futebol se interessam ou comentam. No teatro as obras que, mesmo que não sejam interessantes, de alguma forma criaram uma nova onda, linguagem ou parâmetro diferencial dentro da história do teatro ou da sociedade.

A Televisão é um invento relativamente novo, mesmo tomando elementos narrativos audiovisuais do cinema e do rádio, a mescla como que veio com o tempo a condensar-se e criar um bicho muito particular. A linguagem televisiva foi se consolidando a um ponto na história mundial de forma impressionante. Grande exemplo são os produtos televisivos que vão para o cinema e muitos cineastas mais ortodoxos e críticos de cinema afirmam ser uma invasão, senão apenas uma exibição de um produto televisivo em tela grande. No Brasil o fenômeno "O auto da compadecida" de Ariano Suassuna, foi ponto de controversia no meio audiovisual. Pois que, a peca teatral adaptada e exibida em formato de micro-serie pela Rede Globo, sofrendo apenas alguns cortes de edição foi lançado no circuito nacional de cinema e obteve milhões de espectadores.

Quais as "causas, motivos, razões e circunstâncias"?

Indubitavelmente um dos maiores clássicos da televisão mundial é "El Chavo del 8", conhecido no Brasil como apenas "Chaves". Hoje a série também tem sua versão desenho animado também. Chaves, já foi exibido em mais de 90 países, onde conseguiu os primeiros lugares de audiência, inclusive no Brasil onde apesar das reprises do seriado, sempre foi um ponto forte do SBT por conseguir alavancar a audiência de algum horário. Em alguns momentos, voltou a superar o também clássico Pica-Pau.

A meta-linguagem sócio cultural que é usada por Bolaños em Chaves é sutil, digamos politicamente correta para a época e talvez ainda para hoje. Chaves é o retrato da América Latina e quiças do mundo. Ao retratar um órfão, aborda indiretamente a condição de extrema pobreza, e isso em 1971, em que vivemos. As personagens todas não eram arquétipos, mas densamente bem caracterizados. Realmente verossímeis. Seja em sua construção pelos intérpretes como pelo conceito embutido em suas sinopses.

Quico e dona Florinda são o retrado da nossa classe média falida que como sardinha e arrota caviar. Seu Madruga, esse é o melhor, mostra como se pode viver sem trabalhar, ou que não se pode trabalhar para viver. É uma metáfora irônica as condições de trabalho a que o imperialismo nos coloca, aonde se trabalha não para viver, apenas sobreviver. Professor Girafales poe em uma única frase o que é ser professor em nosso território: "Eu tenho esperança no futuro, e essas crianças são o futuro...". Dona Clotilde, a bruxa, que é julgada apenas pela aparência, pode-se considerar uma crítica a ditadura descartável da beleza. Mesmo porque Angelines Fernández Abad, era considerada até a década de 60 uma das mulheres mais lindas do México, a atriz espanhola recebera também muitos prêmios como atriz dramática. Chiquinha tinha um que de menino moleque e também de pós modernidade, já uma tendência hoje de androgenia social cada vez mais comum, seguindo a linha feminista com Dona Neves, brilhante interpretações de María Anthonieta de las Nieves.

Os capítulos "perdidos"

A série exibida pelo SBT, vêm sendo reprisado até que episódios novos apareceram em 1988. Em 1990 e 1992, os últimos lotes de episódios foram comprados pelo SBT, no entanto, somente episódios até a fase entre 1979 e 1980 foram exibidos. Alguns foram exibidos apenas uma vez e/ou deixaram de ser exibidos e são chamados de episódios perdidos. O canal de Silvio Santos alega que uma enchente ocorrida em 1992 destruiu boa parte dos episódios, mas os fãs dizem que não é bem assim, já que no ano 2000 o SBT chegou a exibir alguns capítulos "perdidos". O movimento que tem um site, onde conta com um abaixo-assinado virtual para quem quiser participar desta tentativa junto ao SBT, para que episódios da série mundialmente exitosa de Roberto Bolaños. Existe hoje um abaixo assinado que já chega próximamente a 2000 assinaturas virtuais. Repercutiu em alguns sítios web, e já é comentado nos corredores do SBT. Quem ainda não conhece o movimento "Chavista", ou ainda não participa pode acessar e aderir através do sítio http://www.grandesclassicos.net/movimento/index.html.

Foi sem querer querendo


Chaves chegou ao Brasil juntamente ao nascimento da TVS, que depois viria a se chamar Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a emissora de Sílvio Santos. Em meio a falta de recursos na época para preencher a grade de horários, Sílvio optou pela parceria com a televisão mexicana. Importar atrações como telenovelas, séries e filmes do México era barato e trazia bons resultados. Eis que chegava um lote de novelas da Televisa que foram dubladas pela Maga, em parceria com o SBT.

O lote dublado, a então desconhecida serie teve aproximadamente oitenta episódios comprados, que foram dublados e apresentados ao dono do SBT. A atração tinha reprovação dos homens de confiança de Sílvio. Contudo, ele contrariou sua equipe e exibiu o seriado como teste no programa do palhaço Bozo, em 1984, alternando com o seriado Chapolin Colorado. A série se tornou um sucesso, tendo por vezes a maior audiência do SBT segundo o IBOPE, conseguindo vencer por várias vezes a Rede Globo. A partir de 1988 começou a ser exibido em horário nobre. Seu maior pico de audiência foi de 36 pontos, em 1990. Desde o fim de fevereiro deste ano, um grupo de fãs dos seriados Chaves e Chapolin, exibidos pelo SBT, batalham com um movimento chamado "Volta Perdidos CH & CH", onde pedem à emissora a exibição de episódios que não vão ao ar há muito tempo, alguns há mais de 15 anos.

