domingo, dezembro 30, 2012

Começando a Acabar

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/Arg - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


Tudo na vida tem um ciclo, dizem. Mas nem todos os ciclos tem vida. A desmilinguida loucura de inviver é o açã de nossos dias. Essa doce agonia de não ser.

A cada dia somos menos, não falo dos assassinatos sem razão, sim da qualidade decrepita de nossa existência em um mundo de sensatez cada vez mais rara.

Um ano que termina e minha vida recém recomeça. Nada é tao ruim que não possa piorar, nem tao bom que não possa melhorar.

Quantos nãos recebemos esse ano? E nos outros mais... Recordar é viver. Bastaria lembrar s coisas boas, mas isso não gera crescimento espiritual.

Desejar o bem somente por cumprir tabela significa tanto a raça póstuma quando você desejar o mal sem ter a que meramente para sua satisfação pessoal y etnocêntrica.

Quero, desejo, necessito, insisto... Nãnaninanão... Esse não sou eu. Creio ser muito fácil amar, mas muito complicado dizer te amo.

Penso, logo, desisto. Quero-te por isso insisto. Te desejo muito mais do que isso. Te necessito muito mais que aquilo.

Eu voltei, não sabendo se é para ficar, mas com a certeza de que você é o meu lugar.



segunda-feira, outubro 22, 2012

Quem Quer Casar Com Meu Filho Gay?




A produtora argentina Cuatro Cabezas, criadora de vários formatos para o Brasil e outras partes do mundo segue sua saga na TV brasileira em sua parceria com a TV Bandeirantes. Agora a coisa é com os solteirões de plantão. Exito em vários países, e tendo sua última versão na argentina, pelo canal TELEFE, chega ao Brasil o Quem Quer Casar com meu Filho? 


Aparição dos homossexuais; Versão Argentina

As perguntas que se devem fazer no Brasil são: Os homossexuais serão escondidos das propagandas como ocorreu no pais vizinho? Mesmo considerando que los hermanos são menos fascistas que os brasileiros, pois aprovaram com sancionamento presidencial o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2010.

Como será feito o casamento entre os dois homens? Caso logrem conformar-se como casal, já que o Brasil tem na gaveta escura do congresso nacional e conservador, com apoio da presidenta Dilma Roussef e sua base aliada, o matrimonio igualitário. Corrigindo, a união estável, essa que não dá direitos iguais a parte da população sem dar-lhes os devidos descontos de impostos ou indenização vexatória por esse diferenciamento quando a liberdade de expressão, culto e credo, ou como queiram chamar.


Nota de O Estado de São Paulo - Classificado como date show, o programa Quem Quer Casar com Meu Filho ganha sua primeira versão brasileira em edição que chega à tela da Band em novembro. A ideia é que cinco personagens solteiros de idades diversas tenham seus pretendentes escolhidos por suas mães. Em determinado momento, eles também deverão opinar se querem de fato se casar ou continuar sob as saias de mamãe. Por pretendentes, entenda-se meninas ou meninos. Na versão espanhola do programa, um formato da Eyeworks/Cuatro Cabezas, o grupo era formado por quatro héteros e um gay. A Band abriu inscrições a interessados em seu site e caça personagens por meio de olheiros.


Se em um país aonde homofobia é crime e o matrimonio entre iguais é legalizado, além da adoção, "esconderam os rapazes de gosto diferenciado até o quarto episódio", afirma o participante Fernando, que viveu por alguns anos no Brasil e hoje reside em Buenos Aires, "imaginem no Brasil aonde são mortos quase 300 pessoas pelo simples e exclusivo fato de serem homossexuais?".

Existem outras controversias sobre o programa, que no país vizinho não conseguiu repetir o sucesso da versão espanhola, que ao tanto de seu término teve uma segunda edição. Uma das  polémicas nas ruas quanto ao programa é se não são atuações. Ou por exemplo, por um dos participantes na vida real ter um namorado, ao comentar no sábado antes da estreia em seu perfil de uma rede social: "Hoy 23:30hs: Último capítulo de "Quién quiere casarse con mi hijo?" por TELEFÉ.. Me elegirá Franco para casarnos? O habrá quedado muy dolido por "la traición"? Ajajajajajaja No se lo pierdan!! :)".

Mais além das controversias que todos os shows de realidade podem ocasionar, a pergunta a deixar no ar é: Como fará a TV Bandeirantes para casar os homossexuais? Caso consigam no meio das plumas que vão voar, formar um par. Porque obviamente não esperemos que os 10 homossexuias que vão hipotéticamente se candidatar al coração de paulistano Ramon, 27 anos, serão homossexuais não esteriotipados. Segundo o portal especializado em notícias do mundo LGBTS, A Capa, esse é o participante gay da versão brasileira do reality.

Deixo a vocês a frase da mamãe do perfil gay, dos 5 perfis abordados no programa: "Ele é um pouco teimoso, mas um doce de pessoa. É muito romântico e quer formar uma família. É gay!", diz a mãe do jovem no vídeo de apresentação.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Chau Londres. Hola Río de ¿Janieiro?

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/Arg - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


Chau Londres. Hola Río de Janieiro. A gafe foi cometida pelo Diário Clarín de Buenos Aires, Argentina. O grotesco equivoco ao que parece ocorreu na tentativa de traduzir o nome da cidade. A matéria também cometeu erros crassos em vários momentos do texto. 

Que a cultura do país vizinho é ignorada, e vice-versa, já é sabido. Infelizmente os sul-americanos tem como estandarte de ouro os companheiros do império do norte como referencia de cultura e status. Embora se tenha esse grande fardo histórico a carregar, em um mundo de alta tecnologia um corrector ortográfico y um bom traductor fizeram falta.

Abaixo está o escaneio da tela de meu ordenador, vulgo notebook. Assim caso corrijam o erro, comentado por vários leitores na versão digital de Clarín e ainda não corrigida, esta publicada em 12/08, às 20:35, vocês possa desfrutar desse "regalo"(presente, en español).
Ademais do título, comentarei outros percausos dessa "linda" matéria. Começarei pelo título. Enero, assim se diz Janeiro em espanhol. Digamos que fora um erro de digitação, os que somos jornalistas entendemos que o impeto e a pressa por dar uma nota nos faz cometer erros. Mas existem outras coisinhas gritantes na matéria em questão, vamos a elas.

1) "La ciudad del carnaval puso el sabor de la samba y llevó a Pelé a la clausura de Londres 2012. Al astro del fútbol lo ovacionaron. Hubo bailarines y cantantes de Brasil."

La Samba ou La Zamba... Um dos ritmos considerados parte de uma enorme gama dentre os do folclore da Argentina se denomina La Zamba. Talvez daí te nham tido o deslize de ao invés de dizerem: La ciudad del carnaval puso el sabor del samba y llevó...

2) El fabuloso cantautor Seu Jorge, con su pesado vozarrón, hizo su aparición, vestido con un traje blanco y moño dorado, para cantar "Nem vem que não tem" (No es quien nada tiene), tema de la película "Ciudad de Dios" en la que él mismo actuó.

Em um momento começaram a tentar rebuscar o texto chamando os indígenas brasileiros de aborígenes. E acredito que a mão foi caindo, desse momento em diante. Pois logo em seguida, ao comentar a participação de Seu Jorge surgiu a frase acima citada. Ao traduzir o título da canção "Não vem que não tem", meteu;se a pata fortemente. "No es quién nada tiene", traduzido ao português seria algo como: Não é quem nada tem.

3) Junto a Seu Jorge bailó la top model brasileña Alessandra Ambrosio, que aportó su granito de sensualidad a la fiesta, mientras sonaban unos acordes de "funk carioca", un ritmo que hace furor entre la juventud brasileña por estos días. 

Foi boa a intenção, mas a falta de conhecimento deu na vista. Dizer que o funk carioca faz um furor na juventude brasileira... Se ao menos tivesse dito carioca, ou que a anos atrás foi uma febre nacional e que felizmente já passou. Acredito que a imagem de que o Brasil é o Rio de Janeiro, ou vice-versa, ainda impera no mundo e seguramente vai piorar depois dos jogos olímpicos do Rio. 


