“Uma vez na aula de introdução ao Jornalismo, a professora pediu pra entrevistar pessoas que estudam em colégio público. Durante a explicação, uma das alunas da turma perguntou pra colega que tava do lado: ‘Onde eu vou encontrar esse tipo de gente?’ Aquilo me paralisou e eu pensei em ironicamente ‘oferecer’ um dos meus amigos da Favela do Siri pra ela.”
Este é apenas um dos muitos relatos publicados na página Bastardos da UFSC, feita por oito alunos bolsistas para denunciar o preconceito que sofrem no dia-a-dia de estudos na universidade capital. Criada em setembro, a página já tem mais de 11 mil curtidas e cerca de 80 relatos como o reproduzido acima.
“O interessante é que também estamos alcançando pessoas de outras faculdades. Isso mostra que o problema é maior e mais recorrente do que se imagina”, afirmou um dos organizadores, que preferiu não se identificar. Mas alerta que não sabe o quanto a página poderá ficar no ar, pois, sofreram já ameças e ataques de hackers pro nazismo, estes que tentaram retirar a página do ar.
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