sexta-feira, abril 18, 2008

SUICÍDIO E DESEMPREGO

"O homem é o único animal que sabe que deve morrer. Triste conhecimento, mas necessário, pois ele tem idéias". VOLTAIRE


O suicídio foi avaliado de maneiras diferentes ao longo da história, e não provoca significação idêntica localidades e sociedades diferentes. O falecimento de Sócrates é sublime, mas a uma de mulher que o verão passado que ingeriu o conteúdo uma de garrafa de soda cáustica concentrada é vergonhosa. O suicídio de Jan Pallach em a Praga, pós ter sido invadida pelos soviéticos 1968 é um ato exemplar, mas o um de homem de menor que em duas semanas perdeu de repente à sua mulher, vitima um de cancro, e mais seu filho único de vinte anos, falecido acidente, é uma publica de covardia.

Por que a sociedade insiste nesse estigma da felicidade sem motivo, ou da alegria inerente e natural do ser humano?

Os pilotos kamikazes japoneses que durante a segunda guerra mundial quebravam os seus aparelhos contra a cobertura dos navios inimigos eram heróis, mas a rapariga que foi lançada ao tanque da sua casa à descobrir que seu prometido teria a miseravelmente enganado-a, será alienada e sem dúvida um debilmental.


O que podemos fazer contra o status-quo a não ser ser contra ou a favor? Não compreendo a motivação lógica de se repreender o suicídio. Os guaranis tem isso como parte de sua cultura.


Define-se suicídio como a atitude individual de extinguir a própria vida, podendo ser causada entre outros factores por um elevado grau de sofrimento, que tanto pode ser verdadeiro ou ter sua origem em algum transtorno afetivo, transtorno psiquiátrico como a psicose aguda (quando o indivíduo sai da realidade, porém não o percebe) ou a depressão delirante. Em todos os três casos, a probabilidade de atitude tão extrema é consideravelmente potencializada se houver uso continuado de drogas e de bebidas alcoólicas. O suicida pode, ou não, deixar uma nota de suicídio.


Deixar um bilhete, ou uma carta testamento (para o povo) como no caso de Getúlio Vargas é algo comum. Pode-se dizer que o pai do povo trabalhador, nem na morte teria deixado de pensar nele. E o que diria Getúlio ao ver tantos de seus “filhos” se matando por não ter emprego?

Desemprego é a medida da parcela da força de trabalho disponível que se encontra sem emprego. Esse fenômeno social é observado principalmente em países subdesenvolvidos cujas economias não conseguem suprir o crescimento populacional. Um agravante é a crescente mecanização e informatização dos processos de trabalho, excluindo cargos que antes eram desempenhados por pessoas e agora o são por máquinas. Como já disse Marx em o Capital: A medida em que o ser humano tem agregado valor a sua força de produto, ele passa a ser um subproduto do capital.

No Brasil, o desemprego possui um outro agravante, que é a migração de pessoas de uma região a outra em busca de oportunidades de trabalho. Isso se observa nas regiões Nordeste para a Sudeste e do interior para as capitais nas regiões Centro-Oeste e Norte.

O desvinculamento com suas raízes trás ao suicídio um que também salutar quanto a falta de base ou estrutura do ser que sente-se isolado de um meio. Caso que ocorre seja no caso do imigrante seja no caso de indígenas retirados a força de suas posses de terra nativas.


A taxa de desemprego ou de desocupação no Brasil é determinada mensalmente pela Pesquisa Mensal do Emprego, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números da pesquisa em questão são determinados a partir de estudos feitos a cada mês com a População Economicamente Ativa (PEA) das seis maiores regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife).

O IBGE classifica como pessoas desempregadas ou desocupadas aquelas que não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.


As reações ao suicídio variam de cultura para cultura. O ato é considerado um pecado em muitas religiões, e um crime em algumas legislações. Agostinho de Hipona (354-430) assumiu um posicionamento segundo o qual cristãos não podem cometer suicídio, pois compreendia que o mandamento ‘Não matarás’ (Êxodo 20.13) proíbe matar a nós mesmos. Por outro lado, algumas culturas vêem tal ato como uma maneira honrosa de escapar a situações vergonhosas ou desesperadoras, como no caso do seppuku japonês. As pessoas que tentam o suicídio, com ou sem sucesso, deixam geralmente um bilhete para explicar tal ato, o que comprova que o suicídio é, de uma maneira geral, um ato premeditado. Suas causas psíquicas ainda permanecem desconhecidas, mas está associado principalmente a quadros depressivos.

Há uma frase célebre sobre o tema do filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder à uma pergunta fundamental da filosofia".

O de cidades centrais como Bombaim na Índia onde centenas de pessoas que chegam todos os dias, vindas de todas as partes do país em busca de um trabalho decente, intenção que logo se transforma em depressão, ao não encontrá-lo.


Um homem se humilha

se castram seus sonhos

Seu sonho é sua vida

e vida é trabalho

E sem o seu trabalho

o homem não tem honra

E sem a sua honra

se morre, se mata

Não dá pra ser feliz

Estes são os versos finais da canção “Um homem também chora (Guerreiro menino)” conhecida na vós do cearense Raimundo Fagner. A composição, entretanto, é de autoria de outro nordestino, Luiz Gonzaga do Nascimento Junior, o popular “Gonzaguinha”, e foi gravada pela primeira vez em 1983 no vinil intitulado “Alô Alô Brasil”. Mostrando assim que o pensar instituído socialmente neste caso para o trabalho e o seu significante não só é algo necessário, mas ao quão o ser humano se vê atrelado e por que não dizer obrigado a se enquadrar, possuir e ter para ser.

O desemprego tem ocupado as manchetes dos jornais locais e mundiais nos últimos dias. No Brasil, os partidos agora de oposição aproveitam para lembrar que o número 13, que simboliza o PT, representa também o alarmante indicador de desemprego alcançado no decorrer da gestão de Lula. Na Holanda, o governo anda assustado com a iminente possibilidade de ser ultrapassada a barreira dos 500 mil desempregados, número preocupante se considerado que a população total daquela nação de primeiro mundo é de 16 milhões de habitantes. O Uruguai enfrentou recentemente uma greve geral em protesto contra o desemprego, o qual alcançou índice recorde na história nacional, no contexto do que se tem sido considerada a pior crise econômica e financeira do país.

Mesmo países prósperos como outrora fora o Japão, que sobreviveu à bomba atômica introduziu no mundo diversos conceitos de qualidade e produtividade e causou espantou com acelerada prosperidade tecnológica e econômica, não tem conseguido crescer de maneira sustentada nos últimos dez anos. A desaceleração da economia mundial e o alto nível de endividamento do país têm sido apontados como as causas das crescentes demissões, que são parte da estratégia das corporações para manter a lucratividade.

O Rio Grande do Sul, RS, é o Estado brasileiro que historicamente tem apresentado os maiores coeficientes de suicídio do País. Esse fato tem instigado pesquisadores oriundos de vários campos do conhecimento, destacando-se as ciências sociais e da saúde, que apontaram a etnia, a cultura, as crises sociais e inclusive aspectos climáticos da região, como possíveis fatores ligados ao problema.


Os fatores sempre podem ser inúmeros, mas o suicídio nunca poderá estar desatrelado de motivo.

Vivendo em barracos improvisados à beira da estrada ou confinados em pequenas porções de terras, explodem episódios de todo tipo de violências. Os casos que mais chamam atenção são os de assassinato e suicídio no Mato Grosso do Sul. Conforme levantamento do Conselho Indigenista Missionário, de 2003 a 2005 foram contabilizados 68 suicídios; segundo estudos antropológicos estes suicídios também estão ligados à falta de terra e perspectiva de vida dos mais jovens. Neste período, foram registrados 60 assassinatos entre os Guarani. Em todo o Brasil, ainda faltam ser reconhecidas 95% das terras tradicionais guarani.

Fatores sociais, culturais e filosóficos adentram e ferem o íntimo de cada ser particular. Vivemos o atrito máximo do Davi, o ser humano, contra o Golias, a sociedade capitalista. A máquina que não ajuda o homem é a máquina da modernidade. O crescimento impensado da nova ordem mundial que prima o lucro em excremento ao ser individual. As vontades não são mais únicas, uníssonas mas sim polígonos algozes do ser particular. Se um dia o socialismo foi acusado de por pregar direitos iguais a um todo, o capitalismo selvagem pega o homem primata neste mesmo princípio. Se, pois, não pode haver grande diferença entre todos terem o mesmos direitos e por conseqüinte os mesmos deveres, quando o capital faz por padronizar pelo interesse inevitável de discurso único possível para que o indivíduo seja partícipe do tal e famigerado todo social padrão hétero-normativo. Como ser diferente e aceito? E como seria esse tal ser “igual a todos”? A diferença básica para mim entre os loucos e os normais é que os normais nunca fazem o que querem.


Trecho do "Livro dos Espíritos"


943. Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?


Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade.


