sexta-feira, novembro 10, 2017

A Tribo da Arte estreia tragédia sobre violência familiar

O espectáculo Mentiras Perigosas, de Nando Schweitzer, o mesmo autor e diretor de Bacalhau Regado ao Vinho, entre outras teve sua primeira montagem no Grupo GRATTA, sob a direção de Vera Costa no ano 2000, e foi remontado pela nossa companhia no ano de 2004. Estreando no festival Didáscalico, do antigo CEFET-SC, o texto demonstrou a versatilidade de personagens, um total de 11.

Foto de Fernando Schweitzer.Sinopse - A história inicia-se com a comemoração de quatro amigos recém-formados. Numa roda de bar, uma mentira muda para sempre os rumos destes dois casais, que se reencontram 25 anos mais tarde através de seus filhos e um acontecimento trágico fará com que as protagonistas se reencontrem em um tribunal.

A trama se passa em 2 fases, a 1ª 25 anos antes da actualidade. O espetáculo segue uma linha rodriguiana, em 3 atos. São uma totalidade de 11 personagens, dos quais temos 5 atores já estão no elenco de nossa montagem atual de Bacalhau Regado ao Vinho, e 6 novos elementos selecionados por casting. A previsão de estréia é para Junho.

A trama se passa em 2 fases, a 1ª 25 anos antes da atualidade. O espetáculo segue uma linha rodriguiana, em 3 atos e entrará em cartaz no Teatro da UBRO no Centro da cidade de Florianópolis/SC, nos dias 15 e 17 de DEZEMBRO/2017.

O quê: Mentiras Perigosas [93min]
Quando: 15 e 17 de Dezembro 2017
Onde: Aktoro [R. João Pinto, 211 - Centro]
Horário: 20h (Sexta); 19h e 21h (Domingo)
Quanto: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia) R$ 20,00 (promocional/antecipado)
Classificação Indicativa: 12 anos
Produção: A TRIBO DA ARTE
https://www.facebook.com/ATriboProduz/

Elenco

João Vitor - Donatan Alves
Márcia – Marielly Teixeira
Fabrício – Fabio Fontana
Elisabeth - Lais Küchler
Mauro - Virgilio Martins
Lisa - Yasmin Krug
Pablo – Vinícius Medeiros
Bianca – Ca Schmidt
Cema – Maycon Ramos
Vanessa - Ju Linhares
Promotor – Nando Schweitzer

Texto e Direção - Nando Schweitzer
Técnica - Felipe Pimentel

quinta-feira, novembro 09, 2017

ESQUERDA X DIREITA: O que fazem, o que comem, o que são?

Acredito que os ditos socialistas e tão pouco os liberais não iriam gostar muito do conceito proposto em relação a eles, como direita-esquerdista, ou como esquerda direitista. Não defendem a liberdade individual e, consequentemente, pautas como a liberação do uso das drogas, do casamento e da adoção por homossexuais, etc.?

Mas, senhores, os que madrugam no ler, convêm madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. Entre a esquerda e a direita estende-se toda uma zona indecisa de mesclagens e transigências, que podem assumir a forma de partidos menores independentes ou consolidar-se como política permanente de concessões mútuas entre as duas facções maiores. É o “centro”, que se define precisamente por não ser nada além da própria forma geral do sistema indevidamente transmutada às vezes em arremedo de facção política, como se numa partida de futebol o manual de instruções pretendesse ser um terceiro time em campo.

Para pesquisadores, estes concluíram que, frente às situações novas que requerem modificação dos comportamentos habituais, os liberais têm mais sensibilidade neurocognitiva que os conservadores. Também deduziram que a menor sensibilidade neurocognitiva dos conservadores em tais situações poderia explicar seu comportamento mais sistemático e persistente. A avaliação neurofisiológica desse estudo foi tão consistente que serviu para prever com bastante exatidão se os participantes tinham votado em John Kerry ou George Bush na eleição de 2004 nos Estados Unidos. 

Nas beiradas do quadro legítimo, florescendo em zonas fronteiriças entre a política e o crime, há os “extremismos” de parte a parte: a extrema esquerda prega a submissão integral da sociedade a uma ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio da intervenção fiscal, judiciária e policial. A extrema direita propõe a criminalização de toda a esquerda, a imposição da uniformidade moral e religiosa sob a bandeira de valores tradicionais, a transmutação de toda a sociedade numa militância patriótica obediente e disciplinada.

