Fernando Schweitzer, Joinville - Actor, Director Teatral, Cantante, Escritor e Jornalista
Longe de casa, a mais de uma semana... Quem dera. O mais longe que consegui em um desses dias de desespero foi ir ao cinema após uma reunião de trabalho.
Covarde talvez, cardíaco? Não sei. Mais ainda não sei se "Somos tão Jovens" é um filme ruim, ou se eu realmente sou incompatível a essa exagerada importância dada a uma coisa famigerada, e para mim insossa Legião".
Enquanto primos meus vinham felizes com o LP azul na mão, eu escutava Gal, Conzaguinha, Gonzagão, Elis Regina, Tim Maia e Rosana. Algum descarno cerebral me acometeu no berço, ou no resto da humanidade. Nunca vi profundidade nas tais letras dos ratos de porão.
Quando vi um filme sobre Cazuza, té que bem feito, profanei: "Que não venha uma moda de filmes sobre mortos vintage". E né que veio mermão? Depois do intragável "Somos tão jóvens", virá um sobre os Mamonas Assassinas, com direito a Rodrigo Faro na pele de Dinho, o líder da banda.
Sentar-se a ver uma história conhecida, trilhada, batida... podemos fazer vendo a Sessão da Tarde. Que um filme inédito te soe como um de Sessão da tarde?
A forçasão de barra, sendo bem retrô, do roteiro em tentar fazer cartases com as letras de disco riscado da Legião Urbana, soavam falsas e pueris até para os fanáticos da bando que eram maioria. Era como clichê mal usado. As actuações eram impossibilitadas pelo texto chulo e castrante de pensamento através de um raciocínio lógico. Nem o genial Marcos Bredda, no papel de pai de Renato Russo pode abrilhantar o morno filminho estilo clipe MTV pobre.
Se o minho era ruim o desfecho, não houve. A película termina com uma constrangedora olhada coletivo entre os espectadores... Tipo: "Acaba assim?". O orçamento gigantesco, o dinheiro gasto em promoção, vindos de capitação e dinheiro público são uma ofensa aos fãs da banda, e uma agressão aos que como eu terminei assistindo isso, por ser o único filme não yankee no cinema. Ou será que é difícil encontrar filmes de algum dos demais 197 países do mundo, que não Estados Unidos, em Provincianópolis?
Que país é esse? Se a música de Renatinho não respondeu... Aliás, nunca achei uma gota de crítica social, menos de rebeldia, quanto mais de revolucionário nas letras da famigerada legião. Redimirei-me a minha insignificância. Deixa quieto né?
É um país complicado esse. Recém a justiça, e não o congresso aprovam o matrimonio igualitário e um filme sobre a vida de um ídolo gay termina sem beijo, e apenas com toscas insinuações homo afectivas.
PS.: Legal o cara que fazia o Hebert Vianna no filme.
"PS.:" é tão vintage... Vou escutar Blitz!
Fernando Schweitzer, Joinville - Actor, Director Teatral, Cantante, Escritor e Jornalista
Longe de casa, a mais de uma semana... Quem dera. O mais longe que consegui em um desses dias de desespero foi ir ao cinema após uma reunião de trabalho.
Covarde talvez, cardíaco? Não sei. Mais ainda não sei se "Somos tão Jovens" é um filme ruim, ou se eu realmente sou incompatível a essa exagerada importância dada a uma coisa famigerada, e para mim insossa Legião".
Enquanto primos meus vinham felizes com o LP azul na mão, eu escutava Gal, Conzaguinha, Gonzagão, Elis Regina, Tim Maia e Rosana. Algum descarno cerebral me acometeu no berço, ou no resto da humanidade. Nunca vi profundidade nas tais letras dos ratos de porão.
Quando vi um filme sobre Cazuza, té que bem feito, profanei: "Que não venha uma moda de filmes sobre mortos vintage". E né que veio mermão? Depois do intragável "Somos tão jóvens", virá um sobre os Mamonas Assassinas, com direito a Rodrigo Faro na pele de Dinho, o líder da banda.
Sentar-se a ver uma história conhecida, trilhada, batida... podemos fazer vendo a Sessão da Tarde. Que um filme inédito te soe como um de Sessão da tarde?
A forçasão de barra, sendo bem retrô, do roteiro em tentar fazer cartases com as letras de disco riscado da Legião Urbana, soavam falsas e pueris até para os fanáticos da bando que eram maioria. Era como clichê mal usado. As actuações eram impossibilitadas pelo texto chulo e castrante de pensamento através de um raciocínio lógico. Nem o genial Marcos Bredda, no papel de pai de Renato Russo pode abrilhantar o morno filminho estilo clipe MTV pobre.
Se o minho era ruim o desfecho, não houve. A película termina com uma constrangedora olhada coletivo entre os espectadores... Tipo: "Acaba assim?". O orçamento gigantesco, o dinheiro gasto em promoção, vindos de capitação e dinheiro público são uma ofensa aos fãs da banda, e uma agressão aos que como eu terminei assistindo isso, por ser o único filme não yankee no cinema. Ou será que é difícil encontrar filmes de algum dos demais 197 países do mundo, que não Estados Unidos, em Provincianópolis?
Que país é esse? Se a música de Renatinho não respondeu... Aliás, nunca achei uma gota de crítica social, menos de rebeldia, quanto mais de revolucionário nas letras da famigerada legião. Redimirei-me a minha insignificância. Deixa quieto né?
É um país complicado esse. Recém a justiça, e não o congresso aprovam o matrimonio igualitário e um filme sobre a vida de um ídolo gay termina sem beijo, e apenas com toscas insinuações homo afectivas.
PS.: Legal o cara que fazia o Hebert Vianna no filme.
"PS.:" é tão vintage... Vou escutar Blitz!
Fernando Schweitzer, Joinville - Actor, Director Teatral, Cantante, Escritor e Jornalista
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