quarta-feira, dezembro 27, 2017

Bicicletas são um futuro inevitável nas grande cidades

Quando que no Brasil as cidades terão ciclofaixas seguras e bicicletas passarão a ser parte do sistema de transporte? Talvez nunca! O Brasil ainda está a comprar o sonho americano na sua versão mais torpe e devastadora. Precisamos mudar nossa visão sobre transporte público para uma melhor qualidade de vida e segurança social em nossa cidade. Em muitas partes do mundo o pedestre e ciclista tem sempre a prioridade no trânsito, aqui ainda temos a subcultura do quanto maior, mais poder. Seja grande o veículo motor ou o ego, e doravante ambos as vezes simultaneamente.

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Mejor en Bici - Sistema gratuito de empréstimo
de bicicletas da cidade de Buenos Aires
Neste momento de crise, se é que ela existe, justamente é hora de se investir em fontes renováveis de energia. Um exemplo a ser copiado é o do protótipo, dotado de 70 metros de extensão, que foi instalado na cidade de Krommenie, a 25 km da capital Amsterdam na Holanda, e pode produzir energia suficiente para alimentar as casas de três famílias durante um ano, a ideia será ampliada em 2016.

Mas não só esta ideia do país das bicicletas pode ser e deva ser copiada no Brasil, mas o tratamento dado ao veículo das duas rodas. Em toda a Holanda existem pelo menos 20 mil quilômetros de ciclovias e trechos adaptados para um passeio seguro sobre duas rodas. Na capital catalã, além de um sistema de empréstimos público, também lá 40% dos deslocamentos são feitos a pé ou de bicicleta. Com mais de 150 quilômetros de vias destinadas aos ciclistas, 100.000 viagens internas na cidade são feitas na grandiosa e moderna Barcelona. Em 2004, esse número era de 33.000. Conhecido por sua eficiência, o Bicing é um sistema de empréstimo de bicicletas disponível em toda a cidade, com 413 estações de retirada e devolução, distantes 300 metros uns dos outros.

Pelo nosso continente o destaque é Buenos Aires, com um sistema inteiramente gratuito de empréstimo de bicicletas. São 195 km em uma cidade plana e interligada por ciclovias que atingem toda a capital portenha. Esses trajetos fazem parte do projeto governamental Eco Bici, que inclui também um serviço de empréstimo gratuito de bicicletas. Depois de fazer o cadastro, é possível utilizar por duas horas um dos 500 veículos disponíveis. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas, e aos sábados, das 9 às 15 horas, em dezessete pontos da cidade. Ainda se incorpora ao sistema bicicletas que via cartão magnético podem ser liberadas em diversos postos de auto atendimento 24 horas.

Atualmente, 37% da população da cidade de Copenhague se locomove sobre pedais. A meta local é que até 2015 esse número alcance metade dos habitantes. A cidade é um dos poucos lugares do mundo a contar com um sistema de semáforos específico para ciclistas…

E onde está a capital de melhor qualidade de vida no Brasil? Perdida. Não tendo sequer 30 km de ciclovias, sem sistema de empréstimo de bicicletas, e completamente isoladas entre si, ligando nada a coisa nenhuma. Florianópolis engatinha e mal no ecoturismo.

Berlim possui 650km interligados a diversos pontos de interesse de turistas. Um circuito de 160 quilômetros passa por diferentes áreas nas quais ainda restam fragmentos do histórico Muro de Berlim. Ciclistas com mais fôlego podem partir da capital alemã e seguir até Copenhague, na Dinamarca, numa empreitada de cerca de 650 quilômetros por ciclovias e áreas destinadas à circulação de bicicletas. O site oficial de turismo da Alemanha apresenta diferentes rotas de viagem para os praticantes de cicloturismo em todo o país.

Paris tem o maior sistema de empréstimo de bicicletas no mundo, o Vélib. Em julho de 2017, o serviço completou dez anos e comemorou números significativos: 100 milhões de viagens, 20.000 bicicletas à disposição em 1.800 estações de aluguel e mais de 180.000 assinantes no ano. Tanta movimentação faz todo sentido para uma cidade como Paris, que é repleta de ciclovias – já espera-se chegar a 700 quilômetros até 2014 – e de inspiradores cenários.

Repensar a estrutura viária da cidade de Florianópolis é necessário pois pouco ou nada se fez vários casos de grande repercussão nas redes sociais de Santa Catarina como a morte do jornalista Róger Bittencourt. Vítima fatal em um acidente na SC-401, aonde foi atropelado ao locomover-se com sua bicicleta, pelo motorista Gustavo Raupp Schardosim, 39 anos, que encontra-se no Complexo Penitenciário de Florianópolis. Ele respondeu por três crimes, conforme indiciamento do delegado Cleber Tappi Serrano.

A capital catarinense e sua principais cidades não estão pensadas para o ciclista. Sequer Joinville que tem a maior relação bicicletas por habitantes do estado. Na última campanha eleitoral o professor Elson Pereira, candidato pelo PSOL a prefeitura de Florianópolis tentou recorrer a cidade com uma bicicleta e pode expor a fragilidade e o grande perigo que é transitar pelas vias da cidade. Hora se usa acostamento, noutro o meio fio, e muitas vezes trechos em chão batido com sorte. (https://youtu.be/qSNy2yauy6g)

Hoje Florianópolis possui 16 ciclovias oficialmente, estas que não estão interligadas e ser muito mais como áreas de lazer para cada uma destas comunidades que verdadeiramente como trajeto para trasporte público. Parte destas são ciclofaixas estreitas e com má sinalização, não oferecendo segurança ao ciclista. Somado a isto, a falta de postos bicicletários seguros para se estacionar veículos particulares na cidade é uma trágica realidade, ainda falta de uma legislação que obrigue as empresas a possuírem bicicletários para seus funcionários torna impossível para a população mesmo que se houvera essa consciência ambiental de substituir seu meio de transporte habitual por bicicletas.

sexta-feira, dezembro 22, 2017

Receita de forno: Peru de Natal, à moda Schweitzer (Sem passas)

Peru de nadal
Receita para forno com recheio para o Natal – 120 minutos
Se você nunca pois as mão na massa ou no peru, eis aqui a receita para o peru assado mais pá que irás achar. Agora vamos lá, mas não pense que o enchimento também não é delicioso.
Ingredientes:
1 peru de cerca de 3 a 3,5 kg.
150 damascos secos e 2 maçãs.
2 ovos
1 cebola grande
5  fatias de pao velho raspado
500 gramas de carne magra de porco picada
200 gramas de bacon
1/2  xícara de leite
Molho de tomate, sal, pimenta, óleo, manteiga ou margarina
Passos para execução
Peça ao seu açougueiro, ou com cuidado o faça você, um corte a partir da metade do peito até a croaca. Em uma panela com manteiga derretida quente, coloque para fritar a cebola, cortada bem petitt(pequena). Quando o caldo da cebola verter, adicione as fatias cortadas em pequenas tiras de bacon, e refogue um par de minutos, mexendo.
Adicione a carne de porco picada e colocar um pouco de sal e pimenta, refogue não mais do que 5 minutos. Passa o conteúdo da panela para uma tigela, acrescente o pão (que vai ter esmagado no triturador), damascos secos, molho de tomate feito uma hora antes e as maçãs descascadas e cortadas em cubos, e meio copo de leite. Também acrescenta dois ovos, toda casco sem batida. Coloque sal e pimenta e salsinha picada. Misture com as mãos, tão bom, fazendo uma mistura homogênea.
Tome o peru pela abertura no peito, que você tem feito anteriormente, mexa o conteúdo da tigela com enchimento e coloque nesta cavidade. Com pauzinhos ou com barbante de cozinha e de agulha grande, costure o peito você deixou aberta. Passe sal e pimenta por fora e unte o peru com manteiga ou margarina, em todos os lugares. Regue com um pouco de conhaque ou um vinho seco, e colocar no fundo água na medida de um dedo.
Coloque-o no forno, pré-aquecido a 180 graus e deixe por 2 a 2,5 horas, até ver que, ao clicar com um espeto se pode perfurar a carne facilmente facilmente. Quando você vê que já, retire-o do forno, descosa o peito com uma colher e e reserve em uma travessa todo o recheio,  este que servirá como enfeite. Você terá um peru bronzeado e suculento, e muito requintado. O caldo da assadeira pode ser colocado por cima para dar mais sabor, e umedecer a carne posteriormente.
Agradeçam-me ao melhor peru de suas vidas, e caiam de boca. Pode-se ter dúvidas quanto a origem do natal, deste tradição, mas ao menos o peru tem de estar bom pra compensar aguentar os familiares nesta noite….
PS>: Acompanhe com arroz gratinado na manteiga, e nada de salpicão com uva passa, por favor. Seja na farofa, no recheio ou no salpicão substitua a uva por damascos secos…. Viva com glamour essa reta final de 2015! Decore com frutas frescas a hora de servir(cerejas, peras em rodelas, morangos…)
* Se você achar necessário enquanto assa o peru jogue o caldo aos poucos adicionando um pouco de água na travessa para que não se grude ao fundo. Vá regando frequentemente peru com seu próprio suco, que vai cair na assadeira.
Nando Schweitzer é Jornalista, Diretor Teatral e Cantor. E gosta muito de comer…

quinta-feira, dezembro 21, 2017

NÃO MANDAREI CARTINHAS!

