Analistas e institutos de pesquisa apontam uma subida galopante da intensão de votos nos Trabalhistas para o pleito legislativo no Reino Unido. Estejam certos ou errados, o eleitorado britânico parece estar num momento volátil e, com menos de duas semanas para as eleições, a vitória de Theresa May é mais difícil de prever do que alguma vez já fora perante ao socialista Jeremy Corbyn. Escreveera o colunista político, Tom McTague, ao reconhecer que a líder conservadora só será bem sucedida “se nos próximos dez dias conseguir virar a campanha para um território que lhe seja mais favorável”.
O programa eleitoral dos conservadores do partido da primeira ministra propunha que um maior número de pensionistas que recebem apoio domiciliário contribua para esses serviços, sendo o pagamento feito após a morte e podendo incluir a venda das suas casas. Confrontada com fortes protestos, a primeira-ministra acabou por admitir um tecto para as contribuições, mas o meio-recuo não impediu um tombo dos conservadores nas sondagens – dos 20 pontos de diferença para o Labour no início de Maio, para apenas cinco numa pesquisa divulgada na última sexta-feira.
Mas as propostas “radicais” de Corbyn – incluindo a abolição das ajudas a setores privados ou a renacionalização dos transportes ferroviários – revelaram-se mais populares do que a imprensa ou os conservadores querem admitir. E um fiasco de May, ainda antes do atentado em Manchester, acabou por dar um enorme empurrão nas até então magras perspectivas dos trabalhistas.
A primeira-ministra britânica defende que os ataques contra o Reino Unido, com origem em Bruxelas, sede da União Europeia, têm como objectivo prejudicar o país e influenciar os resultados das eleições marcadas para o dia 8 de Junho.
Em meio a relatos de que Corbyn poderia decidir no último minuto para participar de um debate na TV entre os líderes dos partidos na BBC, onde May será representada por Amber Rudd, o secretário do lar, ele pediu a primeira ministra que acabe com seu boicote a tais eventos e que venha conversar com ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário