domingo, dezembro 25, 2016

La Chicharra: O Jornal que faz ruído!

Por Nando Schweitzer -

É Natal e Chambón precisa de dinheiro. Seu Lino lhe oferece um salário extra, se ele escrever uma história comovente, simpática e terna. Chambón não consegue escrever mesmo com várias tentativas. Ao sair do jornal, um ancião quer lhe vender um exemplar de "La Chicharra" e Chambón decide comprar para ajudar o sujeito. Na última tentativa de escrever a história, Chambón redige uma carta para o Papai Noel, pedindo presentes para todos os seus companheiros do jornal. No dia da Ceia de Natal, o ancião que lhe vendeu o jornal volta a aparecer e surpreenderá a todos. Elenco: Roberto Gómez Bolaños, Florinda Meza, Rubén Aguirre, Angelines Fernández, Raúl Chato Padilla.

Apesar de não ser cristão posso entender a lógica e até mesmo compreender a genialidade de Roberto que como autor é um dos maiores fenômenos registrados até então, não que não possam existir outros. É indubitável que até mesmo ao escrever um dos últimos episódios de uma série que fala da nuances cômicas e trágicas da vida de um jornalista independente e sem contrato fixo que cobre matérias de pouca expressividade e é pago por reportagem, ele pôde ser fantástico.

Mas a careira do maestro Chespirito também teve um ligeiro recuo. Esta é a série "A cigarra"(La Chicharra), transmitido entre 1979 e 1980, que teve as aventuras de Vincente Chambón, um jornalista desajeitado e descuidado trabalhando no jornal que deu nome à série. Sua parceira mais próximam era a fotógrafa Candida (Florinda Meza), o dono do jornal, Don Lino(Rubén Aguirre). Apesar de ser a substituição de Chapolin Colorado, a série não foi bem sucedida e só teve uma temporada e 14 capítulos, sendo relegado para esquete até 1982. Existiu um remake no início dos anos 90: "Buena Notícias", produzido por Florinda Meza e estrelado por Juan Antonio Edwards, Paulina Gómez (filha de Chespirito), Mario Casillas e Eugenia Avendaño.

Creio que o grande pesar na produção é o estigma que sofrem os artistas não norte-americanos, pois se por lá o trabalho de um ator é reinventar-se a cada papel, pelo ares do sul o establishment busca impor como se latinos fossem seres desprovidos de versatilidade, o oposto. Se encontra em canais do Youtube atualmente disponíveis 14 episódios, aonde se pode apenas em espanhol admirar este lindo e sarcástico comediante sem tantas firulas como em outros de seus produtos televisivos. 

Enquanto vejo este romanesco jornalista, Chambón, a recusar mesmo que necessitando ganhar o seu suado dinheiro por matéria sinto que ao menos na ficção já houve um bom jornalismo. Dentre vários episódios que mostsram a versatilidade este artista e seus pares é o episódio "El Teatro". Neste uma das frases maiorais de Roberto: "Os Teatros têm memória...". Que conta a triste história da demolição de um histórico teatro aonde o jornalista "comodín" termina por dar vida a muitos clássicos do teatro mexicano e mundial em seu devaneio e conversa com um velho guarda-teatros. Pura filosofia!


sábado, dezembro 24, 2016

Vídeo gravado na capital aborda dualidade interna e de gênero

Gravado em Florianópolis, fundada como Nossa Senhora do Desterro, o vídeo com temática sobre aceitação traz como protagonista a atriz Lirous K’yo Fonseca Ávila

Fonte: Portal Som do Som


Banda Falso Coral, ganhou o seu segundo clipe. Depois de “Aurora (Espera Um Pouco Mais)“, a canção escolhida foi “Desterro”.

Gravado em Florianópolis, fundada como Nossa Senhora do Desterro, o novo vídeo aborda a temática de aceitação ao trazer como protagonista a atriz Lirous K’yo Fonseca Ávila, ativista da causa LGBT em Santa Catarina. Diante da discussão sobre representatividade que tão presente em 2016, "concluímos que a ideia que encaixava muito bem oferecer o papel para uma mulher trans, que no fim também retrata a jornada do indivíduo trans em se descobrir, buscando equilíbrio e identidade.”, explica o violeiro Luís Gustavo Coutinho, que assina a direção do clipe.

“Essa busca da qual fala a música amadureceu para a busca de uma pessoa por si mesma." No videoclipe, explorou-se a dualidade deste desencontro, com uma mulher interpretando as duas vozes, masculina e feminina. Com uma só atriz a ideia de que esse desencontro pode, também, ser interno. 

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Vem Verão: Exercícios a dois são motivacionais


  Hábitos do cotidiano e a vida moderna nos fazem muitas vezes perder a forma, a resistência e a saúde. 

Que a atividade física faz bem para a saúde “sensu latu” é inegável. O que não se pode conceber é o engajamento em programa de exercícios, sem o prévio   conhecimento da real  condição clínica. A sensação de ser aparentemente saudável não exclui o risco de alguma anormalidade assintomática do  sistema circulatório,  até mesmo de grave prognóstico, como  é possível ocorrer até mesmo com os atletas profissionais.
As mountain-bikes são bicicletas que a priori atendem a todo tipo de terreno (tanto que em Portugal e nos países hispânicos são chamadas de BTT – Bicicletas Todo Terreno). Mas se você for fazer um percurso longo, é melhor pelo menos trocar os pneus por pneus slick (lisos e, de preferência, finos), porque isso vai deixar a bicicleta mais “leve” por ter menos atrito com o solo.

Seria mais ou menos isso:

- Para andar dentro da cidade, apenas em ruas asfaltadas: qualquer tipo de bicicleta, seja estradeira, mountain-bike, bicicletas de passeio, comfort-bikes, reclinadas, etc., etc. Com uma ressalva: se o asfalto for muito ruim e esburacado, ou se parte do percurso é de paralelepípedos ou outro tipo de piso baseado em blocos de pedra/concreto/etc., fica ruim para uma bicicleta de estrada.

- Para pegar estrada de asfalto, o ideal é uma estradeira, que o pessoal geralmente chama de speed, aquelas bicicletas que têm um conjunto mais leve, que colocam o ciclista em uma postura mais aerodinâmica, tem pneus finos, etc. Reclinadas também se dão muito bem nesse tipo de terreno, principalmente se a distância é longa. Dá pra usar mountain-bike também, mas é bom trocar os pneus por pneus slick, que são mais finos e sem cravos (senão haja perna) e quem estiver em uma MTB não vai conseguir acompanhar o ritmo dos speedeiros, não só porque a bike é mais pesada mas também pela aerodinâmica do conjunto e pela relação de marchas. Se o grupo todo estiver de MTB, beleza, mas de speed você iria mais longe.

- Para fazer uma cicloviagem (uma viagem de vários dias usando como meio de transporte principal a bicicleta) você precisa de uma bicicleta diferente, que não é uma mountain-bike e nem uma estradeira, que tenha bagageiros para pendurar alforges e etc. Para isso é preciso preparo (psicológico e físico) e planejamento, se um dia você for querer fazer isso posso te indicar umas boas fontes de consulta.

- Para fazer trilhas leves (basicamente estradas de terra sem muitas pedras nem buracos), você precisa de uma mountain-bike, que pode ser até essas bicicletas de supermercado que chamam de mountain-bike mas que pra mim não são, são bicicletas de passeio. Outros tipos de bicicleta estão fora de questão (com exceção de alguns tipos de reclinadas).

- Para fazer trilhas de nível técnico médio e alto (estradas de terra muito esburacadas, com pedras, “costelas” e valetas, single-tracks, barro, etc.) você precisa de uma mountain-bike de verdade (as de supermercado não aguentam). Essa bike não precisa necessariamente ter suspensão atrás, mas tem que ter quadro e rodas resistentes, pneus adequados e uma suspensão razoável na frente, além de um conjunto de peças que não coloquem em risco a sua segurança. Comprar uma bicicleta de 100 reais e ir pra uma trilha de verdade com ela é ter que deixá-la por lá (e talvez deixar alguns dentes junto com ela).

- Para fazer Downhill (que a grosso modo é descer ladeira), você precisa de uma bicicleta especializada e cara, além de muita técnica. No downhill o ciclista precisa saltar obstáculos em meio à descida, literalmente “cair” no que chamamos de drops e enfrentar situações de risco e perigosas. Quem pratica isso a sério o considera, junto com o Freeride, como “o lado extremo do ciclismo” (embora pra mim isso seja uma definição mais egocêntrica do que descritiva, porque passar dias viajando de bicicleta sozinho no meio do nada tanbém é um tanto “extremo”). De qualquer forma, é preciso uma bicicleta muito boa, equipamento de proteção adicional (capacete fechado, colete, joelheira, etc.) e uma boa dose de coragem. Talvez até um pouco de falta de instinto de auto-preservação, hehe.

Quanto a uma bike servir para os dois tipos de passeio, dá pra subentender do texto acima, mas é mais ou menos o seguinte: se você tem uma estradeira, você consegue fazer estrada e passeios no asfalto (mas cuidado com buracos e valetas, podem estragar as rodas). Se você tem uma mountain-bike, consegue fazer tudo, mas se for pegar estrada recomendo trocar o tipo de pneu.

Se você tiver uma bicicleta de baixo custo, dessas de supermercado, consegue fazer passeios no asfalto, trilhas leves e até um pouco de estrada, mas com algumas ressalvas: em trilhas leves ela pode quebrar ou entortar a roda e te deixar na mão; em estrada, ela pode dar algum problema e também te deixar na mão no meio do nada. Em ambas as situações, você pode ter que voltar quilômetros empurrando ela (caso ainda dê para empurrar).

Em qualquer passeio que você for fazer, principalmente se fora do perímetro urbano, é bom todo mundo levar:

- Água: essencial

- Comida: não precisa levar marmita, pode ser barrinha energética, biscoito ou um sanduíche pequeno de pão com geléia, por exemplo. Você não vai querer ficar de barriga cheia, mas também não pode passar fome. Se o passeio for na cidade, você pode fazer uma parada em algum lugar para comer alguma coisa e tomar um suco. Recomendo que não tome refrigerante e prefira água, suco ou isotônico, porque refrigerante mata a sede mas não hidrata o corpo.

- Ferramentas: você pode precisar apertar algum parafuso no meio do caminho. Se sua bike é boa, você só precisa de chaves allen, que são vendidas em forma de um “canivete” que em vez de lâminas tem diversos tamanhos de chave. Chave de corrente também é bom ter, se ela quebrar você tira o elo ruim e emenda de novo, pra poder pedalar até em casa (depois compre outra corrente!).

- Câmara reserva: se furar o pneu, você troca a câmara e continua. Não esqueça as espátulas para tirar o pneu e, se a bicicleta não tiver blocagem, da ferramenta para tirar a roda. Se o percurso for longo, leve duas câmaras.

- Kit de remendo: se todas as câmaras furarem, você vai precisar remendar alguma delas para prosseguir. Um kit de remendo custa 2 ou 3 reais e quase não ocupa espaço, não custa levar. Consiste em cola, lixa e pedaços de borracha especiais para fazer o remendo (antigamente chamados de manchões), que devem ser previamente cortados em círculos do tamanho de uma moeda.

- Um documento (pode ser uma xerox do RG) e um papel com o telefone de um parente em caso de emergência e seu tipo sangüíneo, para poderem te ajudar se for necessário. A gente torce pra nunca precisar, mas também não custa nada levar. Isso pode ajudar a salvar sua vida.

Acho que deu pra dar uma geral, se tiver mais dúvidas é só perguntar de forma mais específica, que no que eu souber ajudar, eu te ajudo.

Meio que por acaso eu acabei citando nessa mensagem algumas modalidades de ciclismo, mas ainda existem outras, como BMX e Trial, que não se aplicam ao contexto do nosso papo (até agora). Trial é algo muito bonito de se ver e muito difícil de se fazer. Se tiver oportunidade de assistir a alguma apresentação, vá.

quinta-feira, dezembro 08, 2016

SOMENTE TU E EU: Substituto de última hora arrasa em nova versão de comédia romântica


Imbuídos de suas convicções e fé, Romam Pereira passará a questionar a maneira de viver e ser de Xabier Quiñoá e as suas próprias, e vice-versa. A figura histórica de Deus acompanha esse dois complexos personagens no caminho de peregrinação que farão até Santiago de Compostela. A ratificação da fé cristã e a desconstrução do ser humano como agente social passivo é parte preponderante do trabalho apresentado pelos atores Nando Schweitzer e Luis Gustavo. Sagrado e profano estão presentes em Somente Tu e Eu, esta peça questionadora e intrigante do autor galego. Diversos questionamentos emergem, tais como: Qual o alcance da fé? Existem limites para o ser humano? Afinal, qual a natureza do amor? Questões universais em um espetáculo cômico e comovente.
 
Abordando temas como sexualidade e religião, o espetáculo mostra o encontro de um seminarista pernambucano, Román (Luis Gustavo), com um fotógrafo galego, Xabier (Nando Schweitzer) em uma viagem de trem de Portugal à Galícia. O destino final de ambos é a mítica e mística cidade de Santiago de Compostela. O espetáculo Somente Tu e Eu, dirigido e escrito por Nando Schweitzer, conta a história de dois jovens completamente diferentes, que tomam um trem na Cidade do Porto, rumo à Vigo, no sul da Galícia. Ao embarcarem em Portugal os protagonistas se conhecem, e a partir desse momento, o comboio com destino à Galícia mudará não apenas suas vidas, como também suas percepções de mundo.
O Texto que se inspirou na conversa de Nando com um amigo muito religioso via internet, e que estreou em Porto Alegre em Abril de 2014 já teve apresentações também em Florianópolis, cidade sede da companhia A Tribo da Arte. O projeto de remontagem de Somente Tu e Eu surgiu da falta de teatros e a opção por uma peça de elenco reduzido para possibilitar viagens e apresentações em outras regiões do país. Há uma carência histórica no estado de Santa Catarina em que sua capital hoje conta com apenas 5 teatros, estando um deles fechado por falta de técnico iluminador responsável, o que ocasionou a impugnação dos editais de pauta neste último semestre de 2016.
Visto a falta de elenco para projetos ousados e sem patrocínio na cidade de Florianópolis o diretor galego residente na capital catarinense buscou uma solução inusitada para sua nova peça. Passou a contactar atores da cidade de São Paulo para integrar elenco de seu novo espetáculo. O diretor Nando Schweitzer afirma que "após vários testes convocados e não encontrar atores interessados e com perfil para o espetáculo" se viu numa encruzilhada, "ou desistia do projeto, ou buscava atores de outra cidade". No caso, a estreia sendo marcada para a capital paulista, passou a contactar via redes sociais atores até que encontrou após inúmeros percalços a Luis Gustavo e por fim pôde concluir sua incessante busca por elenco para o espetáculo. 
Luis Gustavo
Nesta nova temporada a peça tem como protagonistas o ator, modelo e produtor Luis Gustavo e Nando Schweitzer. Tendo estudado na Fundação Escola de Sociologia e Política (FESPSP) e trabalhando a anos no ramos publicitário e de moda o modelo e galã encara sua primeira personagem protagônica no teatro. Em meio a problemas de elenco a montagem se viu em busca de um ator para substituição à semana de estreia, e Luis Gustavo embarcou de peito aberto na montagem, estreando brilhantemente no dia 3 de Dezembro no Teatro Commune. Integrante de oficinas na companhia Amadododito, em São Paulo o ator vê "que espetáculos que promovam o entendimento do diferente e possibilitem debates dentro da sociedade" têm suma importância. "Não por acaso o espetáculo teve origem em Florianópolis cidade aonde já vivi, tenho grande admiração e pretendo regressar a residir um dia", e em tempo, "lamento que tão bela cidade sofra de problemas semelhantes quanto a cultura e em particular o teatro. Mas vivemos tempos de golpes..." - filosofa o artista. Agora como ator fixo da montagem ele pretende seguir as apresentações futuras pelo resto do país. Nando Schweitzer diretor e autor da peça comentou que "é impressionante que em menos de uma semana além de ter aprendido o papel com sotaque e outras coisas tenha sido o melhor Román das 3 temporadas da peça já na estreia" - derreteu-se o diretor.
A companhia está em cartaz na capital catarinense com a comédia grotesca O Cortejo, em um espaço cultural alternativo. O texto conta com tradução e adaptação também do diretor, no clássico de Jacobo Langsner, com previsão de estreia em São Paulo em 2017. Visto a falta de patrocínios em seu projeto e o numeroso elenco(10), a companhia optou por seguir em cartaz em sua cidade para fazer caixa e assim auto-financiar sua temporada nas próximas cidades e em paralelo regressar com o espetáculo Somente Tu e Eu.
SERVIÇO DA PEÇA