Quantos dias e quantos noites faltarão para a felicidade plena. Qual o porque desta e tantas outras perguntas filosóficas e antropofágicas no final de ano. Somos convencidos pelos que nos rodeiam e pela sociedade que devemos pular ondinhas, comer romãs, uva desidratada e passar a virada de branco… Dentre outras milhares de simpáticas simpatias pagãs.
Proporei um natal e ano novo diferente. Se é que queremos mudar nossa realidade, devemos sim percebe-la e num seguinte momento dado este choque de realidade, ou realismo, mudar nossas posturas práticas.
Papai Noel
Não, jamais seria cristão, tenho QI alto o suficiente para saber que tais religiões além do dízimo me cobrariam outras mil condutas, as quais não conseguiria e nem pretendo seguir. Aí me vem no ouvidinho o anjo mal, aquele diabinho e diz que é pretensioso demais seguir meus próprios ritos de fim de ano.

Logo penso eu, se passei décadas a seguir ortodoxamente rituais que não significam nada mais que uma tradição(ou várias), e minha vida segue no buraco… Qual a razão para não inovar?
Não colocarei roupas brancas, cuecas amarelas(a não ser pelo suor), não comerei sete uvinhas(muito menos passas), não pularei as sete ondas, não farei um pedido de ano novo, não colocarei o sapatinho para papai noel, não cantarei noite feliz com o disco da Simone, não tomarei cidra ou espumante fingindo ser champagne, nem assistirei a missa do galo(pois não sei o que tem haver um galo com o natal). Nada disso adiantou antes, seria imbecil repetir essas mandingas que nada mais são que crendices tolas.
Alguns dirão que estou louco. Mas conte a um chinês ou turco o que já fizestes em natais e anos novos por “tradição” e o louco será você. É ótimo que as pessoas parem para refletir suas ações, pena que o fazem uma vez por ano, ou depois de um atentado, somente.
Em tempos de cólera por coisas tão banais, ver o neto do Sílvio Santos na Globo com um bando de semi-celebridades a cantar músicas norte-americanas não me faz ter espírito natalino. Certo que seria pior um especial da Simone. Mas ver Roberto Carlos cantar pagode e funk tão pouco me inspira UM MUNDO JUSTO E MELHOR… Depois de 80 amos de carreira a voz continua fanha e semitonada.
Parei. Sim. Parei de ter esperanças no ser humano. Talvez, quiçá, de encontrar um ser humano. Me vejo no fim, no despenhadeiro, como um dinossauro velho a ser atirado por essa geração ostial no abismo. Vivemos um mundo sem saídas. Pois se existem não ascendem por minha rota, sequer acenderam a luz de avido.
Se queres um futuro promissor lute. Lute pelo fim do vestibular, pelo fim do racismo, pelo fim da xenofobia e similares. Eclodimos em uma bifurcação na qual não nos basta ser bons samaritanos, precisamos ser Sasá Mutema.
Pelejemos por um mundo sem Frozen, sem cartinha pro papai-noel, sem Jornal Nacional, sem PT, sem PSDB, sem testes do sofá, sem machismo, sem carnaval, sem o gordinho de vermelho criado pela Coca-Cola, sem você a apedrejar os meus artigo por não compreender ou não concordar com a minha pessoa, sem Nelson Barbosa, sem bíblias a adestrar ignorantes.
Uma certa vez uma cigana me disse… Bem, não importa o que ela disse. Eu não me importei. Devemos nos importar menos com o que falam de nós. Muitos só falam, mas não agem. Outras agem, sem pensar. Uns tantos não pensam quando falam e por isto falam e agem de formal boçal.
Alguns anos vivendo fora me fizeram mal, ao regressar encontrei um país pior do que o que deixei. Desta vez não podem me culpar!
Nando Schweitzer é Jornalista, Diretor Teatral e Cantor.

sexta-feira, novembro 10, 2017

A Tribo da Arte estreia tragédia sobre violência familiar

O espectáculo Mentiras Perigosas, de Nando Schweitzer, o mesmo autor e diretor de Bacalhau Regado ao Vinho, entre outras teve sua primeira montagem no Grupo GRATTA, sob a direção de Vera Costa no ano 2000, e foi remontado pela nossa companhia no ano de 2004. Estreando no festival Didáscalico, do antigo CEFET-SC, o texto demonstrou a versatilidade de personagens, um total de 11.

Foto de Fernando Schweitzer.Sinopse - A história inicia-se com a comemoração de quatro amigos recém-formados. Numa roda de bar, uma mentira muda para sempre os rumos destes dois casais, que se reencontram 25 anos mais tarde através de seus filhos e um acontecimento trágico fará com que as protagonistas se reencontrem em um tribunal.

A trama se passa em 2 fases, a 1ª 25 anos antes da actualidade. O espetáculo segue uma linha rodriguiana, em 3 atos. São uma totalidade de 11 personagens, dos quais temos 5 atores já estão no elenco de nossa montagem atual de Bacalhau Regado ao Vinho, e 6 novos elementos selecionados por casting. A previsão de estréia é para Junho.

A trama se passa em 2 fases, a 1ª 25 anos antes da atualidade. O espetáculo segue uma linha rodriguiana, em 3 atos e entrará em cartaz no Teatro da UBRO no Centro da cidade de Florianópolis/SC, nos dias 15 e 17 de DEZEMBRO/2017.

O quê: Mentiras Perigosas [93min]
Quando: 15 e 17 de Dezembro 2017
Onde: Aktoro [R. João Pinto, 211 - Centro]
Horário: 20h (Sexta); 19h e 21h (Domingo)
Quanto: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia) R$ 20,00 (promocional/antecipado)
Classificação Indicativa: 12 anos
Produção: A TRIBO DA ARTE
https://www.facebook.com/ATriboProduz/

Elenco

João Vitor - Donatan Alves
Márcia – Marielly Teixeira
Fabrício – Fabio Fontana
Elisabeth - Lais Küchler
Mauro - Virgilio Martins
Lisa - Yasmin Krug
Pablo – Vinícius Medeiros
Bianca – Ca Schmidt
Cema – Maycon Ramos
Vanessa - Ju Linhares
Promotor – Nando Schweitzer

Texto e Direção - Nando Schweitzer
Técnica - Felipe Pimentel

quinta-feira, novembro 09, 2017

ESQUERDA X DIREITA: O que fazem, o que comem, o que são?

Acredito que os ditos socialistas e tão pouco os liberais não iriam gostar muito do conceito proposto em relação a eles, como direita-esquerdista, ou como esquerda direitista. Não defendem a liberdade individual e, consequentemente, pautas como a liberação do uso das drogas, do casamento e da adoção por homossexuais, etc.?

Mas, senhores, os que madrugam no ler, convêm madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. Entre a esquerda e a direita estende-se toda uma zona indecisa de mesclagens e transigências, que podem assumir a forma de partidos menores independentes ou consolidar-se como política permanente de concessões mútuas entre as duas facções maiores. É o “centro”, que se define precisamente por não ser nada além da própria forma geral do sistema indevidamente transmutada às vezes em arremedo de facção política, como se numa partida de futebol o manual de instruções pretendesse ser um terceiro time em campo.

Para pesquisadores, estes concluíram que, frente às situações novas que requerem modificação dos comportamentos habituais, os liberais têm mais sensibilidade neurocognitiva que os conservadores. Também deduziram que a menor sensibilidade neurocognitiva dos conservadores em tais situações poderia explicar seu comportamento mais sistemático e persistente. A avaliação neurofisiológica desse estudo foi tão consistente que serviu para prever com bastante exatidão se os participantes tinham votado em John Kerry ou George Bush na eleição de 2004 nos Estados Unidos. 

Nas beiradas do quadro legítimo, florescendo em zonas fronteiriças entre a política e o crime, há os “extremismos” de parte a parte: a extrema esquerda prega a submissão integral da sociedade a uma ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio da intervenção fiscal, judiciária e policial. A extrema direita propõe a criminalização de toda a esquerda, a imposição da uniformidade moral e religiosa sob a bandeira de valores tradicionais, a transmutação de toda a sociedade numa militância patriótica obediente e disciplinada.

Quando estás em um cruzamento e dobras a esquerda, isto é um ato de esquerda, e quando dobras a direita isto é um ato de direita. De fato, é extremamente raso e banalizante reduzir o debate à maior ou menor atuação estatal. O ideário de Estado mínimo apregoado por liberais consiste uma grande falácia. Exemplo disso são as medidas estatais de governos direitistas em épocas de crise econômica, medidas que suplantam direitos sociais visando repassar para toda a sociedade o prejuízo da classe dominante.

