segunda-feira, janeiro 22, 2018

Maconha é usada no lugar de incenso em Santiago de Compostela

monaguillos mariguana3 1024x777 - 2 coroinhas colocam maconha no incensário de uma catedral e a brincadeira acaba malDois coroinhas colocam maconha no incensário de uma catedral e a brincadeira acaba mal. O fato ocorreu na mítica Cathedral de Santiago de Compostela que abriga os restos mortais do apóstolo Santiago e é destino final de uma das maiores peregrinações do mundo católico no mundo. Várias pistas indicavam que os culpados eram os coroinhas. Depois da missa, a polícia os deteve. Eles não imaginavam que iriam acabar sendo presos. 

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Um dos paroquianos disse em entrevista ao ‘Hay Noticia’ que “Não era como o cheiro tradicional, era um cheiro familiar, mas não conseguia relacioná-lo com nada, mas a casa do meu filho às vezes tem esse cheiro“ - afirmou o fiel. Os dois coroinhas decidiram fazer uma grande piada e colocar maconha no incensário da Catedral de Santiago de Compostela, na Galícia, país que está em processo de desanexação da Espanha. Contudo, eles pagaram um preço alto pela brincadeira.

O incidente ocorreu no dia 6 de janeiro deste ano, durante a celebração da Epifania do Senhor na Cathedral de Santiago de Compostela. Para a ocasião foi usado um grande queimador de incenso. Tudo correu normalmente até o local começar a ficar com um cheiro forte de maconha.

Um deles mencionou o seguinte: “Foi uma brincadeira que surgiu durante a festa de Ano Novo, compramos meio quilo de maconha e colocamos dentro do incensário. É certo que as pessoas saíram da igreja mais felizes do que nunca”.

sexta-feira, janeiro 19, 2018

Um em cada seis homens é vítima de abuso antes dos 18 anos

A "Quebrar o Silêncio" foi fundada a 19 de janeiro do ano passado por Ângelo Fernandes em Portugal. Em apenas um ano, desde que foi criada para ajudar homens abusados sexualmente, a associação "Quebrar o Silêncio" recebeu 84 pedidos. A maioria foi vítima durante a infância, mas só teve coragem de denunciar o crime décadas mais tarde.
A "Quebrar o Silêncio" foi fundada a 19 de janeiro do ano passado por Ângelo Fernandes para ajudar homens que, como ele, foram vítimas de abuso sexual. Desde então, e em média, todas as semanas recebe mais do que um pedido de ajuda.

Em entrevista à agência Lusa, Ângelo Fernandes contou que foi abusado por um amigo da família quando tinha 11 anos, um segredo que só teve coragem de revelar aos 33 anos quando vivia no Reino Unido e encontrou ajuda numa associação que apoiava homens vítimas destes abusos.

Quando regressou a Portugal decidiu fundar a associação para ajudar outros homens que passaram pelo mesmo problema a partilharem o crime que viveram.

"Até agora, tivemos 84 pessoas que nos procuraram, a maioria homens, mas também familiares ou amigos que acabam também por ser afetados pelo abuso e precisam de algum apoio ou de saber como podem apoiar" as vítimas.

A maioria (80%) procurou ajuda pela primeira vez. "São homens que, em média, passaram 25 anos em silêncio", disse Ângelo Fernandes, explicando que "foram abusados sexualmente na infância" e só conseguiram pedir ajuda já adultos.

A idade média destes homens é de 36 anos, tendo o mais novo 22 e o mais velho 65. Na maioria dos casos, o abuso ocorreu entre os zero e os 11 anos e teve uma duração média de entre três e quatro anos, sendo que há casos que duraram dez ou mais anos.

Segundo Ângelo Fernandes, os longos anos de silêncio devem-se a "uma vergonha imensa" das vítimas causada pelas "estratégias de manipulação" dos agressores, que as fazem acreditar que foram responsáveis pelo abuso, porque o deixaram acontecer ou porque não foram capazes de o evitar.

"O peso dos valores tradicionais da masculinidade" que dizem que o homem tem que ser forte ou que não pode chorar também contribui para que "muitos homens não falem, não partilhem e não procurem apoio".

