Na capital catarinense casos de violação tem sido registrado mais de 40 casos de estupros de homens por uma quadrilha em menos de 2 meses. Estima-se que o número possa ser ainda maior, pois algumas vítimas se sentem constrangidas de fazer Boletim de Ocorrência.
Contactamos uma das vítimas que aceitou nos dar entrevista sem ser identificado: “Eu estava correndo como sempre corro de tarde perto da UFSC, próximo ao CTC. Eles apareceram do nada, com uma arma na minha cintura. Imaginei roubo, sequestro, ou qualquer outra coisa, mas jamais pensaria que seria estuprado. Me levaram em um terreno com mato alto (…) Por mais força que eu tivesse, era impossível sair dali. Eles me colocaram de costas no chão, um deles ajoelhou sobre minha nuca, prendendo meus braços com os joelhos, enquanto o outro segurava uma das minhas pernas pro lado para o terceiro realizar o ato” diz.
A vítima fica cerca de 30 a 50 minutos em poder dos estupradores em média. Outros depoimentos relatam quase sempre o mesmo roteiro de ação. Enquanto dois dos estupradores seguram a vítima, o outro o deixa nu e força o sexo retal. Muitas vezes causando ferimentos anais ao homem. Algumas vítimas relataram que também foram obrigadas a fazer sexo oral nos bandidos e engolir esperma. Algumas imagens de câmeras de segurança mostram que são sempre os mesmos 3 homens, de estatura alta, bem fortes, um deles armado. Eles abordam e rendem a vítima, que é levada para um lugar ermo onde é estuprada.
Depois do ato, uma das vítimas pediu ajuda a um carro que passava e foi levado ao do Hospital Universitário, onde teve que fazer curativos no anus e mobilizar o braço que foi deslocado com o peso de um dos estupradores. A polícia ainda não tem informações sobre os suspeitos, mas sabe que é sempre a mesma quadrilha, e que ataca homens de 20 a 35 anos, de noite, em horários distintos. Foram relatados 28 casos na zona entre Trindade e Carvoeira, e 13 próximo ao Shopping Iguatemi, e 8 nas proximidades do bosque da UFSC, o que faz as investigações ficarem mais difíceis, pois demonstram não ter um lugar fixo para atacar.
Os policiais alertam para que homens evitem caminhar sozinhos de noite, e nunca reajam aos ataques. Também sugerem que usem roupas com cintos, ou mais justas, pois acreditam que ao ver uma roupa mais difícil de tirar, os estupradores podem preferir outra vítima. E talvez com essa última informação, você deva ter percebido que isso não ocorra mais exclusivamente com mulheres.
Homens solidário aos seus pares irão protestar frente a reitoria da UFSC pelo fim da cultura do Estupro e por mais segurança para os homens de bem. O ato será na próxima 5ª feira as 18:00h.
Um comentário:
Postar um comentário