4) Para cerrar, los cantantes entonaron la célebre canción "Aquele abraço" (Ese brazo), del fallecido Tim Maia, y que es considerado como un himno oficioso de Río de Janeiro por su letra que alaba la icónica ciudad y que cualquier brasileño se sabe de memoria. 

Faltou googlear, ou visitar a wikipedia. Aquele Abraço é uma canção do cantor e compositor Gilberto Gil, composta em 1969, que menciona pessoas, bairros, clubes, escolas de samba e figuras cotidianas do Rio de Janeiro. Além de que do título bastava tirar uma letra e estaria feita a tradução "Aquél Abrazo", e não "Esse Abraço" como fora publicado.

Muitos dirão que estou sendo cruel... Por isso e como estou simpático hoje não pisarei muito fundo no tema e usufruirei do décimo dia de caos devido a paralisação do SUBTE portenho, o Metrô de Buenos Aires. 

Não resisti. Estou atualizando a matéria... Aqui muitos militantes pró Cristina Kirchner dizem em manifestações e atos públicos: Clarín miente. Além de mentir o jornal direitista não usa traductor em suas reportagens internacionais.

segunda-feira, março 12, 2012

Maria do Bairro e do mundo

Porque sempre estive equivocada e não quis ver... Depois de anos em um semi ostracismo a maior estrela internacional do mundo latino regressou ao mercado fonográfico. E quando digo latino estou me referindo a todos os 11 idiomas latinos, desde a península ibérica até a Patagônia. O álbum Primera Fila, obviamente em espanhol neutro, o usado para dublagens internacionais no idioma, veio como uma aposta ousada da estrela Thalía. Sim com acento mesmo, que em espanhol quer dizer sotaque. Evitando os trocadilhos bilíngues, caminho.


Sua enfermidade muito parecida a de sua personagem magistral, Maria do Bairro, em complicações pós parto a afastaram das tablas e cenários. As constantes reprises de suas telenovelas, êxito em mais de 100 países, fazem com que sua ausência dos palcos musicais traga o desejo do público de seu regresso as novelas. Após recusar-se  interpretar a protagonista em A Usurpadora, talvez o maior equivoco de sua carreira, sua antiga casa a Televisa bem tentou cativar-la para retornar a tela pequena sem sucesso.


Por mais que lutemos contra os épicos, de alguma forma esse formato quando bem engendrado é avassalador.

quarta-feira, março 07, 2012

Quero alcançar uma estrela

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/Arg - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Para que necessitamos tanto de ídolos? Quiçá para suprirmos nossa carência pessoal e esconder nossas inapetências. Até aí, não disse nenhuma novidade. A questão irracional passa a ser, quando super valorizamos algo ou alguém, mais que o merece. Desde a revolução francesa o mundo vem sofrendo agressões bruscas a sócio-cultura normativa humana. Algumas para o bem, diga-se de passagem. O ponto a que venho é: O problema não é ser fã de algo, e sim ser fã sem motivos racionais para.

A canonização em vida de certos objetos da cultura de massa é um crime coletivo de lesa-humanidade. Os convido leitores a desmistificar certas verdades absolutas do mundo POP.

Primeiro o que vem a ser um POP STARS? E não estou a falar da bandaRouge que que vendeu seus três milhões de cópias com quatro álbuns de estúdio, um álbum remix e três DVDs lançados e depois de 4 anos de êxitos simplesmente esquecidas. Não serei mais irônico até o fim do artigo, prometo. Prometo tentar.

O grande paradigma. Êxito ou sucesso. Em espanhol suceso quer dizer acontecimento.  Usarei essa dicotomia da língua irmã, já que provém também do latim, para criar um paralelo. Fazer sucesso é algo comum, não requer talento e tão pouco é sinônimo de qualidade técnica artística. 