Há também uma observação curiosa que indica que as pessoas com altos níveis de cortisol (o hormônio do estresse) tendem menos a ir votar do que as que têm níveis mais baixos desse hormônio no sangue. Segundo esses dados, o estresse poderia ser um fator que diminui a participação dos cidadãos nas eleições. Nem é preciso dizer que determinados acontecimentos sociais, especialmente os traumáticos, podem produzir mobilizações importantes, ainda que nem sempre permanentes, na orientação ideológica das pessoas. 

sexta-feira, novembro 03, 2017

Porque existem mais usuários de maconha que de teatro na atualidade?

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Pois, longe de mim prejulgar, apenas observo. A questão aqui não é o uso de entorpecentes ou drogas lícitas e ilícitas, este é um fato de cunho particular. Ao que chegamos ou tentamos é, porque não conhecemos tantos usuários de teatro quanto de maconha. Sumamente podemos concluir que a maconha hoje é mais popular que o teatro. Mas porque? Levantemos algumas hipóteses, mas antes coloquemos emparelhados suas similitudes. Ambos, e disse ambos, te fazem viajar. Ambos são discriminados pela sociedade. Ambos não fazem parte da grade curricular das escolas no país. Ambos estão para a juventude dados como algo desconhecido e que só provando se poderá conhecer seus efeitos. Ambos tem rituais de iniciação coletivos. 

Você acha que alguém escolhe por quem se apaixona? Descaminhos e percausos durante a vida criam afinidades e adicções. Augusto Boal construiu uma trajetória artístico-educativa de fortalecimento das potencialidades dos sujeitos em seus atos de criação estética, reflexão e conscientização política. Ao compreender o teatro como uma ferramenta capaz de fomentar as transformações sociais e a formação de lideranças em comunidades diversas e como ferramenta de transformação social, Boal difundiu seu método de teatro, baseado em jogos de percepção, expressão e criação, em diversos países, batizando-o como Teatro do Oprimido, em homenagem à obra de Paulo Freire. Seria Boal um adicto ao teatro? Temos que avançar aos poucos no Brasil. Legalizar o uso do teatro e da maconha e ver como isso funciona na vida real. E em seguida, se der certo, fazer o mesmo teste com outras drogas.

Os primeiros registros históricos do uso da Cannabis sativa para fabricação de papel, datam de 8000 anos a.C, na China. Depois os chineses descobriram e desenvolveram outras formas de uso da planta, principalmente para produção de artigos têxteis e medicina. Mais tarde, outras sociedades, como os gregos, romanos, africanos, indianos e árabes também aproveitaram as qualidades da planta, fosse ela consumida como alimento, medicina, combustível, fibras ou fumo. Entre os anos de 1000 a.C. até meados do século XIX, a maconha e o cânhamo produziam a maior parte dos papéis, combustíveis, artigos têxteis e sendo, dependendo da cultura que a utilizava, a primeira, segunda ou terceira medicina mais usada. Sua grande importância histórica se deve ao fato da maconha ter a fibra natural mais resistente e forte do que todas as outras, podendo ser cultivada em praticamente qualquer tipo de solo.

Aristóteles, ao final de sua Poética, escrita entre 335 e 323 AC, aponta que a tragédia pode ser lida, e, mesmo assim, sem ter o movimento da cena (gestos, etc), sem ser apresentada ao vivo, terá seu efeito sobre o leitor, igualando-se assim a Epopeia na forma lida. Entretanto, por possuir componentes extras, a música e o espetáculo, a Tragédia, segundo Aristóteles, torna-se superior a Epopeia, pois contém “todos os elementos da epopeia” e, além disso, contém o que não é pouco, a melopeia (música) e o espetáculo cênico. Ambos acrescem a intensidade dos prazeres e são próprios da tragédia. (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462a,p. 268.). O teatro também, ainda segundo Aristóteles, além da vantagem de “ter evidência representativa quer na leitura, quer na cena”, possui poder de síntese, pois nele “resulta mais grato o condensado que o difuso por largo tempo”.

Uma reflexão que pode nos dar esse convexo pós-modernista é que ambos, tanto o teatro como a canábis têm efeitos recreativos, libertadores de travas cognitivas e bloqueios psicosomáticos de condutas aprendidas socialmente. Mas no caso do teatro existem mais preconceitos a seus usuários na atualidade. Pois ao que você comente a algum seja le próximo ou não que fora ao teatro causará mais reações e surpresa que ao dizer que fumastes um baseado.

Na sociedade atual temos mais defensores da descriminalização da maconha, inclusive por pessoas de rasgo conservador que defensores da arte ou do teatro. É muito mais comum alguém te convidar para fumar um que lhe convidar para ir ao teatro. Você com certeza conhece mais maconheiros que atores. Você com certeza já fumou mais vezes um fininho que a quantidade de vezes que foi ao teatro.

Portanto, muito mais que defender o uso indiscriminado do teatro como droga recreativa, desejo levantar a questão de porque o teatro nos dias em que vivemos é tão perseguido, censurado e boicotado? Resposta: Porque ele provoca, ele abre mentes, ele relaxa e ainda por cima libera enzimas no cérebro que ajudam a desmistificar barreiras sociológicas e interpessoais.

Existem estudos em várias partes do mundo que concluíram tanto que o uso de marihuana quanto do teatro fazem com que as pessoas sobre os feitos destes entorpecentes se permitam mais a experiências de cunho homossexual.

Uma postagem feita na rede social Reddit, no início do mês passado, deu origem a um novo termo que, depois dos g0ys, vem gerando polêmica na internet: o "highsexual", um heterossexual que passaria a se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo após o consumo de drogas. Tudo começou quando o usuário throwaway15935745625, que se diz hétero e usuário frequente de maconha, fez uma postagem no site relacionando o consumo da droga com a sua sexualidade. "Eu sou um super usuário de maconha... Só me sinto atraído por garotas e não ligo para homens quando estou sóbrio. Mas quando estou chapado, desejo homens que transem comigo com vontade. Alguém mais tem esse desejo? Mais alguém se sente assim depois de fumar maconha?", perguntou ele na rede social.

Seré então possível que se estimularmos ao público a um uso compulsivo do teatro possamos criar os "highteatrais"? E se os highteatrais terminariam gerando os "hightsexoteatrais"? E ao fim descobrimos porque hoje em dia usar maconha é algo que causa menos repulsa e repressão social que ser usuário de teatro.

quarta-feira, novembro 01, 2017

TV Digital tem falhas de sinal na Grande Florianópolis

Resultado de imaxes para tv digital fora do arApesar da campanha promovida pela Globo, com reportagens diariamente nos telejornais locais e até em programas especiais, o Rio de Janeiro não atingiu o percentual mínimo aceitável de domicílios com TV digital e terá que adiar o apagão. Fato que coloca em cheque os prazos para o desligamento definitivo da TV chamada analógica.

Em outras praças pelo país problemas com os siais da TV Digital tem se tornado uma constante e as reclamações nas redes sociais tem aumentado, o que preocupa o Ministério das Comunicações brasileiro.

Nesta quarta-feira(01) se registrou a reclamação de telespectadores na Grande Florianópolis quanto a ausencia de sinal de todas as emissoras que possuem transmissão via digital. E ao se considerar que muitas das repetidoras locais já vem desabilitando o seu sinal analógico ou o têm programado para breve, estas repetidas falhas estão causando preocupação na população local.

Uma possível solução seria um redirecionamento das antenas das emissoras de TV ou um aumento da potência de seu sinal digital, pois em muitos bairros da região o sinal de algumas emissoras em sua versão digital nunca chegou até hoje.

Neliane Lira, da cidade Águas Claras, próximo ao Distrito Federal, de  há 9 dias afirmou em um fórum que "no DF não funcionam: SBT, Globo, Record, Rede TV, Band... ou seja, só o que funciona sãos canais de igreja evangélica ou católica." Marcelo Carino, fez pública sua indignação em comentário sobre uma emissora há duas semanas: "Impressionante como a Globo consegue se superar em mediocridade, em Santa Rosa Niterói - RJ o sinal é inexistente, mesmo usando uma antena amplificada de 22dB ativa, as outras emissoras funcionam maravilhosamente, essa porcaria de Globo não! E olha que estamos em uma cidade... Depois ficam vendendo as maravilhas do digital... No caso da Globo, pura bosta!"

segunda-feira, outubro 23, 2017

Insólito: Espectadora comprou ingresso em site de descontos e não pôde ver espetáculo

Sessão de peça em Ipanema só tem uma espectadora em teatro da zona nobre do Rio de Janeiro. Mas o agravante é que muitos pensariam que era um espetáculo com "principiantes" ou atores não conhecidos do grande público. As vezes a crise chega para todos e não apenas para o teatro independente, aquele feito por atores não-globais.

