Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista
O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1 de abril de 1964, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Goulart. Em 1964, houve um movimento de reação, por parte de setores conservadores da sociedade brasileira,juntamente as Forças Armadas, o alto clero da Igreja Católica e organizações da sociedade civil, apoiados fortemente pelos Estados Unidos.
Havia um temor de que o Brasil viria a se transformar em uma ditadura socialista, similar à Cuba. O governo de João Goulart e seu plano Trienal, afim de estabilizar a economia, seguido da acentuação do discurso de medidas vistas, as quais incluíam a reforma agrária e a reforma urbana, combate a pobreza, distribuição de renda e saúde não foram bem vistas. Pois à época significavam ser tachado de comunista, mesmo quando não fosse o caso. Os militares brasileiros chamavam o Golpe, de Revolução de 1964, ou Contrarrevolução de 1964. Expressão associada a defensores da ditadura.
Bem, defensores a está atroz desfeita ainda respiram. Novos cooptados por essa ideologia reacionário também. Recentemente tivemos a tal Marcha da Família, em várias cidades do Brasil.
A questão que ainda paira no ar é: Se os países vizinhos que tiveram ditaduras de menor tempo e com número inferior de assassinatos executados pelos seus regimes autoritários no século passado, porque o Brasil ainda segue na escuridão dos fatos desta época tenebrosa para o país?
Um suposto ladrão de alinhas pode ser linchados e amarrado a postes, mas assassinos em série usufruem de uma lei de anistia criada apenas par defender ditadores e seus apoiadores dos rigores da lei. Se é que lei há!
Neste dia a meros 50 anos, o povo ignorante apoiou um golpe anti-democrático. Será que hoje seria diferente? Não. Pois o povo ainda leva o sonho americano, ou melhor, americanizado no peito. Casa, carro e covardia!
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