segunda-feira, junho 23, 2008

Tomara que seu filho seja o próximo a ser assassinado

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Olá coniventes de plantão, espero que alguém que leia não.

Homofobia, descaso e impunidade na Ilha da Magia.

Adoraria ser mais simpático, mas a indignação me impede.
Você já ousou caminhar pelas ruas de sua cidade?
Não faça! Pois hoje isso é um risco. Mesmo que como eu você pague os seus 74 impostos ( http://www.dominiofeminino.com.br/trabalho_negocios/empresarios/74impostos.htm )
Você corre o risco de sequer conseguir fazer um boletim de ocorrência após ser perseguido por um ser estranho de moto, e quase atropelado por 3 vezes, inclusive na contra mão. Ainda mesmo que você tenha joelho e cotovelo machucados, blusa rasgada e marcas na calça você pode ouvir a seguinte frase do policial de plantão: "Você não sabe quem era a pessoa da moto?"

Era próximo de 5 da manhã à Avenida Mauro Ramos, em frente ao CEFET/SC. O ataque só cessou quando surgiram algumas pessoas que vinham do Mix Café para o Beiramar Shopping, pois é o único local a funcionar no horário. Ao qual eu tentava me dirigir. Após ligarem ao 190, algumas vezes e não ser dada nenhuma solução, eu liguei e fui direcionado por um policial a me dirigir ao Terminal Central. Chegado lá me disseram para ir ao 1° DP, o que de nada me servira. Nem para me informarem se existem câmeras de segurança no local.

Após 37 minutos de exaustiva espera na 1ª DP da dita capital catarinense, Florianópolis, cito Av: Osmar Cunha, além do desplante e do desprezo dos funcionários no local, exceto a faxineira, ouvi do senhor que lá postulava com arma na cintura: "Mesmo que se identifique a pessoa, será a palavra dele contra você!"
Que confortante, eu de blusa rasgada, calça com marca de pneu, além de não poder fazer sequer um BO, tenho que ouvir isso!

Se essa é a tal qualidade de vida da Província da Magia, prefiro um cortiço medieval que qualidade de vida.
E ainda me dizem: "Sem identificação, é sua palavra contra a dele!" Ou: "Você não viu quem era?" Tirando que era um motoqueiro de blusa vermelha... O que mais posso dizer, se nem a polícia nada diz. Agora assassinos da vida real se identificam antes de tentar matar alguém?

Esperar que na próxima esquina que você cruzar tenha essa maravilhosa sensação de impunidade e insegurança, com um louco rindo e gritando: "Para aí, você não vai conseguir fugir..." - enquanto lhe tenta atropelar.

E lhes digo, graças também a você nada será feito, e eu que nem cristão sou passarei a rezar muito, demais, pra que a próxima vítima seja teu filho. Mas que o louco tenha êxito pleno! Que o mate, para que talvez assim se faça algo para que a "Capital de melhor qualidade de vida do país" se torne de fato.

Obrigado pela falta de apoio das pessoas que não publicarem isto.

domingo, junho 22, 2008

O ultimo dos alternativos fecha na província da magia!

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista
Foto: Zoológika, a um ano fazendo alegre as terças da monótona Florianópolis - INTERAÇÕES TEATRAIS, Ator Paulo Venceslau, como Zuleika Zimbábue

Olá, caros amigos Florianópolitanos e de adjacências.

Alguém sabe o real motivo do fechamento do Blues Velvet? Ao chegar sexta a frente da casa, haviam 2 viaturas policiais, gente sendo expulsa pelos mesmos. E sábado não abriu, pois havia um aviso: "Por motivos de força maior, não abriremos neste sábado".

O que há com nosso vilarejo provinciano? Fecharam um dos poucos redutos alternativos da cidade que ainda bravejam funcionar na incipiente ilha da magia.

Isso me evoca o refrão dos Paralamas, quando ainda eram semi-revolucionários: "Polícia para quem precisa, polícia para quem precisa de polícia!"

Fica aqui meu apelo aos não babacas da região, para proliferarem esta nota, que conclama a volta do pleno funcionamento do Blues Velvet.
Enviemos para amigos, autoridades e até para desconhecidos esse apelo para a sobrevivência da cena alternativa de Floripa.

O Blues Velvet funcionara até então de Terça a Sábado, a partir das 21h às 3h30, na Rua Pedro Ivo, 147
Centro - Fpolis

Site com a programação por ser confirmada pela casa para a semana:
www.bluesvelvet.com.br



FONTES ME PASSARAM QUE: Houve um problema com a data de vencimento do alvará, e uma plena falta de flexibilidade da PM, já que o novo está em andamento.



Novamente o cidadão é lesado pela burocracia de nossos poderes públicos, que raramente beneficiam o público!

segunda-feira, junho 16, 2008

Recordar é Viver, né tio Sílvio!?

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Recordar é viver, creio que esse seja o mote hoje de Senior Abravanél, proprietário do canal 4 de São Paulo. Da absurda reciclagem do Programa Sílvio Santos, àquele do “Quem quer dinheiro”, que até fez crescer por duas semanas o cálido ibope do SBT nesta fase atual.

Mas pra “variar” o patrão como era comumente chamado pelos seus jurados do Show de Calouros, vide década de 80 à 90, com suas “campanhas publicitárias! revolucionárias, trouxe-nos mais uma piada de seu arsenal. Depois de: “A concorrência vai tremer”, só se for de rir. Temos a “Arma Secreta”.

O que seria essa tal arma secreta? Seria algo como o Show do Milhão, que tinha como merchandising: “Os 28 dias estão chegando”. E ninguém tinha a menor noção de que vinte oito sias Seu Sílvio estava falando. O ícone mór da TV brasileira, creio estar um tanto quanto gagá. Nesta ocasião, a média dia do SBT era de 12 pontos, hoje 5. Em suma, é menos credibilidade e menos pessoas que poderiam repercutir tais campanhas de divulgação alternativa. Sendo que se fala de tudo nela, menos do programa a ser lançado.

