sexta-feira, outubro 25, 2019

Chile, é realmente um caminho a seguir?


Los manifestantes prendieron fuego durante las protestas en Santiago de Chile. (Foto: AFP/Javier Torres)
Las fuerzas policiales dispersan a los manifestantes. (Foto: AFP/Javier Torres)
Disturbios de dimensões históricas estão ocorrendo no Chile, em todo seu territória, desencadeados por uma revolta da população com um aumento das tarifas do transporte público. Protestos muito mais intensos que os de 2012 reivindicando um ensino público, caso que não existe no país a nível universitário. Lá o ensino público existe apenas nos âmbitos de primário e secundário.


Foi por uma dura resposta dada na ocasião pelo governo de turno que coincidentemente estava a cargo de Sabastián Piñera, fora um dos fatores impulsivos da vitória de Michelle Bachalet à presidencia do país, esta hoje alta comissionária da ONU para os Direitos Humanos. Logo de seu ascenso, Bachelet propôs modificações no sistema educativo chileno. A criação de bolsas educativas como paleativo ao sistema que de forma semalhante ao brasileiro é exclusor e termina por priorizar os estudantes provenientes do ensino privado.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), no entanto, emitiu nesta quarta-feira um pronunciamento sobre a crise chilena, condenando o uso excesivo da força o retaliando toda forma de violência: "Se bem o Estado tem o dever legítimo de garantir a segurança e a ordem pública, o uso de força deve registrar-se pelos princípios de legalidade, estrita necesidade e proporcionalidade". A CIDH referiu-se ainda a que "todo protesto social é legítimo desde que se desenvolva de forma pacífica".

Segundo o informe maus tratos policiais sforam registrados. Se assegurou que una mulher fui detida por transgredir o toque de recolher imposto pelo governo chileno no passado sábado no município de La Florida, ao sul de Santiago. De acordo com o relato da víctima, “fui despida completamente e obrigada a fazer agachamentos”. O trato dengradante e foi víctima de violência sexual. “Vamos atirar (ca...)gona”, lhe gritam. Ademais, não lhe deixaram sair da prisão até 11 horas depois de ordenada sua libertade. Também consta que a mulher foi exposta nua e imobilizada com uma arma apontada a cabeça sobre um monte de lixo e que os carabineiros, termo usado para a polícia chilena, ameaçada a levar um tiro se tentara qualquer movimento, e ainda lhe tocaram o corpo com um fusil.

Ao meio de uma catástrofe social resultante das políticas implementadas pelos "Chicago Boys nos anos 70 e 80, um sistema previdenciário desumano e que atualmente precariza os ganhos de aposentados e pensionistas que teve como um dos responsáveis a frente deste modelos à la chilena, chamado por muitos de "ultraliberal" foi o irmão do atual presidente chileno, José Piñera. Por sua vez Bolsonaro gostaria de substituir o sistema previdenciário distributivo por outro de capitalização, seguindo o rastro do que foi feito no Chile de Pinochet. Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, não oculta sua admiração pelo modelo que os Chicago boys chilenos implementaram: “O Chile para nós é um exemplo de país que estabeleceu elementos macroeconômicos muito sólidos, que lhe permitiram ser um país completamente diferente de toda a América Latina”.







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