segunda-feira, julho 14, 2014

Manoel Carlos copia argumento de espetáculo teatral, em final de novela

da Redação 14/07/2014 - por Sincerando


Muitos dizem que coincidências não existem. Outros que o universo paralelo as vezes nos cruza de tempos em tempos o caminho. Agora mesmo por exemplo na tão reconhecida novela das 8 da Rede Globo, vi o argumento de meu espetáculo Juan e Marco(2007) ser utilizado pela grande Manoel Carlos, como linha condutora de sua protagonista, o Laerte de Em Família

Ao chegar finalmente à última semana de seu drama familiar, o autor Manoel Carlos revelou novos detalhes sobre o final de “Em Família”. E falou sobre o fim do personagem Laerte (Gabriel Braga Nunes) e explicou o motivo da Luiza (Bruna Marquezine) não ter o abandonado. “Laerte vive dias bons e dias ruins, como toda enfermidade dessa natureza. O mal dele é progressivo e ele passa por surtos. Ao mesmo tempo em que maltrata, ama”, contou o autor ao jornal “Extra”.

O texto teatral polêmico e censurado em um dos principais teatros catarinenses e que percorreu outras capitais como São Paulo e Porto Alegre a 6 anos atrás, e que ainda fora montado em 2012 na cidade de Buenos Aires, trazia como fio condutor o complexo de Dom Juan de Marco em sua trama. Retratando o problemático romance entre um cantor sem êxito e um dançarino clássico.

Segundo sinopse do espetáculo Juan & Marco, a protagonista Juan sofre, segundo a psicanálise, do complexo de Don Juan de Marco, em que o ser humano tem como princípio da vida sublimar todos os seus sentimentos em prol do ato da conquista. Após a conquista o encanto acaba e começa novamente a busca interminável pelo amor.

No espetáculo, com duas personagens protagonistas e que compartilhavam de forma distinta a mesma sociopatia, Marco é o oposto de seu parceiro, este de perfil psicológico, romântico ao extremo. Ele sofre por amar e não ter a certeza de ser amado por Juan. A peça narra a intimidade deste casal, a beira da separação. 

De acordo com os produtores, fora uma comédia romântica “proibida para menores, de idade e mentalidade”. “Um jogo psicológico em busca de encontrar a chave do verdadeiro amor.” Ainda sobre a peça, os produtores dizem que Juan e Marco estão apaixonados e agora estão brigando, e que a peça é recomendada para casais, em crise ou não. Após Florianópolis, a montagem na época foi apresentada em Curitiba, São Paulo e Porto Alegre. 

A última versão deste espetáculo assinado por Nando Schweitzer se deu no país vizinho, Argentina. País onde embora o matrimonio igualitário seja legalizado, a questão homossexual ainda levanta polêmico em uma país com 96% de católicos.



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