A mulher onça, que hoje é Global

Quem não leu nenhum dos milhares de blogs sobre TV, nem colunas especializadas como a Zapping ou Outro Canal, deve ter ficado em choque, no mínimo teve uma grande surpresa. Sem anúncio prévio da mesma, o SBT começa a re-exibir a novela “Pantanal”, grande clássico da TV Manchete, reprisada duas vezes pela a emissora. Lembrando que a TV Manchete, fechou as portas exibindo a trama de Benedito Ruy Barbosa. Barbosa que na época era da poderosa, mas só escrevia para o horário das 6, e teve na ousada Manchete a oportunidade de estréia no horário nobre.

A lendária Pantanal, que batia a Rede Globo com assustadores 40 pontos, contra 20 da vênus platinada, foi o maior susto até hoje que sofrera a emissora dos Marinho.

Ousadia antes que tardia

Em um momento de crise é difícil se ousar, mas também não é preciso apelar. A falta de um mínimo de audácia que antes sobrara ao Complexo Anhangüera, hoje lhe falta. Mas a surpresa foi que mesmo desacreditado o velho patrão acertou, em termos. A média no horário de 3 saltou para 7 pontos na estréia da arma secreta, no segundo dia passou a 10 com picos de 12. A Record que festejava seus 20 pontos no horário nobre contra à sua arqui-rival arregalou os olhos.
Fora por hora só um alarme falso, a semana de estréia, seria re-re-re-re-estréia de Pantanal fechou em 8 pontos. Em meio a polêmicas devida a ações movidas por atores hoje Globais novamente, e que a época na geladeira viram na Manchete a chance de reergueram as carreiras do ostracismo, para que não seja exibida Pantanal.
A Globo hoje amarga a sua pior média em uma trama das 8 da história, cercada por dois fantasmas no mesmo horário, um do passada e outro do presente. Cercada pela extremamente criticada pela mídia, principalmente veículos ligados as organizações Globo, Os Mutantes. Que virou tema até do blog de Zeca Camargo: “Vi na internet notícias “alarmantes” de que “A favorita” havia estreado com uma das piores médias de audiência para aquele horário. Para mim, fã incondicional de novelas – e particularmente fã do trabalho de João Emanuel -, essa informação só tinha atiçado minha curiosidade. O que estava acontecendo? O que estava “roubando” essa audiência potencial da nova novela? Por que o público estava se comportando dessa maneira? Será que a trama de “A favorita” não estava sedutora o suficiente? Na sexta-feira, então, durante um intervalo de “A favorita”, eu zapeei para “Os mutantes”...” – questiona em seu Blog. E por outro de Pantanal, a mesma que ao revelar Cristiana Oliveira, hoje no Projac, fez a concorrência Global tremer.

Recordar é viver

Reprises definitivamente hoje são um filão de mercado, meio a crise velada da economia brasileira, que sobe juros e cresce 2 a 3% ano, enquanto a Argentina e Venezuela crescem quase 10%. Até aí tudo bem. A TV a Cabo vive de 70% de sua “caríssima e requintada programação” com reprises. Algumas reprises da Globo no Vale a Pena Dormir de Novo, mais assistidas que a eterna Malhação, e até mesmo que sua primeira faixa de novelas. Globo News e Record News, eu recomendo que sejam assistidas de três em três dias, para que você não decore o que será dito nas reportagens.

Mas se a maior audiência da linha de shows da ainda líder, é a recauchutagem de A Grande Família e Os Normais voltará logo a grade pra salvar as sextas-feiras que vexaminosamente tem perdido para o Câmera Reprise Record a meses. Porque Sílvio Santos não poderia reprisar Pantanal? Creio que ao menos deve fazer mais tempo que passou Pantanal pelo ultima vez que Cabocla, o retorno, também de Benedicto.

Recordar é Viver, e viva a falta de criatividade na TV.

sábado, junho 14, 2008

ACABOU? INFELIZMENTE... O 12° FAM ACABOU NESTA SEXTA

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



É, esperemos que minha sugestão seja dissipada aos quatro ventos, reproduzida e acolhida pelos nossos governantes e empreendedores culturais de Santa Catarina. Que venha o FAM de Verão. Que poderia até mesmo ser em uma das praias ou na lagoa da Conceição.

Essa sexta para mim é tão alegre quanto triste. Realmente só é uma sexta-feira de contrapontos diversos. Feliz porque apesar da peixada para as produções barriga verdes, o 12° FAM, encerra muito bem.

Vamos as polêmicas, digo as análises críticas deste ultimo dia de FAM.

FOTO - Cena de - CORPO

A ULTIMA NOITE trouxe excepcionalmente 2 longas a esta sexta, 13. E para uma sexta-feira treze o primeiro curta estava perfeito, pois CORPO, dos diretores: Rossana Foglia e Rubens Rewald começa com uma cena de necrópsia de um corpo. Este que é a personagem protagonista da trama ( Uma das três que Rejane arruda interpreta ).

Sinopse: São Paulo, hoje. Ossos são desenterrados de uma vala comum e levados ao IML. O legista Artur confronta atrizes e guerrilheiras. Um corpo se preserva por mais de trinta anos. Uma identidade se busca...

Excepcionalmente para os que dizem que só falo mal sobre as películas em minhas críticas, terei de aplaudir de pé o primeiro longa da noite. A vontade nítida e clara de se ter um filme underground, trás algo bastante inovador. Um filme alternativo e ao mesmo tempo comercial.

O mestrado na ECA ( Escola de Artes Dramáticas - USP ) tem feito muito bem a Rejane, antecedendo ao filme, ela ministrou uma oficina de interpretação. Que trabalho impressionante, me inspirou até a voltar a fazer teatro. Já que desde a censura de meu ultimo espetáculo ( diga-se boicote ) pela senhora Márcia Dutra, diretora do TAC a época, será que já morreu? Eu não faço teatro desde as apresentações que sucederam-se a temporada coitada de Agosto de 2007 no TAC, em Curitiba, São Paulo e Porto Alegre, no mês de Setembro de mesmo ano infindo e infeliz.


Assista entrevista com Rejane Arruda



No filme, o legista que motiva a trama tem pouco tempo para provar sua tese, caso contrário, o cadáver, O Corpo, será enterrado como indigente. O médico acaba encontrando pistas nos porões da ditadura que associam o corpo a uma guerrilheira. Seguindo a trilha do seu nome, certifica-se que ela teve uma filha, Fernanda (Rejane Arruda) que contesta a possibilidade daquela história estar ligada a sua mãe.