Uma carioca resolveu ir ao teatro, anteontem, para assistir a “O inevitável trem”, no Candido Mendes, em Ipanema. Atrasou-se um pouco — coisa de dez minutos — , e quando estava atravessando a rua, cruzou com o elenco (Giuseppe Oristanio e Carla Nagel), indo embora. Na bilheteria, a explicação: ela tinha sido a única pessoa a comprar ingresso e, como atrasou-se, pensavam que não apareceria. Então cancelaram a sessão.  O ingresso da moça, o único vendido naquela noite, ainda tinha sido comprado com desconto em um site de compra coletiva.

Comemoração: 20 anos após criação comédia retorna aos palcos catarinenses

O grande êxito da companhia A Tribo da Arte, e que garante minimamente 57 gargalhadas ou seu ingresso de volta se apresentará no próximo final de semana em Florianópolis. Em um espectáculo ágil e leve de classificação etária 10 anos, os artistas outra vez buscam cumprir seu objetivo nestes mais de 15 anos com o teatro autoral, inédito, com originalidade e qualidade. Em sua história de mais de 20 espetáculos a agrupação já se apresentou em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Joinville e Buenos Aires. A desconfiança de uma traição é o estopim que se incendeia na comédia de costumes Bacalhau Regado ao Vinho, espetáculo teatral escrito e dirigido por Nando Schweitzer. Concebida em 1997 e ao comemorar 20 anos agora – havendo sido montada pela primeira vez em temporada que atravessou os anos de 2005 e 06, remontada em 2013 – Bacalhau retornou aos palcos com novo elenco no dia 21 de setembro, Teatro Álvaro de Carvalho em Florianópolis e entra definitivamente em cartaz na Sala de Teatro Teresita Gil Petta, dentro da Escola de Atores Aktoro no mês de Outubro.
Luca Gislon(Vasco), Yann Rocha(Nicolau), Marilú(Yasmin Krug)
Na trama Maria de Fátima, interpretada nesta temporada pela jornalista e atriz Ju Linhares, uma dona de casa portuguesa que começa a desconfiar que seu marido (Virgilio Martins) possa ter um caso extraconjugal com uma misteriosa mulher e em meio a esta tormenta começa a descobrir sobre a sexualidade de seu filho mais novo. O que ela ainda não descobriu é que essa mulher (Ca Schmidt) está muito próxima de sua família e é sua melhor amiga e vizinha, e que seu filho Vasco(Luca Gislon) está loucamente apaixonado pelo filho de sua vizinha Lucinda, e para agravar a trama Marilú(Yasmin Krug) também está apaixonado de Nicolau(Yann Rocha). Com um mínimo de 57 Gargalhadas Garantidas ou seu ingresso de volta, Bacalhau Regado ao Vinho 2.0 entrou em cartaz dia 21/09 no TAC e regressa em temporada na sala de teatro Teresita Gil Petta. Com 7 personagens ao todo a peça trata de temas ecléticos além da trama central, tais como: o amor na adolescencia, a hipocrisia na sociedade moderna, sexualidade e a ética. Se desenlaçam no decorrer do espetáculo um interessante triângulo amoroso juvenil entre os filhos dos protagonistas que serve de recheio e causa muita graça no público.

Sobre a peça Bacalhau Regado ao Vinho(72 min): Lisboa ao amanhecer. Maria de Fátima é uma mera dona de casa portuguesa que, ao descobrir as escapadas de seu marido Augusto Manoel, nota que a tradicional família portuguesa tem “novos membros”. Recheada de situações inesperadas, a trama, que inicia em um simples café da manhã, comum, com irmãos brigando, pais gritando, etc., toma corpo com as boníssimas interpretações. Uma portuguesa histérica casada com um cínico falso-moralista, que tem dois filhos, um menino pentelho de carteirinha e uma pseudo-intelecto-revoltada, tendo como vizinha e melhor amiga a também amante de seu esposo, que é casada com um legítimo português e tem um filho um pouco desorientado psicologicamente. Mistura explosivamente cômica. Uma comédia portuguesa com certeza!!! Ambientada e falada em Português de Portugal, além de inovar como proposta cênica, leva ao público o gostinho de estar na terrinha de nossos patrícios.

A Companhia Teatral A Tribo da Arte traz à cena este que é o décimo texto de Nando Schweitzer e também décima direção. Mostrando maturidade em seu trabalho e o compromisso de arte autoral. Bacalhau mistura tendências da comédia del´arte, em Mollier, e comédia de costumes. Priorizando o espetáculo no Actor, figura esquecida pelo meio teatral nesta década. No elenco são 7 actores, que representam 2 típicas famílias lusitanas. Uma conservadora e outra um tanto mais moderna. 

O quê: Bacalhau Regado ao Vinho 2.0 [72min] 
Quando: 27 e 29 de Outubro 2017 
Onde: Sala de Teatro Teresita Gil Petta 
Horário: 19h30 e 21h (Sexta-feira) 19:00 e 21:00h (Domingo) 
Quanto: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia) R$ 20,00 (promocional/antecipado) 
Classificação Indicativa: 10 anos 
Ingressos Antecipados: Bilheteria da Aktoro - Secretaria aberta das 14h as 19h 
Endereço: Rua João Pinto, 211 - Centro Florianópolis 88010-420 Brasil - (48) 3333 2434 
Produção: A TRIBO DA ARTE 
https://www.facebook.com/ATriboProduz/ 

Elenco: Ju Linhares, Virgilio Martins, Luca Gislon, Yasmin Krug, Donatan Alves, Camila Sdmith, Yann Rocha
ROTEIRO e DIRECÇÃO: NANDO SCHWEITZER
TÉCNICA: BRYAN LACERDA 

Além de Bacalhau, Nando trabalha em outras duas peças teatrais – a remontagem da comédia romântica Juan & Marco e que estreará em Outubro em Buenos Aires, a adaptação do texto original chileno, Cepillo de Dientes(Escova de Dentes), de Jorge Díaz e a remontagem de Somente Tu e Eu que estará sendo produzida simultaneamente com dois elencos, um no Brasil e outro na Argentina. A comédia que sempre ultrapassou as 47 gargalhadas prometidas, mostrará em sua Avant-Première no dia 21 de Setembro no TAC mais, pois pretende nesta versão ampliar a meta para o mínimo de 57 gargalhadas garantidas ou o ingresso devoluto em sua comemoração de 20 anos.

A Companhia Teatral A Tribo da Arte retoma suas actividades sob a direcção de Fernando Schweitzer. Seu último trabalho como actor na TV fora como Alexandre Nardoni em Instinto Assassino do DISCOVERY CHANNEL. O mesmo também firma o texto, neste que é seu 123º espectáculo como ator e 25º como director. Bacalhau Regado ao Vinho mistura tendências da comédia del´arte, Mollier, Bertold Bretch. Priorizando o espetáculo no actor, figura esquecida pelo meio teatral nesta década.

O último trabalho de Nando Schweitzer no teatro foi o espectáculo Somente Tu e Eu, estreado em São Paulo, e que agora tem versão em montagem na Argentina, após tradução e adaptação do próprio realizando a direção do elenco via Skype. Na capital Argentina o diretor já estreou na histórica Calle Corrientes, principal point do teatro portenho. Lá também a peça censurada em 2007 em Florianópolis está em produção dirigida por Hernán Cuevas, Juan & Marco tem estreia prevista para Outubro. Além de actuar ele também assinou os roteiros, producção e direcção. Desde a estréia em 02 de Fevereiro de 2012, até sua última apresentação foram criados mais de 30 personagens LGBTs, em monólogos que eram rotativos a cada mês em cartaz. Os mais polêmicos foram um padre pedófilo; Edu, um menino de 12 anos que pedia ajuda ao público para encontrar uma maneira de contar sobre sua sexualidade aos país.

Agora o director regressa a produzir no Brasil, quando se completam 9 anos auto-exílio e de seu último espectáculo no Brasil e de participar da versão argentina de Quem quer Casar com Meu Filho, que no Brasil será veiculado pela Band. Após a polémica e censurada Juan & Marco, em 2007, o director volta com uma proposta ousada, não somente por acercar novamente da temática gay dentro de uma conservadora família lusitana. Mesmo não sendo o foco principal da obra escrita em 1997, pelo autor e director, o seu novo projecto pisa sem medo no ámbito LGBT, sendo o filho da protagonista um homossexual que namora seu melhor amigo de infância e vizinho. Bacalhau Regado ao Vinho - Volume 2.0 é um espetáculo com o "Mínimo de 57 gargalhadas garantidas ou seu ingresso de volta", como diz sua chamada publicitária. Resolveu-se então remontar esse clássico do teatro moderno brasileiro que abarca o sotaque português como construcção dialéctica.

sábado, outubro 21, 2017

Jogo sexual polêmico vira febre: A hora de molhar o biscoito, literalmente!

Resultado de imaxes para Cookie OokieBiscoito Molhado, ou como se tornou popular na Grã-Bretanha e EUA, Cookie Ookie é um jogo sexual entre rapazes que se tornou febre na América do Norte como rito de batismo ou mera diversão em repúblicas e residencias universitárias. Também conhecido na Austrália SAO Úmido, devida a uma famosa marca de biscoitos no país de mesmo nome.