A série somente uma única vez saíra do ar

A anos atrás a ameaça de não ter mais o seriado em teve aberta causou protestos no site do SBT, Orkut e até um piquete frente a emissora do patrão. Medida que acabou por não ocorrer e fez com que se criasse um novo horário de exibição as 5:30h.

Hoje existe uma outra mobilização na rede. existe um sítio que cadastra todas as repercussões do movimento e também um abaixo assinado evocado pelo seguinte texto explicativo:

AOS AMIGOS CHMANIACOS,

este abaixo-assinado visa trazer de volta inúmeros episódios das séries "Chaves" e "Chapolin" que, há anos sumiram do mapa. São os que figuram no famosíssimo guia de episódios perdidos. Incrivelmente, também há episódios inéditos que estão há mais de 20 anos dublados. Se você é realmente fã das séries, nos ajude a fazer com que o SBT acabe com a "piadinha". Se você pertence à Imprensa, ajude-nos também. Para maiores informações sobre os "episódios perdidos", acesse nosso site: www.voltaperdidosch.com

Gratos!

O pequeno e seus grandes feitos

Bolaños têm muitíssimas personagens em sua gama mais destacada, como o próprio Chaves, Chapolin Colorado, Dr. Chapatin, Chaveco, Pancada Bonaparte, Dom Caveira. Hoje atua ainda em teatro e a pouco fez uma turnê pela américa latina. Em seus programas mais conhecidos no mundo três já foram exibidos no país El Chavo del Ocho (Chaves) - Chespirito - El Chapulín Colorado (Chapolim).

Até mesmo em Os Simpsos, Bolaños fora citado, através da personagem Chapolim. O criador da série americana já declarou-se por diversas vezes um admirador do autor mexicano. Além de enaltecer os próverbios Chispirianos, por que Bolaños é conhecido como o Sheakspear mexicano e dado o apelido Chispirito, entoados pela personagem Don Ramón (Seu Madruga): Algumas frases de Seu Madruga ficaram bastante conhecidas, como: "A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena" e "As pessoas boas devem amar seus inimigos".

Hoje a gigante Televisa ainda exibe as 18h a maioria dos episódios. À época, 1971, quando fora exibido o primeiro episódio pela rede; as BGMs (músicas de fundo que tocavam durante o programa) originais do seriado eram composições famosas de instrumentistas norte-americanos como Pete Winslow, Tony Hymas e John Charles Fiddy. Como a produção da Televisa não possuía verba de sobra para compor músicas próprias, foram utilizadas músicas da década de 30 compostas por tais artistas. Além disso, um dos temas de abertura da série foi The Elephants Never Forget, de autoria do compositor francês Jean Jacques Perrey - os direitos autorais na época eram mais baratos.

O movimento chamado "Volta Perdidos CH & CH", onde pedem à emissora a exibição de episódios que não vão ao ar há muito tempo, alguns há mais de 15 anos, fora destacado no Portal Natelinha, em matéria de 05 /10/09. Entre outros sítios do setor também começam a eclodir notas sobre o movimento. Clássicos a parte, este tem uma legião de seguidores, continua líder do Ibope ao seu horário de meio-dia e ainda consegue divertir nesta TV atual. Isso sem apelação!


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


domingo, outubro 04, 2009

La negra, a grande estrela hoje nos deixou

Fernando Schweitzer
Correspondente em Buenos Aires


Argentina em luto. Faleceu Mercedes Sosa, hoje 4 de Outubro de 2009, a artista nascida em Tucumán, exilada política sendo proibida de pisar em solo argentino pelos militares na década de 70. expoentes da Nueva Canción, um movimento musical latino-americano da década de 60, com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas. No Brasil, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, entre outros artistas, são expressões da Nueva Canción, marcada por uma ideologia de rechaço ao que entendiam como imperialismo norte-americano, consumismo e desigualdade social.

Seu corpo será velado no Congresso Nacional Argentino em Buenos Aires, até as 12h do próximo dia. Com mais de 50 álbuns na carreira "La Negra" como carinhosamente fora apelidada, recém gravou seu ultimo disco, um álbum duplo contando com várias participações. Dentre tantas figuras expressivas internacionalmente participaram Joaquín Sabina e Caetano Veloso.

A fila para a despedida a grande cantora chega a mais de 2 quadras. Mercedez a alguns dias teve um agravamento em seu estado de saúde levando-a UTI a ois dias atrás. Um de seus mais memoráveis momentos de uma carreira repleta de êxitos foi ao apresentar-se no Carnegie Hall e ser ovacionada por mais de 15 minutos.

O sentimento de comoção inunda ao país portenho. A sempre tao efusiva artista nos deixa, mais sua grande obra inexoravelmente resiste, tal e qual ela mesma resistiu aos anos de chumbo e a expulsão de seu amado país em um de seus momentos mais críticos. Seu ultimo lançamento "Cantora" recém saiu e é o "regalo" derradeira dessa estrala da música latina.