Há ainda outros fatores, como o facto de muitos homens acreditarem que o abuso sexual só afeta mulheres e que eles são "o único caso" e a ideia de que "os homens são sempre os agressores, nunca vítimas".

"Há uma certa resistência em reconhecer que os homens também são afetados pelo abuso sexual, quando na verdade um em cada seis homens é vítima de abuso antes dos 18 anos", elucidou, sublinhando que todas estas situações fazem com que apenas 16% reconheçam que foram vítimas.

Um em cada seis homens é vítima de abuso antes dos 18 anos

Outra "ideia errada" prende-se com as pessoas pensarem que "os agressores são estranhos". Em cerca de 90% dos casos, o agressor conhecia o rapaz ou a criança, porque era familiar ou conhecido da família. "Foi o meu caso", desabafou, contando que o seu agressor era um "amigo da família, uma pessoa de confiança".

Inicialmente, o agressor cria "uma relação de confiança, de amizade, para que a criança se sinta segura. Depois, tal como aconteceu comigo, vão introduzindo o toque e vão sexualizando gradualmente a relação para que a criança não tenha consciência do que está a acontecer" e até se sinta responsabilizada pelo abuso.

"Eu cresci a achar que tinha sido o responsável e que tinha sido eu até a seduzir um homem de 37 anos quando eu tinha apenas 11 anos", comentou o fundador da primeira associação portuguesa com apoio especializado a estas vítimas.

Além do acompanhamento das vítimas, a associação realiza sessões de sensibilização nas escolas, "onde se abordam temas para lá do abuso sexual".

Os próximos desafios passam por uma maior visibilidade da associação para poder "chegar a mais homens". Os que já pediram ajuda dizem que finalmente encontraram um espaço onde puderam partilhar a sua história e onde alguém acreditou no que diziam, explicou, lamentando que ainda exista "uma cultura de responsabilização das vítimas.

Para assinalar o primeiro aniversário, a associação lança hoje um "guia para homens sobreviventes de abuso sexual" e o vídeo "26 anos em silêncio".

Matéria reproduzida do Diário de Noticias - Portugal (19/01/2018)

quinta-feira, janeiro 18, 2018

Teste vocacional para... quê?

Nossos pais não querem nossa felicidade. Querem que ganhemos dinheiro. Você faz um teste vocacional que lhe aponta medicina como propensão e lhe inscreverão em um cursinho pré-vestibular, te prometerão um carro se aprovares na federal e o respeito prévio de toda a família por esta sapiente escolha de futuro.