A brincadeira consiste em formar-se uma roda de jovens a masturbar-se sós ou com a ajuda do rival, pois o ganhador é aquele que gozar primeiro, e o perdedor é o último a ejacular. E claro como todo jogo pícaro entre homens há um castigo para o perdedor. No caso do "Biscoito Molhado" é o último a chegar ao orgasmo obrigado a comer o biscoito recoberto com o sêmen de todos os demais que tiveram a habilidade de ejacular antes dele.

Este jogo inusual já foi citado e insinuado em novelas britânicas e também em algumas séries e filmes.

Como é bem sabido, muitos jovens (sobretudo homens) descobrem ou desfrutam a sua sexualidade em grupo com mais amplitude e liberdade. O famoso dito: O que faça entre amigos fica entre amigos. A masturbação entre homens, por exemplo, como se sabe é muito comum e não consiste em nenhuma consequência negativa, tão-pouco em grupo. E muitas vezes é um ato de parceria e liberdade, atualmente praticado por adolescentes no Brasil, e intitulada de brotheragem.

Biscoito Molhado não é mais que um ritual, sem que este por conseguinte caracterize um ato de homossexualidade. Para se jogar é simples e bastam as ganas, um grupo de homens e um biscoito ao centro da roda que se forma.

Segundo estudo da Universidade de Nova York, 3,5% dos homens heterossexuais já tiveram relações sexuais não casuais com pessoas do mesmo sexo. Muitas destas prácticas ocorreram durante a juventude, sobre tudo entre amigos, pois assim eles o vem como uma maneira de manter a tal conduta em segredo. Outros afirmaram ser algo sem importância e que buscavam practicar sexo sem compromisso ou por competição entre amigos.

A respeito das prácticas que englobam o também chamado Brojob(termo que começa a se popularizar apenas nos EUA), cuja palavra provém de brother(irmão) e blow job(jogo de felação), se entende que está permitido masturbar também um ao outro, o sexo oral e incluso a estimulação anal. Pois vale de tudo para se ganhar o jogo que na variante norte-americana pode ser ganha também pelo que resista mais tempo a ejacular. 

Mas o que está expressamente proibido são os beijos, já que não se trata de uma relação emocional ou afetiva, mas sim um jogo simplesmente. Um campo de provas e experimentação, aonde toda conotação sentimental está fora de lugar. Embora resulte curioso, se pensarmos que entre meninas, é bastante habitual que amigas se beijem entre si.

Claro que muitos podem pensar que isto são casos isolados. Mas o jogo é tão comum que em 2015 Jane Ward publicou um livro chamado Not Gay - sexo entre homens brancos heterossexuais. A ideia do livro era de recompilar informação sobre as relações entre homens heterossexuais que não se identificavam  sequer como bissexuais ou curiosos.

Por qué no se trata de homossexualidade?

Ter prácticas homossexuais não fazem com que uma pessoa seja homossexual. Essa ideia é ultrapassada, retrógrada e limitadora. Para a sexóloga Nayara Malnero "temos que diferenciar as prácticas sexuais, das orientações sexuais e também dos sentimentos.

Um ato como o de relacionar-se com sexualmente com alguém de mesmo gênero ou sexo por provar  ou experimentar não significa que a partir desse momento automaticamente você mude sua orientação sexual. Isso dependerá sobre tudo para quem se inclinem o seu desejo e seus sentimentos. Ser homossexual significa que te apaixonas por e de pessoas de mesmo sexo. 

Que nos tenham ensinado que amor e prácticas sexuais são vinculantes, ligadas irremediavelmente, não quer dizer que seja assim, especialmente para a maioria dos homens, que por esse mesmo fator sociológico dá menor importância ao ato sexual e geralmente o separa mais facilmente do amor dito romântico.

Não há motivo real para deixar de provar e experimentar o que deseje, ou possa vir um dia a desejar. O Biscoito Molhado nada mais é que uma forma de levar a cabo determinadas prácticas sexuais entre iguais. Deveria se que produzir algo mais desta experiência? Estranho seria o contrario. Raro seria a auto-censura.

sábado, setembro 30, 2017

Suicídio é imoral?

Resultado de imaxes para suicídioO suicídio é nada mais que um ato de coragem. Um ser quando passa por momentos muito difíceis e pensa que nada mais pode dar certo... O seu primeiro e natural pensamento qual é? Nós vivemos em uma época muito difícil e muito superficial. A depressão é a ordem do dia... A única coisa que nos sobrou de humanos. Cercar-se de pessoas positivas, se é que existem, seria uma solução. Mas o positivismo é burro e démodé.

Não acredito que o suicídio seja um ato de covardia, em contrapartida, que a decisão de não voltar, relaxa. Embora não valha a pena dar a sua vida para nada, nem por ninguém.

Quanto às outras questões de quem está sofrendo, que não tem qualidade de vida, nem para a sua saúde, não é a vida mais que puro e mero sofrimento. Quando uma pessoa quer cometer suicídio, mostrar que os seus problemas são normais e ao mesmo que por pessoas piores do que (ele) sem motivos racionais terem maior êxito na vida, uma enorme frustração e censo de injustiça sócio-cultural. 

Mas se você não tem capacidade físico-psíquica para fazê-lo (suicidar-se), de qualquer maneira, tentando argumentar para si mesmo que não vale a pena, você estará se acovardando. Tornando-se mais um na multidão de frouxos. Não!!! Mas o livre arbítrio para isso está. Fazer o que acredites que deva, mas também sendo responsável único por seus atos, assumindo então todas as consequências é o que as pessoas não fazem atualmente.

O suicídio está situado fora de qualquer conceito: "moral ou imoral", porque quando um chega a essa instância, fora de seu controle emocional e racional. Talvez se deva ser mais forte para encontrar a paz. Nunca pensamos que agora possamos estar vivendo nossos últimos momentos. Esse dilema único e cabal deve ser um ato de reflexão.

Somos piegas, somos bregas, somos preconceituosos, somos conservadores. Sou. Diga tudo isso bem alto agora. Reconhecer-se é necessário. Grite na janela já! Sou piegas, sou brega, sou preconceituoso, sou conservador. Allende e Vargas o fizeram, porque você se acha melhor que eles?

sexta-feira, setembro 29, 2017

LGBTs e a esquerda, conflito eterno ou refluxo histórico?

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Quando a dita esquerda passou a incorporar a agenda LGBT? Uma espécie de mutatis mutandis do que fora há um século o início do fascismo é o que se apercebe no cotiano do ocidente na atualidade e taxada como de ultra-direita. Não façamos comparações com o oriente, tão complexo e heterogéneo, para não incorrer no erro de ramificar demais esse artigo e dissipar o foco. Este que por si só é multifocal por ende. Mas a pergunta que não quer calar é: Quando o socialismo deixou de ser homofóbico? Ainda hoje na Rússia é difícil e perigoso organizar uma simples Parada Gay ou uma manifestação pelos direitos dos homossexuais, similaridade recorrente em grande parte dos países pós-soviéticos.

A resposta a provocação talvez não seja apenas uma. Em um mundo aonde ondas conservadoras se alastram podemos hoje surtar e simplesmente não recordar que bandeiras empunhadas hoje por reacionários. Sim sabemos que o Brasil tem uma bancada evangélica e homófoba, ruralista arcaica, neonazista e fervorosa; e que juntas a falta de educação do povo são uma bomba contra minorias. Mas a história política mundial sempre foi pendular, e assim segue. Quem pensaria que na terra da Revolução à Francesa surgiria o monstro Marine Le Pen? Que no bastião da democracia remanesceria ao poder um Trump? Que na democrática, pós-nazista, Alemanha uma AfD com discurso fascista ultrapassaria os 10%?

Não obstante a algumas décadas poloneses, checos, húngaros e búlgaros após pertenceram aos russos em sua gigantesca maquina outrora chamada União Soviética, eliminaram o artigo que criminalizava relações entre pessoas do mesmo sexo em 1968. Até Boris Yeltsin removeu o artigo russo sobre isso em 1992, após a perestroica e outras "aberturas" na nova Rússia. A Romênia, por outro lado, aumentou a pena para algo entre dois e sete anos em 1997 e criminalizou a "propaganda" gay, mas logo anos depois passou a descriminalizar atos homossexuais para integrar a União Europeia. Algo que na atual Russia parece ser impossível lei com a ascensão do reacionário, Vladmir Putin, que em seu governo tem reconhecimento mundial de atos contra as liberdades individuais, a oposição e a comunidade LGBT.

