Sem tirar, nem por...
Citado pelo delator Fernando Cunha Reis, Raimundo Colombo teria recebido R$ 9 milhões por meio de Caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014. Em troca dos recursos, o governador se comprometeu a privatizar a Companhia de Água e Saneamento (Casan), que explora o serviço em todo o Estado. Comprar a empresa era de interesse da Odebrecht Ambiental. parlamentares pedem que a denúncia seja imediatamente pela presidência da Alesc e que crie-se uma comissão especial para investigar o caso. “É necessário que a Assembleia Legislativa se abstenha da inércia e inicie um processo detalhado e imparcial de investigação dos atos praticados pelo Sr. Raimundo Colombo”, diz o documento.
Os valores recebidos por Colombo teriam sido utilizados para sua própria campanha e também para a de aliados. Assim vereadores do PSOL de Florianópolis Afrânio Boppré, Marcos José de Abreu e Renato Geske apresentaram nesta quinta-feira um pedido de impeachment contra o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. O documento foi protocolado por volta das 17 horas na Assembleia Legislativa.
“A Assembleia Legislativa tem 40 deputados e nenhum deles se pronunciou sobre este gravíssimo caso. Assim como em Brasília, o PSOL segue denunciando sistematicamente os casos de corrupção, aqui em Santa Catarina estamos fazendo o mesmo”, destacou o líder do PSOL na Câmara da capital, Afrânio Boppré.
O rito após a denúncia ser protocolada, o presidente da Assembleia Sílvio Dreveck deverá colocá-la para leitura na próxima sessão, que deve ocorrer no dia 2 de maio. Se aceita, Dreveck deverá nomear uma comissão especial para dar prosseguimento às investigações. Após criada a comissão, o governador terá 10 dias para apresentar defesa. O processo poderá durar até 180 dias.
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