Dentre outras profissões, e quando o digo é porque possuo registro e formação reconhecida pelo MEC destas, hoje sou jornalista. E nesta semana em particular recebi “sugestões” magníficas de como devo proceder para ter exito na minha carreira.
Que os ditos mais velhos sejam arcadistas não surpreende, mas ter seres da minha geração que estão robotizados e cooptados pelos sistema? É asqueroso, aviltante. Mas não fujamos do foco. Foca aí! Para operadores de telemarketing a frase teve muito mais sentido.
Sugerencia de nº 1: Porque você não se postula a vagas treinner, na RBS, pois não exigem experiência?
Fui obrigado a tragar meu ódio a imbecilidade e ignorância. Contesto que tenho sim experiência de mais de 7 anos na área, que não me interessa trabalhar de semi-escravo por um salário abaixo do piso salarial da categoria, que sim jornalismo bem como psicologia tem um conselho nacional e que se este que me sugeriu não aceita trabalhar como psicólogo por um salário abaixo do seu piso da categoria, porque eu como jornalista o deveria aceitar.
Detalhe desta conversação é que a pessoa não tem Facebook, somente Whatsapp e pelo advento do aniversário de um amigo em comum, após meses sem dar notícias e sem saber das minhas me larga esta excelente sugestão sócio-normativa.
Ao meio desta idiossincrasia tão agradável mandei o cidadão tomar refresco pelo orifício inferior. Afirmei não ter estudado e me formado para ser um desertor e algoz de minha própria categoria profissional. Anos trabalhando com música na noite, me fazem não aceitar pedidos de música ruim em um show, mais de duzentas personagens me fazem não aceitar me deitar com diretores globais por um papel, centenas de artigos e palestras dadas na área de jornalismo não me permitem jogar meu diploma fora e aceitar salários medíocres. Ninguém em sã consciência sugere a um advogado que ele trabalhe de graça por amor a profissão. Mas este mesmo que incluso já fora membro de minha companhia teatral na mesma interação teve outra brilhante ideia. Me disse animadamente: “Bem que você poderia ir na festa com sua personagem a Gloria de las Rosas…”. Então lhe questionei, porque achas que eu deveria gastar maquiagem e dispor de figurinos caros num calor de 35º, sem cachê?
Aqui neste país infelizmente um profissional independente não é respeitado, um ser humano independente tão pouco. Os brasileiros tem um complexo bastante complexo, O de valorizar o status mais que a qualidade no ser humano. Quando compartilho um artigo meu em redes sociais, apenas os que tem um salário inferior ao mais são os que leem e fingem que não e se recusam a dar uma curtida e fazer um comentário.
O complexo de cachorro magro do brasileiro é algo muito interessante e deve tornar-se objeto de estudo. Os ícones ou seres valorados como exemplares destes não são os mesmo que os meus. Glória.
Certo dia, a semanas atrás em um karaokê após cantar com um amigo de longa data uma moça não muito pueril se aproximou e tentou fazer um desses elogios depreciativos. “Nossa, vocês são ótimos, poderiam cantar uma música do Sambou?…”. Taxativo retruquei: “Que merda é Sambou?”.
Este tipo de elogio que busca abrir a guarda e terreno para uma agressão é algo que não conheci em nenhum dos países em que já vivi, e tão pouco tive contato através das mais de 50 nacionalidades que tive à cama, e tão pouco nas mais de 70 nacionalidades as quais pude ter contato nesta encarnação.
Como quando alguém se surpreende por um rapaz no ônibus dizer “que quero comer um cara”, pois acham que homossexual é apenas e limitadamente passivo. Se assim fora quem os comeria? Os héteros? Comer homem não é passível de status de homossexualidade no Brasil. Este mesmo Brasil em que 689 transexuais foram assassinados entre 2008 e 2014, segundo a ONG Transgender Europe. É a cifra mais alta do mundo, de acordo com seus dados, embora a organização não tenha informação sobre todos os países. Ora, ora. Os rapazes que entregam seu loló para travestis são héteros?
O Brasil é mesmo um rico campo para o jornalismo investigativo. Pois como uma rama da comunicação social bebo litros, e não falo de gozo, na sociologia e psicologia social.
Numa matéria sobre Laerte, grande chargista, me surpreendi. Lá se afirmava que nos últimos anos houve melhoras na situação dos transexuais por aqui. Pois as cirurgias de redesignação de sexo, proibidas no Brasil até 1997, hoje são feitas em vários hospitais públicos. Também é possível mudar de nome legalmente, na verdade, desde que se comprove algo chamado “transtorno de identidade”.
Paradoxos de um país frequentemente visto de fora como sexualmente liberado: “O Brasil é muito desigual e ambíguo. Convivemos com grandes liberalismos e extremas repressões e agressividade para a população LGBT, as mulheres, os negros, as minorias…”, afirmou Laerte.
E temos de concordar com Laerte, o país tropical e abençoado por Deus, se é que este existe é amador, mas não para amadores. Você é livre para ser o que quiser, desde que dentro da normatividade. Pobres moços!

