Criticas duras aos atuais governos de Brasil e Argentina, a ex-presidente concedeu entrevista ao vivo a cadeia de televisão C5N aonde falou de hiper-inflação, desemprego e a "tristeza do povo" que crê deva ser combatida com políticas inclusivas. Em entrevista ao vivo ao canal a ex-mandatária, Cristina Kirchner dispara: "No podemos tener aquí un mamarracho como es el presidente de Brasil". Em curta e grossa tradução livre: Não podemos ter na Argentina um fanfarrão como este em nosso país, como Temer. Esta entrevista se deu a título do 25 de Maio, data que marca a independencia da República da Argentina em 1810.
"O estado tem de estar ao lado do mais débil para equilibrar a balança!" - afirma Cristina sobre o imposto sobre as ganancias, e defende que quanto mais um ganhe, mas deve aportar ao estado. "As tarifas devem ser equitativas justas e racionais..." e se "viam os teatros, cinemas e restaurantes abarrotados de gente!". "Hoje nada mais é assim, as pessoas estão preocupadas em como pagar as contas e como comprar comida!", "o que está passado no Brasil e Argentina é algo singular no continente".
Acima de tudo o que hoje ocorre que é um desmonte das relações regionais em prol de se voltar a ser capacho dos EUA. A América Latina hoje desmorona em uma clara ação do imperialismo e capital especulativo mundial. A pergunta que me faço e faço a todos é: "Hoje você compra o mesmo que comprava antes?". Estamos regressando ao pior dos mundos, reféns do neoliberalismo selvagem. Precisamos por limites as agressões que se cometem ao povo mais corrente e comum.
"O estado tem de estar ao lado do mais débil para equilibrar a balança!" - afirma Cristina sobre o imposto sobre as ganancias, e defende que quanto mais um ganhe, mas deve aportar ao estado. "As tarifas devem ser equitativas justas e racionais..." e se "viam os teatros, cinemas e restaurantes abarrotados de gente!". "Hoje nada mais é assim, as pessoas estão preocupadas em como pagar as contas e como comprar comida!", "o que está passado no Brasil e Argentina é algo singular no continente".
Acima de tudo o que hoje ocorre que é um desmonte das relações regionais em prol de se voltar a ser capacho dos EUA. A América Latina hoje desmorona em uma clara ação do imperialismo e capital especulativo mundial. A pergunta que me faço e faço a todos é: "Hoje você compra o mesmo que comprava antes?". Estamos regressando ao pior dos mundos, reféns do neoliberalismo selvagem. Precisamos por limites as agressões que se cometem ao povo mais corrente e comum.
Posso contar de minha parte que apesar de não concordar em pleno com a matriz e ações políticas da ex-prócer argentina, quando vivi em Buenos Aires sob sua tutela o país era muito menos pior do que o Brasil de hoje. Embora tenha me assustado ao visitar amigos no último ano de seu governo lá com os preços após 6 meses trabalhando no Brasil.
Eram salas aonde a mesa possuía um Macintosh acoplado a mesa do professor e telão em absolutamente todas as salas de um predio gigantesco e 16 pisos com aproximadamente 30 salas por andar, próximo do Ministério do Trabalho Argentino que figura uma enorme figura em ferro moldando Evita Perón. Lembro com nostalgia o mega teatro, o ginásio de esportes, a academia de um dos prédios anexos e o outro de mesma altura com 16 pisos com 6 salas de informática por andar equipadas com 60 Macintoshs cada.
Pensava que estava em outro mundo. Porque tão "barato" o ensino? Lá o ensino público não possuía vestibular e nenhum tipo de exame de ingresso socio-nazista como no Brasil. Bastava levar um certificado de conclusão de segundo grau e se matricular e zaz, mais um universitário. Fora do paraíso universitário tinha de voltar para casa, a verdade um hostel cheio de estudantes estrangeiros. Mais de 10 nacionalidades! Em algumas residencias de estudantes que estive a viver depois cheguei a ter mais de 70 nacionalidades em um único local a conviver.
Cortemos a nostalgia. Ou tentarei. Esta época singular aonde se compravam 2kg de bola de lomo por 25 pesos... 2kg de filé mignon a 6 reais... E voltemos ao passado recente. O atual governo corroborou para que uma inflação de 20% que já me fizera decidir voltar ao Brasil antes do que eu previa ser um caos eminente. Claramente minha premonição se concretizou! Macri presidente! O neoliberal e ex-governador do Distrito Federal, ou melhor da Ciudad Autónoma de Buenos Aires chegara a Casa Rosada.
Não se precisaram mais que dois meses de governo para a inflação atingir 3 dígitos, o desabastecimento se tornar corriqueiro no país. O programa do governo "Precios Cuidados" fora desativado, o que causou uma subida de preços nas gôndolas no mercado de 10 a 20% ao dia. Quis ir a um de meus restaurantes de parrilla libre predilectos. Comer churrasco a vontade e ter de brinde um litro de vinho já não saiam mais 80 pesos, senão 265. Fiquei estarrecido com o número de locais fechados no antes ostentoso bairro de Puerto Madero e também por não ter de esperar 1h30 na fila do Siga la Vaca. Só pude gritar em alto e bom som: "¡Che, cagaron a mi país!"
O Subte, como é chamado o metrô portenho tem tarifas hoje de 7,50 pesos. No meu tempo(como amo essa expressão) custavam 0,90. Como o serviço de ônibus em Baires é 24 horas, e a tarifa máxima era de 1,10 pesos eu me cansava de ir e voltar de baladas e festas assim. Atualmente a tarifa é de 11 pesos. Seis anos sem precisar olhar um horário de ônibus. O taxi era bem barato também, muitas vezes atrasado ia para a faculdade em táxi... Algo como 3 vezes por semana(risos). Com o troco almoçava na SubWay ou Star Buck's de dentro da faculdade.
Gente, e o dólar, fetiche eterno dos portenho(assim chamamos os argentos da capital somente). Beirando 18 pesos... Saudade do dólar a 3,50 nos arbolitos. Aquele típico cambista que la ficam baixo as árvores pelos principais pontos da cidade...
E porque escrevi tudo isto? 1) Para concordar com la Cris que "No podemos tener aquí un mamarracho como es el presidente de Brasil". 2) Para ao menos em minha mente matar as saudades dos melhores anos de minha aburrida vida. 3) Para reafirmar que não voto e jamais votarei nem no PT e Nem no PSDB. 4) Para pela primeira vez em minha vida gritar: "Fora Temer!" e "¡Te extraño Cristina!".
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