Quando? 3 e 4, 10 e 11 de dezembro/2016
Elenco: Luis Gustavo e Nando Schweitzer
Produção Executiva: Gabriela Siqueira
Texto e Direção Geral: Nando Schweitzer
Horário: (sábados e domingos) às 20:00h
Valor? Inteira: R$ 50,00; Meia: R$ 25,00 ANTECIPADO: R$ 35,00 (Número limitado por apresentação, definido pela produção)
Aonde? Teatro Commune: Rua da Consolação, 1218 - São Paulo
Contato: (11) 3476-0792 / 3476-8669
Nando Schweitzer
Nando Schweitzer, diretor, jornalista e cantor na montagem de assina texto e direção, além de interpretar Xabier, um pungente e divertido militante separatista galego e trissexual. Em seu último trabalho na televisão, o ator estrelou como Alexandre Nardoni, a terceira temporada de "Killer Instinct" (instinto assassino, para a América Latina), no Discovery Channel, série produzida pela Endemol Argentina para o canal e veiculada para todo o continente. Com mais de 100 espetáculos como ator e mais de 30 como diretor o artista criou o que é considerado o primeiro história de stand-up com personagens a cerca da comunidade LGBT no continente americano a estrear em circuito comercial, na mítica Calle Corrientes, epicentro cultural da capital argentina. No cinema atuou como Mazzaropi no docu-drama o Brasil é o Meu País, sobre a vida do cineasta e integrou o elenco de Identificados, o último filme da carreira de Raúl Cortes. Depois de uma "censura-boicote" em 2007 de sua obra maestra Juan & Marco, e um auto-exílio em Buenos Aires retoma sua carreira teatral no Brasil a cargo da direção da companhia A Tribo da Arte.
“Somente Tu e Eu” é uma comédia aonde Nando Scheweitzer, na pele de um fotógrafo galego separatista trissexual(Xabier) e que se interessará inconscientemente por seu companheiro de viagem, o seminarista(Román), que cheio de dúvidas sobre seus votos e sexualidade terá uma longa, inesperada e peculiar viagem, sendo interpretada nesta nova temporada pelo ator LuisGustavo radicado em São Paulo.
Assim como a intolerância por parte de fiéis que encontram problemas em conviver com as diferenças da vida cotidiana extraordinária e que geram ataques agressivos aos cidadãos contemporâneos em tempos difíceis como os de hoje, Somente Tu e Eu chama a reflexão e faz-se por questionar: Se somos todos seres humanos, pecadores ou não, iguais perante Deus, então qual a justificativa para a intolerância? O amor e a fé podem ser trazidos como sinônimos e neste contexto estão Román Pereira e Xabier Quiñoá.
O seminarista e devoto, estará preparado para a convivência com o que não orbita por sua moral? Seria um ateu e trissexual capaz de preconizar e ter a leveza da tolerância perante a um cristão perene? E a sociedade está pronta para estabilizar um convívio enriquecedor e de respeito as diversidades de opiniões? Tendo o ser humano como cena principal em uma trama envolta a religiosidade, história, sexualidade, filosofia e normalidade, com um texto inclusivo e enredo capaz de acrescentar conhecimento e novos horizontes aonde antes existira apenas um ponto final. O mítico Caminho de Santiago de Compostela.
2016: Nova etapa e temporada
Em parceria com a produtora Gabriela Siqueira, o espetáculo partirá para captação de recursos com o objetivo de levar ao maior público e cidades possíveis do interior do país a proposta cênica. E em uma segunda fase da parceria também traçar rumo a outros estados do país e levar a mensagem de Somente Tu e Eu além das fronteiras catarinenses.
O espetáculo teve estreia na cidade de Florianópolis e Porto Alegre em 2014, e nesta temporada alça voos mais altos. Além das cidades já previstas (São Paulo, em dezembro e Porto Alegre) a produção busca firmar contrato para apresentações em Curitiba e Rio de Janeiro.

sábado, novembro 12, 2016

França é o último bastião de liberdade por conquistar a ultra-direita?


Trump não costuma falar sobre as suas relações com a extrema-direita europeia, mas tanto o seu programa como o tipo de eleitores que cortejou são semelhantes aos que Marine Le Pen e a Frente Nacional (FN) perseguem há anos em França.

Os sindicatos franceses sabem bem que a Frente Nacional, um partido de extrema-direita, rouba eleitores entre os operários, com um discurso proteccionista em que mistura o nacionalismo económico com políticas de defesa dos trabalhadores. Marine Le Pen explorou ao máximo este filão para conquistar novos territórios eleitorais no Norte de França, zona deprimida devido à desactivação das minas de carvão e da deslocalização das fábricas para outros países – efeitos da globalização, tão demonizada em França.

Os eleitores de Marine Le Pen, em França, que se deixam encantar pelas promessas de saída do euro e de encerramento das portas aos imigrantes, não são muito diferentes dos que elegeram Donald Trump, que teve melhores resultados entre eleitores brancos (em especial homens), sem formação superior, que vivem em zonas rurais ou semi-rurais.

A vitória de Trump com este eleitorado é, para Le Pen, um bom augúrio para as presidenciais que terão a primeira volta a 23 de Abril de 2017, e para as quais é dada como vencedora na primeira volta. À esquerda,  o Partido Socialista está dividido e sem um bom candidato - François Hollande transforma-se cada vez mais num Presidente recordista de impopularidade. Para a segunda volta, no entanto, a aposta é que o candidato de centro-direita conseguirá batê-la.

sexta-feira, novembro 11, 2016

MÁRCIO FERNANDES: Critica sobre peça teatral "O Cortejo"

Colunista convidado
MÁRCIO FERNANDES


CRÍTICA: Espetáculo "O Cortejo"

A Peça é sobre uma família ascendentes de italianos que moram no bairro do bexiga em São Paulo. Uma idosa com cerca de oitenta anos, viúva, mãe de quatro filhos: Antonio, Giorgio, Sergio e Emilia. A confusão começa quando os filhos discutem para ver quem fica com a idosa e ela resolve desaparecer. 

Logo o que chama atenção é o local da peça, uma casa de verdade! Fico sabendo no final da peça que na verdade foi improvisado que o verdadeiro local seria ali perto, no mesmo terreno, com mais espaço. Mas acredito que não tenha lugar melhor que aquela casa. Me senti perto daquela família e senti todo o drama vivido ali. A casa junto com a trilha sonora ajudou muito sentir na pele toda aquela vivência das personagens. 

