quinta-feira, setembro 19, 2013

Os Cabritinhos: Uma noite infantil em São José

Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista
Corrigido em 21/09 - 19:09

Re-estrear é viver. É um jogo mega intenso que artistas vivem e revivem a cada novo projeto. Nesta quarta-feira, 18/09, a Companhia Teatral Pantomima, produzida por Alexandre Emerim e dirigida por Rafael Reus, iniciou a nova temporada de apresentações do suspense infantil "Os Sete Cabritinhos e o Lobo Mau" de  Jacob e Wilhelm Grimm. A boa adaptação da companhia para o clássico esteve no Teatro da Arena Multiuso de São José, as 20h.

Elenco e produção de  "Os Sete Cabritinhos e o Lobo Mau"
Originalmente a história conta que um Lobo Mau pinta sua pata de branco. Ele retorna à casa dos cabritos e diz "deixem-me entrar, é a mãe de vocês". Os cabritinhos veem a pata branca e ouvem sua voz doce, então abrem a porta. O Lobo Mau engole os seis cabritos. O mais novo deles se esconde do lobo e não é comido. Quando a mãe cabra retorna da floresta, encontra a casa revirada e apenas o mais novo de seus filhos.  

Com uma alteração na ordem das vítimas do Lobo, o espetáculo, mesmo incluindo músicas e coreografias seguiu boa parte da história clássica, com a introdução de um painel com o desenho figurativo da cada personagem, que apagava quando o mesmo se afastara a casinha, o que provocou uma interação imediata dos infantes lá presentes. Ponto positivo desta versão.

O final novo realmente foi um "quê" a mais. Se antes a mãe cabra pede a seu filho novato um par de tesouras, uma agulha e linha, para corta a barriga do Lobo Mau de onde saem os seis cabritinhos. Eles enchem a barriga do Lobo Mau com pedras e a mãe a costura. Quando o lobo acorda, ele fica com muita sede. Ele vai ao rio beber água, mas cai no fundo por causa do peso das pedras. A família das cabras comemora e vive feliz para sempre. Aqui a coisa foi mais leve.

Arrependido o Lobo se tornou amigo dos cabritinhos. Como em todo musical terminaram todos felizes para sempre e dançando. O ponto vulnerável da montagem, foi a excessiva participação do público. Ainda que previsível em infantis, a interação muitas vezes não existia, a título de se seguir o roteiro. Causando um estardalhaço dos pequenos espectadores que não ouvidos, gritavam apontando o lobo.

Contudo houveram momentos de verdadeira magia do teatro. Duas crianças subiram ao palco para ajudar o caçador a capturar o Lobo... Mas quando o lobo apareceu correram do palco, ao melhor estilo de ruptura da quarta parede. 

O produtor também comentou sua iniciativa de fazer um infantil no meio da semana, concorrendo ainda com o futebol na emissora líder do país como "uma forma de criar outras alternativas para os país que trabalham, e uma nova opção que não o cinema durante a semana para crianças. E uma tentativa de aumentar a cultura teatral no estado, criando novos nichos e opções, como já é feito em outras partes do país.

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