É tão complexa a cronologia da legalidade LGBT no mundo que necessitaríamos meses e meses a detalhar como cada país e seus regimes foram avançando e retrocedendo e novamente avançando e retrocedendo quanto ao tema. Mas algo que podemos realmente perceber é que tanto nos países liberais de hoje e ontem, quanto nos socialistas a questão das liberdades individuais e sexuais são moeda de troca e fator de uso político. Hoje em Cuba mesmo ainda sendo um país auto-proclamado socialista e considerado fechado se pode ver autorizadas operações de mudança de sexo no seu sistema gratuito e universal de saúde, embora em países democráticos e neoliberais sejam moeda de troca em votações no congresso e bandeiras de campanha tanto pró com em contra.

Mas o hoje não apaga o passado. Em entrevista ao site Opera Mundi, Mariela Castro, filha Raúl e sobrinha do ex-comandante Fidel, declarou que: "A homofobia institucionalizada dos primeiros anos da Revolução refletia uma realidade e estava em consonância com a cultura da época. Zombar dos homossexuais era algo normal, assim como depreciá-los ou denegri-los. Era normal discriminá-los no mercado de trabalho, em sua vida profissional, e esse era o aspecto mais grave." e ainda lembra um dos períodos mais duros para os homoafetivos quando "No Congresso Nacional de “Educação e Cultura”, em 1971, foram estabelecidos parâmetros exclusivos contra pessoas com orientação sexual distinta do que se considerava a regra. Até 1976, data em que foi criado o Ministério da Cultura. Com a adoção da nova Constituição naquele ano, essa resolução que separava homossexuais dos mundos da educação e da cultura foi declarada inconstitucional e eliminada. Foi então adotada outra política em nível educacional e cultural."

Nos híbridos anos 70 as transmutações no pensamento quanto a homossexualidade só são contadas do lado de cá do Muro de Berlim. Mas um dentre poucos que adentraram ao mundo pós-marxista,  sem negá-lo fora o prestigiado O homem e a mulher na intimidade[Lisboa: Editorial Caminho, 1983], de Sigfred Schnabel, publicado originalmente em 1979 na Alemanha Oriental, que foi um best seller em vários países de doutrina socialista, afirmava que a homossexualidade não era uma doença. Sendo um dos primeiros autores científicos a demonstrar isso com repercussão em Cuba e países alinhados a União Soviética.

O homossexualismo(termo usado à época e já em desuso) era visto, como um crime e um ato contra-revolucionário, ou mesmo uma patologia psiquiátrica nas repúblicas socialistas baixo o comando de Moscou. O indivíduo era visto como sujeito de uma verdadeira perversão, com infantilismo psíquico, defeito orgânico e distúrbio hormonal. No art. 121 do código penal soviético se previa, de fato, a reclusão de até cinco anos, com a possibilidade de agravante de até oito anos em casos de prática mediante coação, de relações com menores de idade, e mediante violência. Muitas vezes o aprisionamento era convertido em trabalhos forçados em um dos muitos gulag, onde os homossexuais sofriam humilhações e "pestaggi", mesmo por parte de outros condenados.

Nos gulag acabavam milhões de pessoas pelos mais variados motivos, empregados muitas vezes em obras faraônicas, como o Canal do Mar Báltico. Os internados morriam de cansaço, de frio, de doenças, de espancamento e de fome, escavando nas minas ou desmatando as zonas perdidas da Sibéria. Se denominavam gulag o sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos, presos políticos e qualquer cidadão em geral que se opusesse ao regime na União Soviética (todavia, a grande maioria era de presos políticos; no campo Gulag de Kengir, em junho de 1954, existiam 650 presos comuns e 5200 presos políticos).

Sempre devemos relativizar ou situar o contexto histórico, mas sem ser piegas. O escritor francês André Gide realizou uma viagem a União Soviética em 1936, com um companheiro e voltou profundamente abalado e escreveu dois livros sobre sua experiência. O primeiro em tons mais sutis e o segundo mais objetivo sobre a miséria social e ausência de liberdade de expressão na URSS. Os comunistas e seus aliados voltaram-se violentamente contra ele, atribuindo insinuações e falando de seus problemas com a "moral" e sua devoção a homens mais jovens.

Mas podemos revolcar o início da União Soviética, quando em 1918, após o triunfo da Revolução Bolchevique, a homossexualidade foi descriminalizado em todo o território da União Soviética. Desse modo, a URSS se tornou, por quase uma década, o primeiro país a "aprovar" práticas não heterossexuais. Embora em boa parte do mundo a prática fora condenada. Com a chegada de Stalin ao poder intensificou-se e perseguição aos gays a partir de 1934 passou a ocorrer fortemente até os primeiros anos da década de 1980. Calcula-se que aproximadamente 50 mil homossexuais tenham sido condenados sumariamente, e muitos deles morreram em campos de concentração. 

Até à época de Pedro, o Grande, a homossexualidade, na Rússia, era tolerado mesmo se sancionada pela Igreja Ortodoxa com penitências. Apenas em 1706 foi instituída a fogueira para qualquer um que fosse descoberto em uma relação homossexual, e no ano de 1917 aconteceu a Revolução de Outubro e, graças à intervenção dos cadetes (KD, Partido dos constitucionalistas democráticos), a homossexualidade foi finalmente descriminalizada. Os Bolchevique se demonstraram contrários a esta nova forma de liberdade, por sua postura postura sexófoba. 

No "Congresso Mundial da Liga pelas Reformas Sexuais", em Copenhague em 1928 se discutira abertamente o tema da homossexualidade, e seguindo esta linha ainda em 1930 Mark Serejskij, perito médico, descreveu na Grande Enciclopédia Soviética que "a legislação soviética não reconhece crimes ditos contra a moral. As nossas leis partem do princípio da defesa da sociedade, e portanto preveem uma punição somente naqueles casos nos quais o objeto de interesse homossexual seja uma criança ou um menor de idade."

E se podemos trazer uma dialética materialista a ainda e talvez longínqua discussão entre polos de esquerda a direita, Cuba, hoje em dia proporciona gratuitamente a cirurgia de mudança de sexo aos transgêneros, reconhece legalmente as uniões civis entre homossexuais, etc; e os Estados Unidos, Coréia do Norte, Arábia Saudita, China, a nova Rússia ultra-neoliberal e muitos outros países não. Temos também na atualidade países que perseguem LGBTs querendo fazer parte da União Europeia. Vivemos um mundo mega-multi-polar e neste devemos nos situar, todavia sem perder o rastro de pólvora da história. Os direitos dos cidadãos necessitam ultrapassar a discussão das bandeiras ideológicas para avançar, mas nunca podem se excluir das lutas sociais. Um ser humano pode ser ao mesmo tempo de direita ou esquerda, esta é uma questão programática e de envergadura particular, e sem embargo ser ao mesmo um excluído por outras motivações quanto a etnia, credo e orientação sexual.

O outro lado da bandeira colorida

Resultado de imaxes para gays socialistasÉ de conhecimento na atualidade que em muitos países homossexuais e transgêneros reivindicam seu espaço e voz em movimentos de direita. Esta é uma vertente cada vez mais visível.

Em muitas rodas de discussão se esbravejam pontas extremas de um iceberg. Se de um lago LGBTs de direita recriminam as perseguições históricas e atuais de regimes auto-proclamados comunistas, socialistas e similares; em um outro campo ideológico LGBTs parte atuante na atual militância de esquerda vem que a direita atual tem como retórica a exclusão desta comunidade.

O impasse fica ainda maior quando se nota que ambas militâncias por muitas vezes não sabem se para a sua luta como seguimento de classe lhes poderá vir a convir mais um lado que outro. 

Dentro das 4 letrinhas da sigla do arco-íris os homossexuais homens, geralmente mais consumistas e individualistas,  pendem ao discurso da direita neoliberal que parece englobar o seu grito de liberdade sexual e individual a possibilidade de ascensão social. As homossexuais mulheres surgem como majoritariamente nas fileiras ligadas as esquerdas e de militância social, geralmente com um perfil mais próximo ao discurso feminista. Claro que exceções de ambos lados existem, como Tammy/Tommy Gretchen, que já teve candidaturas pelo PP. Mas dentro do "mundinho" LGBT há também preconceitos com setores da comunidade que poderiam com um pouco de conscientização serem superados. Todavia não esqueçamos que boa parte desta geração foi educada e criada por uma anterior que não viveu em democracia plena.

Por Nando Schweitzer, Jornalista, Diretor Teatral e provocador nas horas vagas

sábado, setembro 16, 2017

Espetáculo garante devolução de ingresso em comemoração à seus 20 anos

Bacalhau Regado ao Vinho 2.0

 Com um slogan agresivo e provocante "Mínimo de 57 gargalhadas garantidas ou seu ingresso de volta" a Companhia Teatral A Tribo da Arte de Florianópolis retoma suas atividades sob a direção de Nando Schweitzer. Bacalhau Regado ao Vinho se inspira em dramaturgos da commedia dell´arte como Molière e Bertolt Brecht, priorizando o espetáculo no ator e fará sua estreia na próxima quinta(21) no TAC.
 