A primeira cena tem a personagem Suzana preparando comida e ao mesmo tempo embalando com os pés o carrinho com o bebê. O Improviso do boneco que fazia o bebe não estragou em nada a cena que segue com a personagem Giorgio o marido de Suzana e Mama Cora que é a idosa. Quem fez Giorgio foi uma atriz que foi substituida em ultima hora, mas não chegou a prejudicar a trama. As atuações dessa cena e as que seguiam foram fluidas. Era como se os atores andassem pela casa 

naturalmente. Fiquei sabendo mais tarde que não haviam marcações, penso que isso deve ter dado esse efeito de "deslize". Em nenhum momento ficaram de costas ou na frente um dos outros, tudo transcorreu naturalmente mas tecnicamente bem. 

As personagens usavam um sotaque característico "italopaulista" que lembra fielmente os ascendentes de italiano. A personagem Mama Cora que é a mais velha deveria ter um sotaque mais carregado, tipico das matriarcas dessas famílias. Algumas atrizes eram chilenas, mas ainda assim, o sotaque italiano "brasileirado" ficou bem evidente. Tipo de dialogo conturbado, alto e rápido em alguns momentos, ficaram muito engraçado. A personagem Elvira parecia uma autentica dona de casa italiana. 

A Peça cumpre o que promete, é engraçada e divertida. Tipo de comédia que faz agente levar questionamentos para casa. Um ponto baixo foi o final, ultima cena mostra a família abraçada e de repente se dão as mãos e Mama cora sai para fora com um de seus filhos e retornam. Ficou confuso, então algum ator fala "deu". Mas isso não estragou em nada as maravilhosas atuações dos atores experientes e novatos.

Ficha Técnica

Giorgio – PAZ MILLAN
Susana - CAMI DELBENE
Mama Cora – SUSAN MARGOT
Sergio – JACKSON BOSA
Elvira – THAIS MARTINI
Matilde - GABRIELA MAGNANI
Nora – RAISA CAROLINA
Antonio – NANDO SCHWEITZER
Emília - PAZ MILLAN
Adaptação e direção: Nando Schweitzer

QUANDO? 05(Estreia), 12, 19 e 26 de Novembro/2016
HORÁRIO? 17:00h (Estreia); 19:00h (Temporada)
QUANTO? P$ 15,00 (Quinze pila, colaboração mínima e forçosamente espontânea)
LOCAL? Centro Cultural MATRIKA - Rua: Auroreal, 716 - Campeche (Esquina ao Baia)


quarta-feira, novembro 09, 2016

Cuba se torna a primeira sociedade com 100% de jovens ateus

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País evoluído é isso aí! Pesquisa da Universidad de la Habana comprova que em Cuba, um dos países da região do caribe (país com a menor taxa do analfabetismo do planeta), jovens com menos de 25 anos não acreditam em Deus. E sabem em qual proporção? 100%! isso mesmo! 100%.

Um índice alarmante para sociedades ainda bastante religiosas como os EUA e o Brasil, que tratam a religiosidade e a crença em seres divinos como "evolução humana" quando a prática mostra justamente o oposto. Em grupos sociais menos racionais, a religiosidade se torna mais forte. O que sinaliza que a religiosidade é forte em mentes que ainda não souberam utilizar de forma plena o intelecto.

Cuba mostra agora uma juventude responsável e livre de ilusões, na dianteira da evolução espiritual e com a missão de eliminar a inútil e nociva religiosidade, que tem causando estragos de todos os tipos, além de provocar discórdia e preconceitos, desunindo a humanidade. No Brasil, a cada dia que passa, cada vez mais estragos ocorrem por causa da religiosidade e da teimosia em mantê-la.

Parabéns aos cubanos por se livrarem dessa escravidão ideológica e saírem em rumo da verdadeira evolução humana, sem deuses, santos, espíritos ou divindades de todos os tipos para os fazer perder tempo e desviar o foco de nossa sobrevivência.

domingo, novembro 06, 2016

A Bolsa de Empregos Públicos é uma fora de trabalhar em Portugal


Bolsa de Emprego Público (BEP) tem como objetivos fundamentais constituir-se como uma base de informação que permita simplificar e dar maior transparência aos diversos processos de recrutamento e de reafetação dos recursos humanos da administração pública, bem como facilitar os mecanismos de mobilidade. Pretende ser um instrumento que assegure a ligação entre a oferta e procura de emprego público, independentemente do respetivo tipo da relação jurídica, utilizando a Internet (espaço web), no que se insere nos objetivos da sociedade da informação e nos de uma gestão eficiente e transparente dos recursos humanos da AP.

A BEP será constituída por uma base de informação contendo: 

Ofertas de emprego público – dados das necessidades de recrutamento de pessoal expressas pelos Serviços e Organismos da Administração Pública, através do preenchimento de formulários electrónicos adequados; 

Procura de emprego público – dados dos trabalhadores em funções públicas que voluntariamente se disponibilizem para colocação por recurso aos mecanismos de mobilidade geral. 

As diversas funcionalidades da BEP são, sinteticamente, as seguintes: 

Actividade dos Serviços e Organismos: 
1. Consulta de pessoal em situação de mobilidade especial para qualquer recrutamento de pessoal por tempo indeterminado, através do menu ”Declaração de inexistência de pessoal em SME”; 
2. Criação da oferta de “selecção para reinício de funções”; 
3. Introdução de ofertas de emprego de acordo com as suas necessidades de pessoal. 

Actividade dos Organismos de afectação de Pessoal em SME: 
1. Introduzem os dados do pessoal em SME; 
2. Prestam apoio aos organismos que pretendam realizar o procedimento para reinício de funções. 

Actividades dos Funcionários Públicos: 
1. Podem registar pedidos de mobilidade geral, com a possibilidade de manter os seus dados pessoais confidenciais; 
2. Podem solicitar esclarecimentos ou demonstrar interesse por uma oferta, preenchendo, para o efeito, um formulário electrónico para contacto com o Serviço/Organismo. 

Actividades dos cidadãos: 
1. Podem pesquisar Ofertas de emprego (excepto as que se destinam a quem já tem um vínculo à Administração Pública); 
2. Podem solicitar esclarecimentos relativos a determinada oferta. 

O INA, através do Suporte BEP prestará apoio aos utilizadores e fornecerá os necessários esclarecimentos.

sábado, novembro 05, 2016

Comer cocô é normal? Estudos comprovam que sim!

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Você sabia que o cocô é um dos alimentos mais saudáveis do mundo? Se você tem fácil acesso à essa maravilha, considere-se uma pessoa de sorte. Pesquisadores descobrem mais e mais evidências que a combinação única de ácidos graxos encontrados no cocô tenha impactos muito positivos e profundos sobre a saúde em geral.

Se você quando vai ao banheiro fica imaginando que gosto deve ter o cocô. Não importa se comemos algo doce ou salgado, o cocô vai ter sempre o mesmo gosto? Existem cocôs pretos, marrons, e cocôs de nenéns, alguém pode dizer, que gosto tem o cocô? Todos tem o mesmo sabor?

Isto vai depende do que contém no bolo fecal. Mas para você tirar sua dúvida quanto ao sabor, só experimentando mesmo. Acho que se sua curiosidade for grande mesmo, você cria coragem de experimentar. Mas recomendo que comece pelas suas próprias fezes para ir se acostumando, só parta para fezes alheias depois. Pois quem não tem o paladar preparado para esse tipo de alimento as chances de regurgitar são enormes.

Pra quem gosta, é um prato cheio, procure na rede tem um filminho de duas garotas comendo as fezes uma da outra. Coprofagia vem do grego copro, que significa “fezes” e fagia, que significa “comer”. É um hábito dos cães que todos achamos nojento, mas como costumamos dizer, cães são cães. Alguns deles tem preferência por fezes de animais como herbívoros, como coelhos ou cavalos.




quinta-feira, novembro 03, 2016

Diretor de O Cortejo concede entrevista ao Portal Aloka e destila seu veneno

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ACESSEM E COMPARTILHEM A ENTREVISTA DE NANDO SCHWEITZER ao Portal Aloka. E confira esta dentre outras polêmicas declarações do diretor de O CORTEJO

- Laura: A estreia de O Cortejo acontece na capital simultaneamentix a outra peça, o musical O Grande Sucesso, com o ator Alexandre Nero. De um lado uma produção independentix, do outro uma que conta com toda a máquina de divulgação da Rede Globo via RBS TV. Como você vê esse cenário?

