segunda-feira, abril 30, 2018

Absolutamente tudo sobre o nada!


Resultado de imaxes para tudo sobre o nadaNão entendo do que gostei, mas gostei do que não entendi. Como aquele disco que na adolescência você desprezou, deixou passar desapercebido e que na fase adulta passas a idolatrar, só que o contrário.

Os opositores diriam amém, os apoiadores teriam ojeriza. Tão absurda é a ausências, que por excesso deixaram de ter nexo quando sobre ter nexo discursavam.

Sempre que eu penso em copiar um texto, um filme ou uma peça esbarro na minha incompetência vil e culminativamente cometo algo inédito e genialmente sem novidades, mas ainda assim único.

Dói demais pensar. Vivo com dor. Dolorosamente  e com constância causo dores a muitos. A tantos, a todos... Não! Nem todos pensam. Nem os que pensam estar a pensar.

Que estapafúrdio exercício é este? O da abstração estrabônica. Hombrosamente provocativa  o é, mas apenasmente quando não tem pretensão ou tertúlia.

Tantos temas a abordar que transbordam as ideias e sufocam-nas mesmo que aos gritos de liberdade soluçante que nada mais nos dão que a impossibilidade de ver o possível.

Porque essas palavras tortas e desconvexas? Só para não tocar nos assuntos que me dilaceram. Não posso suportar o que tenho presenciado, mas num lampejo lúcido que me direciona a fingir um ensaio sobre minha cegueira não me tornarei manifestante e calarei meu protesto perante a absurdo objeto artístico.

Se posso fujo. Escapando-me do senso comum e opacando meu juízo de valor particular, mesmo que publicando espritante e clarificada minha opinião.

Ao que um se mete a fazer algo o mesmo deve saber se fazer aquilo que um pretensamente se propõe a fazer.

Hemitartarato de Zolpidem, Stilnox, Zolpidem, Circadin... Não! Minutos incontáveis de inconsistência dramatúrgica revestida com treinamentos herméticos e contundência actoral excessiva causam melhor efeuto como indutores do sono.

Tudo isto fiz para simplesmente evitar fazer o que me late no pulsar catatônico de minha essência livre que carece de poder para ser transparente.

Por fim o fim, recheado de aplausos mais que um peru natalino estaria de farofa. Não me surpreende. Estou mais que acostumado a presenciar o despertar dos degustadores do letárgico em ovações viscerais a seus provocadores bergsonísticos. 

Como saber sobre o que não falei mesmo tendo falado sobre? Faça as contas olhando minhas postagens nas redes sociais e... Pimba!

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