quarta-feira, dezembro 02, 2015

Estar naquele momento em que pensantes: A morte é o caminho digno...

Assim me sentia ao matricular-me ao jornalismo da Estácio de Sá. E hoje em minha última prova aqui, eis que, realmente vejo quão racional era há anos atrás.

A mensalidade subiria 26 vezes após este fatídico dia.
Foderia ao mínimo 5 acadêmicos de meu curso... Data vênia, muitos mais de outros cursos por serem pessoas menos chatas.
Faria 40 ou mais entrevistas de emprego... E veria pessoas que me pediram cola na faculdade serem os contratados.
Assim reflito: Se o mundo fora uma lanchonete, faltaria espaço para as coxinhas.
Enquanto o demoníaco Barreiros-Sede não vem, e o contrato como estagiário da RBS não me é proposto, sigo calculando a quantidade específica de arsênico para... fazer justiça neste mundo justo e coerente.
Falta-me apenas o TCC, E UM MUNDO MELHOR para usar a buceta do diploma.
Mas para que diploma. Se tantos mentecaptos da segunda fase e similares estão com suas vagas garantidas nas redações? ? ? 
Doravante, quando estou prestes a despedir-me do mundo academicista e embusteiro, os corpinhos estão a ficar mais apetitosos... Oh estacianos apetitosos, calouros saborosos... Principalmente de publicidade e direito, para mantermos a tradição... Decadência apenas na administração.
Aqueles doces momentos... Quando teus colegas de academia e profissão fingem não receber os seus releases de assessoria de imprensa, mas... três dias depois lhe convocam com urgência para conseguir um entrevistado especialista para sua reportagem...
Sorte? Nunca tive. Nasci pobre, feio, sincero e sem fama; e assim sigo. Graças a todos vocês, colegas de profissão, e meia culpa, a minha incapacidade de me tornar podre.
Vamos. Caminhemos. Sigamos. Esperemos. Aconteçamos. Finjamos ser. Sem ser e sem ter...
Me despeço da vida para entrar para a história.
Me despeço dos corpos para recorda-los na memória.

quinta-feira, novembro 19, 2015

O Fetiche Nosso de Cada Dia nos Dai Hoje

Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista

Quando começamos a pensar em sexo? Creio que no instante em que descobrimos o outro. Ou, no momento em que sabemos que não somos a única pessoa no universo. o ser humano, ao passo que racionalizou seu ato de prazer passou a buscar vários métodos para ampliá-lo.

Outro dia choquei uma amiga ao dizer que não tenho fetiches, e que odeio quem os tem. Pois, alguém que para estar a gosto a meu lado necessite de artifícios demonstra estar psicologicamente a se afastar de minha pessoa. Seria o disparate sexual. Ao passo que a intenção do sexo é a interação com outro ser desejado, qual o sentido em buscar fetichismos para conseguir-se lograr o ato sublime do prazer?

Mas não quero discutir o sexo dos anjos, tão pouco dos mundanos. O que interessa aqui é flertar com o que motiva uma pessoa abandonar a masturbação e ir rumo a uma caçada desenfreada pelo objeto de desejo.

Uma relação de poder se forma no momento em que alguém deseja algo que depende da vontade de outro. E são nestas bases que muitos se perdem. Esse desejo que estabelece uma relação de dependência de indivíduos ou grupos em relação a outros, pode ser danosa. Quanto maior a dependência de A em relação a B, maior o poder de B em relação a A. Essa dependência aumenta à medida que o controle de B sobre o que é desejado por A aumenta.

Em psicologia o fetichismo é uma parafilia. As parafilias podem ser consideradas inofensivas e, de acordo com algumas teorias psicológicas, são parte integral da psiquê normal — salvo quando estão dirigidas a um objeto potencialmente perigoso, danoso para o sujeito ou para outros (trazendo prejuízos para a saúde ou segurança, por exemplo), ou quando impedem o funcionamento sexual normal, sendo classificadas como distorções da preferência sexual na CID-10 na classe F65.

Creio que aí vem minha angústia para com os fetiches. Não pela questão segurança física, mas psicológica. Qual a segurança se tem que o outro está interessado real e ainda verdadeiramente opor você se precisa de artifícios para sentir prazer com você?

Vejo comentários radicais em redes sociais diversas em contra o amor livre, vejo notícias do lançamento de produtora de filmes pornôs evangélicos... Pausa. Será que os atores serão casados na vida real? Ironia ou não, não vale o debate. Vimemos em uma sociedade ocidental, patriarcal, machista e neoliberal.

Mas aprofundando o discurso. Já considerações com respeito ao comportamento considerado parafílico dependem em um grau muito elevado das convenções sociais reinantes em um momento e lugar determinados. Por sua vez práticas, como a homossexualidade ou até mesmo o sexo oral, o sexo anal e a masturbação foram consideradas parafílicas em seu momento, embora agora sejam consideradas variações normais e aceitáveis do comportamento sexual.

Quando a pouco vi uma postagem de Facebook aonde havia uma campanha em contra o sexo anal, de início ri, mas agora reflito. Se o prazer é estar com outro, e não somos estripadores, quem nos pode impor restrições. Ou melhor. Como um ser externo a relação se atreve a estigmatizar qualquer acto entre dois?

Qual fora a segmentação, ou subdivisão do fetichismo alheio, não estou a criticar, apenas digo que a mim não  interessa. Seja o sadismo, o masoquismo, o exibicionismo, o voyeurismo ou o fetichismo... A margem, as religiões no passado e no presente fazem do sexo um adjeto e um cetro pejorativo de inclusão social e espiritual. O intuito? Controle.

Hoje em tempos de evangélicos que pregam o casamento entre virgens e a cura gay, mas pastores são descobertos aliciando fiéis e regressando ao mundo colorido, devemos ser mais que observadores; mas agentes libertadores-iluministas. Corremos o risco de nos tornarmos um novo EI. Disse certo dia Max Weber: "Poder é toda chance, seja ela qual for, de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra a relutância dos outros."

O Fetiche Nosso de Cada Dia nos Dai Hoje... A dica moderna, ou não é. Seja você, e não o fetiche alheio. Para embasamento meramente teórico citaremos algumas terminologias do mundo dos seres criativos no âmbito sexual. Preparei uma pequena lista de possibilidades e terminologias nesta lista de parafilias:

Abasiofilia: atração psicossexual a pessoas com a mobilidade prejudicada, especialmente aqueles que usam aparelhos ortopédicos como tiras de perna, formas ortopédicas, tiras espinais, muletas, ou cadeiras de rodas.
Adstringopenispetrafilia: fetiche por amarrar pedras ao pênis.
Agalmatofilia: atração por estátuas.
Agorafilia: atração por copular em lugares abertos ou ao ar livre.
Aiquemofilia : Prazer pelo uso de objetos cortantes e pontiagudos.
Amaurofilia: excitação da pessoa pelo parceiro que não é capaz de vê-la (não se aplica a cegos).
Amphiboliafilia: atração ou excitação sexual por ambiguidades.
Anadentisfilia: excitação e prazer sexual por pessoas sem dentes.
Anemofilia: excitação sexual com vento ou sopro (corrente de ar) nos genitais ou em outra zona erógena.
Apotemnofilia: desejo de se ver amputado.
Asfixiofilia (asfixia autoerótica): prazer pela redução de oxigênio.
ATM (ass to mouth): prática em que o parceiro ativo, após o coito anal, leva seu pênis à boca da pessoa penetrada.
BBW: atração por mulheres obesas
Bondage: prática onde a excitação vem de amarrar ou/e imobilizar o parceiro.
Bukkake: modalidade de sexo grupal praticado com uma pessoa que "recebe" no rosto a ejaculação de diversos homens.
Clismafilia: fetiche por observar ou sofrer a introdução de enemas.
Coleopterafilia: atração sexual por besouros.
Coprofagia: fetiche pela ingestão de fezes.
Coprofilia: fetiche pela manipulação de fezes, suas ou do parceiro.
Cock and ball torture: é uma atividade sexual BDSM sadomasoquista envolvendo os genitais masculinas.
Coreofilia: excitação sexual pela dança.
Crinofilia: excitação sexual por secreções (saliva, suor, secreções vaginais, etc).
Crematistofilia: excitação sexual ao dar dinheiro, ser roubado, chantageado ou extorquido pelo parceiro.
Cronofilia: excitação erótica causada pela diferença entre a idade sexo-erótica e a idade cronológica da pessoa, porém em concordância com a do parceiro.
Cyprinuscarpiofilia: excitação sexual por carpas.
Dendrofilia: atração por plantas.
Emetofilia: excitação obtida com o ato de vomitar ou com o vômito de outro.
Espectrofilia: prática medieval que consiste na excitação por fantasias com fantasmas, espíritos ou deuses.
Estelafilia: atração sexual por monumentos líticos (feitos de pedra) normalmente feitas em um só bloco, contendo representações pictóricas e inscrições.
Exibicionismo: fetiche por exibir os órgãos genitais.
Fetiche por balões: excitação ao tocar balões de látex (usadas em festas).
Fisting: prazer com a a inserção da mão ou antebraço na vagina (brachio vaginal) ou no ânus (brachio procticus).
Flatofilia: prazer erótico em escutar, cheirar e apreciar gases intestinais próprios e alheios.
Frotteurismo: prazer em friccionar os órgãos genitais no corpo de uma pessoa vestida.
Galaxiafilia: atração sexual pelo aspecto leitoso da Via Láctea.
Gerontofilia: atração sexual de não-idosos por idosos.
Hebefilia (ver lolismo)
Hipofilia: desejo sexual por equinos.
Imagoparafilia: prazer em imaginar-se com alguma parafilia.
Lactofilia: fetiche por observar ou sugar leite saindo dos seios
Lolismo: preferência sexual e erótica de homens maduros por meninas adolescentes
Kosupurefilia: excitação sexual por Cosplay.
Maieusofilia: ver pregnofilia
Masoquismo: prazer ao sentir dor ou imaginar que a sente.
Menofilia: atração ou excitação por mulheres menstruadas.
Moresfilia: atração ou excitação sexual por coisas relativas aos costumes.
Nanofilia: atração sexual por anões.
Necrofilia : atração por pessoas mortas
Nesofilia: atração pela cópula em ilhas, geralmente desertas.
Odaxelagnia: fetiche por mordidas.
Orquifilia: fetiche por testículos.
Panpaniscusfilia: excitação sexual por Bonobos.
Partenofilia: fixação sexual por pessoas virgens.
Pigofilia: excitação sexual por nádegas.
Pirofilia: prazer sexual com fogo, vendo-o, queimando-se ou queimando objetos com ele.
Podolatria: fetiche por pés.
Pogonofilia: fetiche por barba.
Pregnofilia ou maieusofilia: fetiche por mulheres grávidas e/ou pela observação de partos.
Quirofilia: excitação sexual por mãos.
Sadismo: prazer erótico com o sofrimento alheio.
Sadomasoquismo: prazer por sofrer e, ao mesmo tempo, impingir dor a outrem.
Sarilofilia: fetiche por saliva ou suor.
Sororilagnia: sexo com a própria irmã.
Timofilia: excitação pelo contato com metais preciosos.
Trampling: fetiche onde o indivíduo sente prazer ao ser pisado pelo parceiro.
Tricofilia: fetiche por cabelos e pelos.
Urofilia: excitação ao urinar no parceiro ou receber dele o jato urinário, ingerindo-o ou não.
Vorarefilia: atração por um ser vivo engolindo ou devorando outro.
Voyeurismo: prazer pela observação da intimidade de outras pessoas, que podem ou não estar nuas ou praticando sexo.
Zoofilia: prazer em relação sexual com animais.

quarta-feira, novembro 18, 2015

O Jornalismo Mandioca

Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista


Hoje estamos em um momento que parece ser um dejavú. Os jornais brasileiros incapazes de noticiar os acontecimentos trágicos para o ocidente, desde a última sexta(13), na capital francesa. Tragédia que deixou até então 134 mortos e mais de trezentos feridos.

A poderosa Rede Globo com vários correspondentes e enviados está a quase uma hora ao vivo através de emissoras internacionais e para florear a cobertura chamou as pressas por telefone um deles para dar declarações repetidas com cara de sono, e recheada de lances e tomadas de canais e agencias internacionais.

Em contrapartida, a Record tem feito um furacão de comentários e matérias de gaveta sobre Paris, mescladas a comentários ao vivo. Parece mesmo que sequer a equipe da Record Internacional em Portugal está se desdobrando para executar uma cobertura a poucos quilômetros de sua sede.

SBT e Band, fecham o clube dos 4 poderosos em verba, e também decepcionam. O primeiro por repetir de madrugada um jornal gravado, aonde se torna risível a entrada "ao vivo" do correspondente internacional. A Band mesmo com esforços e bons profissionais no ao vivo peca, embora compensa em boas matérias; e estas sim inéditas sobres os último acontecimentos.

O porquê de tão falha cobertura. Talvez o foco, ou desfoco de sua cobertura. Tradicionalmente as aparições padrões em seus noticiários de correspondentes é a tabelinha: Tókio, Londres, Roma-Vaticano, Nova York; e Lisboa foi eliminada da listinha a pouco mais de mês. Bem, não desmerecendo a importância destas, mas lembrando que o mundo tem 197 países acreditados a ONU(Organização das Nações Unidas).

Um feito trágico mudou o cronograma e o idioma de repercussão e audiência das TVs no Brasil e de seu jornalismo. Quantas matérias inúteis e sem sal sobre "grandes descobertas" no Japão e Estados Unidos você assistiu este ano? Claro que estamos aqui para criticar, e falar do talvez pouco falado. Se fora para repetir como louro de pirata as mesmices e sandices alheias, não estaria a escrever agora e sim a dormir, cagar ou etc.

Minas também entrou no mapa por um crime ambiental um pouco antes da França. Mas neste caso tão pouco a cena muda. As reportagens da noite, repassam de madrugada, refritam de manhã e se reciclam a tarde. Parece que esse é o jornalismo mandioca. Você cozinha, depois no outro dia, com o que sobra, você frita e reaproveita. Com aquele óleo que a mamãe guardou no vidrinho de azeitonas que está na geladeira. Ou o jornalismo Leila Lopes, que está a rodar, e rodar e rodar.

Pensava eu que era mais fácil levar-se a cidades brasileiras os jornalistas, ou ao menos contratar mais operantes para cada sucursal. Todavia, com o enxugamento das equipes locais de Record e Globo, e a manutenção da pequeneza das locais de SBT e Band. O que nos restaria? As imagens analógicas com cara de Windows 95 da TV Brasil e suas repetidoras locais com câmeras VHS e BETA que não tem condições de sair dos estúdios?

Vejamos. Ninguém quer negar as dificuldades das TVs hoje com as convergências de mídias e blá blá. Mas as emissoras hoje rendem mais e mais, e lançam produtos secundários que inflam seus gráficos e finanças. Não faz sentido mesmo. E nem falemos da qualidade do jornalismo local, que sequer fala dos fatos que ocorrem a menos de 5 quilômetros de suas sedes.

Sempre queremos mais, assim é a natureza do ser humano. Uma forma de lacrar e calar essa vertente natural é suprimir e renegar isto, outra é fingir que se propicia o sumo farto, mas dar gotas homeopáticas. A pouco um plantão em rede nacional interrompeu o jornal local para mostrar alguns segundos de? Uma jornalista com cara de tacho e reprisar imagens que já foram exibidas ao menos 5 vezes no jornal anterior.

Estou tentando pegar no sono e sei que não irei conseguir dormir com este jornalismo a conta gotas a me asfixiar. Por três dias um helicóptero enlouquecido sobrevoa próximo a meu edifício. Será que a falta de táxis e ônibus da região está sendo sanada por via aérea?

Quero respostas!!!

terça-feira, novembro 17, 2015

Marianne ou Mariana? A vulgar discussão do momento!

Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista

Desde "Os Miseráveis" de Victor Hugo, à ode da Revolução Francesa, ou as novas repúblicas basadas no direito francês... Aonde nos perdemos. Pois, diz a história que os liceus tanto na terrinha quanto na republiqueta de bananas dava como matéria de língua estrangeira o francês.

Queda da Bastilha
Pensar que a guerra fria e o cinema estadunidense criaram no imaginário coletivo uma surreal crença de que o inglês seria um idioma internacional... Não, não. Falar isto hoje a defensores do neoliberalismo seria assumir um voto ou militância pelo comunista partido hoje no governo. Este mesmo que desde 2002 governo em linhas muito mais liberalistas que qualquer régua de esquerda(seja no plano social, econômico, filosófico, educacional ou ideológico).

Sim, é verdade que em 1890, instituir o francês como idioma obrigatório tinha uma lógica, que hoje não o teria. Se alegava a época que grandes teóricos e pensadores modernos, ícones da arte(belas artes, como se dizia à época), dentre modas e vestes, comportamentos de alta mesa e noblesse, eram as melhores do mundo naquele país. Hoje ser culto não faz sentido e não dá ibope. Atualmente o bom é ser rico e não ser culto. Ser cool, não mais ser cult. Ser cult é uma gíria e/ou hábito que caiu em desuso na última década.

Acadêmica-mente o disparate é maior, termos de fazer resumos em inglês, por mero colonialismo e complexo de inferioridade. Como se norte-americanos fossem ler coisas feitas, teses produzidas no Brasil. Aliás, esquece-se também óh zé povinho que este conceito de separar Brasil de seus pares da América Latina fora uma "invenção francesa", pois estes consideravam o restante dos países do continente uma lacra subalterna aos interesses de Londres e com uma identidade nada particular. 


Doravante, o sistema primordial brasileiro para o ensino aplicava o grego e o latim como línguas primordiais para a socialização e aquisição de gosto pela leitura e arte. No ano de 1837, funda-se o Colégio Pedro II de primeiro nível secundário, sendo referência curricular para outras instituições por quase um século, pois sua grade era inspirada nos moldes franceses, que era a representação do ideal de cultura e civilização na época. No programa, constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Esse sistema manteve-se até o ano de 1929; mais tarde, em 1931 o italiano passou a fazer parte do currículo.

O hoje tão falado caso francês, por força de um atentado em Paris no dia 13 de novembro de 2015, seria de veras mais comentado e entendido se o idioma francês, não tivera sido extirpado do currículo escolar brasileiro no ano de 1971, em prol do inglês americano. Pois a ditadura militar financiada pelos EUA, tinha um espelho, um objetivo ideológico... o Império do Norte.

Isso talvez explique porque para os brasileiros o 13/11 importe menos que o 11/09. Nossa mídia é pró-saxônica, é atrelada e serva do imperialismo. Vivemos em um país em que hoje se comemora o Halooween, mas não festeja a Revolução Francesa.

Compreende, ou melhor explico. Como é possível um país tão pobre hoje quanto a França fora no século 16 e 17, estar a manifestar-se na rua pedindo a volta da ditadura... Resultado da aculturação e idiotização causadas pelo cinema norte-americano e por uma sucessão de governos anti-democráticos dentre 1964 até o falso esquerdista que ainda vigora no Brasil.

A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais de esquerda, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país. Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de Liberté, Égalité, Fraternité (em português: liberdade, igualdade e fraternidade). As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que até 1814 restauraria a antiga monarquia, logo derrubada por Napoleão, este que logo seria derrubado por uma união multi-nacional europeia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes.  


Legados como a abolição e substituição da monarquia, aristocracia e da igreja por uma república democrática e uma mudança social radical baseada no nacionalismo, na democracia, em princípios iluministas de cidadania e em direitos inalienáveis; hoje talvez pareçam coisas banais. Duros tempos!

O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado. 

Foram vários os príncipes reinantes que muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias ao governo. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). O iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção. Enquanto nos dilaceramos em putrefatas discussões de qual tragédia é a pior, creio que a pior é a derrocada do iluminismo. 

domingo, novembro 01, 2015

Rose a Doméstica das Bichas, vem a Florianópolis

PELA PRIMEIRA VEZ NA CAPITAL CATARINENSE
Lindsay Paulino: O ator, por trás da personagem.
O ator Lindsay Paulino, que estreará no programa "Treme Treme" do canal Multishow aos domingos a partir 01 de Novembro às 23h, trará Rose é a doméstica mais famosa entre os gays para Santa Catarina, em um show inédito no estado. Ela se tornou mais que uma simples faxineira, além de amiga ela defende as Bil com unhas e dentes, e ela estará em Floripa arrasando e fazendo um extra como diarista na Festa GANDAIA na próxima sexta-feira(06), no Concorde Club.

Numa paródia de "Halo", de Beyoncé, intitulada, apropriadamente, "Grelo", Rose canta seu apreço pelos patrões gays. O resultado é hilário e politicamente incorreto: "Eu passo as noite sem dormir, lavando as roupa e pondo no varal, as bicha só tem calça da Diesel e cueca da Calvin Klein", diz um trecho.
Desbocada e com sotaque carregado, Rose é uma homenagem a todas as mulheres que ganham a vida executando tarefas domésticas. "Eu sou apaixonado pelo universo das empregadas domésticas. É um material inesgotável", admite Lindsay Paulino, que hoje atua profissionalmente nos palcos de Belo Horizonte.
A mulher “trabalhadeira” chamada Rose, famosa por se tornar a doméstica dos gays depois que postou seu vídeo na internet cantando "Grelo", paródia de "Halo" da cantora pop Beyoncé, está com tudo! A vida de Rose está sendo contada no teatro, no espetáculo: “Rose, a doméstica do Brasil”.

O ator Lindsay Paulino, quem dá vida à Rose, contou para ao Muza, com excluZividade, curiosidades e um pouco mais sobre a empregada que conquistou o público na internet e também nos palcos!

Lindsay ressaltou que antes de existir a Rose e a repercussão na internet existia, para ele, o teatro. Por isso, a transição para os palcos, foi algo natural. “Não foi um processo que partiu do vídeo, foi um pretexto e não um processo.. porque não contar a historia desse personagem no teatro, já que eu sou ator?”. A diretora do espetáculo, Adriana Soares, revelou que suas interferências foram mínimas: “fluiu de uma maneira natural”, ressaltou, acrescentando que eles buscaram histórias de suas infâncias e talvez por isso haja tanta identificação do público.Confira o sucesso Grelo - https://www.youtube.com/watch?v=4lDuolBSRcc

■ Antecipado R$ 30,00 (Primeiro Lote Limitado)
Pelo site www.conca.com.br ou nas bilheterias do clube de segunda a sexta das 13 as 18hs.
Novo ponto de vendas - Loja Uzze-me. Av. Rio Branco 622 - Centro - Florianópolis/SC. Tel. 48 3025.3699
■ Lista: R$ 35,00 Limitada (Sujeito a alterações)
(entrada até as 2h).
■ Na hora R$ 40,00 (sujeito a alteração).
Aceita-se cartões de débito e crédito.

Meia entrada para estudantes: Vendas antecipadas nas quarta-feiras. (Favor Verificar disponibilidade)

Aviso: Este artigo contém palavras de baixo calão

Fernando Schweitzer - Actor, director, jornalista e filho da puta


Um banda de filhos da grande mãe estão a escutar a merda de Adele falando de "desencontros", mesmo que essa prostitutas asquerosas, na qual incluo você, sequer saibam e jamais saberão inglês... Muito menos britânico!!! Mas estarão, além de me cobrar que eu escute esta bosta, sem sentido da hipercalórica pseudo diva inglesa, ou britânica para os mais imperializados... que eu, além de escutar, goste deste placebo de música.

PORRA!  É sério... que você... é você... que se diz um ser humano, ainda não entendeu como funciona o imperialismo. Miércoles... Esta m... se debate desde a década de 30. Daqui a pouco completamos 100 anos de debate.

Caraca! É preciso usar uma terminologia de 2 décadas atrás para mostrar que a atualidade é mais bosta, mesquinha e conservadora que a decanos atrás.

Vão dizer que exagero. Claro. Sem argumentos.. Mas a pouco tempo Monteiro Lobato foi censurado... Neste país de merda que se diz, justo, amplo, liberal e democrático.

Quanta merda encontro fora da privada!

sexta-feira, outubro 16, 2015

Ártemis: Câncer, poesia e sensibilidade em mostra fotográfica no CIC



Por meio de 20 fotos, de André Alexandre, com poema escrito no corpo, a sensualidade de mulheres que estão lutando ou que conseguiram vencer o câncer de mama é retratada.

Os poemas são do jornalista e escritor Paulo Ras, que completam o simbolista lírugo e dramático de cada obra dentro da exposição.


“Ártemis: deusa, mulher, guerreira” estará a partir desta quinta-feira (15) no Centro Integrado de Cultura, na capital. A mostra retrata a sensualidade de mulheres que lutaram ou ainda lutam contra a doença.


Exibindo integrantes do Instituto Peito Aberto, criado em 2013, para dar apoio à pacientes com câncer de mama. Atualmente, 40 mulheres fazem parte do Instituto. Os artistas, mostram que apesar da doença, a sensualidade e a feminilidade persistem nestas pessoas acometidas pela doença.

Acompanhe as entrevistas realizadas no CIC, na última noite com os artistas responsáveis:


 




segunda-feira, outubro 05, 2015

Festa Gandaia: Sexta-feira trará show épico com Inês Brasil e Selma Light

Marcelo Haubrich e Inês Brasil
Em uma das casas de entretenimento mais tradicionais da capital catarinense, a Concorde Club, ocorrerá mais uma edição da badalada Festa Gandaia, com uma atração nacional que promete tirar o sono e movimentar a noite de sexta-feira(09). A atração da vez será a personalidade da mídia Inês Brasil(44), cantora que se tornou famosa em todo o país e nas redes sociais desde que seu vídeo de inscrição para o "BBB13" se tornou viral na internet, e graças a isto lançou um CD.
  

A Gandaia, já acontece a mais de dois anos e focada no público alternativo de Florianópolis, tem desconstruído o estigma de que a cidade possui apenas festas caretas e pasteurizadas. Além da DJ e promoter Rose Nogueira, a festa contará com Marcelo Haubrich, Anderson Negão e Smile nas pick-ups; e a condução de Selma Light, conhecida apresentadora, cantora e Drag Queen.

Inês Brasil é também a dona de bordões que estão na boca do povo, como: “Me chama que eu vou Bial!!!”, “Alô, alô, graças a Deus!”. Ela recorda que um dia chegou a sua casa em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, e “o telefone não parava de tocar, com gente que não conheço ligando pra me dar parabéns, mas eu não tinha entendia nada, e aí entrei na internet e me dei conta...” - lembrando-se do momento em que seu vídeo de um dia para o outro passou de 100 mil acessos no YouTube.

Próximo a completar sua centésima edição, a festa Gandaia, trouxe um novo conceito as noites de Florianópolis. Inspirada na Gambiarra, festa que ocorre na cidade de São Paulo e busca atender a um público cult e de perfil alternativo. 

Ao mesclar tendências musicais entre o vintage e o atual, e colando na grande onda das festas retrô, que tem arrastado multidões, abre espaço para artistas de grande êxito nos anos 80 e 90(as chamadas celebridades B) e também novos talentos e DJ´s que se inspiram e transitam por este novo seguimento do entretenimento noturno no país.


Inês Brasil faz convite para seu show em Florianópolis no YouTube:

Serviço

O que? Festa Gandaia
Gênero? Show + Discoteca
Aonde? Concorde Club - Av Rio Branco, 729 – Centro - Florianópolis/SC
Contato? (048) 3222 1981 (048) 91814761
Quando? Sexta-feira, 9 de Outubro
Horário? 23:59
Preço? ■ Antecipado R$ 30,00 (Primeiro Lote Limitado) ■ Na hora R$ 40,00 (sujeito a alteração).

Vendas Antecipadas? Pelo site www.conca.com.br; nas bilheteria de 2ª a 6ª, das 13 as 18hs. Loja Uzze-me - Av. Rio Branco 622.

sexta-feira, setembro 04, 2015

Buenos, Buenos Aires

Muchos que no comprehenden siquiera su lengua y su propio país criticaran a mí antes, durante y después de y por haberme ido a vivir en la Argentina...
Con pros(y no hablo del partido) y en contras, hoy seguro puedo friamente evaluar e decirlo además: Fueron mis más raros y más felices días en esta encarnación!
Si deseo llegar a tener días mejores? Por supuesto! Puéis querer mejorar y evolucionar es la razón de continuarse a vivir!!!
_____________________

Várias pessoas que não entendem sequer seu próprio idioma e país me criticaram antes durante e depois por eu ter ido viver na Argentina...
Com prós e contras, seguramente hoje posso avaliar friamente e dizer: Foram os poucos e mais felizes dias de minha encarnação!!!
Espero ter dias melhores? Sim!!! Pois querer melhorar e evoluir é a razão de se continuar vivendo!

terça-feira, agosto 11, 2015

Uma certa virada!

Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista


A exatos 12 anos, no meu início na noite de Florianópolis, foi quando por primeira vez fui a uma balada. Porque?

Eu era um romântico-inocente, hoje sou apenas romântico.

Aquele 31 de Dezembro de 2003 iria mudar minha vida, minha concepção de mundo e até com algumas experiencias posteriores, mudar minha maneira de olhar o ser humano.

Outrora jovem, eu, um pueril ator, e apaixonado por um ator de minha ex-ex-companhia ao qual havia meses antes me declarado em cena piegas e patética que não comentarei para não estender-me, mais, tinha planejado passar na Praia do Campeche a noite boa, aqui nominada Réveillon.


Obviamente seria na companhia do ser amado. Seria... Apenas seria. Esperei todo o dia, toda a noite pela chamada naquele velho celular tijolo. E como um tijolo carregado ao sol cada vez mais me pesara.


Ao que a desesperação se acirrara em meu peito o número de tentativas de ligar aumentava, pois em tese me ligarias após ser definido em qual de seus amigos passaríamos a virada do ano.

Nunca recebi essa chamada. Então, as 23:47, após um jantar familiar com alguns parentes distantes e outros ainda próximos minha face era a mais nítida expressão do ano velho.

Houvia os fogos, fingia um sorrir, transbordava em lágrimas secas.

Que cousa louca era aquela? Que dor era aquela? Que virada era aquela?

Foi a virada da minha vida. Já passados umas dezenas de minutos, chamei um táxi. Disse o nome de um discoteca, me surpreendi pois o Taxista me diria: "Acho que vai ter trânsito... Em uns 40 minutos chegamos...". E eu mudo, carnificado em minha angústia e pena.

Ao chegar e após um trânsito infame de pessoas felizes, ou descobriria eu mais tarde, pessoas que fingem melhor que eu os seus temores e dores.

Estava tão fora de mim. Ou melhor, tão entro de mim, que não havia fora. Hoje sei que em uma noite assim a fila é enorme. Neste dia, não! Naquele instante não.

Paguei R$ 20,00, a moeda era mais valorizada em 2003. Hoje um ingresso antecipado é o dobro. Entrei. Uma onda de pessoas me carregava de lá pra cá, daqui pra lá. Pessoas que jamais pensei estarem ali, ali estavam. Estás e desconhecidos me cumprimentavam, desejando feliz ano novo...

Tinha uma raiva imensa e mim e do mundo. Demorei cerca e 2 horas intermináveis para assentar minha alma. Então fui iluminado pela racionalidade. Pensei: Gastei R$ 20,00 e todos a minha volta parecem felizes e eu? Gastei o mesmo e não estou... Já sei! Sou ator, posso fingir estar feliz, quem sabe assim recupere o valor do ingresso. Me fingindo feliz, as pessoas em volta me veriam feliz, e quem sabe assim alguém me olharia por fim.

Deu certo. Três. Três rapazes lindos beijei esta noite.

Hoje eu não sou mais inocente, jamais voltei a beijar três pessoas na mesma festa. É mais fácil passar três festas sem ninguém beijar-me. Mas o alento que possuo é que ao menos hoje aprendi. Aprendi a fingir coisas para a sociedade e atuar fora dos palcos e cenários.

O pão nosso de cada dia!

Fernando Schweitzer, Florianópolis - Actor, Director Teatral, Cantante, Escritor e Jornalista

O pão nosso de cada dia nos cotai em dólar, santificado seja o nosso câmbio, bendita sois vos oh nossa safra... Lá, lá, lá... Blá, blá... O bom de não termos incorporado a cultura italiana de comer-se com pão a mesa em todas as refeições. O pãozinho de trigo, ou pão francês subiu mais de 4 vezes percentualmente que a inflação do ano.

Mesmo considerando que este ano, a safra brasileira do grão deve chegar a 5,7 milhões de toneladas, contra 4,2 milhões de 2012. Ainda assim, o câmbio deve pressionar os preços, já que o trigo é cotado em dólar, e o Brasil é exportador. Isso acontece porque nem todo o trigo tem qualidade para ser usado na produção de pão. Boa parte é destinada à fabricação de massas e biscoitos e, como não há demanda suficiente parte é direcionada ao mercado externo.

Estou confuso... Humanizaram o super-homem, compramos trigo cotado em dólar e em algumas cidades as passagens baixaram de preço. Mas em Floripa com o  segundo maior custo de vida do país, ainda não se fala e reduções de valores no transporte público.

Esse é o momento de nos perguntarmos: Será que meu cachorro, o quente claro, também vai aumentar? Depende. A resposta é sim se ele for um hot-dog, pois o dólar subiu. Não se ele for um cachorro-frio, pois o gás também subiu, mesmo o Brasil sendo auto suficiente em petróleo. Pra quem não gosta de matemático está ficando complicada a coisa.

A cultura nacional sempre e historicamente desvalorizada receberá em alguns meses uma ajudinha, com o vale-cultura. Que ninguém sabe ao certo como funcionará. Mas cadê o vale-pãozinho? Pois se a política era tradicionalmente pão e circo? Será que só um dos itens nos bastará?

Tudo está muito louco. Se exporta petróleo e se impota gasolina. Se exporta trigo de má qualidade e se importa outro dito melhor, mas cotado em dólar. Se criará um vale para consumir-se cultura de 50 mangos, mas um show hoje mesmo com patrocínio de órgãos públicos ultrapassam esse valor.

Tenho sono, mas tenho TOC e tenho medo de dormir... Confuso! Quero casar, mas casamento está fora de moda e não tenho com quem, ainda caso tivesse teria de fazê-lo em outro país. Confuso! Um não fumante é atingido por um cinzeiro. Confuso! Salário de parlamentares ultrapassam o  valor de países de primeiro mundo. Confuso! Quero um cachorro, mas sou muito irresponsável para cuidar de um...

Esperemos o papa, para ver se ele vai reclamar do preço da Ostia e que na Comissão da Verdade do Congresso tenhamos os agentes e ex-agentes que praticaram torturas durante o estado de exceção criado pelo governo militar. O momento é retrô, nas idéias e nos ícones. E que não nos deixeis ficar sem o pão e livrai-nos do mal, da utilização de aviões da FAB por políticos do mal, amém.

segunda-feira, agosto 10, 2015

Estou a Perceber

(Poema de Nando Schweitzer)
Felicidade o que é?
Feliz quem o é?
Eu, sim, sou eu
A felicidade te tira o sono, te tira a fome
Nunca te sentistes assim?
Eu, sim, eu sou
A exacerbação de endorfinas, serotoninas e dopaminas correm em mim agora
Meu corpo, meu sangue, minhas pupilas, minha alma
Cores, sabores, fulgores, odores...
Traços perfeitos a se disfarçarem de imperfeições
A felicidade é para poucos
A felicidade as vezes ali está e não percebemos
Em tons pasteis é a felicidade, pois não satura
Estou a percebê-la. Percebes?
Estou a desfrutá-la. Percebes?
Estou
Tanto, e muito, que esse muito é meu tanto
Tanto e tanto, muito, sois mais
Nem quero mais, nem quero nada
Nem quero tudo, nem quero estrada
Nem quero ir, nem
Nem quero mais morrer, nem
Nem quero quem, nem o bem, nem
Nem quero nada a mais que dormir
Depois de 42 horas de insonia boa
Daquelas que não dormes porque não podes
Não podes porque não queres
Não queres porque estás a perceber
Percebes?
Feliz, eu?
Peregrino de mim mesmo
Corredor sem janelas
Observador paciente
Paciente sem enfermidade
Curandeiro da alma
Terapeuta do riso
Deixe-me, apenas sem me deixar
Fique-me, apenas
Percebes?
Feliz?
Eu, eu, eu, eu,
Mais, muito, e mais...

quarta-feira, julho 29, 2015

Navegante

Poema de Nando Schweitzer

Quão pode ser sutil um respirar
Quão sonho com estar ao silêncio, mórbido, apenas a lhe escutar
Navegar no teu leito
Nascer em seus afluentes sorrisos, invadido em sonhos somente

Quartzo que rompe lento
Quimera descabida ou desalento, áspero, viver sem seu alento
Nunca, sempre, tarde, cedo
Nunca lento será meu coração que sempre tarde bate

Quando cedo lhe vejo... Lento


domingo, julho 26, 2015

Zorra: Programa por primeira vez faz humor inteligente



É a notório que o mundo televisivo tem mudado a passos largos nos últimos 10 anos. Mas que avanços tecnológicos, temos evoluções sociais. É um grande contra-censo. Ao mesmo que a população se encaretou nos últimos tempos, a TV tenta esforçadamente conter sua queda de audiência e a fuga de público para outros meios de comunicação.

Quando em 1997 escrevi um espetáculo teatral e minha ex-diretora o achou impróprio para ser montado, e eu reclinei-me introspectivamente e o guardei a gaveta, não tinha noção de seu futuro, tão pouco o do país. Já em 2004 ao estruturar minha própria companhia pude montar o mesmo, e ter a mesma diretora à estreia. Eis que fui perguntado se teria modificado o texto. A resposta fora um retundo não.

Esta parábola lhes conta para contextualizar que, as pessoas mudam, seu entorno muda. Hoje vejo pessoas de um perfil libertário não enxergando a libertação de retrógrados conservadores. Hoje o humor de contestação e de cunho quase de vanguarda começa a querer despontar na líder de audiência, a Rede Globo. 

A linha editorial da emissora foi forçada a mudar para sobreviver como grupo de mídia. O próprio Jornal O Globo já havia reconhecido o equivoco de terem apoiado o governo militar, e este ano a emissora de TV do grupo também o fez através de editorial do Jornal Nacional. E no entretenimento se mostrou esta nova faceta no novo Vídeo Show e no programa Tá no Ar... E agora o Zorra bebeu do formato do Tá no Ar, e resgatando algumas posturas do antigo TV Pirata. 

Obviamente não creio que a emissora carioca tenha se tornado menos conservadora. Mas sim que o Brasil se tornou tão conservador que a Globo hoje pareça ser vanguardista quando ao ver seu horário nobre afundar o reformulou. Este acidente de percurso criou o Novo Zorra. 

Claramente o novo humorístico traz uma tentativa de inovação e é muito superior a colcha de retalhos e cacoetes de péssimo gosto que era seu antecessor o Zorra Total. Vejo como uma evolução... Ainda a quem do que gostaria. Mas pontualmente o vídeo postado nas redes intitulado "Festival Musical do Coxinha" é muito, mas muito avançado para os dias retrógrados de hoje. Seja no teatro, TV ou música hoje o país é muito mais careta que a 2 décadas atrás.

"Um festival de musica para aqueles que não ficam se a democracia ficar" é uma frase emblemática e muito ácida que abre o esquete, e seria impensada como presente em um programa da Rede Globo. Sejam nos históricos Os Trabalhões, ou mesmo nos metidos a politizados Casseta & Planeta ou TV Pirata, nunca na história deste país e desta emissora algo deste ímpeto foi recitado.



O vídeo no Facebook já ultrapassa as 850 mil visualizações neste link - https://www.facebook.com/sensacionalista/videos/965801686796032/, e tem causado discussões vazias e acaloradas. Mas o que surpreende são comentários que dizem que o vídeo tem como objetivo degradar a boa música brasileira.

Atento ao conteúdo das faixas a plateia se vê um real cuidado para com o esquete. Frases como: "Volta General"; "O povo não tem cura, volta à ditadura." Recheiam e completa este inusitado e cru vídeo que sim consegue ser critico e bem humorado.

Penso que toda e qualquer paródia por si só são uma forma de se enaltecer o valor de uma canção. E pela primeira vez vi uma paródia desconstruir um discurso histórico, o dos festivais da canção dos anos 60 e 70, e assomar-se de uma discursividade ímpar aonde critica o pensamento reacionário através de uma burlesca e divertida alusão ao momento atual da política brasileira. Esta que vê-se aos berros e nos jornais de hoje, o de pedidos inflamados de regresso ao regime de exceção, a ditadura.

Destaque para o tema Disparate, versão de Disparada. Ao que o grandioso Paulo Silvino canta "... já falei com o coronel para o Congresso fechar!". Ou a magnifica A Banda Naval, e o trecho que diz: "dá choque neste coxinha, que adora torturador."

Aviltantemente o programa ao que realiza algo inédito, ser engraçado, não é compreendido. O Brasil é um carrossel travestido de montanha-russa. E nós? Ainda somos os mesmos, mas não vivemos como nossos país. Estamos pior: acéfalos, inquietas e coxinhisticamente reacionários.

sexta-feira, julho 10, 2015

Uma tese indefesa, de uma defesa maior que qualquer tese

Fernando Schweitzer - Jornalista, diretor teatral e anti-sócio-normativo

“Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.” - cito. Este um suicídio forçado, que retardou por casualidades múltiplas em dez anos uma das várias ditaduras que vivemos. Este que se assemelharia em demasia a ditadura do capital e do coxinhismo sócio normativo e do padrão Globo de jornalismo que vivemos, aqui, ali e acolá; antes, sempre e também agora.

"Sigo o destino que me é imposto." disse, e eu sigo-lhes também. O destino, o imposto e sem um vintém. "Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci." Depois de décadas de luta pelo Brasil e pela arte, 1800 e tantas apresentações, 200 e tantas personagens, 117 espetáculo, sucumbi. "Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo." Ah! Oxalá! Quem dera! Perseguido, boicotado e censurado pelo status quo das corrutelas. Me vi sem tablado, com um público, mas expurgado pela frase pública jamais publicada por nenhum pasquim desta terra que alardeia sua qualidade de vida e nível cultural: "Este espetáculo não é condizente com o Teatro Álvaro de Carvalho, e sua temporada está sendo cancelada!" afirmou Márcia Dutra, diretora à época do TAC, mas até hoje sem formação teatral técnica. Pensei na melhor vingança possível, mas a melhor me ocorrerá meses depois. Fazer jornalismo! Pois se não podes vencê-los, torne-se um deles.

Há quem diga que o suicídio de Getúlio Vargas adiou um golpe militar que pretendia depô-lo. O pretendido golpe de estado tornou-se, então, desnecessário, pois assumira o poder um político conservador, Café Filho. O golpe militar veio, por fim, em 1964. Hoje me vejo a merce desta banca, pois: "A AV-1 do acadêmico que está realizando TCC será atribuída exclusivamente pelo orientador de conteúdo. A AV-2 será computada em 70% a partir da nota atribuída pela banca e em 30% a partir da nota atribuída pelo professor orientador de metodologia." E todavia penso na subjetividade do termo acadêmico e que faço comunicação por não ser um protótipo de gênio ou calculadora científica. Do grego academo, o termo surge para afirmar e nomenclaturar: espaço de diálogo para o ascender do conhecimento. Será?

Anos de desprezo da mídia, me pareceram por um momento poder exterminar. Eis que aí não cito, ou, me re-cito: Nada de raiva, pois raiva é passageira, prefiro o ódio pois este é definitivo. "Não querem que o povo seja independente." Afirmo, não querem o jornalismo independente. "Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho."- profanou. Assumi-me jornalista publicamente, profanei. "Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano." E eu? Minguando. Não sirvo para o padrão. Quiçá um dia! Mas já palestrei na Pós-Graduação da USP ao lado de Clóvis de Barros Filho e o digníssimo professor Chaparro. "Veio a crise do café...", mas nunca a crise de valores. Era tarde, a 3ª fase me asfixiava, não havíamos aberto a lanchonete do neoconservadorismo ainda, mas já saltitavam na gordura sócio-normativa as coxinhas.

Enquanto desmilinguido, eu, e também o original ouvíamos o esbravejar de muitos mafiosos, e outros incapazes, e outros nem um nem outro: Lutei por esta vaga e por isto lá estou. Mas enquanto e por quanto tempo "Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue." também pensei eu e ao auto-exílio parti. "Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.", ou melhor, deixar-lhes feliz com minha partida.

"Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado." Mas em Buenos Aires estarei. "Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos". Mas outro jornalismo eu farei. "Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação...". Mas se "Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta."? Não, não sei. A crise por lá veio, o outra vez aqui regressei. Mas quando disse Getúlio: "Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão...", ou não! Pois meu sangue derramado em um assalto recente não gerou uma linha dos diários. Nem uma nota de ex-coleguinhas de faculdade, nem daqueles com quem conjunções carnais cativei. Como outrora, hoje tão poucas matérias vislumbrei sobre este que estão por assistir.

Sei que discursos e grandes reportagens são enfadonhas. As vezes. Quando não realizadas por mim. "Ironia do destino ou coincidência, o tema para o documentário de Fernando Schweitzer surgiu quando o jovem procurava um banheiro para fazer suas necessidades físicas básicas. “Recados de Banheiro”, produzido nos últimos seis meses, retrata e analisa as mensagens escritas em banheiros de diferentes universidades de Florianópolis e São José. o curta afirma ainda que as mensagens escritas vão além do vandalismo. “Já enviei o documentário para alguns festivais, agora aguardo retorno”", conta Schweitzer ao Jornal notícias do Dia de 09/07/2015. O documentário que teve como sua maior dificuldade de produção encontrar pessoas que escrevem as mensagens pois estas acredito usam do anonimato para exasperar suas frustrações e ideologias; e que este “é um documentário jornalístico e cinematográfico" que seguindo a adenda do manual de TCC da instituição deve contemplar interdisciplinaridade.

Desmistificar o impacto sociológico e as intenções, objetivos das pessoas que veem neste suporte e locais uma forma de comunicação para interagir com um público "reservado”, mas ao mesmo tornar-se público e parte dele. Sair do isolamento do mundo ideal, em uma taxativa e desesperada averbação de si para com o outro. Buscar do público-receptor qual o impacto e as intenções, objetivos e sociocultura das pessoas que veem neste suporte e locais uma forma de comunicação para interagir com um público que não podem atingir ou sensibilizar por outros canais e mídias. Abordando assim o atravessamento e impacto destes recados para os usuários de banheiros públicos.

Já estive na TV internacional, pero nunca fiz Jornalismo de Celebridades. Não sou Baduíno, nem um Menezes, tão pouco tenho glória ou me chamo Maria, mas já tentei levar uma Vida de Michê. Mas se Rir é o Melhor Remédio, ou se um dia dirão que hoje este TCC virou piada, não sei. Mas independente do resultado hoje dado seguramente não farei uma homenagem nem ao Figueirense ou Avaí. Pois quando me torne presidente proibirei o futebol por 5 anos para que as pessoas deixem de ser alienadas e seres irrecuperáveis do ópio que é o jornalismo de entretenimento vazio e fugaz. Sempre vivi a vida de outros e nunca a dos outros, sou ator sindicalizado desde 2001, mas meus conteúdos sempre foram 100% originais. Não existem comparativos, embora se afirme que os critérios de avaliação são sempre os mesmo. Não entrevistei meu pai, não entrevistei meu avô, não usei fontes falsas. Não sou o padrão Estácio de Sá.

"E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória." mesmo que não seja agora. "Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém...". E rezo que assim seja quanto ao jornalismo também. Desato aqui um nó. Não o da gravata, pois a muito tempo já o desfiz, refiz, desfiz e usei, fiz e refiz e não usei. ¿Se "Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate."? Poderíamos o mesmo Getúlio e Eu hoje dizer: " Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.", ou, saiu do Centro Universitário Estácio de Sá para adentrar ao mundo.

Mas certo de que seja qual for o resultado após o termino do documentário, seguido de apreciação da banca. Nos encontraremos em um karaokê aqui perto e cantaremos Roda Viva, de Chico Buarque. Com vocês, Recados de Banheiros - Comunicação Escatológica




segunda-feira, junho 22, 2015

Documentário e Ficção preenchem programação do FAM nesta segunda.