Maria de Fátima, interpretada nesta temporada pela jornalista e atriz Ju Linhares, é uma dona de casa portuguesa que começa a desconfiar que seu marido (Nando Schweitzer) tem um caso extraconjugal com uma misteriosa mulher. Em meio a esta tormenta, ela começa também a descobrir a sexualidade de seu filho mais novo. O que ela ainda não sabe é que a tal mulher misteriosa (Ca Schmidt) está muito próxima de sua família e é sua melhor amiga, e que seu filho Vasco(Luca Gislon) está loucamente apaixonado pelo filho de sua vizinha Lucinda. Desenlaça-se no decorrer do espetáculo um interessante triângulo amoroso juvenil entre os filhos dos protagonistas que serve de recheio e causa muita graça no público.
 
Com 7 personagens ao todo a peça rebatizada como Bacalhau Regado ao Vinho 2.0 trata de temas ecléticos além da trama central, tais como: o amor na adolescência, a hipocrisia na sociedade moderna, sexualidade e a ética. Ambientada em Lisboa e falada em Português de Portugal, além de inovar como proposta cênica, leva ao público o gostinho de estar na terrinha de nossos patrícios.
 
Serviço
 
O quê: Bacalhau Regado ao Vinho 2.0
Quando: Quinta feira 21/09/2017, às 20h.
Ingresso: R$ 30 inteira e R$ 15 meia-entrada.
Onde: Teatro Álvaro de Carvalho – Rua Marechal Guilherme, nº 26  – Centro – Florianópolis/SC 
Informações: (48) 3665-6400 
Bilheteria: Diariamente (incluindo domingos e feriados), das 13h às 19h. Após este horário, venda somente para o espetáculo realizado no dia e no Teatro Álvaro de Carvalho, se houver.

Elenco de actores estelares: Ju Linhares, Nando Schweitzer, Luca Gislon, Yasmin Krug, Donatan Alves, Camila Sdmith, Yann Rocha
ROTEIRO e DIRECÇÃO: NANDO SCHWEITZER
TÉCNICA: BRYAN LACERDA 

Além de Bacalhau, Nando trabalha em outras duas peças teatrais – a remontagem da comédia romântica Juan & Marco e que estreará em Outubro em Buenos Aires, a adaptação do texto original chileno, Cepillo de Dientes(Escova de Dentes), de Jorge Díaz e a remontagem de Somente Tu e Eu que estará sendo produzida simultaneamente com dois elencos, um no Brasil e outro na Argentina.

terça-feira, julho 25, 2017

O brasileiro desconhece o seu próprio país, afirma pesquisa

Imaxe relacionada
Um estudo Perils of Perception (Perigos da Percepção) do Instituto Ipsos Mori, na Grã-Bretanha realizado entre as 33 nações com maior PIB do mundo buscou identificar qual país que menos sabe sobre sua própria situação, e o ganhador foi o México, seguido pela Índia e o bronze nada olímpico ficou com o Brasil. Até na ignorância conseguimos perder. (SIC)

Na outra ponta, o mais consciente do ranking foi a Coreia do Sul, em segundo ficou a Irlanda, com a Polônia em terceiro para fechar o pódio.  O estudo produziu 12 questões, e as comparou as suposições da população com dados reais. E o criativo e bestial povo brasileiro se mostrou especialmente incapaz em falar sobre os temas abordados. O país teve a maior margem de erro, quando perguntaram a idade media de seus habitantes (o palpite foi 56 – 25 a mais do que os corretos 31 anos). Conseguimos lidera no quesito “A cada 100 pessoas, quantas você acha que têm 14 anos ou menos?”, a média dos chutes foi 39, a resposta correta seria 24. 

Mas errar em dados tão científicos e estatísticos tudo bem. Agora, que o povo brasileiro imagino equivocadamente que este país é um mar de igualdade beira o ridículo. Na pesquisa a população disse que via muito mais mulheres em cargos de poder que no mundo real. Enquanto a população acreditava que 31% dos políticos fossem mulheres, o número de verdade é menos que a metade disso: 14%. Outro erro de destaque foi na pergunta “Qual a porcentagem de imigrantes no seu país?”. As respostas do Brasil apontavam que 25% dos habitantes vieram de fora. Erramos feio. Na verdade, só 0,3% da população é estrangeira. 

A pesquisa foi feita entre os dias 1 e 16 de outubro do ano passado, conversando com cerca de 1000 brasileiros. Se você tem certeza que tiraria uma pontuação melhor do que nossos conterrâneos entrevistados, pode tentar provar isso. Os organizadores da pesquisa disponibilizaram um quiz online, para todo mundo testar os conhecimentos sobre próprio país. Você pode acessá-lo no site do instituto Ipsos Mori .

terça-feira, julho 18, 2017

Espetáculo garante "Mínimo 57 garalhadas ou seu ingresso de volta!"

O êxito cómico que regressa aos palcos do estado em Agosto, e também fará incursão este ano nas cidades de Joinville, São Paulo e Porto Alegre, Bacalhau Regado ao Vinho é um espectáculo com o "Mínimo de 57 gargalhadas garantidas ou seu ingresso de volta". Sem titubear Luca Gislon, um dos atores da montagem afirma: "Bacalhau Regado ao Vinho é justamente o que eu estava procurando: um novo e desafiador espetáculo, cheio de expressão corporal e emocional que unidos tenho certeza que levaram o público a intensas gargalhadas".
Daniela Sousa e Camila Andrade - Primeira versão da peça

Companhia Teatral A Tribo da Arte retoma suas actividades sob a direcção de Nando Schweitzer. Seu último trabalho fora como Alexandre Nardoni em Instinto Assassino do DISCOVERY CHANNEL. O mesmo também firma o texto, neste que é seu 124º espectáculo como actor e 26º como director. Bacalhau mistura tendências da comédia del´arte, Mollier, Bertold Bretch. Priorizando o espectáculo no actor, figura esquecida pelo meio teatral nesta década.

Outra personagem marcante da peça é Marilú, uma jovem, escandalosa, neurótica, mimada, maluca, infantil, retardada; e ainda torce para o Benfica, que só perde. "Ela também tem uma paixão secreta por Nicolau, melhor amigo de Vasco, mesmo se irritando com as besteiras que este faz e fala." - revela sua intérprete a atriz Yasmin Krug.

A protagonista Maria de Fátima(Isa Pratti) é uma mera dona de casa portuguesa, que ao descobrir as escapadas de seu marido Augusto Manuel(Virgílio Martins), começa a perceber que a tradicional família portuguesa tem “novos membros”. Recheada de situações inesperadas, a trama, que inicia em típico café da manhã, comum, com irmãos brigando, pais gritando, etc. Ainda na trama está o núcleo dos vizinhos, com o casal Lucinda(Ju Linhares) e Roberto(Donatan Alves), uma perua fogosa e um marido muito paspalho, e seu filho Nicolau(Bryan Lacerda) com afetações psicológicas sérias.

Muitos conflitos se intercruzam pela trama desta comédia costumbrista. Desde Nicolau que vive questionamentos inusitados, como: Porquê o céu é azul? Porquê as pombas voam (pois se seguem com isto um dia lhe vão a cagar)? Porquê a Terra é quadrada? Entre outras coisas. Há algumas incógnitas de fundo maior como o da protagonista em saber se a amante do marido é mais bonita que ela. No recheio dramatúrgico a obra tras questões éticas e as pesa. Parte da obra indaga o que seria mais ou menos moral: Masturbação coletiva ou traição matrimonial.

Ágatha Martins - Interpretando a personagem Maria de Fátima (2013)
Sobre o espectáculo: Lisboa ao entardecer. Maria de Fátima é uma mera dona de casa portuguesa, que ao descobrir as escapadas de seu marido Augusto Manuel, começa a perceber que a tradicional família portuguesa tem “novos membros”. Recheada de situações inesperadas, a trama, que inicia em típico pequeno almoço(café da manhã), comum, com irmãos brigando, pais gritando, vizinhos chegando para filar comida, etc., toma corpo com as boníssimas interpretações. Ambientada e falada em Português Lusitano, nas variantes lisboeta e da Cidade do Porto, além de inovar como proposta cénica, leva ao público o gostinho de estar na terrinha de nossos patrícios.

Vasco e Nicolau - Harrison Reis e Yuri Milano (2013)
Spoiler - Uma portuguesa histérica casada com um cínico falso-moralista, que tem dois filhos, um gajo pentelho de carteirinha e uma pseudo-intelecto-revoltada. Tendo como vizinha e melhor amiga a também amante de seu esposo, que é casada com um legítimo português e tem um filho um pouco desorientado psicologicamente. Mistura explosiva-mente cómica. Uma comédia portuguesa com certeza!!! Tente controlar a gargalhada, pois o riso é inevitável.

Elenco de actores estelares: Elenco de actores estelares: Isadora Pratti, Virgílio Martins, Luca Gislon, Yasmin Krug, Ju Linhares, Donatan Alves, Bryan Lacerda. Com roteiro e direção de Nando Schweitzer e previsão de estreia para Agosto.