A partir de então, desenrolam-se todos os conflitos da trama, que atravessam investigações sobre o passado de Tereza, falsidade ideológica e outras abordagens sobre a morte. Não-linear, o filme costura as ações segundo leis da narrativa, e não do tempo.

É fabuloso o primor técnico das cenas onde são cortados cadáveres para autópsias durante o filme. Chegam a ser escatológicas as cenas! Um ar nonsense miraculante tem essa trama. Boníssimas interpretações. Até Regiane Alves que a anos, desde Fascinação, não via desempenhando bem um papel é uma grata surpresa, surgindo nas cenas que se passam nos anos da ditadura, como a melhor amiga, a do corpo, e ao fim fica sub-entendido que ela tomou não só a filha mas a identidade da mesma.

Um elenco muito bom na média, não se vê gafes de interpretação como em Chega de Saudade.
Filme com "F" maiúsculo. Isso sim é abordar seriamente a temática ditadura, fica o recado que quem acompanhou nossa cobertura e outras pessoas sabem do que estou falando.

CHEGA DE SAUDADE, Tônia Carrero estava mesmo com saudades suas!

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


O 2° e esperadíssimo longa da noite CHEGA DE SAUDADE, da diretora: LAÍS BODANZKY, a mesma de Bicho de Sete Cabeças, em nada me surpreendeu.

Sinopse: Chega de Saudade conta, numa única noite, várias histórias vividas pelos freqüentadores de um salão de baile. Com muita música e dança, os acontecimentos fazem o espectador se sentir dentro da vida pulsante do baile.

Ressalva honrosa a brilhante Tônia Carrero, Maria Antonieta Portocarrero Thedim (Rio de Janeiro – 23 de agosto de 1922). Impressionou-me plenamente. Que vigor, que sagacidade, quanta emoção em apenas uma respiração. Ao lado de Leonardo Villar são o grande e talvez um dos poucos destaques no filme.


A película Hollywoodiana, tem qualidades técnicas de filmagem? Sim! Também com um orçamento que teve no mínimo primor técnico é o que devemos exigir.

O elenco Global em peso faz-nos entender porque a Globo Filmes faz a distribuição do mesmo. E é também o grande mal do filme. Beth Farias faz uma personagem apagada, insossa. Cassia Kiss, tem um texto e personagem que também não convence, pelo texto inverosímel. E o que dizer de Stepan Nercessian? A mesma voz e sotaque de sempre. Enfim, mas para um padrão Rede Bobo de Manipulação, tá ótimo.

Agora a facada no olho do espectador é a plena falta de noção da direção do filme e montagem, ao conceberem uma cena mágica de Tônia e Leonardo, e cortar para uma cena dramaturgicamente esgrotológica ( mistura de escrota e escatológica ). Eu só me contorcia e gritava internamente: Não, não, não!!! Depois de Tônia Carrero e Leonardo Villar, Paulo Vilhena e Maria Flôr nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooo!

Ressalva dois: Elza Soares como crooner do baile ficou tudo de bom, não é a toa que ela fora eleita pela Bilboard Londrina, a voz do século.

Só lamento as estrelas Paulo Vilhena e Maria Flôr, não estarem presentes na cerimônia para que eu fizesse um pod cast de vídeo os entrevistando. Uma bala pra quem advinhar o que eu iria perguntar-lhes...


BEM AMIGOS DA REDE GLOBO... Por favor não acessem meu blog! Não quero acabar com a esperança sem motivo que vocês tem de que aquilo é uma emissora séria e de qualidade... Um beijo no corpo de todos os leitores e leitoras, porque na boca não posso mais, pois estou conhecendo alguém muito especial a quem unicamente no momento caberão os beijos desta boca ácida e feróz. O FAM acabou... Buá! Resemos pela criação idealizada por mim da Edição FAM Verão. Poderíamos iniciar uma campanha, não?


Acessem o blog a partir de terça teremos novidades, eu preciso de uma folga depois de ter realizada a mais completa e divertida cobertura do FAM da cidade, não, do estado, ah pra que modéstia? Do país!

PEIXADA NO FAM: Bairrismo sem motivo

Confira a lista de Premiados do 12º FAM

Na Mostra Competitiva de Curtas 35mm, destaque para Satori Uso, de Rodrigo Grota (PR), melhor filme e fotografia do júri oficial e Saliva, de Esmir Filho (SP), melhor direção e montagem.

As produções catarinenses também tiveram motivos para festejar. Desilusão, de Bob Barbosa e Marco Stroisch, foi escolhido o melhor curta pelo voto popular. O Sindicine concedeu as honrarias de melhor roteiro e direção de fotografia entre os concorrentes catarineneses para Ouroboro, de Maurício Antônangelo.

O melhor filme Infanto-Juvenil foi para Jardim das Cores, de Guilherme Reias (RS).

O Prêmio Aquisição Canal Brasil de Incentivo ao Curta-metragem foi para A Cauda do Dinossauro (SP), de Francisco Garcia, também a melhor direção de arte na opinião do júri oficial.

O Troféu Vivo Audiovisual elegeu como melhor curta Café com Leite (SP), de Daniel Ribeiro.

O Prêmio de Estímulo Audiovisual Catarinense, Kodak, Quanta, Funcine e Cinemateca foi para a animação catarinense Vim Dizer que Estou Indo, Yannet Briggiler.

