quarta-feira, junho 22, 2016

Bancadas de Solidão

Poema de Nando Schweitzer

Sentado passamos várias coisas.
Hora juntos, hora não.
Sentados a janela? 
Na escuridão?
Sentados nus no corrimão
escorrendo por nós e a nós,
o muito que não se desata.
Teremos ata?
Sentados ficamos sós.
Mesmo ao lado.
Sós.
Bem,
mesmo que tenhamos dedos entrelaçados,
ainda assim sós.

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