Fernando Schweitzer
Correspondente em Buenos Aires

quinta-feira, outubro 01, 2009

Mercedez Sosa internada em estado grave

Fernando Schweitzer
Correspondente em Buenos Aires



Buenos Aires, 1 de Outubro de 2009 10:56 - Esta noite após um agravamento de seu quadro de saúde, a cantora Mercedes Sosa volta a ser internada, e neste momento respira com a ajuda de aparelhos. A 11 dias internado no Hospital de "La Trinidad" devido a "problemas nos rins e pulmão", nesta noite teve um aumento brusco de temperatura o que levou os médicos a recorrerem ao uso de um respirador artificial.

Aos 74 anos de idade Mercedes Sosa não pode fazer o lançamento de seu ultimo projeto, o audaz álbum duplo "Cantora", devido a seu estado debilitado. Do projeto consta também a participação de grandes astros da música mundial como Joan Manuel Serrat, Luis Alberto Spinetta, Shakira, Gustavo Cerati, Charly García, Calle 13, Joaquín Sabina e ainda o brasileiro Caetano Veloso.

Seu repertório transitava do folclórico ao romântico e nanãoomente argentino bem como lalatino americano. Exitosa em todo o mundo esteve em 2008 também em Florianópolis dentre outras várias cidades brasileiras, nesta turnê que se concluiu em mais de 10 shows na Europa.

Escute no sítio web Youtube o adianto do seu ultimo trabalho "Cantora", no dueto com Caetano Veloso - com a canção "Coração Vagabundo".


Fernando Schweitzer
Correspondente em Buenos Aires

http://www.youtube.com/watch?v=Qcwr73SNjGM

segunda-feira, setembro 28, 2009

Quem vê capa, não vê conteúdo

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


“Quem paga meu salário é o SBT, ele se irrita nos bastidores da Globo”. Por si só a frase não pode fazer muito efeito a primeira vista. Essa frase é repercussão da noticia que circulou a semana passada informando que o Programa da Eliana teve 40 minutos de liderança sobre o Domingão do Faustão, e a autora nada mais que a irmã do mesmo.

Leonor Côrrea, hoje diretora de Eliana no SBT; ex-diretora do Melhor do Brasil na Rede Record e ex várias emissoras, ao proferir tal frase ainda disse em matéria a coluna do Fabíola Reipert no R7 que tem um relacionamento pessoal com Fausto Silva. Também seria de espantar que não, pois não estamos a falar de amadores da TV e sim profissionais de larga e longa data.

Aí que esta o eixo da questão, Leonor não fez nem fará nenhuma revolução, mas mesmo em um SBT sem o prestigio de anos fez o que mais quer a TV, resultado. É aquele famoso feijão com arroz do futebol: bom jogador, bom técnico, bom campo e nada mais.

Cantadoras - Mistura de Cantoras e apresentadoras

Eliana tem vários anos de telinha desde quando era conhecido pelos dedinhos apenas. Hoje bate uma bola razoável para a média de qualidade atual de apresentadoras. Quando começou proveniente da "teen band" feminina Banana Split, fenômeno da década de 90; já era figura fácil em vários canais. De cantora apresentadora foi um pulo, seguindo os passos da rainha ainda da televisão Hebe, esta que incluso ao cantar inaugurou a TV no Brasil.

As vezes o simples faz a festa, ou nesse caso a audiência. Em tempos de reality pós reality, todos formatos que por si só são um produto de marketing, aonde o que vende é o formato e não o conteúdo. Como Ídolos hoje em outra emissora e repetindo exatamente o mesmo numero no Ibope. Até que dessa vez por tanta repetição devem ter copiado alguma alteração ou da versão americana ou europeia, ou da versão latina o "Latin American Idol" do qual se fazem eliminatórias em toda América Latina menos Brasil.

A realidade dos realities não muito reais

Dizem os produtores do programa que para tornar a disputa mais acirrada, e para nivelar o julgamento dos 24 finalistas, a produção do programa de talentos da TV Record, Ídolos decidiu separar os concorrentes em dois grupos, o primeiro com 12 homens, e o segundo com 12 mulheres. A idéia é boa, esperemos que a final não seja em como outras temporadas o fim da picada.

A mídia hoje em dia é cada vez mais "multimídia", não? A décima edição do "Big Brother Brasil" reservará muitas surpresas. - ...e eu posso com isso? - Segundo o diretor J.B Oliveira, o famigerado e vulgo Boninho, avisa do perigo que estamos por sofrer: "o reality deverá ter duração maior do que os cerca de 80 dias de confinamento. "Tudo depende da programação da Globo", contou à coluna.

Constrói-se um cenário, põe-se cartas marcadas, assina-se contrato de silêncio para meses de vigencia após o termino do martírio, digo programa; e ainda assim nos querem vender essas coisas como "Reality Show". Tudo bem que nem todo mundo sabe Inglês, incluo-me em los que pregam a extincao dessa arma de dominacao yanke. Mas essa até um bebê sabe traduzir. Não é possível... Onde está a realidade dos tais "Shows de realidade"?

Sitcom em vários formatos

Vai ser uma quase adaptação de "Toma lá da cá", também da emissora carioca. Imaginem que com 2 casas. Todos de uma irão fornicar com gente da outra casa, depois como na série se terá um atual que foi "ficante" ou "amor pra toda vida" como nos episódios de edições anteriores de alguém da outra casa. A mistura de formatos e hipertextos estará mas que contemplada na "nova versão" do "novo" BBB.

Aí também teremos outra fusão de influencias ou busca de "novas idéias" para logo em nossa querida TV. Baseado nas tirinhas de Adão Iturrusgarai, publicadas na Folha, o tal novo programa foi ao ar como um especial de fim de ano em 2008. A idéia deu certo e "Aline" foi promovida a série na grade da emissora. A estreia está marcada para quinta-feira (1º), após "A Grande Família", a não ser que haja algum imprevisto da produção.