Nando Schweitzer é Diretor Teatral, Cantor e Jornalista diplomado e de carreira

Anexo informativo sobre a sexualidade no continente Americano
Na Argentina, aqueles que têm seguro de saúde têm cobertura da seguradora para realizar a cirurgia. O restante da população que depende do serviço público de saúde pode se operar nos hospitais públicos gratuitamente.
Para mudar o nome não é necessário ir até um cartório. Os interessados devem apenas ir a uma espécie de escritório público de registros com uma declaração e a testemunha de um funcionário do local, informaAlejandro Rebóssio.
No Chile, as cirurgias não são realizadas nem pelo sistema público e nem pelo privado. Um juiz determina os requisitos necessários para autorizar a mudança de nome. Pode pedir uma avaliação psicológica e psiquiátrica, e, segundo o critério do próprio magistrado, pode também exigir que a cirurgia tenha sido feita. A pessoa que quiser mudar sua identidade deve comprovar estar vivendo em transição há ao menos cinco anos e apresentar testemunhas.
Graças a uma reportagem do programa de televisão Contato do Canal 13, que mostrou pela primeira vez a realidade de uma menina transexual no Chile, ocorreu uma grande mudança de mentalidade na sociedade chilena. O caso de Andy, cujo colégio acaba de ser multado por não aceitar que ela assistisse às aulas como menina, provocou a reação de muitos pais que se atreveram a assumir a condição de seus filhos e filhas, informa Rocío Montes.
Colômbia subsidia as cirurgias de mudança de sexo, que são feitas em caso de hermafroditas menores de idade e em casos como quando a Corte Constitucional ordenou que se operasse uma jovem diagnosticada com ‘transtorno de identidade sexual’. As seguradoras de saúde estão obrigadas a fazer as cirurgias depois que um homem conseguiu na Justiça o direito à identidade sexual, em 2012. A Justiça entendeu que, nesse caso, as intervenções não são estéticas, e sim definitivas para a construção da identidade.
Desde junho deste ano, para mudar o nome nos documentos basta ir a um cartório. Antes disso, era preciso se submeter a exames físicos para comprovar a mudança de sexo. Hoje, o trâmite dura cerca de cinco dias. Mas isso tem gerado dúvidas, como por exemplo, se um homem muda de sexo, então qual é a idade que ele deveria se aposentar? Na Colômbia, as mulheres também se aposentam antes dos homens.
Também há dúvidas sobre se a mudança de sexo for feita, duas pessoas do mesmo sexo poderão se casar. Isso também está em debate na Colômbia, informa Elizabeth Reyes.
O governo do México não financia as operações de mudança de sexo. Na Cidade do México, por exemplo, o governo subsidia somente em alguns casos o tratamento hormonal, mas não vai além disso. Sobre a mudança de nome, cada um dos 31 Estados tem suas próprias leis. Mas na Cidade do México, a capital federal do país, desde março deste ano há um trâmite simples. Antes dessa data, as pessoas que desejavam mudar legalmente seu gênero deviam recorre a um juizado especial no Tribunal da Família. O processo poderia demorar até seis meses, informou Paula Chouza.
No Peru, o sistema público de saúde não subsidia as cirurgias. A forma de mudar o nome no documento de identidade é por meio de um processo judicial. O juiz deve realizar uma observação na certidão de nascimento – que indica que a mudança obedece a uma decisão judicial promovida pelo interessado. Com isso, a pessoa solicita a mudança do seu nome e sexo no Registro Nacional de Identificação e Estado Civil (Reniec). Naaminn Cárdenas, o primeiro transexual que solicitou ao Reniec a mudança de seu nome e sexo (de masculino para feminino), conseguiu a alteração em 2011, após um trâmite de oito anos na Justiça. Uma comunicação do Reniec afirma que segundo o Código Civil, qualquer mudança ou adição de nome de uma pessoa, no qual abrange outros dados como sexo, só poderá ser realizada por motivos justificados e mediante autorização judicial, informa Jacqueline Fowks.
Bolívia não reconhece legalmente a transexualidade. Os códigos de família recentemente aprovados permitem que os pais escolham qual sobrenome – paterno ou materno – virá primeiro, mas não falam de mudança de sexo. Portanto, no há apoio estatal às cirurgias. O único caso público de mudança legal de sexo foi o de Roberta Benzi, que tem cerca de 50 anos e é de classe alta. Ela entrou na Justiça há mais de uma década para conseguir uma identidade com sexo feminino e denunciou abusos da polícia no processo. As poucas transexuais que existem estão quase todas nos setores populares e seguem usando seus documentos com as identidades que lhes foram designadas ao nascer, o que as põem em situação de vulnerabilidade, informa Fernando Molina.

terça-feira, janeiro 16, 2018

O que se fazer no Fim do Mundo?