PRÊMIO JÚRI OFICIAL
TROFÉU PANVISION
CURTA METRAGEM 35mm
Melhor Filme : Satori Uso, de Rodrigo Grota – PR

Melhor Roteiro: Santiago Dellape, do curta metragem Bem Vigiado de Santiago Dellape - DF

Melhor Direção: Esmir Filho, do curta metragem Saliva – SP

Melhor Fotografia: Carlos Ebert e ABC, do curta metragem Satori Uso de Rodrigo Grota – PR

Melhor Montagem: Caroline Leone, do curta metragem Saliva, de Esmir Filho – SP

Melhor Trilha Sonora Original:
Ruggero Ruschioni, do curta metragem Pajerama, de Leonardo Cadaval - SP

Melhor Direção de Arte: Isabelle Vanost, do curta metragem A Cauda do Dinossauro, de Francisco Garcia - SP

Melhor Documentário: O Menino e o Bumba, de Patrícia Cornils - SP

Melhor Animação: Pajerama, de Leonardo Cadaval - SP

Melhor Ator: Jorge Junior, do curta metragem Dez Centavos, de César Fernando de Oliveira – BA

Melhor Atriz: Denise Weinberg, do curta metragem De Resto de Daniel Chaia – SP

Menção Honrosa: Ele, dos Alunos da Rede Municipal de Ensino de Vitória – ES


VÍDEO
Melhor Vídeo: Al doblar la esquina, de Santiago King - Argentina

Melhor Roteiro: Santiago King e Patrício King, do vídeo Al doblar la esquina, de Santiago King - Argentina

Melhor Direção: Bernardo Garcia, do vídeo Saiu na TV - SC

Melhor Fotografia: Juan Cristóbal Cobo, do video Hoy es un día distinto, de Pablo González – Colombia

Melhor Edição: Santiago King, do video Al doblar la esquina de Santiago King – Argentina

Melhor Trilha Sonora Original: Aléxis Perepelicia, do vídeo SHHH!! de Federico Actis – Argentina

Melhor Direção de Arte: Lucas Comparetto, do vídeo SHHH!!, de Federico Actis – Argentina

Melhor Vídeo Ficção: O Cineasta, a Menina e o Homem – Sanduíche de Daniella Saba – SP

Melhor Vídeo Documentário: Solitário Anônimo, de Débora Diniz – DF

Melhor Vídeo Animação: A Passageira do Trem das Onze, de Rogério Nunes - SP

Melhor Vídeo Experimental: Imparcial, de Thelmo Corrêa – RS

Melhor Ator: Julián Sanzeri, do video Al doblar la esquina de Santiago King - Argentina

Melhor Atriz: Raquel Bonotto, do vídeo Saiu na TV, de Bernardo Garcia – SC

Menção Honrosa: Amanda e Monick, de André da Costa Pinto – PB
Pela abordagem do tema

PRÊMIO SINDCINE
Certificado
Melhor Direção vídeo catarinense: Bernardo Garcia, do vídeo Saiu na TV

Melhor Roteiro vídeo catarinense:
Maurício Antônangelo, do vídeo Ouroboro, de Maurício Antônangelo

Melhor Montagem vídeo catarinense: Bernardo Garcia e Thais Reis, do vídeo Saiu na TV, de Bernardo Garcia

Melhor Direção de Fotografia vídeo catarinense: Bernardo Garcia, do vídeo Ouroboro, de Maurício Antônangelo

Melhor Som vídeo catarinense: Marcos Elias, do vídeo História, de Marcelo Sabiá

Melhor Direção de Arte vídeo catarinense: Patrícia Monegatto Lopes, do vídeo Saiu na TV, de Bernardo Garcia

INFANTO JUVENIL
Melhor Filme: Jardim das Cores, de Guilherme Reis – MG

PRÊMIO JÚRI POPULAR
Melhor Curta Metragem 35mm: Desilusão, de Bob Barbosa e Marco Stroisch – SC

Melhor Vídeo: Saiu na TV, de Bernardo Garcia – SC

PRÊMIO JÚRI ESPECIAL

TROFÉU VIVO AUDIOVISUAL
Curta 35mm: Café com Leite, de Daniel Ribeiro – SP

PRÊMIO DE ESTÍMULO AO AUDIOVISUAL CATARINENSE, PRÊMIO KODAK, QUANTA, FUNCINE E CINEMATEC: Vim dizer que estou indo, de Yannet Briggiler

PREMIO DE AQUISIÇÃO CANAL BRASIL DE INCENTIVO AO CURTA METRAGEM: A Cauda do Dinossauro, de Francisco Garcia

PRÊMIO INFlUÊNCIA FILMES E INFOCUS FILMES:
3 Melhores Vídeos Catarinenses:
Saiu na TV, de Bernardo Garcia
O Último Kuarup Branco de Bhig Villas Boas
Torre de Babel, de Dirceu Getúlio e Felipe Seffrin.

sexta-feira, junho 13, 2008

ATAQUES SÚBITOS DE INSANIDADE PÚBLICA: MICROFILIA

Nando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


O penúltimo dia de FAM já tem ar nostálgico. A rara efervescência que o FAM trás a sempre monótona Ilha de Santa Catarina e Adjacências, só pode mesmo deixar saudades. A Mostra de Curtas Mercosul hoje trouxe temáticas ecléticas em suas tramas:
- A peste da Janice - Rafael Figueiredo - 14:52 – Ficção - RS
- Passageiro - Fernando von Christian - 14:53 – Ficção – SP
- Satori Uso - Rodrigo Grota - 17:42 – Ficção – PR
O 1° sendo uma ode simples as diferenças sociais e preconceito do país mais desigual do mundo, ou seja, não surpreende pelo enfoque nem sequer pela temática. Passageiro é realmente uma viagem, não mais poderia se dizer. Satori Uso? Fico na interrogação. Como me rotulou Fabiana Penna: Sou burrinho! Não entendi!


ATAQUES SÚBITOS DE INSANIDADE PÚBLICA: MICROFILIA

Título Original: Microfilia
Diretor: Nehoc Davis
Cidade: Santiago
País: Chile
Categoria: Ficção
Duração: 1 " 13'

Sinopse: Um cineasta norte-americano descobre o caótico e colorido sistema de transporte de um país latino americano em desenvolvimento, e decide fazer um filme a noite que descobre uma motorista de ônibus de só 15 anos de idade. Este filme independente usa o documentário e o dogma como ferramentas do relato.

Nada melhor para situar quem não assistiu a magnífica película chilena é o verbete que dá lhe dá o título. É indubitavelmente o melhor filme, digo filme mesmo, dos que pude ver no FAM. Porque as produções estranhas e xaropes prefiro chamar de película, apenas pelo fato de serem rodadas em película.


Tecnicamente apenas uma ressalva a menina que interpreta a motorista é fraquinha de interpretação, mas como felizmente ela só tem uma cena de grande exigência técnica, não prejudica o filme.