Até o cinema?

Uma prova de que até mesmo a sétima arte esta a sofrer de retrolavagem e reciclagem de conteúdo e formatos é a nota recem publicada por um jornal americano. Freiends a serie, vai segundo o jornal "Daily Mail" virar filme. Ainda o jornal afirma que as seis estrelas de salários ultra milionários concordaram em mudar para a tela grande, seguindo o sucesso do filme "Sex and The City". De acordo, isso significa que Jennifer Aniston, 40, Courteney Cox, 45, Lisa Kudrow, 46, Matt LeBlanc, 42, Matthew Perry, 40, e David Schwimmer, 42, ficarão juntos no mesmo cenário pela primeira vez desde que o seriado acabou em 2004.

Contudo, todavia, entretanto ou como queiram os sátiros ao ironizar a vida: "Você viu o novo Programa do Gugu?". e da outra ponto o outro sátiro entendendo a malícia diz: "Ah obviamente que sim... Até mudou de canal... Até o nome do programa dele mudaram!". Nisso os dois riem ao dizer: "Só esqueceram de além de mudar a capa, de mudar o conteúdo!".


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

quarta-feira, setembro 23, 2009

O Clone 2

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


É clonagem? E não fala da novela com Giovana Antonelli, nem do que a Rede Globo fez com a programação da TV Excelsior na década de 60. Creio piamente que sim, neste caso também o é. A Rede Record quer ter um "Vídeo Show" próprio, segundo informações do jornal O Globo, na coluna de Patrícia Kogut. Ainda, a emissora paulistana prepara um programa vespertino sobre os bastidores de suas novelas e atrações, nos moldes do concorrente global. Além do formato, a Record também estaria interessada em contratar apresentadores atuais da atração.

A pergunta é também se vai pegar. Pois se realmente seguir a cartilha do produto global terá talvez alguns problemas. Pois que, O vespertino carioca está a anos usando o discurso, ou linha editorial, que ignora que existam no universo outros canais que não a Rede Globo. Ou seja, a Record em tese não falaria de outra emissora, o que seria uma revolução ou involução, porque indiretamente o único quadro sobre TV na emissora que faz parte do "Hoje em Dia" fala amplamente da classe artística.

Durante anos a emissora do Projac tratou seus ex artistas como criaturas que desapareceram da face da terra. Um artista que saia da emissora simplesmente era abstido da boca dos ainda contratados. Muitas vezes artistas eram dados como mortos praticamente pós saírem da Globo.

Geladeira da Globo

Me pareceu muito raro certo comentário que minha avó fez-me quando Lucélia Santos voltou a Rede Globo em 2001. Mesmo depois de trabalhar em uma lista de feitos além mar, digo além Globo, como em: 1996 - Dona Anja (SBT); 1995 - Sangue do Meu Sangue (SBT)1990 - Brasileiras e Brasileiros (SBT); 1987 - Carmem (Manchete).

O estigma criado no caso específico de Lucélia foi um dos casos mais terríveis da história da bolha extra Globo no Brasil. Mas casos não faltariam para ilustrar o efeito "Geladeira da Globo".

A TV não se faz de realidade

Então penso, voltando ao assunto central: Seria ideal ter mais um programa sem noção da realidade, ou limitado, como o vídeo show? O que ocorre é que, vai que um dia a Record derruba a Globo, o que teremos? Mais uma emissora monopólica e que ignora a existência de vida inteligente fora dela? _Com a palavra Serginho Groissiman que usa como slogan do intragável "Altas Horas" o bordão jocoso: "Altas Horas, vida inteligente na televisão!". Se vida inteligente é entrevistar pseudo atores globais de teste do sofá e ainda fingir que existe cérebro dentro dessas carcaças eu prefiro uma vida burra na televisão.

Se fosse eu o produtor

A coisa pra funcionar tem de ser ou 8 ou 80. O risco do 80 é ter um piripaque na primeira corrida, e do 8 é não alcançar quase ninguém. TV estratégicamente se consegue ibope muito mais por costume que por qualidade, já diria Walter Clark. Se a opção é seguir a risca a fórmula Vídeo Show, pode ser que mais que audiência ao próprio programa gere um crescimento aos demais produtos da rede. Agora se misturar as coisas, digamos, uma cara de "Vídeo Show" e um conteúdo de Sônia Abraão, aí a coisa fica feia. Tomaria eu o cuidado de manter ao menos por 4 meses a alternativa do 80.

Côncavo e Convexo

Se valor e gostos são subjetivos, a busca por alguém que nos valorize também pode ser. E sempre é valido lembrar que muitos profissionais saíram da poderosa em busca de reconhecimento, acima do status quo de ser global. É até preconceituoso e marginativo o que se faz hoje e antes fora pior. O pensar: "Se está na Globo é bom, se não está desconheço." - é a mais chucra bucefalia da sócio cultura brasileira.

Nessas horas que veja que minha nega baiana tem "már que razaum". Ivete Sangalo gravará um DVD no Madison Square Garden, em Nova York, no dia 4 de setembro de 2010. Tanto criticaram minha rainha, como se diz na Bahia, que ela vai tentar ganhar agrado dos gringos. Molestaram-na porque estava grávida, porque troco de namorado, porque arranjou um novo, porque não gravava CD de inéditas... Ela deve ter pensado como eu: "Sabe meu rei, vou pros exterior pra vê se alguém me dá valor".


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

terça-feira, setembro 15, 2009

Mais perdido que cego em tiroteio!

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


Nossa TV cada dia que passa sofre vários reveses. Lendo os jornais e colunas sobre TV está semana vários fatos tem me colocado a pensar onde iremos parar.

o Blog "Curtas e Quentes do portal o Planeta TV! trás: "O primeiro capítulo de "Viver a Vida", exibido na noite desta segunda-feira (14/09), na Globo, marcou 42 pontos de média e pico de 46, segundo números prévios na Grande São Paulo. No mesmo horário, ou seja, das 20h54 às 22h09, a segunda colocada marcou 7 e a terceira 6. Com esta média, a trama de Manoel Carlos supera a estreia da antecessora, Caminho das Índias, que marcou 39 pontos".

O mais do mesmo do "Maneco" acaba que surte efeito na repetitiva TV brasuca. Não o culpo, até o saludo. Vencer o re-re-re-remake de "Bety, a Feia", é realmente um "grande mérito. Para não falar do restante da concorrência. E isso é assumido pelo próprio autor em entrevista ao Jornal Estado de Sao Paulo, cito:

Estadao - De todos os autores com estilo bem marcado, você é o que mais se apega às repetições. Sempre teve em mente que estava construindo uma marca? Não. E desde o começo da minha carreira é uma coisa muito remota! Mas, desde o começo, me interesso por escrever sobre as mesmas coisas que escrevo até hoje. Não me interesso por grandes fantasias.

Quanto mais, pior

Quanto mais sei e vejo TV mais confuso fico. Depois que Daniela, a filha número... do patrão, claro. Ela que fez pesquisa na internet para detectar a insatisfação do público com o horário atual das séries no SBT. "Muitos dos nossos telespectadores reclamam que nossas séries são boas, mas de difícil acesso. Estamos facilitando o acesso a este conteúdo", fala ela. Precisava tanto pra identificar isso? O óbvio. Anos de grade voadora derrubaram o SBT e isso nao precisa de mais de 2 de QI para saber.

Nesse tiroteio louco, onde ator não é ator, cantar se não paga não canta na TV, isso quando realmente canta e não dublar sua voz em versão mutante de estúdio, é que não sabe-se mais qual é o critério para algo estar na grade se é que hoje a TV tem critérios.

Eu estou bonzinho, será que deveria?

Esses dias meu senso de justiça está maior do que o comum, Pois, poderia fazer um comentário maldoso e que muitos desconhecedores de alguns fatos avalizariam. A bailarina Sheila Mello confirmou convite da Record para participar do reality “A Fazenda”. No entanto, a ex-loira do É o Tchan colocou uma condição para assinar o contrato. Ela quer ser aproveitada no elenco das novelas da Record após o término do reality show. Se eu quisesse ser cruel omitiria o fato de que a loira está ma quase 4 anos estudando interpretação. Se deu resultado só vendo pra crer.

Em um momento onde uma das fundadoras da TV no Brasil sofre alguns comentários que a deixaram chateada. Falo claro de Hebe Camargo, 80 anos, que além de sofrer com a baixa audiência do programa que comanda no SBT, se garante que um tremendo mal-estar tomou conta dos bastidores do Complexo Anhanguera nos últimos dias. Devido a que até o momento Silvio Santos não manifestou o desejo de renovar o contrato da apresentadora, que vence em Dezembro próximo.

Nessa semana de tudo passou. Até o diretor de rede do SBT foi notícia Guilherme Stoliar, foi ontem a Brasília para reclamar ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, do avanço das igrejas, principalmente as evangélicas, sobre a programação das TVs. Seria um revide indireto a Rede Record que em rede nacional tem horário fixo arrendado a Igreja Universal.

Faltou uma manchete dizendo: "Dormiu com a Madonna, virou apresentador!". Está quase certo que o VMB 2009 conte com a presença "especial" de Jesus Luz. Durante a coletiva de imprensa, realizada na sede da MTV, na segunda-feira (14), em São Paulo, o diretor da premiação, Cacá Marcondes, confirmou que o namorado de Madonna foi convidado para dividir a entrega dos prêmios. No entanto, ele ainda não confirmou presença. Podiam convidar a Hebe creio que teria mais lógica, ao menos ela é cantora mesmo que não fosse apresentadora.

A ditadura voltou, suave, mais ainda repressora

No início da noite desta quinta-feira (10), a TV Globo soltou um comunicado interno restringindo o uso de mídias na internet, como blog, Twitter, facebook, orkut, por seus artistas contratados. A informação foi dada pela coluna Radar, da Veja online. Ditadura e auto censura, e o povo discute liberdade de imprensa no país em que o diploma de jornalista não é mais obrigatória e antes nem sempre necessário.

Twitteiro de carteirinha, Bruno Gagliasso, contratado da Rede Globo nominou o veto como censura: “Amo o que faço: arte!!!Sou contra qualquer tipo de censura”. Fernanda Paes Leme foi taxativa: “Não existe Arte sem liberdade de expressão. Blog, twitter ajudam o público a conhecer o artista por trás do personagem... eu vou continuar por AQUI”! - textual do twitter da atriz.

Óh vida, óh azar... Tinha um desenho que dizia isso e finalizava um tanto fanho e desanimado: "Isso não vai dar certo".

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

sexta-feira, setembro 11, 2009

A "Manchete" do dia!