Eu diria da sociedade em substitutivo a saciedade. É como dizer que se você está mal ou bem você não tem domínio ou se quer algum direito sobre o seu ser ou seus pensamentos devem ser regrados por um ser superior. A única força superior ao seu ser íntimo é a incapacidade que se sente quando se vai ao estremo do esforço e dedicação ao algo almejado. Seja um prato de comida seja o sucesso na vida, ambos trazem a frustração que talvez a ação tão recriminada seja a opção da falta de opção que é a vida.

Como resolver o problema do Desemprego ou do Suicídio? Do desemprego talvez seria ameaçar com uma metralhadora o empregador a lhe ser obrigado a emprega-lo . Caso não funcione resta usar o mesmo contra si e acabando com o tormento enfim e por fim.

Una bala atravesó

mi destrozado corazón

poniendo fin a la presión

que tenia en mi interior

todo es muy claro desde aca d

onde reina lo irreal

un arco iris me guiara

el camino a seguir a seguir


Necesitaba esa bala para morir

y ser feliz

no aguantaba esa vida

me consumía.


Amaneció un día mas te esperare
quizás algún día tu te decidas por venir
te encontrare donde estoy
que el paraíso es para los dos para los dos


Uma bala atravessou

meu destroçado coração.

Pondo fim a pressão

que tinha em meu interior.

Tudo é muito claro desde aqui

onde reina o irreal.

Um arco íris me guiará

o caminho a seguir, a seguir.


Necessitava essa bala para morrer

e ser feliz

Não agüentava essa vida

me consumia


Amanheceu um dia mais

Esperarei até o dia que você decida por vir.

Te encontrarei onde estou

Que o paraíso é para os dois


A canção de Tragokorto – Suicídio, é um bom exemplo do culto mesmo que simbólico de uma nova geração ao ato da desistência motivacional ou racional do existir. O ato que neste caso pode estar atrelado a um pedido de desculpas ou para chamar a atenção para si. A comprovação de que sejam distintas as razões, ou para alguns irracionais ou inexistentes, eles são a motriz deste ato que ainda tanto choca alguns. Embora para muitos sejam único caminho


quinta-feira, abril 17, 2008

Poesia da Contradição

Quantas vezes que alguém que você muito ama,
demonstrou nada por você sentir?
E enquanto a suas respiração mudar só por lembrar deste alguém
E este mesmo desviar o olhar quando você vem
Grite: Eu te amo meu bem!
Mas se prepare também para ouvir um enfadonho:
E daí? O que que tem?
Sem exitar, sem pensar seu olhar vai chorar
E o sorriso ao qual do pranto é o causar
O consolo será
Por que também tanto quanto nega o que senti
Sente o que insiste em negar
E um dia também sentirá no olhar o pesar
De quem mesmo sem querer em ti pensar
Vai agradecer pois você mesmo contra todos
e contra ele mesmo soube o seu amor esperar!

Nando Schweitzer

[red]Visite www.sincerando.blogspot.com O meu blog, sempre sincero demais e infelismente atualizado de menos. MAS TEM NOVIDADE HOJE!

domingo, abril 13, 2008

O Império está por cair? Record respondeu a peça publicitária do Q de qualidade

Quem ainda não viu? Veja! A Record contra ataca o Q de Qualidade, de campanha Global

Em formato similar a Campanha institucional da Record veiculada a partir deste domingo diz: A Record Também pode falar de Qualidade. O vídeo é uma resposta direta a campanha tão polêmica da Rede Globo. Após brigas judiciais em cima de uma campanha publicitária publicada pela Rede da Barra Funda na revista veja, o que estará por vir com esta nova ação?

Os moldes da inserção é a mesma que da Global. Artistas falando das inovações da programação, qualificação de seus profissionais.

O que tem de ácido nesta auto-propaganda, é quando eles viram a temática e dizem: "A Record quer mesmo é agradecer". E fala de índices estrambólicos de crescimento de sua audiência. Usando os seus líderes de audiência em horários diversos e ex-globais. O que faz com que se tenha novamente a impressão que comparar é muitas vezes ganhar!

A estratégia de crescimento e combate ao poderio da Rede dos Marinho pela Record adotada é óbvio. Se ninguém consome, ou melhor, ninguém deixa uma programação por qualidade e sim por status. A Record construiu um status antes mesmo da qualificação. Colou na imagem Global, contratando profissionais insatisfeitos no Projac. Atores da velha guarda e que eram postos em papéis menores em prioridade aos "novos atores", mulheres de diretores e testes de sofá. Jornalistas insatisfeitos com a postura ditatorial do jornalismo da vênus platinada também já migraram. Ana Paula Padrão saiu do poderoso Jornal da Globo, para o SBT, por um salário melhor, independência editorial e R$ 500.000,00 ao Mês. Roberto Cabrini, foi ao Morumbi(Band) e hoje muda de bairro, para a Barra Funda. Paulo Henrique Amorim, o crítico maior da ex-emissora, seja em seu blog ou na nova casa, em reportagens editoriais e de grande polêmica.