Olho o sol abrasador rachando e penso: Quando teremos ar condicionado pela cidade? Mas como sempre nós humanóides pensamos apenas na superfície. A margem não interessa. Em seu livro, Michael Foucalt, retratou as relações de poder na sociedade moderna. Neste ela afirma que um ser para sentir-se superior necessariamente fara dos outros sua margem, e a partir desta construção de relação de poder passará a ser cetro. Afirmativamente concordarei hoje com Dean Radin ao profetizar que “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”
Nesta livre interpretação dos ensinamentos foucaultianos podemos espelhar nossa crise do momento. Rio do Brás? Nãaaaaaaaaaaaooooooooo… Ave de Rapina? Nãaaaaaaaaaaaaaooooooooo… Aumento das passagens? Nãaaaaaaaaaaaooooooooooo…
O grande drama da nossa sociedade é o capitalismo. O resto são apenas resultante deles. Zygmunt Bauman já nos tem alertado a décadas disto. Também sou considerado um pessimista, tenho a anos diagnosticado a realidade sem pudores ou filtros. Isto me tem rendido inimizades, exclusão de ex-amigos das redes sociais e muitos conflitos familiares.
Bauman em seus últimos livros é sumamente crítico também, como no livro “A riqueza de poucos beneficia todos nós?”, pergunta simples de resposta simples e clara mas que todavia muitos não se permitem. Ou pior, irão estes desargumentados e desorientados gritar: Comunistaaaaaaaaaaaaaaaa!
Bem não irei mais alongar palavras, não, não mais. Farei reiki e yoga. Aaaaaaaaaaummmmm…
Ironias a parte, tudo isto me faz pensar o qual motivo de um rapaz de 16 anos estar com a família em um shopping de shortinho apertado e camisa rosa choque. Inspirador! Porque? Ora, a promessa de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo chegaria aos que se encontram mais abaixo é uma grande mentira. Tal qual a mentira social de que o país hoje é democrático, aberto e sem preconceitos. Ou vai dizer que o pobre rapaz não chamava atenção ao caminhar?
Sim, sim, sim. tanto chamava que a família fingia que não era com ele mas ao que ele se afastava eles mesmos repetiam o olhar alheio.
Não, não, não. Não irei assistir Snoop e Charlie Brawn. Nem para homenagear Benito de Paula. Canso-me de ser o repeteco da mesmice. Irei ver Até que a Sorte no Separe 3, talvez. Nem por isso. Mas sim por aquilo. Ou não.
Segundo pesquisadores britânicos através da escala Kinsey e ao entrevistarem 1600 pessoas sobre como elas se viam sexualmente, deu-se a maior descoberta sociológica contemporânea, o fato das pessoas estarem com a mente cada vez mais aberta, não só no Reino Unido, onde o estudo foi feito mas como no estudo comparativo que o inspirou. O instituto americano Pew Research Center, também contam com estudos com resultados parecidos: enquanto apenas 55% da população americana em geral apoia o casamento gay, 70% dos jovens da geração Y (jovens nascidos nas décadas de 80 e 90) são à favor.
Um estudo da University of Chicago, de 1973, apontou que 70% das pessoas considerava os relacionamentos homossexuais como “sempre errados”. O fato de agora, o mesmo número ser o de pessoas da nova geração, que apoiam o casamento gay, indica uma mudança radical. O mundo está mudando! Ao menos por lá. No estudo britânico 43% dos jovens afirmaram que poderiam fazer sexo com pessoas de mesmo sexo.
Será por isto que lá usar rosa não é um tabu? Será que aqui se usa rosa porque somos aculturados? Compramos a moda de lá, mas não compramos a evolução sociológica. Pena. Preferia o contrário.
“Há 40 anos, achamos que a liberdade tinha triunfado e que estávamos em meio a uma orgia consumista. Tudo parecia possível mediante a concessão de crédito: se você quer uma casa, um carro… pode pagar depois. Foi um despertar muito amargo o de 2008, quando o crédito fácil acabou. A catástrofe que veio, o colapso social, foi para a classe média, que foi arrastada rapidamente ao que chamamos de precariat (termo que substitui, ao mesmo tempo, proletariado e classe média). Essa é a categoria dos que vivem em uma precariedade contínua: não saber se suas empresas vão se fundir ou comprar outras, ou se vão ficar desempregados, não saber se o que custou tanto esforço lhes pertence… O conflito, o antagonismo, já não é entre classes, mas de cada pessoa com a sociedade. Não é só uma falta de segurança, também é uma falta de liberdade.” – Zygmunt Bauman.
E o que fazer com essa tal liberdade? Não. Não é para cantar a música brega. A pergunta é séria. Você se acha livre? Não basta. Seja! Faça! Perca a linha. Passe dos limites. Invada e experimente-se no desconhecido e no proibido. Seja! E se a mente que se abre para o novo não volta para o tamanho original… Abramos nossas mentes!