Que coisa boa é você poder assistir um filme inteligente sem ser enfadonho. Um filme que não precise de legenda além da legenda que traduz de um idioma para outro. Sabe o que cansa no cinema independente às vezes? Que essas criaturas que passam pelo mundo se auto-intitulando cineastas fazem tudo, menos cinema pois.

Quem é normal hoje em dia? Eu não sei, mas veria um que de anormalidade caso alguém não adores Microfilia. Ataques públicos de insanidade é o que hoje mais se vê, com pessoas fugindo de pedágio pela contra mão, partidos ditos de esquerda fazendo governos de direita, enfim.

Os atores exceto pela exceção, são plenamente esplendidos, naturais e muito bem construídas são suas personagens. Fazia anos que não via um trabalho de atuação tão rico. A fotografia e montagem quase que jornalística, mas beirando a edição para TV, e com pitadas de curta metragem experimental, dão um ar de documentário a um filme 100% ficcional.

Realmente é um filme em que as pessoas se vêem na tela, bem como a tela vê o real, enxerga a vida. Tenha um ataque súbito de insanidade, nem que seja durante este filme. E tenha outros, seja: Me chamando de louco por elogiar esse filme espetacular, seja por não ter feito isso ainda.

quinta-feira, junho 12, 2008

Simples Mortais, ou complicados mortais?

Nando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Cenas de Simples Mortais

Esta 4ª foi de tirar o fôlego no FAM. Em seu 5ª dia de intensa programação tivemos apesar de uma má programação quanto a temáticas dos curtas, a melhor seqüência de curtas no conjunto de todas as noites.

Os Filmes da Mostra de Curtas Mercosul (Competitiva), foram:
- Dez Centavos - Cesar Fernando de Oliveira – 19' – Ficção - BA
- Bem Vigiado - Santiago Dellape - 13'50" – Ficção - DF
- Dez Reais - Rodrigo Sarti Werthein - 10'22" – Ficção – SP
- Engano - Cavi Borges – 11' – Ficção - RJ

Dez Centavos tem um ótimo roteiro e argumento, mas é simples. Bem Vigiado, precisava ter sido melhor vigiado quanto as interpretações, e ainda tem diretor que poda atores de teatro em testes dizendo: "Vai lá, mas num esquece que aqui não é teatro!". O curta Brasiliense tem uma edição estupenda, que quase faz o espectador esquecer as fracas interpretações. Dez Reais é um roteiro simples e sagaz, cumpre muito bem ao que se propõe, experimentar uma narrativa circular. E com um pouco mais de qualidade nas interpretações que seus antecessores chega ao fim bem, sem grandes rompantes da platéia. Engano, se eu não me engano é o segundo filme que vi na vida em plano seqüência duplo. As duas protagonistas se comunicam após uma linha cruzada no celular. ele está dentro do metrô e ela querendo chegar a estação. O plano sem cortes nas ambas câmeras que são mostradas lado a lado em 100% da película, são muito bem executadas. E o clímax da trama é o momento em que eles propõe-se a se encontrar quase se esbarram e devido a queda de bateria do celular do rapaz, perdem o contato. Realmente prendeu a platéia, e é forte candidato para prêmio de melhor curta.


E o que se dizer de Simples Mortais ???


O título Simples Mortais, de Mauro Giuntini, foi o longa desta quinta. O filme de Brasília (BRA). A história: Enquanto perseguem sonhos que já não fazem mais sentido, funcionário público viúvo e seu filho músico, escritor em crise inspirado por aluna e apresentadora de TV e seu jovem namorado ator, negociam seus desejos.

Eu adoro os releases dos filmes... grgrgrgr... que nunca falam sobre como o filme realmente é de verdade.

As atuações não devem nada a qualquer filme americano ou padrão Globo filmes, alias superam. Mesmo porque superar atuações hollywoodianas é simples, a não ser pra não atores de teste de sofá, máfias e afins. É bom ver atores teatrais no cinema, como o caso de Sérgio Sartore, o ator que faz um ator, sobra na telona. Ele já esteve com 2 espetáculos a 2 anos atrás em Florianópolis. Dois de Paus, sobre um casal homossexual, e uma versão de Dois perdidos em uma Noite Suja de Plínio Marcos. E tirando a dupla pai e filho que parecem estar por estar no elenco, na média as atuação passam positivamente do aceitável. Mas a fotografia óbvia e as más locações, e fotografia muito desuniforme, que em cada parte do filme parece mudar de conceito, causam um certo pesar a medida que se conta a trama.
Trama alias que demora para surgir. O filme parece uma colagem descriterizada de várias historinhas chavões, sem peso. Ressalva, nem sempre a soma de vários elementos ou tramas dão resultado positivo.

As piadas que o roteio põe na boca de atores, ora funcionam ora não. Uma edição melhor compactada e em busca de um eixo para a película se desenvolver seria interessante.

É um filme acima do TOP da Revista Veja, mas poderia ter sido bem mais.

Simples Mortais, poderia mudar seu nome para Simples enredo. As falas são muito triviais. O título mão conseguiu seu objetivo principal, ter trama e a mesma interagindo entres os vários núcleos de personagens.

Ver programação do FAM no site:
http://www.fam2008.com.br/index.asp
Ver crítica sobre os filmes do FAM diariamente aqui ou no sítio:
http://www.correiodailha.com.br/lerartigo.php?id=1357&idcolunista=6

segunda-feira, junho 09, 2008

3° dia de FAM: Mucho cine, muito cinema.

Nando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


Mucho cine, muito cinema, muito vento, muita gente. Assim foi a noite de segunda, 9, no 3° dia de FAM. Pra quem acha que uma segunda é dia morto, esqueça, a efervescência do FAM continua.

Videos, películas em longa e curta metragem das 10h às 22h. E pra quem ache pouco, essa rotina se manterá até sexta feira.