Já que usei terminologia imperialista acima, sei que os filhotes do Império do Norte devem estar ansiosos para que eu cite algum yankee como referência de estrela pop. Calma. Chegarei aí, não da maneira desejada mais... Chegarei. Ampliemos nossa visão encilhada como cavalo chucro. Desplazemo-nos em um âmbito mais amplo do que poderíamos chamar de um astro. Termo esse anterior a revolução causada pela criação da Pop Art, termo em inglês para Arte Pop, movimento artístico surgido no final da década de 1950 no Reino Unido. Pop, significa: aparecer, estourar, estalar. Claro em raiz literal. E art, bem... É arte mesmo terminologia proveniente do latim ars, artis, e este calcado do grego. τέχνη). Virtude, disposição e habilidade para fazer algo.

Cultura popular, cultura de massa é a cultura vernacular - isto é, do povo. Cultura Popular pode ser definida como qualquer manifestação cultural (dança, música, festas, literatura, folclore, arte, etc.) em que o povo produz e participa de forma ativa. Ai... Hoje em dia seria, a que o povo acredita participar, ou que vem dele.

Bem vamos com parágrafos curtos agora, assim dá tempo de respirar. Respirando... 1, 2, 3... Respirando...

Minha primeira noção do que seria um estrela na vida foi quando conheci a história de uma menina que era o patinho feio e que tinha como ídolo um cantor e que estava bastante distante na vida dela, mas ela o amava tanto que conseguiu arrumar um emprego perto dele, mesmo sendo feia o seu ídolo pouco a pouco foi se apaixonando por ela e no decorrer da novela com esse amor correspondido ela aos poucos vai mudando.

Eduardo Capetillo e Mariana Garza em cena  de Alcançar Uma Estrela / Divulgação - Televisa
Claro isso era uma novela, Alcanzar una estrella, de 1990, quando recém estava eu começando a cantar na noite em bares de minha cidade. Como em quase toda a novela desse tipo, é necessário ficar bonita, e descobrir-se magicamente que se tem um grande talento para ser cantora. Os dois obviamente, depois que a pobre e feia comeu o pão que o diabo amassou, se apaixonam e vivem felizes para sempre.

Eu continuo pobre e feio, igualmente me causa muitas boas recordações a época em que sonhava que algo parecido ao que aconteceu com Lorena, a protagonista, passasse em minha vida. Desse sonho absurdo, surreal e enfermo é que se alimenta a indústria cultural de massa. Fazer crer a um, "mero mortal", que qualquer um pode ser um astro. Que boa armadilha. Pois tudo sempre tem um porém e um porquê.

Para ser uma estrela, tem que ter muito talento e força de vontade, pois não basta ser só lindo... Ser maravilhosa... Precisa ter determinação e confiança de si mesmo, afinal se nem você confia em si mesmo, como os outros vão poder? Prometi não ser irônico, lembram?

Cher ou Madonna? Shakira ou Jennifer Lopez? Thalía ou Paulina Rubio? Michael Jackson ou Rick Martin? Ivete Sangalo ou Claudia Leite? Michel Teló ou Luan Santana? A última comparação foi piada, de mal gosto obviamente.

Já tivemos debates mais saudáveis na história. Dalva de Oliveira ou Emilinha Borba? Elis Regina ou Elza Soares? Lupicinio Rodrigues ou Nelson Gonçalvez? Placido Domingos ou Pavarotti? Luis Miguel ou Chayanne? Paulo ou Hortência? Silvio Santos ou Chacrinha? Beatles ou Elvis? Tinna Turner o Barbra Streisand?

Na verdade ia falar sobre estrelas populares da atualidade... Mas voei no tema. Melhor esperar que o mundo reveja seus conceitos do que seria uma estrela popular artística. Que a magnitude do bom senso, se é que existe, venha a dar luz a essas mentes que endeusam a certas criaturas que se têm talento, o único é de ganhar muito dinheiro ao enganar o povo de que realmente têm talento.

Quero alcançar uma estrela, uma só... Até hoje lembro da melodia composta pelo grande astro Ricardo Arjona. Hoje o maior vendedor de discos no mercado da América latina.




terça-feira, março 06, 2012

Um conto mais...