Quando estás em um cruzamento e dobras a esquerda, isto é um ato de esquerda, e quando dobras a direita isto é um ato de direita. De fato, é extremamente raso e banalizante reduzir o debate à maior ou menor atuação estatal. O ideário de Estado mínimo apregoado por liberais consiste uma grande falácia. Exemplo disso são as medidas estatais de governos direitistas em épocas de crise econômica, medidas que suplantam direitos sociais visando repassar para toda a sociedade o prejuízo da classe dominante.

Há também uma observação curiosa que indica que as pessoas com altos níveis de cortisol (o hormônio do estresse) tendem menos a ir votar do que as que têm níveis mais baixos desse hormônio no sangue. Segundo esses dados, o estresse poderia ser um fator que diminui a participação dos cidadãos nas eleições. Nem é preciso dizer que determinados acontecimentos sociais, especialmente os traumáticos, podem produzir mobilizações importantes, ainda que nem sempre permanentes, na orientação ideológica das pessoas. 

sexta-feira, novembro 03, 2017

Porque existem mais usuários de maconha que de teatro na atualidade?

Imaxe relacionada
Pois, longe de mim prejulgar, apenas observo. A questão aqui não é o uso de entorpecentes ou drogas lícitas e ilícitas, este é um fato de cunho particular. Ao que chegamos ou tentamos é, porque não conhecemos tantos usuários de teatro quanto de maconha. Sumamente podemos concluir que a maconha hoje é mais popular que o teatro. Mas porque? Levantemos algumas hipóteses, mas antes coloquemos emparelhados suas similitudes. Ambos, e disse ambos, te fazem viajar. Ambos são discriminados pela sociedade. Ambos não fazem parte da grade curricular das escolas no país. Ambos estão para a juventude dados como algo desconhecido e que só provando se poderá conhecer seus efeitos. Ambos tem rituais de iniciação coletivos. 

Você acha que alguém escolhe por quem se apaixona? Descaminhos e percausos durante a vida criam afinidades e adicções. Augusto Boal construiu uma trajetória artístico-educativa de fortalecimento das potencialidades dos sujeitos em seus atos de criação estética, reflexão e conscientização política. Ao compreender o teatro como uma ferramenta capaz de fomentar as transformações sociais e a formação de lideranças em comunidades diversas e como ferramenta de transformação social, Boal difundiu seu método de teatro, baseado em jogos de percepção, expressão e criação, em diversos países, batizando-o como Teatro do Oprimido, em homenagem à obra de Paulo Freire. Seria Boal um adicto ao teatro? Temos que avançar aos poucos no Brasil. Legalizar o uso do teatro e da maconha e ver como isso funciona na vida real. E em seguida, se der certo, fazer o mesmo teste com outras drogas.

Os primeiros registros históricos do uso da Cannabis sativa para fabricação de papel, datam de 8000 anos a.C, na China. Depois os chineses descobriram e desenvolveram outras formas de uso da planta, principalmente para produção de artigos têxteis e medicina. Mais tarde, outras sociedades, como os gregos, romanos, africanos, indianos e árabes também aproveitaram as qualidades da planta, fosse ela consumida como alimento, medicina, combustível, fibras ou fumo. Entre os anos de 1000 a.C. até meados do século XIX, a maconha e o cânhamo produziam a maior parte dos papéis, combustíveis, artigos têxteis e sendo, dependendo da cultura que a utilizava, a primeira, segunda ou terceira medicina mais usada. Sua grande importância histórica se deve ao fato da maconha ter a fibra natural mais resistente e forte do que todas as outras, podendo ser cultivada em praticamente qualquer tipo de solo.

Aristóteles, ao final de sua Poética, escrita entre 335 e 323 AC, aponta que a tragédia pode ser lida, e, mesmo assim, sem ter o movimento da cena (gestos, etc), sem ser apresentada ao vivo, terá seu efeito sobre o leitor, igualando-se assim a Epopeia na forma lida. Entretanto, por possuir componentes extras, a música e o espetáculo, a Tragédia, segundo Aristóteles, torna-se superior a Epopeia, pois contém “todos os elementos da epopeia” e, além disso, contém o que não é pouco, a melopeia (música) e o espetáculo cênico. Ambos acrescem a intensidade dos prazeres e são próprios da tragédia. (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462a,p. 268.). O teatro também, ainda segundo Aristóteles, além da vantagem de “ter evidência representativa quer na leitura, quer na cena”, possui poder de síntese, pois nele “resulta mais grato o condensado que o difuso por largo tempo”.

Uma reflexão que pode nos dar esse convexo pós-modernista é que ambos, tanto o teatro como a canábis têm efeitos recreativos, libertadores de travas cognitivas e bloqueios psicosomáticos de condutas aprendidas socialmente. Mas no caso do teatro existem mais preconceitos a seus usuários na atualidade. Pois ao que você comente a algum seja le próximo ou não que fora ao teatro causará mais reações e surpresa que ao dizer que fumastes um baseado.

Na sociedade atual temos mais defensores da descriminalização da maconha, inclusive por pessoas de rasgo conservador que defensores da arte ou do teatro. É muito mais comum alguém te convidar para fumar um que lhe convidar para ir ao teatro. Você com certeza conhece mais maconheiros que atores. Você com certeza já fumou mais vezes um fininho que a quantidade de vezes que foi ao teatro.

Portanto, muito mais que defender o uso indiscriminado do teatro como droga recreativa, desejo levantar a questão de porque o teatro nos dias em que vivemos é tão perseguido, censurado e boicotado? Resposta: Porque ele provoca, ele abre mentes, ele relaxa e ainda por cima libera enzimas no cérebro que ajudam a desmistificar barreiras sociológicas e interpessoais.

Existem estudos em várias partes do mundo que concluíram tanto que o uso de marihuana quanto do teatro fazem com que as pessoas sobre os feitos destes entorpecentes se permitam mais a experiências de cunho homossexual.

Uma postagem feita na rede social Reddit, no início do mês passado, deu origem a um novo termo que, depois dos g0ys, vem gerando polêmica na internet: o "highsexual", um heterossexual que passaria a se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo após o consumo de drogas. Tudo começou quando o usuário throwaway15935745625, que se diz hétero e usuário frequente de maconha, fez uma postagem no site relacionando o consumo da droga com a sua sexualidade. "Eu sou um super usuário de maconha... Só me sinto atraído por garotas e não ligo para homens quando estou sóbrio. Mas quando estou chapado, desejo homens que transem comigo com vontade. Alguém mais tem esse desejo? Mais alguém se sente assim depois de fumar maconha?", perguntou ele na rede social.

Seré então possível que se estimularmos ao público a um uso compulsivo do teatro possamos criar os "highteatrais"? E se os highteatrais terminariam gerando os "hightsexoteatrais"? E ao fim descobrimos porque hoje em dia usar maconha é algo que causa menos repulsa e repressão social que ser usuário de teatro.

quarta-feira, novembro 01, 2017

TV Digital tem falhas de sinal na Grande Florianópolis

Resultado de imaxes para tv digital fora do arApesar da campanha promovida pela Globo, com reportagens diariamente nos telejornais locais e até em programas especiais, o Rio de Janeiro não atingiu o percentual mínimo aceitável de domicílios com TV digital e terá que adiar o apagão. Fato que coloca em cheque os prazos para o desligamento definitivo da TV chamada analógica.

Em outras praças pelo país problemas com os siais da TV Digital tem se tornado uma constante e as reclamações nas redes sociais tem aumentado, o que preocupa o Ministério das Comunicações brasileiro.

Nesta quarta-feira(01) se registrou a reclamação de telespectadores na Grande Florianópolis quanto a ausencia de sinal de todas as emissoras que possuem transmissão via digital. E ao se considerar que muitas das repetidoras locais já vem desabilitando o seu sinal analógico ou o têm programado para breve, estas repetidas falhas estão causando preocupação na população local.

Uma possível solução seria um redirecionamento das antenas das emissoras de TV ou um aumento da potência de seu sinal digital, pois em muitos bairros da região o sinal de algumas emissoras em sua versão digital nunca chegou até hoje.

Neliane Lira, da cidade Águas Claras, próximo ao Distrito Federal, de  há 9 dias afirmou em um fórum que "no DF não funcionam: SBT, Globo, Record, Rede TV, Band... ou seja, só o que funciona sãos canais de igreja evangélica ou católica." Marcelo Carino, fez pública sua indignação em comentário sobre uma emissora há duas semanas: "Impressionante como a Globo consegue se superar em mediocridade, em Santa Rosa Niterói - RJ o sinal é inexistente, mesmo usando uma antena amplificada de 22dB ativa, as outras emissoras funcionam maravilhosamente, essa porcaria de Globo não! E olha que estamos em uma cidade... Depois ficam vendendo as maravilhas do digital... No caso da Globo, pura bosta!"