Os destaques da noite que acompanhamos na Mostra de Curtas Mercosul, foram:
- Invitados - Francisco Pedemonte – 6' – Ficção - ARGENTINA
- Saliva - Esmir Filho – 15' – Ficção – SP
- Ele - Alunos da Rede Municipal de Ensino de Vitória – 12' – Animação – ES
- O menino e o Bumba - Patrícia Cornils – 13' – Documentário – SP

O terceiro dia do festival teve na Mostra de Longas do Mercosul a exibição de Matar a Todos, 97'. O Suspense político sobre uma promotora pública uruguaia que investiga o sequestro de um químico chileno que deveria testemunhar contra o governo ditador do general Pinochet. A direção é Estebán Schroeder, e uma co-produção Chile/Argentina/Uruguai, rodado em 2007.

Assista a entrevista com Estebán Schroeder

Crítica fílmica:
MATAR A TODOS, OU A QUASE TODOS.

A película que em seu trailler tem uma vibrante e forte narrativa, é por que não dizer uma propaganda enganosa de Matar a Todos.



O texto e fotografia são bem cuidadas, realmente não perdendo em nada para os "maiores filmes" da temporada ou até mesmo exibidos no FAM. O pecado desta trama é justamente no ritmo que é dado as interpretações, que são lentos e muito fracos.

É aquela história, não estamos falando de não atores, mas sim de atores que são conhecidos além da fronteira de seus países. O erro é claro, é na direção frouxa. O resultado? Uma trama que teria tudo para comover sendo dada ao público como se fora um documentário, ou notícia requentada de meio de jornal.

A platéia presente aplaudiu, mas não ovacionou. Creio que o sono que a película causa pela sua narrativa lenta e um tanto rebuscada causaram esta reação.

Após 20 minutos de filme e o primeiro cochilo, tentei me concentrar na trama que só surge com força lá pelo minuto 70, quase ao final do mesmo. Matar a Todos promete em seu release um suspense, não o encontrei. Claro eu posse ser um imbecil que não entende nada de filmes, diriam os cinéfilos que adoram fingir-se contemplados por filmes de impacto zero. Mas eu como uma criança me arrisco a ser extremamente sincero: Matar a Todos, ou muda o estilo de interpretação se é que ela existe ( Re-filmagem ), ou será um ótimo substituto do "lexontan" para as platéias futuras!



Ver programação do FAM no site:
http://www.fam2008.com.br/index.asp
Ver crítica sobre os filmes do FAM diariamente aqui ou no sítio:
http://www.correiodailha.com.br/lerartigo.php?id=1357&idcolunista=6

Um Domingo que vai "A cada lado" do FAM

Nando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


A película do diretor Hugo Grosso, A cada lado, sobre um fotógrafo da Argentina e que documenta a construção de uma ponte que liga Vitória a Rosário. O trabalho vai mudar a sua vida e tocar a vida dos outros. O filme busca retratar uma Argentina de pessoas reais, destas que povoam nossas vidas.

A mescla de ficção e documentário, trazem uma verossimilhança impar as personagens. As inserções de cenas da inauguração da ponte e construção passa um ar documental que vai se entrelaçando ao enredo.

A cada lado, é talvez por isso um filme um tanto óbvio e lendo. Não desagrada, mas também não encanta. Hora faz rir, em raros momentos, e esboça reflexões. Mas o filme se perde numa narrativa pobre, onde não se consegue chegar a um norte dramatúrgico. A aparência de colagem de pequenas história do engajado diretor são o próprio calcanhar de aquiles de "A cada lado".

Assista entrevista com Hugo Grosso

A Mostra de Curtas Mercosul trouxe:
- Café com Leite - Daniel Ribeiro – 18'10" – Ficção - SP
- Espalhadas pelo Ar - Vera Egito – 15' – Ficção - SP
- A Maldita - Tetê Mattos – 20' – Documentário – RJ

O destaque fica para o provocativo "A Maldita", que desde o título o faz merecedor de aplausos. Em 1982 entra no ar, em Niterói, a Rádio Fluminense FM, que dá título ao documentário, ousadia e criatividade, rompe com os padronizados mercados de música estrangeira e dá início a chamada geração Rock 80.

Ver programação do FAM no site:
http://www.fam2008.com.br/index.asp
Ver crítica sobre os filmes do FAM diariamente aqui ou no sítio:
http://www.correiodailha.com.br/lerartigo.php?id=1357&idcolunista=6

FAM - Entrevista com JÚLIA LEMERTZ

Nando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Assista o vídeo
Festival Audiovisual Mercosul - Nando Schweitzer ( Repórter ), Louise Vieira ( Imagens )

sábado, junho 07, 2008

FAM: Um Sábado, bem instigante

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Mulheres Sexo Verdades Mentiras, dirigido por Euclydes Marinho, rodado no Rio de Janeiro


Sinopse: A documentarista Laura Beck, em crise no seu casamento, redescobre o prazer sexual com um outro homem, Mario . Ela se separa do marido e começa uma pesquisa cinematográfica sobre a sexualidade feminina enquanto se joga de cabeça numa relação com Mario da qual diz só esperar o prazer. Até o dia em que ela sente falta de algo mais além de orgasmos e coloca o amante contra a parede.

Júlia Lemmertz, pela primeira vez no FAM, atriz homenageada do festival e em cartaz neste sábado, 7 de junho, às 16h30min, na mostra Extra-FAM, com o longa Mulheres, Sexo, Verdades, Mentiras, falou com a imprensa catarinense, acompanhada de Antonio Celso dos Santos, coordenador geral do festival. Após a entrevista com Júlia fomos acompanhar a sessão Mulheres, Sexo, Verdades, Mentiras.

Assista entrevista em pod cast

A lógica é sem lógica já diria o profeta. A trama é e se faz esplendida no ponto em que mescla documentário e ficção. Depoimentos se entrelaçam no documentário ficcional da protagonista da trama, trazendo as sacadas muito bem humoradas sobre sexualidade das personagens a verissimilhança, e porque não dizer o aval dos depoimentos reais colhidos como num documentários mesmo, pela Laura, ou seriam pela Júlia.



Esse tom quase que nosense realista, que chega a confundir a platéia ao não se saber se é uma ficção ou uma realidade o que estamos vendo na tela é fabuloso.

As cenas em que a personagem se filma, são um primor parte. O filme emociona por e simplesmente ser filme, no sentido amplo da palavra. É uma lástima ele não ter sido exibido no Teatro Ademir Rosa, onde há mais lugares. O cinema do CIC foi literalmente pequeno para tamanha obra.