A Record respeita a sua opção de escolha. Assim encerram o texto e trazendo no emblema da Record ao fim: "Obrigado".

A quem leu até aqui. Obrigado e "Q" obrigado!

segunda-feira, abril 07, 2008

Globo e Record entram em acordo

Globo e Record entram em acordo em reunião promovida pelo Conar

07/04/08
A reunião promovida pelo Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) entre a Rede Globo e a Rede Record, na manhã da última quinta-feira (3), foi bem sucedida.

A emissora carioca havia recorrido ao Conar e afirmado que a Record teria publicado uma propaganda enganosa nos jornais da última semana, que apresentavam o canal do bispo Edir Macedo como líder em várias faixas de horário. Além disso, a Globo desejava proibir a Record de publicar qualquer tipo de propaganda mencionado ser líder no ibope de TV no País.

A Record ironizou a Globo em um anúncio que fazia alusão à propaganda que mostra todas as estrelas da emissora carioca em um vídeo, formando a letra "Q", de qualidade. "Nossa concorrente precisando lembrar que tem qualidade? Para nós, isso tem um 'q' de queda de audiência", publicou a Record, o ácido anúncio deflagrou.

O Conar organizou um encontro entre as duas emissoras, em busca do entendimento e da harmonia no mercado publicitário e, dessa forma, os canais ajustaram um termo de acordo, colocando fim à pendência, sem necessidade de julgamento de mérito.
Ainda bem que a reunião era do Conar e não do Clonar. A Record hoje felizmente já largou essa história de tentar subir usando o método control+c, mas as vezes volta a essa estratégia. Essa campanha publicitária é um caso onde isso se mostra. A Rede Globo sempre no passado para tentar minar qualquer foco de resistência como a Rede Manchete, na década de 90, usou de métodos caluniosos para tal. Como por exemplo o que se fez de por em dúvida no mercado quanto a liquidez das empresas Block, ou ameaçar não veicular anúncios de marcas que anunciassem na concorrente.
O caso recente da campanha em que a Ponto Frio se viu obrigada pela Globo a produzir um merchand exclusivo para a Rede Globo, onde o trio do programa Hoje em Dia, Record, não poderiam aparecer juntos na propaganda. Assim fora produzido a toque de caixa um novo comercial onde apareciam separadamente.
O tempo passa, mas as práticas de guerra nem tanto.

sexta-feira, abril 04, 2008

Assalto a mão armada!

Quisera eu que fora somente uma notícia, crônica ou etc. Principalmente etc. Mas caríssimos, não é!

Será que 3 quadras fazem a diferença? Ô! E como fazem... Eu imbecil achando que por morar na ilha da magia, por magia quem sabe eu estivesse livre de assaltos. Mero equívoco! Saindo do bar Blues Velvet, à Rua Pedro Ivo, como de meu abituê rumei ao terminal de desintegração do centro. Um trajeto trivial de 3 quadras. Três míseras quadras que hoje me separam de meu mp4 tão adorado, que seria surrupiado por marginais armados.
Me dirão inúmeras pessoas: "Bem feito, que manda andar a pé no centro da cidade." Ou pior "Viver no Brasil dá nisso!" Como se num vilarejo como Florianópolis existissem inúmeras alternativas para se sair da depressão e não optar por ficar entre 4 paredes com a boca escancarada, cheia de dentes e esperando a morte chegar.

O fato que mais me deixa indignado e ao mesmo tempo feliz, é que meu celular um Siemens A52 não foi levado ( isso não é uma propaganda, mesmos porque essa joça já saiu de linha ). Mas eu achei um displante e total desprezo para com a minha pessoa. O mp4 que eu uso na faculdade, na vida pessoal e afins e era mais caro, é levado... E meu celular que não vale nem R$ 30,00 desprezado. Chegaram ao ponto de pega-lo e perguntar? "É de chip?" E eu disse que não, e o pobre está tão acabado que eles acreditaram...

Minha conclusão desta experiência? Mas vale um A52 na mão do que um mp3 voando!

Mentira!!! Essa gente maldita não assalta mais por necessidade, virou profissão. Até escolher mercadoria se escolhe. Ladrão chic é outra coisa ein?