* ESTE TEXTO ESTÁ AO ABRIGO DO ANTIGO ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, julho 17, 2017

A mídia 2017, onde nada se cria, tudo se copia


Vivemos um momento raro, aonde nada parece surpreender. Ao menos não aos que tem o mínimo de cultura e acesso ao conhecimento, certo? Nem tanto ao pão, nem tanto ao queijo. Na mídia vemos tendências do passado a se reeditarem: novelas, filmes, series... nada original. Estamos na década da releitura. Em breve teremos Os Trapalhões, nova geração. Já tivemos a Escolinha do Professor Raimundo, também m versão atualizada. Nos gringos nada é tão diferente, e por um lado series passam a ter temporadas renovadas por medo dos produtores de investir em algo novo, a internet trás êxitos de um passado com um vigor impressionante, e claro de graça.

Resultado de imaxes para dfisica o quimica serie
David e Fer, se tornaram acidentalmente
o casal protagonista da trama
Tempos atrás me vi re-assistindo uma série espanhola na íntegra via internet, perdi algumas temporadas por falta de tecnologia na época. A lindíssima, marcante(para mim) e comovedora Física ou Química, que conta em 7 temporadas num total de 77 episódios as desventuras de jovens do colégio madrilenho Zurbarán e suas descobertas psicológicas sexuais. A tira castelhana chegou a 18 países, sendo dublado ao francês, polonês, italiano e ao português ibérico para sua exitosa exibição pelo canal português RTP. Confesso que prefiero o original, e não desgosto da versão dublada italiana. Transmitida entre 31 de marzo de 2008 e 13 de junio de 2011, abordou temas que nos caretas anos de hoje seriam um desafio para os produtores, que quando fazem uma releitura a tornam sempre boba e insonsa graças a modernidade politicamente-correta e conservadora da atualidade. Abertamente nela se falou de aborto, racismo, xenofobia, amor inter-fases de idade e até mesmo um casal abertamente homossexual que ONGs da época contabilizaram mais de 500 beijos e mais de 10 atos sexuais no decorrer da trama.

Mas o ponto que busco chegar é que o público também e não só os produtores são medrosos. De um lado o público não quer ver algo sem ter garantias, hoje com a tal proliferação de ismos: feminismo, gordofobicismo, imperialismo, anti-imperialismo, veganismo... entre outros, o público não é mais mente aberta como nos anos 80 e 90, encaretamos e preferimos ver o mesmo de sempre. Nessa onda os que produzem embebem-se do pretexto das tecnologias recentes e inéditas para fazerem novas versões. Nova Buffy, Novo Homem-Aranha, Nova Mulher-Maravilha, Nova Mandioca-no-Rego... o que for. Se ao menos no Brasil comprassem os direitos de Física o Química... Não custa sonhar!

O neoliberalismo que acaba com os postos de trabalho não atingem apenas o mercado de trabalho afetado pelas reformas trabalhistas promovidas pela TROIKA nos quanto cantos do universo, mas também nos âmbitos que sempre estiveram a margem das leis trabalhista. O mercado artístico sempre se auto-regulou de cima para baixo. É dizer no topo dos ganhos Hollywood, seguidos dos off-Broodway, europeus, europeus alternativos, latinos, latinos para festivais, Globo Filmes, nacionais premiados... e por aí vamos até chegar no fundo do poço aonde duelam desigualmente o teatro com estrelas de TV e o teatro das máfias dos editais públicos e leis de incentivo a cultura, e finalizamos a cadeia alimentar com os artistas que vivem de migalhas de bilheterias escassas nas poucas datas remanescentes dos poucos teatros ainda abertos e com pautas democráticas no país.

Me fui da raia principal. Neste emboleio em que vivemos até eu caí na dança e estou a remontar um texto meu de 1997, a pretexto de comemorar os 20 anos da peça e a fazer uma releitura de uma de minhas obras mais polêmicas que foi censurada e boicotada em um teatro público de Florianópolis a 10 anos atrás, poi pois, censura também se comemora e melhor se for com uma versão inédita em Buenos Aires...

Todavia se engana que ache que a humanidade se esgotou em temas ou na sua capacidade de inovar... É que em momentos de crise investir em releituras é mais barato. Pois um novo produto requer novas estratégias de marketing, mais estudo, maior geração de empregos e investimentos por conseguinte.Então vemos formulas velhos em formatos novos, formatos que se dizem novos copiando antigas fórmulas. Mas existe também o acaso e a natural coincidência como quando os egípcios, os chineses desenvolveram complexos ritos funerários para proteger seus mortos no além. Esta vestimenta com que um membro da família real foi enterrado consiste de 2.216 placas de jade. Só os fios de prata que os unem já pesam um quilo. As peças fazem parte da exposição ''China e Egito: Berços da humanidade", no Novo Museu de Berlim.

Mas confesso que como espectador tenho preferido ver séries que se disponibilizam na íntegra pois já foram encerradas que angustiosamente acompanhar as inéditas e entediantes séries by NetFlix, que podem por ventura não terem um fim, pois devido a crise se cancelam e aquele antigo respeito ao telespectador inexiste. Ou quiçá seja preguiça de assistir cousas de conteúdo duvidoso.

Quanto aos filmes, optei por ver cine arte francês ou de estilo similar no Youtube, tendo assim nos comentários uma garantia extra de diversão, pois os comentários muitas vezes são melhores que os próprios vídeos. E claro que seguindo a moda todos podem assistir tardiamente meus espetáculos Bacalhau Regado ao Vinho em Florianópolis que aumentou sua meta e nesta versão garante o mínimo 57 gargalhadas garantidas ou Juan & Marco que estará também em Setembro em cartaz na capital argentina.

Em um 2017 sombrio para a economia, a democracia e também para o entretenimento de massas, pois não chegaremos a falar obre cultura neste artigo, só nos resta esperar, comer, viver, rezar... Quase citei o chatíssimo filme da tia Júlia, a rainha da Sessão Refugo. Nos resta para a "nossa alegria" ver youtubers se tornando ricos e famosos dentro de uma sociedade inóspita e aculturada.

Contudo me vem a dúvida o que e pior? A re-re-re-reciclada A Praça é Nossa? A nova Escolinha, Os novos Trapalhões? O falido Pânico que é um liquidificador nonsense de americanizações esdrúxulas e pitadas de Casseta & Planeta? A cópia do TV Pirata, mal feita pelo Adnet? Ou as inéditas novelas globais que são claros plágios de novelas mexicanas? Ou até mesmo as releituras, estas autorizadas, feitas pelo SBT de novelas infantis argentinas, que foram readaptadas no México e agora re-readaptadas no Brasil? Santo Youtube e sites que carregam séries, protejam-me!

quinta-feira, julho 13, 2017

“Os bebés não têm manhas, isso são coisas dos adultos”

Estou por voltar de férias, e antes de voltar as publicações inéditas pós minha viagem a Buenos Aires gostaria de compartilhar com vocês interessante artigo da ANA DIAS FERREIRA, Editora de Lifestyle:

Gostava de saber quem inventou a expressão “dormir como um bebé”. Dormir como um gato, um koala ou uma preguiça, eu percebo. Mas dormir como um bebé é sinónimo de tudo menos de um sono tranquilo. Nos últimos tempos, se me falam de bebés no berço ou em canções de embalar, penso numa de duas coisas: nos amigos que ganharam um belo par de olheiras depois de sair da maternidade, quais medalhas de papás, e num tema cada vez mais polémico, capaz de dividir pediatras e envolver palavrões complicados.

Clementina Almeida é psicóloga clínica e acaba de lançar um livro para responder a um apelo: Socorro! O meu bebé não dorme. Muito crítica dos chamados treinos do sono, assim como dos conselheiros sem formação que prometem soluções rápidas, a especialista deu uma entrevista à Ana Cristina Marques onde afirma com todas as letras: “Os bebés não têm manhas, isso são coisas dos adultos. Eles não aprendem a adormecer sozinhos, mas sim que ninguém vem quando choram.”

Se tem por hábito ler ao seu filho antes de ele dormir, mas não só, dê a si próprio uma recompensa e adie o despertador uns minutos numa destas manhãs. Afinal, está a pôr em prática um dos conselhos para educar um leitor, como escreve a Catarina Homem Marques.

Já se as noites são tranquilas e o seu problema se chama calor, proponho outros dois artigos: estas dicas de beleza à prova de suor, que a Helena Magalhães reuniu para garantir que a maquilhagem não lhe vai parar aos ombros, e uma garrafa geladinha da cerveja artesanal que o Tiago Pais foi conhecer a Marvila, a.k.a. o beer district de Lisboa.

De resto, pode dormir descansado, também estamos cá para lhe olhar pelas finanças. Por um lado, com este manual para resistir às compras por impulso e sair (mais ou menos) incólume dos saldos. Por outro, com as melhores soluções para aplicar o subsídio de férias, se não precisar dele para patrocinar o descanso, bem entendido.

Despeço-me por hoje, com calor e com sono. Devo andar a dormir como um bebé.

Bom fim de semana e até quinta!