Alguém poderá dizer que esse não é o filme de sua vida, mas por mais chato que eu seja me escutem, esse até então é o melhor filme longa metragem exibido no FAM. Assista, assista e assista. Caso perca a sessão extra que ocorrerá domingo as 10:00h no cinema do CIC, procure essa fita.


Doce de Côco 104´



Do diretor Penna Filho, de Florianópolis, Doce de Côco trás uma trama sobre um tesouro enterrado no cemitério da pequena e imaginária Fartura altera a vida do casal Santinho e Madalena. Linhas tênues separam o que é real, sonho e pesadelo nessa desesperada e engraçada busca ao tesouro.

O sábado na Mostra de Longas Mercosul foi um brinde graças também, e porque dizer não só, aos curtas:
- A Cauda do Dinossauro - Francisco Garcia – 17'- Ficção – SP
- Pajerama - Leonardo Cadaval – 9' – Animação – SP
- Tibira é Gay - Emilio Gallo – 10'05" – Documentário - RJ
Produções muio interessantes e fora do trivial. Todos trazendo linguagens e fotografia de requinte, exceto Tibira é gay, pois como documentário tem outro parâmetro de concepção. Pajerama impressiona pelo primor e critica a modernização descriterisada de hoje.

Agora vamos ao longa semi-ilhéu. Deixo uma lacuna jaz, como diria aquela da rede do monopólio televisivo: Prefiro não comentar. Como o filme é rodado aqui em Florianópolis e como não quero magoar atores amigos meus... Esquecerei que presenciei esta película que inutilmente consumiu 760mil reais ( de um edital do Governo do estado ), segundo o diretor e escritor do filme, de um edital com dinheiro de nosso imposto. Docê de Côco é mais uma prova de que certas coisas que nunca ninguém explicará porquê são dadas como representantes da arte catarinense. Na minha época isso se chamava máfia!

Pode ter alguém além dos partícipes que tenha gostado do filme, mas eu prefiro compactuar com a opinião dos vários que abandonaram a exibição antes de 40 minutos de exibição do filme.

Ver programação do FAM no site:
http://www.fam2008.com.br/index.asp
Ver crítica sobre os filmes do FAM diariamente aqui ou no sítio:
http://www.correiodailha.com.br/lerartigo.php?id=1357&idcolunista=6

Tapete vermelho, quem nunca quis pisar em um?


Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro... Bem que essa poderia ter sido minha sexta. Se não fosse o FAM – Festival - Florianópolis Audiovisual do Mercosul. Esse é um evento que deveria se cogitar uma edição de verão, pois praia em dias de sol e shopping em dias de chuva é o que Florianópolis dispõe no veraneio.

Pra quem diz que nunca viveu uma cena de cinema, eu lamento, hoje vivi uma. Ou melhor um filme completo. Acordo as 5 da tarde, pensando que eram da manhã. Devido ao Lexotan que fique claro. Após dormir 18 horas, ao invés de 8, corri como louco. Chovia ainda para ajudar. Após passar por 3 pontos de táxis vazios, gritei para o moto táxi ao lado oposto da avenida. Parei a rua sim, estava atrasado. Esqueci-me apenas de um detalhe, minha fobia ao andar de moto.

Cheguei pelo tapete vermelho todo iluminado, realmente um luxo. Então comecei a novamente sentir o clima do FAM. Muita gente bonita e solteira, realmente um bom programa pra se fazer de galera. Fazia muito tempo que não via tanta gente alternativa num ambiente ainda a luz do dia.
As mostras da manhã e tarde são também uma grande opção com produções de vários estados e também de outros países.

Reencontrar ex-colegas da faculdade de cinema também foi um que a mais. Os comentários técnicos se misturavam no saguão ao de espectadores tão ou mais anônimos que eu naquela efervescência cultural. E a grande novidade é a pipoca grátis o que te faz realmente voltar no tempo. Na minha época era assim: Primeiro o carrinho de pipoca depois a bilheteria. E é assim que você será remetido ao FAM. Tapete vermelho, carrinho de pipoca, gente muito bonita, intelectuais e artistas nacionais como Júlia Lemertz que rapidamente passou hoje no CIC. Ela assistiu a cerimônia de abertura e se retirou, estava cansada. Amanhã seu filme Mulheres Sexo Verdades Mentiras tem sessão as 16:30h na Sessão extra FAM.

Ver programação do FAM no site:
http://www.fam2008.com.br/index.asp

Ver crítica sobre os filmes do FAM diariamente aqui ou no sítio:
http://www.correiodailha.com.br/lerartigo.php?id=1323&idcolunista=6

Após a abertura, o primeiro filme: Bodas de Papel, que abriu o 12º FAM nesta sexta, dia 6. O circo está montado e o show vai começar. Artistas, acrobatas, malabaristas, mímicos, atores e bailarinos saúdam o público com um espetáculo de circo arte. É o 12° Florianópolis Audiovisual Mercosul dando a partida para a maior edição de sua história. Que não pôde ir ao Teatro Ademir Rosa, no CIC, conseguiu acompanhar a transmissão simultânea via internet durante a solenidade de abertura. Desta até a sexta, 13 serão exibidos mais de 100 filmes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Finlândia, totalizando mais de mil produções exibidas em 12 anos de festival, além do Fórum Audiovisual Mercosul que se mantém como um raro espaço de debates do setor.

Esqueça os BlockBuster essa semana, vá ao FAM. Além de entrada franca, carrinho de pipoca tradicional. Pessoas interessadas e interessantes. E também, por obséquio acesse essa minha coluna após chegarem do CIC, combinado?

Bodas de Papel, procura atriz para papel principal



Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Já lançado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, o filme retrata com delicadeza a história de amor entre uma artista plástica, Nina, vivida pela atriz Helena Ranaldi, e o arquiteto argentino Miguel, interpretado por Dário Grandinetti (o sensível Marco, namorado da toureira no filme Fale com Ela, de Almodóvar).
O filme marca as estréias no cinema brasileiro tanto de Grandinetti como de Ranaldi, após 15 anos de carreira da atriz na TV, atuando principalmente em telenovelas.