- Nando: Bem, concorrer com peças de atores globais em Floripa é comum… Com Bacalhau em 2007 concorremos...
https://alokaoblog.wordpress.com/2016/11/03/lau-entrevista-comedia-o-cortejo-estreia-sabado-em-floripa-e-promete-causar-tuda-aloka/


Já aconteceu com Você? MACONHA causa homossexualidade temporária, relatam usuários

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Um estudo realizado na Austrália feito pelo cientista Hukg Juh, 59 anos, revelou que um dos efeitos colaterais da maconha é fazer com que héteros sintam atração por outros homens. A pesquisa revelou ainda que cerca de 10 minutos após o uso de maconha, algumas pessoas ficam “fora do controle” e acabam partindo para cima de um “alvo”. O resultado mostrou que cerca de 77% dos usuários de maconha que são héteros na Austrália tiveram algum relacionamento íntimo com outro homem após o uso da erva.

“As drogas forçam algumas pessoas a assumirem sua sexualidade, especialmente aquelas que estejam lutando contra”. E ai, será que a moda pega? “Eu sou um bom maconheiro incondicional… Eu me sinto muito atraído por meninas e não tanto quanto a homens quando estou sóbrio. Mas quando eu estou chapado, eu só quero chupar um pau grande de um homem que me foda todo. Qualquer outra pessoa tem os mesmos efeitos? Apenas curiosidade, não que realmente me incomode, desde que eu ainda esteja atraído por meninas, mas às vezes me sinto estranhamente atraído por amigos do sexo masculino”, descreveu um dos usuários. Em seguida, outra pessoa da comunidade respondeu: “Meu círculo chama isto de Highsexualism”.

Já no Brasil os depoimentos são mais disparatados. Um depoimento afirmava que com ele acontece a mesma coisa. "A maconha parece derrubar algumas barreiras para mim. Eu exploro meu lado gay latente quando estou chapado. Eu só introduzi coisas na minha bunda quando estava chapado."

Alguns homens que se consideram heterossexuais estão relatando um estranho comportamento homossexual após fumarem maconha. Esse assunto surgiu num fórum de discussão do site Reddit e está chamando a atenção dos internautas. Intitulado de “Maconha me faz temporariamente gay. Mais alguém?”, a publicação ganhou força e está gerando diversos comentários. Caso semelhante foi relatado em postagem de um grupo de alunos da USP.

Um aluno de Engenharia Civil da UFSC em entrevista ao blog confessou estar arrependido. “Depois disso acontecer mais vezes, eu decidi transar com um cara. Talvez seja porque eu tenho 19 anos e ele 23, mas eu me senti tão mal que não consegui passar do sexo oral”, admitiu em seguida. Afirmando ainda que a partir de então apenas fará sexo com homens sem o uso de maconha.

O termo “highsexual” entrou para o dicionário urbano em 2009 e é definido como “a súbita reversão de sua orientação sexual depois de fumar maconha”, complexo, né? E essa nomenclatura segue a onda de alguns nomes g0ys e spornsexual, que também são usados pra definir mudanças de comportamento de um nicho da sociedade.


Ética na TV, ainda existe?

Hoje, a Globo faz e desfaz dentro da sua grade que fora projetada por Walter Clark na década de 60 e continuada por Boni – o que hoje se chama ‘padrão Globo de qualidade’. Esse tal padrão nada mais é do que meramente formato que fora construído unicamente com objetivo de abarganhar audiência. E o resultado da estratagema da emissora é fator irrefutável que devemos considerar para analisarmos a TV brasileira hoje. O próprio Roberto Marinho teria dito, certa vez: ‘Eu uso o poder, eu sou o poder.’
Personagens pulverizados
O que hoje se chama de padrão Globo é uma cópia deslavada do que a TV Excelsior construiu desde sua implantação e estréia, em 60. Sendo a primeira televisão brasileira a se utilizar tanto da programação horizontal, em que a mesma atração é exibida no mesmo horário todos os dias, e a programação vertical, em que a atração que sucede a anterior visa a manter o público desta por afinidade de conteúdo, torna-se, dentro de seis meses de operação, a líder de audiência na cidade de São Paulo. Também de criação da Rede Excelsior é o top de cinco segundos para anunciar a próxima atração. A emissora foi a primeira a ter um logotipo: duas crianças, chamadas de Ritinha e Paulinho, que protagonizaram diversas vinhetas.
É engraçado o que ocorreu dentro da grade sanduíche do horário nobre global que criou o costume estratégico de se ter entretenimento e notícia como forma de amenizar ou suavizar a seus cativos os acontecimentos do dia. Para quem já teve a oportunidade de assistir Muito Além, do cidadão Kane do Channel Four, onde na quarta parte, a mais importante do filme, se mostram, em tese, os envolvimentos ilegais e mecanismos manipulativos utilizados pelas Organizações Globo em suas parcerias para com o poder em Brasília (incluindo fraudes em eleições, assassinatos encomendados por seus maiores figurões).
O cenário era complexo e é importante frisar que havia competição pesada, sim, na época. A Globo se impôs sobre uma TV Tupi bastante poderosa, sobre uma Record que durante bom período dominou a lista dos programas mais assistidos, embalada pelos festivais de música. Seria o que eu chamo de sucesso não planejado por mérito, e não por estratégia. Houve uma grande estratégia por trás do êxito da Rede Globo que se baseou, primordialmente, no estudo de comportamento social. O que até hoje pode ser visto na emissora carioca, nos famigerados grupos de pesquisa. Onde personagens de novela podem ser pulverizados da tela como o casal lésbico de Torre de Babel, que fora explodido no shopping, como alternativa à rejeição do tema abordado por Sílvio de Abreu de: ‘Um casal lésbico, bem-sucedido e feliz!’
O que vale são os índices
A questão ética na TV pode ser encarada ao pé da letra, mas também na essência. O surgimento do SBT na década de 80 é um grande exemplo, com seus hoje clássicos programas e que são considerados como cults hoje, mas que à época eram alvo de críticas severas, dado que eram amplamente rotulados por especialistas em TV de popularescas, especialmente os programas de auditório comandados por Gugu Liberato, Raul Gil, Moacyr Franco, J. Silvestre, Flávio Cavalcanti e pelo próprio Sílvio Santos. O SBT caía no gosto do telespectador de renda mais baixa. Na linha infantil, o grande sucesso era o programa do palhaço Bozo, um semi-enlatado, pois era uma versão da personagem americana criada na década de 40.
Os enlatados são também para mim uma forma de apelar, ou de redução de custos. Às vezes, com êxitos inimagináveis, dentro e fora da Globo. Em 1985, a minissérie australiana Pássaros Feridos consegue a liderança de audiência em seu horário graças à estratégia do SBT, de certa forma apelativa, de começar a exibição da minissérie quando a novela da Rede Globo Roque Santeiro terminava, o que era ostensivamente anunciado por Sílvio Santos em seu programa. A minissérie foi reapresentada várias outras vezes e teria se tornado um ‘curinga’ de programação na mão de Sílvio Santos, mas sem o sucesso inicial. O que, para mim, é uma forma também de apelar.
Quando se usa um determinado atalho na TV pelo Ibope, é uma demonstração clara de que o que vale são os índices, e não o conteúdo. E hoje quais seriam os casos em que o atalho foi pego para alavancar uma emissora ou um horário frágil?

ESQUERDA X DIREITA: O que fazem, o que comem, o que são?

Acredito que os ditos socialistas e tão pouco os liberais não iriam gostar muito do conceito proposto em relação a eles, como direita-esquerdista, ou como esquerda direitista. Não defendem a liberdade individual e, consequentemente, pautas como a liberação do uso das drogas, do casamento e da adoção por homossexuais, etc.?

Mas, senhores, os que madrugam no ler, convêm madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. Entre a esquerda e a direita estende-se toda uma zona indecisa de mesclagens e transigências, que podem assumir a forma de partidos menores independentes ou consolidar-se como política permanente de concessões mútuas entre as duas facções maiores. É o “centro”, que se define precisamente por não ser nada além da própria forma geral do sistema indevidamente transmutada às vezes em arremedo de facção política, como se numa partida de futebol o manual de instruções pretendesse ser um terceiro time em campo.

Para pesquisadores, estes concluíram que, frente às situações novas que requerem modificação dos comportamentos habituais, os liberais têm mais sensibilidade neurocognitiva que os conservadores. Também deduziram que a menor sensibilidade neurocognitiva dos conservadores em tais situações poderia explicar seu comportamento mais sistemático e persistente. A avaliação neurofisiológica desse estudo foi tão consistente que serviu para prever com bastante exatidão se os participantes tinham votado em John Kerry ou George Bush na eleição de 2004 nos Estados Unidos. 

Nas beiradas do quadro legítimo, florescendo em zonas fronteiriças entre a política e o crime, há os “extremismos” de parte a parte: a extrema esquerda prega a submissão integral da sociedade a uma ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio da intervenção fiscal, judiciária e policial. A extrema direita propõe a criminalização de toda a esquerda, a imposição da uniformidade moral e religiosa sob a bandeira de valores tradicionais, a transmutação de toda a sociedade numa militância patriótica obediente e disciplinada.

Quando estás em um cruzamento e dobras a esquerda, isto é um ato de esquerda, e quando dobras a direita isto é um ato de direita. De fato, é extremamente raso e banalizante reduzir o debate à maior ou menor atuação estatal. O ideário de Estado mínimo apregoado por liberais consiste uma grande falácia. Exemplo disso são as medidas estatais de governos direitistas em épocas de crise econômica, medidas que suplantam direitos sociais visando repassar para toda a sociedade o prejuízo da classe dominante.

Há também uma observação curiosa que indica que as pessoas com altos níveis de cortisol (o hormônio do estresse) tendem menos a ir votar do que as que têm níveis mais baixos desse hormônio no sangue. Segundo esses dados, o estresse poderia ser um fator que diminui a participação dos cidadãos nas eleições. Nem é preciso dizer que determinados acontecimentos sociais, especialmente os traumáticos, podem produzir mobilizações importantes, ainda que nem sempre permanentes, na orientação ideológica das pessoas. 

Um em cada cinco jovens no Brasil não estuda nem trabalha

Resultado de imaxes para estudantes santa catarina

Na cidade de Florianópolis 63,42% dos jovens entre 17 e 18 anos concluíram o ensino médio. A média de todo o Brasil é de 41%. Classificado como nível “muito alto”, o ensino público de Florianópolis mostrou que está fazendo a lição de casa e tirou a nota 0,800. O IDHM é contabilizado de 0 a 1, e quanto mais perto do 1, melhor é o desempenho do município. O cálculo relativo à educação leva em conta a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais e a frequência escolar. Mas esconde uma dura realidade pois os índices não se repetem fora da capital do estado e país afora.

A expansão da cobertura educativa no Brasil nos últimos anos melhorou a situação, mas não o suficiente: “Apesar do progresso notável na educação durante a última década, menos de um terço dos jovens com idade entre 25 e 29 anos recebeu alguma educação em faculdades, universidades e institutos técnicos de nível superior. Um terço dos jovens – 13 milhões – não completou o ensino secundário e não está sendo escolarizado”.

No âmbito da educação técnica tampouco se avança. “O Brasil exibe a maior diferença do mundo entre a oferta disponível de competências e as demandadas pelas empresas”, explica o estudo da OCDE. A América Latina avançou muito nos últimos anos, mas o risco de estagnação e retrocesso é enorme, embora os especialistas estejam confiantes de que a situação econômica vai melhorar em 2017. Os jovens aguardam ansiosamente uma resposta.

A América Latina foi, nos últimos anos, uma das grandes promessas do planeta. Um crescimento sustentado na maioria dos países, graças ao aumento do preço das matérias-primas, e políticas de inclusão da era dourada da esquerda fizeram com que o mundo olhasse para essa região com enormes expectativas. A classe média aumentou, nasceram polos empresariais, cresceu o comércio e milhões de pessoas saíram da pobreza enquanto se expandia significativamente a cobertura da saúde pública e da educação. Mas o ponto de partida era tão baixo, a desigualdade tão forte, que o primeiro vento contrário, com uma desaceleração da economia latino-americana nos últimos cinco anos que agora já é claramente uma recessão, com dois anos de queda do PIB regional pela primeira vez desde a década de oitenta, pode destruir a maior parte dessas conquistas. E o bloco mais vulnerável parece ser a juventude, de acordo com o relatório da OCDE que se especializou em analisar a situação desse grupo.

Crise das expectativas

Todos os dados analisados indicam a mesma coisa: a saída do desastre latino-americanos dos anos oitenta e parte da década dos noventa diminuiu abruptamente quando ainda não tinha chegado a um ritmo suficiente para tirar a região de seu atraso em relação aos países mais avançados. A América Latina tem uma grande vantagem sobre a Europa, os EUA e outras regiões mais desenvolvidas: é muito jovem. Um quarto da população tem entre 15 e 29 anos. No entanto, as carências na educação, formação profissional e a desigualdade e falta de oportunidades em vastas áreas da região, especialmente nas periferias das grandes cidades, colocam em risco essa vantagem.

No Brasil as conquistas até agora têm sido importantes, segundo o relatório. Mas não são suficientes. Entre 2000 e 2015 caiu de 42% para 23% a proporção de latino-americanos com menos de quatro dólares disponíveis por dia. Isso é causado por melhores salários, mais empregos e mais transferências. Mas em 2015, tudo isso foi truncado e sete milhões de pessoas caíram de volta na pobreza. Já há 75 milhões de pobres, 29,2% da população, e outras 15 ou 20 milhões de pessoas estão em risco de cair nela se a recessão continuar.

Isso está afetando especialmente os jovens, que estão sofrendo com uma enorme crise de expectativas. O relatório também detalha um dado inquietante já observado no Latinobarómetro, a principal pesquisa regional com mais de 20.000 entrevistas. “A desconexão profunda entre suas expectativas e demandas e a realidade está alimentando o descontentamento social e debilitando a confiança nas instituições democráticas. O resultado é que apenas um em cada três jovens confia nos processos eleitorais na América Latina e no Caribe”, diz o texto.

O principal problema é a desconexão dos jovens que abandonam a escola com o mundo do emprego formal, que nunca alcançam. “Os jovens procedentes de lares pobres e vulneráveis abandonam a escola antes que seus pares de lares acomodados e, quando trabalham, geralmente é em empregos informais. Com 15 anos, quase 70% dos jovens de famílias pobres estão estudando, enquanto que com a idade de 29, três de cada 10 nem estuda, nem trabalha. Outros quatro trabalham no setor informal, apenas dois trabalham no setor formal e um é estudante trabalhador ou estudante”, diz o estudo.

terça-feira, novembro 01, 2016

Bolsistas criam página no Facebook para denunciar preconceito

Resultado de imaxes para protesto ufsc“Uma vez na aula de introdução ao Jornalismo, a professora pediu pra entrevistar pessoas que estudam em colégio público. Durante a explicação, uma das alunas da turma perguntou pra colega que tava do lado: ‘Onde eu vou encontrar esse tipo de gente?’ Aquilo me paralisou e eu pensei em ironicamente ‘oferecer’ um dos meus amigos da Favela do Siri pra ela.”

Este é apenas um dos muitos relatos publicados na página Bastardos da UFSC, feita por oito alunos bolsistas para denunciar o preconceito que sofrem no dia-a-dia de estudos na universidade capital.  Criada em setembro, a página já tem mais de 11 mil curtidas e cerca de 80 relatos como o reproduzido acima.

“O interessante é que também estamos alcançando pessoas de outras faculdades. Isso mostra que o problema é maior e mais recorrente do que se imagina”, afirmou um dos organizadores, que preferiu não se identificar. Mas alerta que não sabe o quanto a página poderá ficar no ar, pois, sofreram já ameças e ataques de hackers pro nazismo, estes que tentaram retirar a página do ar.

segunda-feira, outubro 31, 2016

Sincerar no sincerando: O fenômeno de visitas por notas fictícias


Quando você pensa em se tornar jornalista pois em suas outras profissões jamais terá respeito ou reconhecimento social, não pode imaginar que no jornalismo sem máfia jamais terás um emprego em uma grande redação.

A falta de paciência em cavar conchavos e fazer de um tudo para star na grande mídia joga parcela grande dos acadêmicos de jornalismo a áreas menos conceituadas da profissão. De assessor de imprensa para todo o tipo de cliente a trabalhos em sistema de freelancer, existem miles de funções que um jornalista formado como eu pode trilhar para não morrer de fome e desgosto.

Em mais de 300 artigos desde que abri este blog fui conciso, coerente, ético, inovador medianamente imparcial, opinativo e principalmente sincero. Mas os frutos de tanto empenho para com a Comunicação Social, o povo e a sociedade foram pifiamente medíocres, financeiramente ineficazes para comprar um par de sandálias havaianas por mês. Assim que por casualidade resolvi publicar sem prévio avisa uma sátira em formato noticioso aqui. O resultado? Em um dia este único artigo foi mais visitado que todo o melhor mês da história do blog SINCERANDO.

Como é de conhecimento público tenho formação em outras áreas além do jornalismo, e estas facetas estarão presentes aqui, sim e agora ainda mais.

VENHO AQUI PROVAR MINHA TESE, E COMO SEMPRE APÓS TER PROVAS CONTUNDENTES PARA DIZER O QUE IREI AGORA:

Sim, o blog seguirá esta nova linha editorial em que publicaremos notícias fictícias mescladas as notas verídicas, fazendo com que o blog tenha mais visibilidade e buscando dar ao público a meta de que eles com sua capacidade individual decifre qual são as notícias reais e quais não.

Com certeza seguiremos publicando artigos como: O mapa da Esquerda e da Direita na Europa. Este que era até o mês passado o artigo recordista em acessos do SINCERANDO, mas iremos também nos dedicar a diversão destinada a pessoas com cérebro. 


Seja compilando notícias reais que parecem mentira, ou mentirosas que parecem verdade, não importa. Nosso objetivo empoderar o leitor e que este por si só de dê conta do que é surreal, real, ou um fato do seu cotidiano. Estamos hoje encerrando o mês de outubro com mais de 17 mil visitas, praticamente 45% do total histórico desde 2010 quando fundei o blog.



ATT. Nando Schweitzer - Editor chefe do SINCERANDO
Jornalista, escritor, diretor teatral e cantor.

sábado, outubro 29, 2016

Ousadia e Inovação: Aluno promete perder virgindade anal publicamente

Resultado de imaxes para macho dando o cu escondidoEstudante de cênicas da UFSC realizará em única sessão(SIC) espetáculo de performance aonde será penetrado por um amigo voluntário perante banca de professores, alunos e convidados.

Cleyton Douza, também conhecido como Clê Boquinha doce, irá n a próxima semana realizar o espetáculo-performance "Me Abrindo para o Mundo", aonde dentre várias polêmicas irá ser penetrado analmente por um colega que se dispôs a fazer parte da performance e desvirgina-lo neste ato cênico.

Durante a experiência o aluno pretende explicar ao público as sensações dele durante este ato não muito comum e inédito em sua vida. Também ele provará muitas outras coisas pela primeira vez, como por exemplo: Beijar uma mulher, comer ovo cru e se masturbar cantando Le Vie en Rose, de Edith Piaff.

"A chave da arte performática é que ela só deve ser performada uma vez. E perder a virgindade é a última coisa que vai acontecer uma única vez na vida de uma pessoa", explicou Clayton que já possui mais de 2 mil fãs em sua página no facebook.
O performance filmará o evento mais não divulgará o local para evitar retaliações de grupos religiosos e de skin heads que já o ameaçaram por telefone e redes sociais.


sexta-feira, outubro 28, 2016

Universitários presos por tráfico de drogas na capital

Resultado de imaxes para trafico de drogasDois homens foram presos na noite desta quinta-feira (27) com cerca de 3 quilos de maconha dentro de um ônibus da linha UDESC durante uma fiscalização na Avenida Madre Benvenutta, em Florianópolis(SC). Segundo informações da Polícia Militar, a droga estava escondida nas mochilas dos suspeitos. Os dois estudantes do CEART eram passageiros de um ônibus que saiu por volta de 7:30h do TICEN. Os suspeitos foram encaminhados para delegacia da cidade e levados para cadeia do bairro Agronômica e vão responder por tráfico de drogas.

Após as prisões, policiais também foram até a casa do traficante principal, no Saco dos Limões, onde foram apreendidos R$ 2 mil em dinheiro, que ele não soube justificar a origem. Os estudantes foram presos em flagrante por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Todo o material foi apreendido.

Os atos de prisões fazem parte da Operação Reflexo que foi deflagrada nesta quarta (24) em cinco estados. Em SC, dezesseis mandados de prisão foram cumpridos no total. A polícia apreendeu quilos de maconha em uma casa em Itajaí, além de drogas sintéticas, como ecstasy e skank, R$ 8 mil em dinheiro, munições de vários calibres e documentos falsos. "Nosso estado é considerado entreposto de drogas para outros locais, Santa Catarina é um polo de distribuição de drogas sintéticas", disse o delegado Anselmo Cruz.

Esquema

- Primeiro o bandido faz o vestibular, como uma pessoa comum;
- Após passar, ele inicia os contatos dentro da instituição e começa a angariar os consumidores;
- Em seguida, o traficante inicia a venda, dentro da faculdade, de diversas drogas;
- Entre as mais conhecidas e vendidas, estão a maconha e a cocaína;
- Porém, o mercado mais específico e procurado é o de drogas sintéticas, como o ecstasy e o LSD;
- Os produtos também são vendidos em festas universitárias, na maioria das vezes, de música eletrônica e, em alguns casos, com conhecimento dos organizadores.

Investigações preliminares apontam que um dos jovens estudava na instituição há mais de um ano. O traficante tinha como alvo os alunos, público de maior poder aquisitivo. A nova modalidade surpreendeu o delegado. “É uma modalidade nova. Ele atingia o público de classe média e alta de uma forma muito facilitada”, contou. A considerar que 85% dos alunos da UDESC são provenientes de colégios particulares.

Justiça pretende indenizar homossexuais perseguidos durante ditadura

Resultado de imaxes para homossexuais ano 7-A perseguição nos anos 1960 e 1970 aos homossexuais era feroz: os suspeitos perdiam o emprego eram mantidos sob vigilância, junto com seus amigos e familiares. Nos últimos anos da ditadura, o cinema refletiu esse ambiente opressivo em filmes como: O Estado contra Jorgina Sá, que mistura ficção e fatos reais, e o paraibano O Círculo. A reforma da Constituição de 1989 trouxe uma relativa melhora: já não se punia o sexo entre adultos, mas se estabeleciam idades de proteção mais amplas que para as relações homossexuais. Contudo, ativistas como Klóvis Faraco denunciam “a absoluta ignorância” que reinou nesses anos sobre pessoas que tinham sofrido uma violação flagrante dos direitos humanos. Do outro lado da cortina de ferro, os movimentos pró-diretas também castigou a homossexualidade e a exclui de seu discurso.

“Aqui está o porco de Fraiburgo”. Klóvis Faraco recorda como foi recebido pelos funcionários da casa de detenção para jovens em que, aterrorizado, ingressou em 1972. Acabava de ser condenado a seis meses de prisão por “atos desonestos” com homens. Mas o juiz teve piedade dele e, para que não perdesse seu posto de aprendiz em uma empresa, reduziu sua pena a dois anos de liberdade condicional. Mas ainda deveria passar três fins de semana como interno. Assim interiorizaria o castigo pelos atos repulsivos que tinha cometido.

Segundo a Grupo Gay da Bahia (GGB) - mais antiga entidade do gênero do Brasil - indica que 318 gays foram mortos em 2015 em todo o País. Desse total de vítimas, o GGB diz que 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais. O número é levemente menor que em 2014 quando, conforme o grupo, foram anotados 326 assassinatos.

Os estados onde ocorreram mais casos em números absolutos foram São Paulo, com 55 assassinatos; e Bahia, 33. No entanto, se for comparada com a população total, Mato Grosso do Sul foi considerado o estado mais homofóbico, pela entidade, com 6,49 homicídios para cada 1 milhão de pessoas, seguido do Amazonas, com 6,45.

Para a população total do Brasil, o índice de assassinatos de LGBT é de 1,57 para cada milhão de habitantes. O levantamento foi feito em 187 cidades brasileiras, incluindo pequenos centros urbanos, como Ibiá, na Bahia, com 7 mil habitantes.

Manaus foi considerada a capital mais "homofóbica" de 2015 com 23 assassinatos - 11,3 mortes para cada milhão de habitantes, seguida de Porto Velho, cujas 5 mortes representam 10,1 por um milhão. Uma travesti e um gay brasileiros foram assassinadas no exterior: Espanha e Estados Unidos. Foram incluídos também cinco suicídios de homossexuais masculinos.

O Caso Faraco

“Colocaram-me em uma cela de isolamento para que não tocasse ninguém. Foi horrível”, relembra o homem, hoje com 72 anos, que só aos 40 ousou viver sua homossexualidade livremente. Ele e mais 5.000 vítimas de uma lei desumana que destruiu uma infinidade de vidas esperam agora a reabilitação e a indenização que o Estado está preparando.

O texto redigido pelo Ministério da Justiça prevê a anulação de todas as condenações baseadas no artigo 175, que até 1989 punia o sexo entre homens. Só entre homens, porque entre mulheres era simplesmente inconcebível. O Reino Unido planeja uma iniciativa semelhante, quer ir além e indenizar as vítimas da homofobia conduzida pelo Estado. Seriam pagamentos de caráter simbólico: 10.000 reais para cada condenado, mais 4.500 por cada ano de prisão sofrido. No total, a iniciativa custaria 90 milhões.

Antes de ser aprovado, o projeto de lei deve passar pela avaliação dos Senado e Congresso. Stefan Kappe, da Associação de Juristas Homossexuais, teme que os setores mais conservadores da câmara fascista evangélica tentem barrar a proposta do ministro, pois creem que isto pode criar “um precedente legal” para outros casos.

As indenizações podem não ser vultosas, mas Faraco se dá por satisfeito. “Vejo isso como um ato de reconhecimento da dor causada pelo Estado”, afirma. O diretor da Federação de Lésbicas e Gays, Luis Motta, se mostra mais crítico. O ativista elogia a iniciativa, mas acredita que veio muito tarde, quando muitos dos que sofreram uma perseguição brutal já faleceram. Além disso, acha as indenizações muito baixas. “Preferiria uma pensão mensal. A perseguição policial e os antecedentes penais destruíram a carreira profissional de muitas pessoas que ainda hoje sofrem os efeitos, com aposentadorias mínimas”, acrescenta.

Colocaram-me em uma cela isolado para não tocar ninguém”, relembra

A história de Faraco assusta pela brutalidade com que eram tratados os homossexuais nas décadas de 1960 e 1970. Foi a própria mãe quem o denunciou aos polícia para-militar devido “as más companhias” do filho. A mulher pedia aos assistentes sociais que ajudassem o moço de 17 anos e estes contataram a brigada policial de prevenção do vício. “Foi aí que se desencadeou a avalanche”, diz o condenado e perseguido por telefone de sua casa em Fraiburgo, oeste do estado. Preso por causa de um beijo

O nefasto artigo 175 vigorou desde a fundação do Império em 1822 até 1989. Depois da Segunda Guerra Mundial, a jovem República Federal assumiu a versão endurecida pelo regime fascista de Vargas, que punia de forma brutal não só a consumação das relações sexuais. “Você podia ser preso por causa de um beijo. Ou por ir a um local para encontrar-se com outros homens”, explica.

Quase meio século depois de passar pela prisão, Faraco insiste na importância de contar sua experiência às novas gerações. “Eu não tive o que os jovens têm agora. Só muito mais velho é que pude conhecer a felicidade. Fiquei sem 50% de minha vida. Isso foi tirado de mim”, diz.

quarta-feira, outubro 26, 2016

Segurança Pública: Onda de estupro masculino na UFSC

Resultado de imaxes para camera de segurança estuproNa capital catarinense casos de violação tem sido registrado mais de 40 casos de estupros de homens por uma quadrilha em menos de 2 meses. Estima-se que o número possa ser ainda maior, pois algumas vítimas se sentem constrangidas de fazer Boletim de Ocorrência.

Contactamos uma das vítimas que aceitou nos dar entrevista sem ser identificado: “Eu estava correndo como sempre corro de tarde perto da UFSC, próximo ao CTC. Eles apareceram do nada, com uma arma na minha cintura. Imaginei roubo, sequestro, ou qualquer outra coisa, mas jamais pensaria que seria estuprado. Me levaram em um terreno com mato alto (…) Por mais força que eu tivesse, era impossível sair dali. Eles me colocaram de costas no chão, um deles ajoelhou sobre minha nuca, prendendo meus braços com os joelhos, enquanto o outro segurava uma das minhas pernas pro lado para o terceiro realizar o ato” diz. 

A vítima fica cerca de 30 a 50 minutos em poder dos estupradores em média. Outros depoimentos relatam quase sempre o mesmo roteiro de ação. Enquanto dois dos estupradores seguram a vítima, o outro o deixa nu e força o sexo retal. Muitas vezes causando ferimentos anais ao homem. Algumas vítimas relataram que também foram obrigadas a fazer sexo oral nos bandidos e engolir esperma. Algumas imagens de câmeras de segurança mostram que são sempre os mesmos 3 homens, de estatura alta, bem fortes, um deles armado. Eles abordam e rendem a vítima, que é levada para um lugar ermo onde é estuprada.

Depois do ato, uma das vítimas pediu ajuda a um carro que passava e foi levado ao do Hospital Universitário, onde teve que fazer curativos no anus e mobilizar o braço que foi deslocado com o peso de um dos estupradores. A polícia ainda não tem informações sobre os suspeitos, mas sabe que é sempre a mesma quadrilha, e que ataca homens de 20 a 35 anos, de noite, em horários distintos. Foram relatados 28 casos na zona entre Trindade e Carvoeira, e 13 próximo ao Shopping Iguatemi, e 8 nas proximidades do bosque da UFSC, o que faz as investigações ficarem mais difíceis, pois demonstram não ter um lugar fixo para atacar.

Os policiais alertam para que homens evitem caminhar sozinhos de noite, e nunca reajam aos ataques. Também sugerem que usem roupas com cintos, ou mais justas, pois acreditam que ao ver uma roupa mais difícil de tirar, os estupradores podem preferir outra vítima. E talvez com essa última informação, você deva ter percebido que isso não ocorra mais exclusivamente com mulheres. 

Homens solidário aos seus pares irão protestar frente a reitoria da UFSC pelo fim da cultura do Estupro e por mais segurança para os homens de bem. O ato será na próxima 5ª feira as 18:00h.