sábado, junho 07, 2008

FAM: Um Sábado, bem instigante

Fernando Schweitzer, Florianópolis-SC - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

Mulheres Sexo Verdades Mentiras, dirigido por Euclydes Marinho, rodado no Rio de Janeiro


Sinopse: A documentarista Laura Beck, em crise no seu casamento, redescobre o prazer sexual com um outro homem, Mario . Ela se separa do marido e começa uma pesquisa cinematográfica sobre a sexualidade feminina enquanto se joga de cabeça numa relação com Mario da qual diz só esperar o prazer. Até o dia em que ela sente falta de algo mais além de orgasmos e coloca o amante contra a parede.

Júlia Lemmertz, pela primeira vez no FAM, atriz homenageada do festival e em cartaz neste sábado, 7 de junho, às 16h30min, na mostra Extra-FAM, com o longa Mulheres, Sexo, Verdades, Mentiras, falou com a imprensa catarinense, acompanhada de Antonio Celso dos Santos, coordenador geral do festival. Após a entrevista com Júlia fomos acompanhar a sessão Mulheres, Sexo, Verdades, Mentiras.

Assista entrevista em pod cast

A lógica é sem lógica já diria o profeta. A trama é e se faz esplendida no ponto em que mescla documentário e ficção. Depoimentos se entrelaçam no documentário ficcional da protagonista da trama, trazendo as sacadas muito bem humoradas sobre sexualidade das personagens a verissimilhança, e porque não dizer o aval dos depoimentos reais colhidos como num documentários mesmo, pela Laura, ou seriam pela Júlia.



Esse tom quase que nosense realista, que chega a confundir a platéia ao não se saber se é uma ficção ou uma realidade o que estamos vendo na tela é fabuloso.

As cenas em que a personagem se filma, são um primor parte. O filme emociona por e simplesmente ser filme, no sentido amplo da palavra. É uma lástima ele não ter sido exibido no Teatro Ademir Rosa, onde há mais lugares. O cinema do CIC foi literalmente pequeno para tamanha obra.

Alguém poderá dizer que esse não é o filme de sua vida, mas por mais chato que eu seja me escutem, esse até então é o melhor filme longa metragem exibido no FAM. Assista, assista e assista. Caso perca a sessão extra que ocorrerá domingo as 10:00h no cinema do CIC, procure essa fita.


Doce de Côco 104´



Do diretor Penna Filho, de Florianópolis, Doce de Côco trás uma trama sobre um tesouro enterrado no cemitério da pequena e imaginária Fartura altera a vida do casal Santinho e Madalena. Linhas tênues separam o que é real, sonho e pesadelo nessa desesperada e engraçada busca ao tesouro.

O sábado na Mostra de Longas Mercosul foi um brinde graças também, e porque dizer não só, aos curtas:
- A Cauda do Dinossauro - Francisco Garcia – 17'- Ficção – SP
- Pajerama - Leonardo Cadaval – 9' – Animação – SP
- Tibira é Gay - Emilio Gallo – 10'05" – Documentário - RJ
Produções muio interessantes e fora do trivial. Todos trazendo linguagens e fotografia de requinte, exceto Tibira é gay, pois como documentário tem outro parâmetro de concepção. Pajerama impressiona pelo primor e critica a modernização descriterisada de hoje.

Agora vamos ao longa semi-ilhéu. Deixo uma lacuna jaz, como diria aquela da rede do monopólio televisivo: Prefiro não comentar. Como o filme é rodado aqui em Florianópolis e como não quero magoar atores amigos meus... Esquecerei que presenciei esta película que inutilmente consumiu 760mil reais ( de um edital do Governo do estado ), segundo o diretor e escritor do filme, de um edital com dinheiro de nosso imposto. Docê de Côco é mais uma prova de que certas coisas que nunca ninguém explicará porquê são dadas como representantes da arte catarinense. Na minha época isso se chamava máfia!

Pode ter alguém além dos partícipes que tenha gostado do filme, mas eu prefiro compactuar com a opinião dos vários que abandonaram a exibição antes de 40 minutos de exibição do filme.

Ver programação do FAM no site:
http://www.fam2008.com.br/index.asp
Ver crítica sobre os filmes do FAM diariamente aqui ou no sítio:
http://www.correiodailha.com.br/lerartigo.php?id=1357&idcolunista=6

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