Bem passei a ficha técnica agora vamos francamente falar sobre as tais Bodas de Papel. Ainda bem que a frase célebre de Glória Pires: “Sou uma atriz de TV, a melhor atriz de TV”, jamais fora dita por Helena. O filme a partir da sua protagonista não convence muito. Mas como diria minha avó: Há gosto pra tudo. Antes de emitir minha impressão particular cito dois comentários de pessoas presentes na sessão.

A primeira ao meu lado soltou um sonoro e claro parecer: Muito fraquinho!

Eu não diria tanto ao mar nem tanto a terra. É um filme padrão Globo Filmes, de entretenimento. Não é mesmo um filme dos chamados “cinema arte”. Tem boas interpretações como a da sempre excepcional Cleyde Iáconis, que mesmo como coadjuvante brilha. Passando por Sérgio Mamberte, Valmor Chagas e outros figurões da era de ouro do cinema brasileiro.

A segunda após o término do filme, fora entre uma conversa de duas amigas: Ah, eu gostei. O filme é legal...

Bodas de Papel, nome que se dá à celebração do aniversário de um ano de relacionamento, é o segundo longa-metragem de Sturm, que também produziu Sonhos Tropicais, em 2002. Eu acho que hoje em dia seria um sonho de inverno esperar um filme espetacular. Mesmo porque o que hoje acontece é que não atores no Brasil, são chamados de ator. Basta ligar a TV e ver o resultado do teste do sofá, que nada mais é que atores medíocres que só podem ter comprado o registro como protagonista de uma trama.

No Festival Cine PE 2008, que também está em sua 12º edição, Bodas de Papel conquistou três prêmios: melhor edição de som, melhor atriz coadjuvante (Cleyde Iáconis) e melhor filme para o júri popular. Esses prêmios só ressaltam o que disse. A pasteurização do cinema se faz pela avalanche de não atores televisivos na grande tela. Cinema arte não mais existe, apenas entretenimento no melhor molde da “Cultura de Massa” ou “Indústria Cultural” como você preferir.

O roteiro parece se repetir umas 5 vezes. A busca por um filme de história não-linear fica apenas e só na busca. A trama é fraca e a não-linearidade dá ao filme não uns ápice de narrativa inovador, mas causa um bocejar dos espectadores um pouco mais criteriosos. É um filme que não se consegue assistir 2 vezes. Mas mesmo assim, creio que por educação, aplaudido no final.

Globo x Record 2: As cenas do próximo 1° capítulo

Nando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista


De olho na Mídia

nandinhoschweitzer@yahoo.com.br



Eu incitei na coluna anterior, e deu no que deu? A estréia da nova novela global das oito registrou 35 pontos de média, 39 de pico e 49% dos televisores ligados. No mesmo dia e horário, Caminhos do Coração, da Record, chegou ao fim. A novela foi ao ar quase simultaneamente que A Favorita e conquistou 23 pontos de média e 27 de pico.

De cada 100 televisões ligadas, 32 estavam exibindo a trama da Record.O fato histórico não fica apenas na nota em si, mas o ibope no minuto a minuto apontou 4 minutos de liderança para a Record. Fato nunca ocorrido no horário, pois os áureos tempos da extinta Manchete, com Pantanal, que pode estar prestes a ser reprisada pelo SBT, eram no horário das 22h.

O poder de retratar a realidade de cada país que uma novela possui sempre é aclamado pelos seus defensores, embora contestado por seus críticos. Algo é inegável, algumas novelas já imbuíram na sociedade uma série de reflexões, que muitas leis que vem de cima para baixa do congresso ou do Palácio do Planalto.

Exemplos não faltam. Desde Barriga de Aluguel, cuja discussão é o próprio título-tema. Também em tramas mais leves, que acabam ou pelo enredo ou por interpretações brilhantes como de Beatriz Segall, a inesquecível Odeth Roittman. Onde ela tinha um afair com um rapaz décadas mais jovem.

E tem mais, a estréia da trama de Tiago Santiago, Os Mutantes – A Evolução, marcou uma média de 24 pontos de média, 27 de pico e 34% de share, na faixa das 20h50 às 21h49. A TV Globo registrou no mesmo horário 35 pontos de média.

A mídia especializada rotulou a trama de Tiago Santiago como surreal. Que ótimo, seria um neto de Salvador Dali na dramaturgia? Mas eu creio num ponto para Santiago, além dos vários conquistados no ibope. A personagem, Danilinho, homossexual para si assumido, mas não para a família. Ele se casou com uma mulher por motivos tais como: família conservadora, status sócio-familiar e herança. O ponto salutar é que mesmo não tendo ainda em cena se relacionado com outro homem, ele fala dentro do léxico e com gírias do meio gls sem forçar a barra. Até me assusto comigo mesmo por elogiar pela 1ª vez na vida Cláudio Heindrich. Mas o rapaz fez laboratório em meios GLBTT, desde ONGs a casas noturnas. Mas o texto têm o ajudado.

A Favorita têm em si um que mexicanizado, lembra o título “A Madrasta”, um dos últimos sucessos de ibope nas tardes do SBT, exceto pelas enésimas reprises de Maria do Bairro. E uma clara tentativa de luta desesperada pelo ibope perdido é o número reduzido de atores e tramas. Pois a Globo sempre criticou as novelas da sua arqui-rival TELEVISA. Principalmente pelas histórias com poucas personagens, e trama muito focada na protagonista. A “nova” das 8, além de péssimo desempenho para o padrão Globo, sofre críticas prévias pelo baixo investimento nas chamadas e abertura simples. A esteriótipalização das personagens.

Seria o confronto de interpretações no melhor estilo Stânislaviskiano, realista, dentro de uma trama surrealista. Contra uma trama muito realista de interpretações supérfluas, hollywoodianas. O que Tiago Santiago repete exaustivamente em suas entrevistas e denomina de “Realismo Fantástico”. Uma lacuna deixada pelo saudoso Dias Gomes, de Roque Santeiro, com seus lobisomens e crendices de cidades do interior, levadas muito a sério em seus enredos.

Real ou Surreal, o que mais se aproxima da nossa atual vida contemporânea, de mensalões, Izabellas e Bush?