Embora com um início muito repetitivo o documentário do diretor Kiko Knabben, realizado em Florianópolis que conta a história de amor à arte e à cultura e uma vida inteira dedicada à Capoeira, foi bem no seu fundamental, retratar a história e desenvolvimento da capoeira na cidade. O documentário aborda com sutileza a vida e atividade de ícones da ginga e capoeira como Mestre Nô, mestre baiano, hoje conhecido internacionalmente por sua tradição e seus fundamentos, que influenciou, de maneira direta, as primeiras gerações de capoeiristas em Florianópolis e contribuiu com a formação de uma identidade chamada de Capoeira da Ilha.


Seguido pelo show de Moriel da Costa, que por segunda vez mostra seu trabalho autoral e também participa do documentário Nego Bom de Pulo. A noite ainda reserva a mostra de curtas catarinenses as 19h e o longo paraguaio Latas Vacías, de Hérib Godoy, que será exibido as 21h, no Centro de Eventos da UFSC, na Mostra de Longas do Mercosul.


sábado, junho 20, 2015

Abertura do FAM sacode o marasmos da capital catarinense

Evento ocorre entre 19 e 26 de Junho no Centro de eventos da Universidade Federal de Sata Catarina

Ontem teve inicio o 19º FAM(Florianópolis Audiovisual do Mercosul) com o filme A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante. A ficção do pernambucano causou controvérsia entre o público. Enquanto muitos interagiam com as poucas piadas da trama, outros saiam da sala a reclamar do ritmo lento do filme.

"Em um pequeno vilarejo no Sertão, três histórias de amor e desejo revolucionam a paisagem afetiva de seus moradores. Personagens de um mundo romanesco, no qual suas concepções da vida estão limitadas", segundo o release o que poderia causar uma empatia, pela fraca fotografia e problemas no conceito de montagem do filme trazem uma película arrastada e sonolenta.


Como evento previo ao filme houve uma exibição dos artistas Tatiana Cobbett e Marcoliva, conhecidos pela atitude cênica e forte pegada poética em um repertório que pesou-se entre músicas inéditas e outras conhecidas da música popular brasileira. A mostra paralelas também ocorrerá neste sábado as 20:30h, entre a mostra de curtas e o longa que sempre tem inicio as 21:00h, no FAM.

O Fam continuará com programação eclética até o dia 26 próximo. Na pouco movimentada capital catarinense este é o grande evento que mexe com a cidade e levanta a questão: Cultura x Marasmo.

Confira a programação: http://www.audiovisualmercosul.com.br/por/programacao/2015/06/19

Neste final de semana, 14 filmes serão exibidos durante o FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul), nos períodos da tarde e da noite, no Centro de Eventos da UFSC. Todos são gratuitos.
O sábado começa quente, com a estreia nacional do documentário “Desculpe pelo Transtorno”, de Todd Southgate, que narra a destruição do famoso Bar do Chico, na Praia do Campeche, em Florianópolis. Por trás de uma demolição que mexeu com a comunidade, surgem questões ligadas a perda de tradicionais espaços públicos para a crescente especulação imobiliária que assola a capital. O filme será exibido às 16h30.

Logo depois tem início a Mostra de Curtas Mercosul, tradicional janela para o audiovisual produzido por jovens cineastas da América Latina. Os filmes da noite são: A Própria Cauda, de Virginia Jorge; Joaquim Bralhador, do cearense Márcio Câmara; O Bom Comportamento, de Eva Randoplh, e o argentino Padre, de Santiago Grasso.

A noite encerra com o filme colombiano “Los Hongos”, de Oscar Ruiz Navia, um mergulho intimista na vida de um jovem negro, que tenta sobreviver através da arte, em uma sociedade excludente.

Às 12h30 tem início a Mostra Preferência de Público, com os filmes mais votados no dia anterior, que voltam à tela nesse horário alternativo.  Às 16h30, o Doc-FAM apresenta Refugiados en su Tierra, de Fernando Molina e Nicolás Bietti.  Filmado ao longo de quatro anos no sul do Chile, o documentário conta a história de um grupo de pessoas que retorna à sua aldeia após a erupção de um vulcão.
Na Mostra de Curtas Mercosul, que acontece a partir das 19h, serão exibidos os filmes Escute... (São Paulo); O Segredo da Família Urso (Santa Catarina); Hasta el Dominó Siempre (Cuba) e Ed (Rio Grande do Sul).

O dia encerra com a aguardada exibição de Das Profundezas (21h), que aborda a vida de uma família de mineiros no sul de Santa Catarina, desde os movimentos que sucederam o golpe militar de 1964 até a organização de greves históricas. O filme é o último longa do diretor capixaba, radicado em Florianópolis, Penna Filho, falecido recentemente.

A expectativa é de que o festival mantenha a média de público dos anos anteriores, cerca 20 mil pessoas. O FAM 2015, que será realizado no Centro de Cultura e Eventos da UFSC de 19 a 26 de junho, acontece graças ao patrocínio do FunCultural/Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte/Governo do Estado de Santa Catarina e Petrobras, com o apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis / Fundação Franklin Cascaes, do Centro de Educação e Secretaria de Cultura da Universidade Federal de Santa Catarina e realização da Associação Cultural Panvision.

sexta-feira, junho 19, 2015

TV Digital tira a personagem de Pasquim do armário

 
São tantas as polêmicas de Babilônia, desde a péssima audiência aos casais homossexuais que deveriam penetrar a trama. Mas após o beijinho doce das irmãs Galvão... Digo, Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, o país parou e o caretismo virou marcha em contra a novela global.

Admito que a trama se perdeu, e muito pela opção da emissora de esconder as lésbicas anciãs da trama. E criar fócos fora do previsto peçlo autor. O coxinhismo congênito encaretou Babilônia. De um furor de sexo selvagem ninfomano da protagonista, a cenas nunca vistas como as divas do teatro e cinema, beijando-se à TV, a um gay afetado levando um gringo para cama, sem precisar se prostituir para tal, fomos a uma trama evangélica e sem sal entre Chay gatinho mirrado Suedy e uma feia sem graça.

Ufa. Resumi a angústia pós primeiro capítulo magnifico e resto de primeira semana morno a frio.
Aí esta semana por essa curiosidade mórbida do sinal de aviso do recurso info da TV Digital quis ver o que o Jornal Nacional tinha de conteúdo extra e eis que surge o menu da atração seguinte, Babilônia. Como estratégia de impulsionar a trama de mirrados 20 pontos no Ibope, a emissora carioca adiantou os créditos da novela, antes de sua exibição.

Comecei a fuçar e vi o perfil de Carlos Alberto, o viado enrustido que ia dar uns pegas no mister melanina da favela. Este mesmo que devido a pesquisas internas com público seleto e a pedido do mesmo teve de ser dilacerado e mudado. Antes um homossexual que iria sair do armário por apaixonar-se, agora um pastel sem sal apaixonado pela protagonista mais insuportavel da história do universo, a chata Regina, péssimamente defendida por Camila Pitanga. Quem se apaixonaria pela gritona da Babilônia?

O público mais desatento vai dizer, ela não era gay, e etc... Mas... Mas. Mas? esqueceram de atualizar o conteúdo nos menús da TV Digital. Pá! Abaixo a prova. Colocaram o Pasquim no armário porque as pesquisas apontavam que as chatas donas de casa não gostariam de ver o Pasquim pegando macho na TV...