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Aos menos velhos que eu, pode ser que essa recordação tão sublime sequer faça parte de sua lista de coisas a sentir saudade. Parte de minha infância foi recheada por uma emissora hoje infelizmente extinta. Graças a essa emissora eu passei vários recreios de minha segunda série brincando de Changeman e Flashman, seriados japoneses vinculados pela TV Manchete.

A rede boicotada de várias maneiras a época foi a responsável por vários mega ultra sucessos extra vênus platinada. É meio chavão ou senso comum mais para quem desconhece a informação pode ser valido para tentar romper com essa emblemática impressão de que a rede dos Marinho é a única com qualidade e invencível. Além de ter lançado várias estrelas hoje globais como Murilo Rosa, Drica Moraes e Taís Araújo, essa justamente protagonista da próxima principal novela da poderosa, a emissora teve muito que mostrar em seu curto período de vida.

A TV Manchete ou apenas Manchete foi fundada na cidade do Rio de Janeiro em 5 de junho de 1983 pelo jornalista e empresário ucraniano naturalizado brasileiro Adolpho Bloch que permaneceu no ar até o dia 10 de maio de 1999. Além de transmitir o Carnaval Carioca com grande êxito em seu ano de estréia, algo que fez a Globo ao ano seguinte se arrepender de não o ter feito e voltar a transmiti-lo em 1985, a rede tocou no ponto até então pouco explorado por emissoras além Jardim Botânico. O ramo de novelas foi um grande destaque da emissora e hoje lhes conto que 10 anos após de sua transmissão final ainda o é.

É da Silva, mas não é o presidente


Explico-me. dentre várias outras obras realizadas uma que voltou a tona no Brasil pelo SBT, recém terminou sua exitosa exibição ao país vizinho. Além de grandes feitos como Dona Beija (1986), Helena (1987), Corpo Santo (1987), Kananga do Japão (1989), sua primeira produção dramaturgica foi a minissérie Marquesa de Santos (1984). Dentre vários sucessos, houve uma trama clássica de Benedicto Ruy Barbosa, Pantanal, que sacudiu o conservador Brasil da década de 90, exibida entre 1990 a 1991. Vieram outros como A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), Tocaia Grande (1995) e Xica da Silva (1996). Sim, é dela mesma, Xica da Silva, que estou a falar.

Apesar de tantas críticas à época hoje a trama atingiu mais uma grande marca. O último capítulo de "Xica da Silva" obteve excelente audiência na Argentina
. Nesta última terça-feira (08), conquistou excelentes 9.3 pontos de média, ocupando o terceiro lugar isolado no ranking do Ibope. Essa foi a melhor marca da emissora daquele dia. Enquanto sua substituta "O Profeta" não chega a 5 pontos sequer, menos queo dia de estréia de Xica da Silva vinculadas ambas pelo Canal 9.

A trama protagonizada por Taís Araújo e produzida pela Manchete encerrou sua jornada em terras portenhas como maior êxito fora das duas principais redes este ano. Ao longo de sua exibição, "Xica da Silva" teve diversos problemas com a concorrência. Por ser veiculada às 22h, enfrentou fortes concorrentes como o "Caiga Quién Caiga", o CQC argentino, a novela "Valientes" e o bem sucedido "Showmatch" ambos do canal "El Trece".

Em tempos de tramas mais que repetitivas tanto no Brasil como no exterior, é interessante pensar que uma produção de formado diferencia possa sim ter ainda sucesso. Em contra a muitos críticos que só aplaudem a mesmice e o vil.

Manchete vence Rede Globo novamente

Pode-se considerar que a TV Globo novamente perdeu para a TV Manchete. Já que quem substitui a querida e extrovertida Xica é um produto global. Esse que não atingiu o mesmo índice de estréia da produção Manchetiana. Escrita por Walcyr Carrasco, autor de menos pior resultado do horário das 6 e também das 7 entre novelas nesta ultima década, sob o pseudônimo Adamo Angel e dirigida por Walter Avancini. Xica da Silva levou a Rede Manchete de volta ao segundo lugar na audiência geral da televisão brasileira, depois de alguns anos em crise.

Em 2005, o SBT causou uma grande surpresa no mercado televisivo brasileiro, ao anunciar que adquiriu os direitos de exibição da novela; estreou a reprise em 28 de março, indo até 9 de dezembro do mesmo ano, às 22h. O sucesso da reprise de Xica da Silva, que triplicou a audiência da emissora de Sílvio Santos recolocando-a na vice-liderança no horário, levou a Rede Bandeirantes a comprar os direitos de exibição de outra novela da Rede Manchete, Mandacaru, e reprisá-la no mesmo horário em 2006.

Xica pelo mundo

Xica da Silva foi exibida na TVI (Portugal) em 1997, e mais tarde, em 2003, reexibida na SIC (Portugal). Teve grande êxito no exterior, sendo transmitida em vários países como Chile (onde foi líder absoluta também em sua reprise), República Dominicana (que exibiu a novela quatro vezes), Angola (onde Taís Araújo foi recebida com honras de Chefe de Estado, por causa do sucesso da trama), e Venezuela, Equador, Rússia, Colômbia, Bolívia, Honduras, Nicarágua, Porto Rico, Panamá, Paraguai, Peru, Guatemala, Japão, Argentina e outros.

