Fernando Schweitzer - Jornalista e Diretor Teatral
Números de emergência... Quais você sabe de cor? Sem precisar consultar a telefonista? Ligue 136 e descobrirás um novo velho número, hoje ativado para a Ouvidoria Geral do SUS.
Com toda essa polêmica atual sobre o novo programa da pseudo esquerda no governo, o Mais Médicos, creio que devemos lembrar que os órgãos de fiscalização para isso estão.
Nada demais você denunciar irregularidades. Ligar uma vez por dia ao 190, 102 é saudável. Não estou falando de trote... Digo daqueles pequenas ações positivas diárias, que em tese todos deveriam fazer.
Outro dia esperando um ônibus, dois senhores estranhíssimos saíram de um carro e ao se aproximarem a um rapaz de toca com calça verde, do exército. Provavelmente o rapaz vinha de um período ou turno de seu serviço militar.
De tudo que poderia causar-me estranheza, o mais forte da cena foi a fragilidade com que as pessoas na parada de coletivos ficaram. O que fazer? Chamar a polícia? Como e de que maneira?
Nós, cidadães comuns, necessitamos um treinamento para dados momentos da nossa atualidade. E uma delas é como aprender a fiscalizar, denunciar e ainda assim não necessitar entrar no serviço de proteções a vítimas da polícia brasileira. Pois este não funciona muito bem.
Em tempos de corporativismo insano, médicos trazidos ao país por uma parceria com o braço da ONU no continente se tornaram inimigos mortais dos médicos mauricinhos brasileiros.
Estaríamos por sofrer uma invasão ideológica, dos comunistas do único país do continente com alfabetismo zero e taxas de mortalidades infantis inferiores aos norte-americanos? Os mais articulados do tal exército de cubanos (médicos disfarçados) para levar o comunismo aos rincões do Brasil, onde supostamente vivem cidadãos mais simplórios e, portanto, vulneráveis à pregação ideológica.
Hoje, o Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4). Além da carência dos profissionais, o Brasil sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões - 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional.
No caso argentino temos um país onde ao menos na sua capital a TV via cabo se popularizou nos anos 80. Aqui em casa ainda não tenho. A internet me supre os conteúdos de nossa limitada TV a cabo, onde só há conteúdo norte-americano. Vivendo em Buenos Aires, sempre me diverti com TVs mexicanas, cubanos galegas, espanholas, francesas, japonesas, italianas, etc... em vários seguimentos como música e documentários. Aqui não... O que vende é boa imagem e conteúdos exclusivos repetidos by american life.
Quem sabe agora graças aos médicos estrangeiros no país o povo descubra que entre Brasil e EUA existem mais de 100 países no planeta. E que com essas centenas de culturas há algo a aprender. Mas de veras uma cultura do império do norte é sadia. Ligar para emergências com maior frequência. Seja para denunciar o postinho de saúde ou hospital público sem médico, ou para denunciar crimes.
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