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/Arg - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Divulgação: Paris Filmes
Un Cuento Chino, título original da tira estrelada por Ricardo Darín, o mesmo do filme dos tais olhos e do Uóscar. Um Conto Chinês (título no Brasil) é um filme argentino de 2011, dirigido por Sebastián Borensztein e protagonizado por Ricardo Darín, Muriel Santa Ana e Ignacio Huang. Foi filmado na Argentina e Espanha, com locações em Buenos Aires e cenas internas na Ciudad de la Luz (Alicante). Sendo o mais assistido nos cinemas argentinos do ano, recém consagrado como melhor película latino-americana nos Premios Goya.

Já chega. Tanto se falou desse produto comercial apelativo que pensei: Nunca tocaría mais no tema. Mas hoje ao pensar em que escrever para reativar meu blog e nada ocorrer a mim... Vejo em minha faculdade 5 chineses, nao descendentes, reais. Desses do tipo que até falam chines, 2 em um dialecto e 3 em outro, no comedor da universidade aonde além das mesas temos uma SubWay y uma cafetería tradicional argentina.

Me senti como no filme, um pleno desconhecedor de um universo tão próximo, mas tão longe da minha ignorancia. Os abanicos e leques chineses nas maos das meninas e os pauzinhos na mão do menino... Não pensem em outra coisa... Passa que trouzeram sua própria comida. O extranhamento que tive foi suave, pois adoro comida chinesa e quase me convidei, mas não. Definitivamente não queria falar espanhol com chineses. Seria confuso, meu español é ibérico e eles recém estão com o espanhol argentino por aprender. Haveria um ruído de comunicação, do qual resolvi abster-me, para não agredir um momento sublime e individual dessas pessoas.

Creio que disso fala o filme, de aprender a lidar com a diferença. Talvez por isso no reino de espanha tenha tido tanto exito esse filme. São vários até hoje os idiomas e povos que resistem sob a pressão imperialista do imperio espanhol. Claro, já fora pior. Na era de Franco um que ousasse falar seu idioma nativo era multado, perseguido, investigado ou preso sumariamente como conspirador contra o regime e o estado espaçol.

Olha aí... O protgonista, Roberto é um veterano da Guerra das Malvinas. Sua vida paralisou há vinte anos por causa de um duro golpe do destino e desde então vive recluído em sua casa, sem quase nenhum contato com o mundo, até que um estranho evento o desperta e o traz de volta à vida. Esta comédia é a história do encontro de Roberto e um chinês chamado Jun que está perdido na cidade de Buenos Aires em busca do único familiar que tem vivo, um tio que emigrou para Argentina.

Aquí existem poucas lavanderías... que não sejam de donos chineses... Poucos mercados de bairro... que não sejam de chineses... É necessário submergir nesse mar denso cosmopolita da cidade autônoma de Buenos Aires pra chegar ao fundo da questão. Um Conto Chino é uma história cômica para argentino rir, pois está atrelada a sua sócio cultura de preconceito aos imigrantes que não sejam italianos, espanhóis ou do norte europeu. 

Se fosse realizada no Brasil, se chamaría: Um conto Indígena, ou Africano. Nos Estados Unidos: Um Conto Latino. Na Inglaterra: Um Conto Indiano. Se fosse realizada em Portugal: Um Conto Brasileiro, ou Angolano. Esse tipo de humor semitista a mim parece muito pobre. O ranço de nazismo que as vezes parece hoje em dia ser mais forte em Paramérica, que em muitas partes do mundo. Está consolidando-se como discurso normativo.

Necessitamos ser mais criteriosos com o que fazemos, principalmente com arte massiva. Ainda mais quando o senhor Rafael Videla, recém surge das cinzas a fazer declarações a uma revista Espanhola, que não o trata como ex-ditador e sim como ex-presidente. Falando a revista "Cambio 16", não mostrou arrependimento pelo terrorismo de Estado ao qual fora além de ditador, líder torturador.