A trama também fez enorme sucesso nos Estados Unidos, ao ser exibida pela emissora Telemundo, e abriu caminho para as novelas brasileiras no país. A coisa foi tão inacreditavelmente Taís Araújo foi contratada pela Telemundo por um ano para promover a novela e participou de um reality show da emissora; por conta do êxito de Xica fez participação especial no também sucesso colombiano, Betty, a Feia. Na época foi eleita pela revista People espanhola uma das 50 personalidades mais bonitas do mundo. Recentemente, de 14 de Novembro de 2006 a 24 de Agosto de 2007, Xica foi reapresentada nos EUA (pela terceira vez), porém, pela TV Azteca America.

É isso aí

A Manchete é o fantasma na história presente e passada da poderosa rede carioca. É isso aí, realmente só pra variar a qualidade deve vencer o status. Taís Araujo com apenas 17 anos era uma atriz pronta e mais de 10 anos depois finalmente chega ao horário da 8 como protagonista em Viver a Vida, de Manoel Carlos. E pensar que a vara da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro notificou publicamente a Manchete além de protestos de setores da sociedade pedindo para retirada da novela do ar. Realmente o Brasil não sabe o valor que tem, e dá valor ao que não tem valor.


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

quinta-feira, setembro 10, 2009

Invente, tente, assista algo diferente

Invente, tente, assista algo diferente

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


Me chamou atenção ao ler no jornal extra online a matéria de Leonardo Ferreira -09/09/2009, o como estamos em um país de libertinagens e com zero de liberdade. Alheio eu ao fato tardiamente me embasbaquei ao ler a seguinte nota:

O autor José Louzeiro prepara um livro sobre os bastidores da proibição de sua novela “O marajá”, que seria exibida pela Manchete em 1993. A trama contava com humor a trajetória de Fernando Collor e foi impedida de ir ao ar poucas horas antes da estreia. Mesmo sem ter visto nenhum capítulo do folhetim, o ex-presidente conseguiu impedir na Justiça a exibição, num caso claro de censura prévia. Ele teria se sentido ofendido pelo que nunca viu. Depois disso, as fitas sumiram. “A novela se perdeu em trambiques, com muito dinheiro envolvido. Acho que nunca veremos essa história”, diz Louzeiro.

Um dos detalhes revelados no livro é que o próprio departamento comercial da emissora, segundo Louzeiro, ajudou a boicotar a novela. Sem que os autores nem o diretor da história (Marcos Schetman, que dirige hoje "Caminho das Índias") fossem consultados, foi posta no ar uma chamada de "O marajá" , considerada, mesmo nos dias de hoje, muito forte. Nela, uma enfermeira levava numa bandeja de prata supositórios com cocaína para o ex-presidente. A chamada foi o que alertou Collor, que logo depois entraria com uma ação para impedir a exibição da novela.

Vendo os índices das novelas baixos hoje em dia penso no que pode estar faltando para que as mesmas voltem a patamares estratosféricos de anos atrás. Pois seja por falta de qualidade de atores, muitos meros seres que tiveram momentos intimo com diretores de elenco, produtores e afins. Seja por remakers de histórias batidas e que já tiveram milhões de versões como a Colombiana "Bety, la Feia", que no Brasil fora exibida a anos atrás pela Rede TV!, depois teve "La Fea Mais Bella" exibida pelo SBT em versão dublada, na adaptação feita pela mexicana Televisa que hoje exibe pela tarde a versão original Colombiana. Mas o pior é o que se passa hoje, neste momento temas "Ugly Bety" versão americana realizada pela tradicional ABC, no ar pelo SBT. E ainda uma versão em horário nobre na Rede Record, "Bela, a feia".

Tanto lá como cá

Mas quem pensa que a coisa está assim só no Brasil se engana quadrada-mente. A grande exportadora Televisa hoje tem como opção comprar roteiro de novelas argentinas e colombianas para diversificar os temas de sua novela, coisa que a Globo jamais fará por ego exacerbado. O último caso é a exitosa novela exibida pela rede TELEFE e produzida pela Endemol/Underground em parceria com a emissora. "Los exitosos Pells", que no México se chama "Los Exitosos Pérez" devido ao sobrenome Pells não existir no México. Novela essa que teve segundo apontam alguns sítios portenhos direitos de exibição comprados pelo SBT que exibira a partir de dezembro uma adaptação e tinha em mente para agosto a exibição da versão dublada, mas engavetou a exibição pensando na possibilidade de produzi-la.

A novela que tem 6 premios "Martin Fierro" o principal da Argentina na área artística, englobando TV e teatro em seu rool de premios, quase não iria ao ar, pois era uma produção independente da Endemol Argentina para o mercado latino e não especificamente para Argentina. A substituição Exibida às 22:00, de segunda a quinta-feira como a maioria das novelas no país, teve como protagonistas Carla Peterson a mesma do sucesso "La Lola", também já exibida no Brasil. Ainda em exibição existem versões na Espanha, Chile, Ecuador e México devido a compra depois de assistir o piloto pela TELEFE, mudança de atores que ocasionou uma "porteñización", como trataram os meios do país, da trama e principalmente do sotaque e gírias utilizadas. Ocorre que o sotaque argentino é demasiadamente particular e utiliza até mesmo de tempos verbais distintos da maioria dos país de língua espanhola.

Aqui temos na Rede Globo a antropofagia do horário das 6, como o remake de "Paraíso" e tantas outras, algumas raramente feitas por outras emissoras como "Mulheres de Areia" da TV Excelsior. Temos também lá Walcir Carrasco com a milésima novela que parece copiar o texto e piadas de suas próprias novelas anteriores. Glória Pérez com suas emboladas tramas sem rumo que se guiam mais pelas pesquisas de público da emissora do que pela intuição e suposto talento da autora. Isso vem a constatar uma dura realidade de que o povo consome muitas vezes mesmice com roupa nova. A questão é de quem sabe melhor disfarçar isso.

