Segundo um estudo de Thomas C. Corley, que investigou os hábitos dos ricos durante cinco anos, 80% dos milionários dedicam pelo menos 30 minutos por dia à leitura com o objetivo de se educarem ou aperfeiçoarem. A maioria não lê (apenas) por entretenimento mas para manter ou adquirir conhecimento. Geralmente lêem biografias de pessoas bem sucedidas, livros de auto-ajuda e desenvolvimento pessoal e de História.
Tanto desejamos fazer parte e acomodar-nos à sociedade que faremos quase tudo para não nos destacarmos na multidão, mas no entanto, "a falta de separação da manada é o motivo pelo qual a maioria das pessoas nunca atinge o sucesso". As pessoas bem sucedidas criam a sua própria manada nova e convencem outros a juntar-se a ela.
"Setenta e seis por cento dos ricos fazem exercício aeróbico durante 30 minutos ou mais por dia", diz Corley, autor do livro "Change Your Habits, Change Your Life". Correr, caminhar, andar de bicicleta são algumas das atividades mencionadas e que são boas para o corpo e para o cérebro. "Aumenta a produção de neurónios no cérebro... Também aumenta a produção de glucose, que é o combustível do cérebro", acrescenta.
"Só terá tanto sucesso quanto o daqueles com quem se associar", diz Corley. Os ricos estão sempre atentos a indivíduos orientados para atingir objetivos, otimistas, entusiastas e com uma atitude mental positiva. Cultivam os relacionamentos com essas pessoas através de seis passos: desejam feliz aniversário, telefonam para dizer olá, telefonam quando há um acontecimento da vida, relacionam-se, voluntariam-se e participam em encontros formais ou informais de pessoas com os mesmos interesses.
As pessoas ricas são "obcecadas" com objetivos, diz Corley. "Perseguir os seus sonhos e objetivos dá origem a maior felicidade a longo prazo e resulta em maior acumulação de riqueza", explica. Porém, quando muitos caem no erro de perseguir os objetivos alheios, tal como o dos pais, os mais ricos definem os seus próprios objetivos e perseguem-nos incansavelmente. "A paixão torna o trabalho divertido. A paixão dá-lhe energia, persistência e o foco necessário para ultrapassar falhanços, erros e rejeição", diz o autor.
Quase 50% dos milionários do estudo de Corley levantam-se pelo menos três horas antes de dar início ao dia de trabalho. É uma estratégia para lidar com os inevitáveis imponderáveis do dia de trabalho, como as reuniões que se prolongam além do esperado, o trânsito caótico ou ter de ir buscar as crianças à escola. "Estes imponderáveis têm um efeito psicológico em nós. Podem infiltrar-se no nosso subconsciente e levar-nos a crer que não temos controlo sobre a nossa vida", diz Corley. "Acordar às cinco da manhã para dar conta das primeiras três coisas que queremos concretizar nesse dia permite-nos reconquistar o controle da vida. Dá-nos uma sensação de confiança e de que, de facto, controlamos a vida", adianta.
"Encontrar um mentor coloca-o no caminho para a riqueza", aconselha Corley. "Mentores de sucesso fazem mais do que influenciar a sua vida de alguma forma positiva. Eles participam regular e ativamente no seu sucesso dizendo-lhe o que fazer e o que não fazer. Partilham consigo valiosas lições de vida que aprenderam à própria custa" e um ponto que os milionários têm em comum é não dependerem de apenas uma fonte de rendimento. "Desenvolvem múltiplas frentes. Três parece ser o número mágico no meu estudo. 60% tinham pelo menos três fontes de rendimento que criaram antes de ganharem o seu primeiro milhão", refere Corley. Exemplo: Ações da bolsa, arrendamento de imóveis e sociedade em negócio próprio.
"O sucesso de longo prazo só é possível quando mantém uma atitude mental geralmente otimista", afirma Corley. "Na minha pesquisa, o otimismo era um traço de todos os que se fizeram milionários". A maioria das pessoas não se apercebe se os seus pensamentos são otimistas ou pessimistas, mas o pesquisador diz como devemos fazer: "Se parar para ouvir os seus pensamentos, tomar consciência deles, irá perceber que a maioria são negativos. Estar ciente disso é a chave". Os milionários dominam certas regras de etiqueta que convém ter para atingir o sucesso e isto inclui enviar bilhetes de agradecimento, felicitações em eventos importantes da vida, tal como casamentos ou aniversários, saber comer à mesa com educação e usar vestuário adequado aos diversos eventos sociais.
Ajudar os seus semelhantes a atingir os seus objetivos e sonhos é uma forma de conseguir atingir o sucesso, pois ninguém atinge o sucesso sem uma equipa de outras pessoas orientadas para o sucesso. A melhor forma de criar a sua equipe é oferecer ajuda a outros primeiro. A ideia não é oferecer ajuda a qualquer um, todavia. "Foque-se em ajudar apenas aqueles que perseguem o sucesso, são otimistas, orientados para objetivos e motivadores", aconselha o especialista.
Medo da crítica é a razão pela qual não procuramos opiniões dos outros. Mas a opinião é essencial para sabermos o que está a resultar e o que não está a ter efeito. Ajuda-nos a entender se estamos no caminho certo. A crítica, boa ou má, é um elemento crucial para a aprendizagem e o crescimento. Outra prática saudável e de gente rica é a de pensar em isolamento, de manhã, durante pelo menos 15 minutos todos os dias. "Passam tempo diariamente a pensar sozinhos sobre numerosos temas", explica o autor. Os tópicos incluem carreira, finanças, família, saúde, problemas e relacionamentos de negócios. Questionam-se sobre como podem ganhar mais dinheiro, se o trabalho os faz felizes, se estão a fazer exercício suficiente, em que outros voluntariados podem envolver-se.
Há quem tenha receio de pedir aquilo que quer. "É o medo da rejeição e o medo da obrigação que nos impede de pedir aquilo que queremos", nota o autor quando sugere que os ricos aprenderam a ser assertivos. As pessoas bem sucedidas ultrapassaram esses medos e tornaram um hábito pedir ajuda a todas as pessoas que podem ajudar. Se continuar a pedir apenas quando tem a certeza de a resposta ser positiva, então não conseguirá ser bem sucedido na vida.
Corley descobriu que os milionários não são naturalmente destemidos. Na verdade, "ultrapassam o medo de falhar e assumem riscos calculados". Todos percebem que os riscos têm custos. No estudo, 27% dos participantes já tinha passado por falhanços e tiveram de recomeçar. "O ponto importante, aqui, é que eles recomeçaram. Falharam, cometeram erros e usaram as lições aprendidas nesses falhanços para ajudá-los a atingir finalmente o sucesso", remata Corley.
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