sexta-feira, janeiro 12, 2018

A cidade falida… Difícil até para fugir!

Floripa
Mesmo em meio a interdição de rodovias, pontes e etc, todos os nativos xenófobos estão a postar comentários sobre/contra os turistas em Florianópolis, e eis que o sono vêm. Eu mero mortal, juntei moedas o ano todo para fugir, das frases típicas, como “Eu moro aonde vocês passam férias”, ou “fora haule”, pois se a cada frase fascista nos fóruns de jornais catarinenses me dessem uma moeda estaria mais rico que o Pelé. Sim meu caros, amargarei um natal paupérrimo em prol de uma virada do ano em Lima, para tirar o ranço e a zica de Florianópolis do meu corpo.

Pensar em uma cidade sem industrias, que destrata o turista é para mim alarmante. Um verdadeiro sinal de mentalidade provinciana. A única indústria que no mundo pode crescer e não poluir, e sim preservar, é o turismo ecológico e cultural.

Um ser humano normal obviamente não quer sua cidade suja, cheia de filas, hiperinflacionada… Toda esta ladainha que não é a da igreja, se poderia evitar, não eliminando os turistas da cidade, mas criando uma estrutura deliberante e capaz de atender o público.

Florianópolis com uma população de cerca de 500 mil habitantes hoje, fixos, pula no verão para 2,3 milhões. Matemáticas a parte, é claro e evidente que uma cidade que porcamente atende a seus residentes se torna impraticável no verão com um acréscimo de pessoas tal.

Mas se tivemos um ano de merda em vários âmbitos, ganhar o que não se ganhou no decorrer do ano em 2 meses de temporada lhes parece justo?

A capital catarinense vive em base do funcionalismo público e de serviços para tais e demais habitantes. E já não seria hora de qualificar este serviço e amplia-lo? Assim se poderiam massificar e multiplicar os ganhos da cidade. Por qual razão cidades de concreto como Nova York, São Paulo e Buenos Aires capitalizam cada uma sozinha mais visitantes/ano que Florianópolis?

De absurdo em absurdo perdemos o filão do momento. Enquanto Paris mesmo sobre ameaça de novos atentados segue líder mundial como destino turístico, nós a naufragar num pedacinho de terra perdido no mar. São os transportes públicos lentos, quentes, mal distribuídos, sem ar condicionado… o problema? Este mesmo que outrora, cito o ano de 2004, tiveram reajuste de R$ 1,60, para mais de 2 reais com a justificativa de que se implementariam em 100% das linhas ar condicionado.

Será a baixa demanda de táxis, estes que por costume imbecil ficam parados em pontos “estratégicos” e te fazem esperar minutos infindos ao serem acionados via rádio-táxi, ou algum aplicativo, nosso problema? Via aplicativos de veras tardam menos, mas nem todos usam estas ferramentas.

Os preços superfaturados brindados nas praias nuas da ilha da magia, seria o problema este? Neste instante não. Sim, são vergonhosos. Não casualmente ao lado do título da melhor qualidade de vida do país, dentre as capitais está grudadinho o de 2º maior custo de vida. Porque? É o preço que se paga por viver numa ilha, ideologicamente falando.

Estamos de costas para a modernidade, de costas e de bunda para a cultura, para o turismo de negócios. A gastronomia rica historicamente é mal divulgada, e quando tentamos usufrui-la se pagam “bagatelas”. Ao levar pessoas para um tradicional recinto ilhéu, pagamos 257 reais e saímos com fome. A demora fora outro fator imensurável e angustiante. E ao retornar ainda não pudemos fugir do eterno congestionamento do sul da ilha, pois o acesso via Tapera, o mais curto, é restrito.

Como é difícil enumerar problemas existentes em Florianópolis sem soar repetitivo. Mas parece que aqui quando se observa e comenta-se uma realidade temos 2 absurdos resultados. O primeiro é fingir que tudo está bem, e o segundo ouvir o clássico jargão local “volta pra tua terra!”. E eis que a pessoa agredida deveria revidar com um sonoro: Estou a tentar, mas o engarrafamento não deixa.

E aquela tradição de fechar restaurantes para almoço? Sim, já tive… esta linda experiência. Ou que sábado a tarde tudo fecha… Ou ir ao centro da megalópole e zaz… Tudo fechado. Corre-se ao shopping e por fim se encontra uma casa de câmbio aberta. Oras como viajar com moeda nativa? Consegui empurrar uma porta quase trancada e ser o último cliente as 15:00h, embora no principal jornal da TV local tenham afirmado que shoppings estariam abertos até 17h… Depois de encontrar metade das lojas fechadas de um outro centro comercial(sinônimo para shopping).

Vamos que vamos! Nos entupamos de comida e esqueçamos os problemas… E quando alguém nas mil filas que enfrentaremos no dia a dia reclamar e não tiver sotaque nativo lancemos o jargão clássico mané e pronto.

Nando Schweitzer é Jornalista, Diretor Teatral e Cantor. E gosta muito de comer…

quarta-feira, janeiro 10, 2018

UFSC: Jogo sexual preocupa autoridades da capital

Resultado de imaxes para carrussel sexualUm jogo sexual está a preocupar as autoridades, este que tem ocorrido em festas promovidas por alunos da Universidade Federal de Santa Catarina e consiste em uma especie de roleta russa quanto a ejaculação. Existe um vídeo de quatro minutos que se tornou viral nas redes sociais e mostra como se joga: cinco rapazes estão sentados sem roupa e completamente entumecidos em suas genitálias e moças ou as vezes rapazes, nus da cintura para baixo, sentam-se aos seus colos e assim se deixam penetrar. A cada 30 segundos, mudam para o colo do rapaz ao lado. Perde o jovem que ejacular primeiro.

Alguns dos jovens que aparecem no vídeo são menores de idade(calouros) e em cima de uma mesa são visíveis várias garrafas de álcool e cigarros. Um dos jovens contou ao blog que faz este jogo regularmente nas festas universitárias, tendo recebido as instruções do jogo por uma mensagem no Whatsapp. O rapaz, que não se quis identificar, contou ainda que não usam preservativo. Os jovens contam também que este começou na Colômbia, onde é conhecido por Carrossel(Não o do SBT, de origem mexicana).

Um aumento de casos de doenças sexualmente transmissíveis na unidade de adolescentes de um hospital de Madrid e pelo menos quatro casos de gravidezes indesejadas são sinais que estão a preocupar as autoridades de saúde da capital, que alertam para um jogo sexual perigoso, chamado "roleta sexual" ou "carrossel sexual".

"O problema é que se unem a inconsciência e a imaturidade. Com boa educação sexual isto não aconteceria", explicou a psicóloga e sexóloga Ana Lombard. A especialista explica alguns dos problemas práticos deste tipo de comportamento: "os rapazes podem ter problemas de ereção e de controle da ejaculação. Mas é pior para as raparigas e rapazes passivos. A dor de serem penetradas sem estarem excitadas cria vaginismo: a vagina está contraída e isso cria lacerações e feridas e também fissuras no reto".

Além disso, mesmo que os rapazes usem preservativo, as raparigas estão "totalmente indefesas", continua Lombardía. "Elas vão rodando e entram em contacto com as secreções das outras. Logo contraem VIH, hepatite C, sífilis, gonorreia e o HPV". "Os jovens são cada vez mais precoces e têm acesso ao álcool, drogas e sexo mais cedo. Aborrecem-se rápido e procuram outras formas de se divertirem sexualmente", explicou a psicóloga e sexóloga.