O SBT tem um redundante fracasso com a adaptação de "Vende-se um véu de Noiva" de Janete Clair, novela escrita inicialmente para o rádio. Talvez aí o grande problema. Não acredito que o canal tenha reambientado dramaturgicamente para a linguagem de TV a obra e sim meramente atualizado poucas coisas da historia e filmado os diálogos.

Ineditismo nao vende

Foi-se o tempo da foice em que o novo era o que mais vendia. Hoje a sociedade está pasteurizada e com lomba de pensar. O que vende hoje é a repetição. Como citação ilustrativa de um sábio que a muito percebeu o quanto o povo se deixa levar irracionalmente pelos meios de massa: "Quer fazer sucesso? É só repetir qualquer coisa no cocuruto do povo..." em a Gota d´água de Chico Buarque. Onde uma personagem aconselha ao sambista Jazão lhe ensinando a fórmula do sucesso.

Poder Paralelo é um retumbante fracasso de Ibope hoje com media de 5 pontos a 7 no máximo. O detalhe é que a produção e trama são impecáveis. Ainda o elenco conta com monstros da interpretação como Beth Coelho e Antonio Abujamrra dentre vários outros. E mesmo assim "Caminho da Índias" com a "atriz profissional", sabe se Deus como se formou, Juliana Paes batendo recordes de audiência.

O Marajá

Acredito piamente que "O marajá" deveria ser refeita, hoje em dia se faz e se refaz tanta porcaria, que seria de muita valia. Ou isso ou fazer uma novela em estilo grande épico como "Cidadão Brasileiro" de Lauro Cézar Muníz, onde as personagens foram retratas pelos mesmos atores dos 20 até a morte, alguns claro. Se não sobre Collor talvez sobre seu antecessor, hoje envolvido em alguns escândalos, nosso querido José Sarney. Creio que vou registrar dois nomes possíveis: 1) Brasileiros e Brasileiras; 2) Planos Cruzados. E no caso Collor: "Impeachment, porque?"; "Caçador de Marajás", "O Confisco", "Cadê minha poupança?"... Mais um que me interessaria muito que fora aprovado por alguma emissora é: "Ressurreição", afinal de contas nosso ex-mal-presidente é senador eleito.

Se alguém me contratar me junto a um par de colaboradores e escrevo uma novela, bons títulos já tenho.

PS.: Peco desculpas aos leitores da coluna pelo atraso da mesma. Tive de mudar as pressas do Hotel Residência em que estou a viver em Buenos Aires, devido a seu fechamento. Me avisaram domingo(6) a noite que fechariam ao dia 15. Ou seja, 9 dias para conseguir um novo lar, sem muito "tu-tu" no bolso foi um tanto "fastidioso". Agora de casa nova podemos voltar a trocar idéia minha gente. Forte abraco e continuem aqui, que prometo falar menos besteiras na próxima coluna semana que vem.


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

segunda-feira, agosto 31, 2009

Falta

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



A grande novidade do domingo (30 de Agosto de 2009), de novidade pouco teve. O tal polêmico Programa do Gugu, com o próprio, só que agora atravez do canal 7 de São Paulo, de novo teve apenas com cenário "high-tech" com 120m² de telas de LEDs que são coordenadas de acordo com os quadros do programa. No total, o espaço tem 650m² e pode receber uma platéia de até 200 pessoas.

A Audiência

De acordo com dados preliminares obtidos pelo ’O Planeta TV!’, o "Programa do Gugu", no horário das 19h56 às 00h03, marcou uma média de 16 pontos com pico de 19,5. O programa de estreia ficou na liderança por aproximadamente 15 minutos. Veja o ranking do horário:

Esses foram os índices da guerra dominical no horário nobre da TV brasileira: Globo - 22, Record - 16, Rede TV! - 9, SBT - 8. Realmente ao menos para estreia. Os índices do Ibope representam aproximadamente 60 mil domicílios, dados que servem como referência para o mercado publicitário.

Equilíbrio sem conteúdo

Quando é que nos poremos a pensar, ou melhor, a repensar o que nossas concessões "públicas" estão a fazer no caso das TVs, para nao ter de falar do "transporte público" e demais relegos de serviços que segundo a constituição sao de responsabilidade das instituições governamentais.

Enquanto no país o governo for forte e as instituições fracas teremos cada vez mais teremos maiores disparates como o estratosférico contrato de Augusto Liberato pela Rede Record. A inflação saiu do supermercado e chegou ao alto degrau da televisão.

Quando vemos o velho patrão, sua criação em outro canal e contra eles o Faustão é uma competição com muito ão para um só dia na televisão. O que ocorre é realmente só para continuar a rima é literalmente falta de opção.

Como a música

É impossível saber se o louco hoje é quem produz ou quem dá Ibope a certas coisas. Como a música Shakiriana "Si me falta el argumento y la metodología, cada vez que se aparece frente a mi tu anatomía". Em meu caso digo que não tenho mais realmente que argumentar dentro da óbvia situação, e nao haverá metodologia para não deixar-me estarrecido com o pandemônio ao qual está se tornando a TV no país. E a anatomia paradoxal que me trava os sentidos é a TV atual.



Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista