domingo, janeiro 12, 2025

Justiça Social? Os capitalistas disfarçados tem ao menos algo de humor

No corre do dia a dia, a gente aprende a lidar com muita coisa, ou ao menos finge que tenta. A periferia não dá trégua, e o tempo da gente vira moeda de troca pro sistema que só sabe sugar. Acorda 4h, pega dois, três ônibus, enfrenta busão lotado, chega no trampo já cansado, faz jornada de 9 horas, e no fim do dia ainda tem o pesadelo de voltar pra casa. E aí? O que sobra pra viver? Nada.
Quem mora nas quebradas tá ligado: 24 horas no relógio não são para nós. Se 14 vão pro trampo e transporte, o resto é dividir entre banho, comida e, com sorte, um pouco de sono. Viver de verdade? O sonho jamais alcançado se não sois herdeiro. É como se a gente fosse programado pra existir só pra trabalhar e manter a roda girando.

Dizem que o governo é “popular”, mas popular pra quem? Na ponta do lápis, a vida de quem tá na base da pirâmide continua pesada. Justiça social? Não chegará aqui jamais. Cadê o transporte que preste? Cadê salário digno pra gente não depender de trampo explorador 6x1? Cadê política que respeite o tempo da gente? Porque viver não é só respirar, maninho. Viver é ter tempo pra ser humano, pra estar com quem a gente gosta, até com quem a gente não goata, pra ter lazer, pra sonhar. Mas na real, aqui na periferifa, é só correr atrás do básico e olhe lá, e mesmo assim parece que tamo devendo já antes de acordar.
Quando falam de escravidão moderna, não é exagero, é realismo. A gente trabalha pra sobreviver, mas, no fundo, a vida vira só isso: sobreviver. E quem tá no topo? Esses têm tempo. Têm lazer, têm saúde, têm futuro. A gente fica só no “talvez”.

É hora de botar o dedo na ferida? Qual delas? O pobre não tem ferida, tem cicatrizes profundas. Cadê a justiça social de verdade? Porque de promessa vazia a quebrada já tá cheia. Pensa que das 4h que te sobram no dia você já gastou alguns minutos lendo esse artigo... Aí você começou a refletir sobre sua m... De vida.

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