Aconteceu de novo galerinha do bem. Vocês acreditam que novamente alguém foi agredido na "querida" 1007 Floripa? O jovem Moisés Bernardino foi a vítima da vez. O espanto não é mais uma agressão no recinto em que parte dos frequenadores são hétero normativos e pró-Bolsonaro, mas o que está a mover as redes sociais é uma nota da casa, similar àquela que me agredira por ser vítima há um ano atrás. Vou postar o início e o link, pois a nota é enorme, só não maior que a cara de pau.
Muita gente tá acompanhando o relato de um cliente que passou por uma experiência de agressão motivada por homofobia por outro cliente em uma noite, e isso puxou uma onda de novas manifestações de uma galera de diferentes origens e motivações. A gente também tá acompanhando tudo isso....
Com o título ERRAMOS, quando o correto seria ERRAMOS NOVAMENTE... Pois quando há algum tempo atrás algo similar ocorrera comigo, uma nota muy suigeneris e parecida a esta me difamando e me taxando como louco por assim dizer rolou nesta mesma página. Seguidores desta mesma página me agrediram e não apenas via web... Cheguei a ser interpelado incluso em outras casas, "concorrentes" devido a nota difamatória em questão. Ou seja, além de seres agredido, quase morto, negligenciado, tive de bloquear meu perfil no facebook. Pa ra béns. Repito meu comentário de aquele então: "O assessor de imprensa, ou de comunicação da casa está de parabéns #sóquenão". Os clientes pró-1007 que me agrediram na ocasião e que alguns deles hoje vejo a se manifestar aqui também estão de parabéns. Mas sobretudo quero felicitar os seres-humaninhos que afirmaram que meu depoimento era "invenção". Aomente a base de sangue, e obviamente alheio, é que, talvez... e digo TALVEZ, AS PESSOINHAS COMECEM A SE MEXER UM POUCO. É muito fácil atacar a vítima, é corriqueiro, praxe comum. O difícil é sobreviver. Ser vítima. Sangrar. Pagar implante dentário. Ser ridicularizado. Enxovalhado por uma sociedade hipócrita. O pior é, ou não ao que você é quase morto receber ataques de virtuosos e possíveis vítimas futuras. Chegaria a ser hilariante caso você não tivera que passar 33 dias sem sair de casa devido a hematomas e dentes quebrados, cancelado um espetáculo teatral em Joinville que você passou 5 meses ensaiando e tirara dinheiro do próprio bolso para estrear fora da cidade graças a seus teatros fechados e piriri e pororó, ir a delegacia várias vezes depor mesmo tendo a certeza(que hoje é fato) de que absolutamente NADA seria feito, se explicar do PÔR QUE você foi agredido a mais de 2 mil pessoas. Pena que o botãozinho de gratidão não está mais ativo, pois gostaria de dar um "gratidão" agora a todos aqueles LGBTTIQSSS que me agrediram na ocasião.
O frequentador Fidel Jas postou o seguinte "Esperamos que depois dessa chuva de insatisfações que a equipe 1007 tomem as providências necessárias. Ações devem ser tomadas IMEDIATAMENTE. É vergonhoso ver tantas reclamações dias após dias. Infelizmente 1007 deixou de ser um ambiente agradável a muito tempo. Enquanto não houver mudanças fica difícil frequentar e indicar a amigos. Abraços!"
E existe algo pior é ver gente que me criticou por denunciar ano passado o meu caso hoje fazendo cometários politicamente corretos? Reviver forçadamente estas mesmas sensações não é muito agradável, mas faz parte. Ainda mais como jornalista não logrei não comentar o caso. Passo quase um ano sem frequentar a casa. Alguns "amigos" até já tentaram me convencer a regressar, mas sigo limpo. Alguns destes incluso vieram a me dizer "que deveria usar este caso para apoiar o meu processo contra a casa". Será?
Quase um ano e se vê que as práticas da caso pouco ou nada mudaram. A sociedade pouco ou nada evoluiu. Anda lembro angustiosamente de receber mais de 50 inbox por hora, mais de 20 convites de amizade de pessoas sem nenhum amigo em comum... Comentários de todas as vertentes em minhas fotos... O achincalhamento da dita sociedade pelo mero fato de existir.
Caso Schweitzer - Até hoje sem solução(Matéria do jornal carioca Extra em 03/06/2016)
O que deveria ser uma noite de diversão, se transformou em pesadelo. Na véspera do feriado de Corpus Christi, o ator Nando Schwaitzer estava com uma amiga na boate 1007, em Florianópolis, quando levou um soco nas costas covardemente.
— Rapidamente os seguranças agiram, justificando que a política da casa era contra confusões. Mas não se tratava de uma confusão. Fui agredido — relata Nando, que, em seguida, decidiu ir embora.
No entanto, o pesadelo estava só começando: enquanto esperava sua amiga, que havia estacionado o carro um pouco longe da boate, Nando ficou esperando-a na porta do estabelecimento. Neste momento, foi agredido violentamente, levando chutes e socos.
Nando foi agredido duplamente na véspera do feriado de Corpus Christi. Nando foi agredido duplamente na véspera do feriado de Corpus Christi. Foto: Reprodução
— Levei um chute nas costas e em seguida fui derrubado. Levantei e fiquei tentando me desvencilhar, mas continuei apanhando. Tudo isso levou cerca de dez minutos, acredito — relata o ator, que foi ajudado inicialmente por um flanelinha, após a fuga dos agressores.
Com a chegada da polícia, Nando fez o registro de ocorrência na 1ª Delegacia da Capital, onde foi configurada lesão corporal. Lá, percebeu que estava sem a carteira com seus documentos e o celular. Em seguida, foi ao hospital Celso Ramos, onde foi atendido.
— Na quinta-feira, tentei fazer o exame de corpo de delito no IML, mas por ser feriado, fui informado que só conseguiria realizá-lo na segunda-feira. E assim o fiz — conta o ator, que, inspirado pelo caso de racismo contra a cantora Ludmilla, decidiu entrar com uma ação no Ministério Público de Florianópolis, que promete acompanhar o caso, que já conta com a investigação da Polícia Civil.
Estreia adiada, medo e desabafo
Uma galo na parte de trás da cabeça, marca de pisão no rosto e no peito, dificuldade para falar e respirar e outros hematomas pelo corpo: o resultado da agressão sofrida por Nando foi registrado pelo próprio ator em um vídeo publicado no Youtube. As imagens são perturbadoras.
Além da dor física, Nando carrega o trauma emocional e consequências que atingiram seus planos profissionais.
— Tive que adiar a estreia de um espetáculo da minha companhia, chamado “Espectrus”, que entraria em cartaz em Joinville, no último fim de semana. Tenho que arcar com o prejuízo, somos independente e agora só conseguiremos nos apresentar por lá em setembro — lamenta.
Aos 33 anos, Nando afirma não ter sido a primeira vez que sofre algum tipo de agressão “gratuita”. Certa vez, teve que pular o muro de uma casa em Florianópolis, após ser perseguido por um motoqueiro.
— Ninguém chega e avisa que vai praticar um crime homofóbico. Tenho experiência de vida suficiente pra entender como esse tipo de agressão funciona. E, confesso: tenho medo. Muito medo dessa sociopatia crescente. Medo que isso possa acontecer comigo de novo e, claro, com outras pessoas também — desabafa o ator.
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