Em meio a nova crise institucional venezuelana o mundo volta-se para esta zona do planeta como se nada mais fora importante, embora seja um grande tema e de repercussão internacional. A poucas horas o presidente do congresso da Venezuela, Juan Guaído, se autoploclamou o mandatário do país em meio a uma convocatória de manifestantes anti-governistas e o apoio nada surpreendente do senhor dos sete-mares, Donald Trump.
Obviamente com o estado venezuelano a muitos anos perdeu o rumo, idem se pode dizer do chavismo e mais ainda de seu sucessor Nicolás Maduro. Mas o que realmente me importa neste grande embloglio são as pessoas. A crise humanitário que se dá atualmente com reflexos em vários países do continente teve um episódio dramático esta semana com o ocorrido no Ecuador aonde um venezuelano matou sua concubina por não aceitar a separação e por consequência gerou uma imensa onda de odio e violência contra imigrantes da Venezuela no país equatorial.
Aqui no Uruguai os reflexos visivéis são outros. Ternho amigos venezuelanos que não param de receber vídeos e relatos sobre ataques a seus compatriotas no Ecuador e por sua vez na Venezuela e no próprio Ecuador ataque violentes de venezuelanos contra ecuatorianos em resposta aos ataques recebidos por seus compatriotas.
É interessante observar que agora, justo agora, em um momento drástico em que muitos cidadãos venezuelanos se veem obrigado a regressar a seu país provindos do Ecuador, se crie este novo-novo fato político da tentativa de derrubada parlamentar do governo Maduro.
Fatores relevantes e que talvez sejam subliminares são os de que a grande maioria destes que estão a retornar a Venezuela vêm com uma imensa carga de adrenalina e são anti-chavistas. Pode-se dizer que a oposição no país está canalizando estas energias e a bronca generalizada que ocorre no momento para seus fins.
Mas além do fator da deficiência dos governos pós-Chávez no país caribenho devemos estar alerta para os claros movimentos da nova operação-condor que está ocorrendo no continente sul-americano financiado por EUA e sionistas internacionais. Mais de 500 venezuelanos residentes no Ecuador retornaram nesta quarta-feira a seu país de origem após os ataques xenófobos ocorridos. Estes muito similares ao que se deram no em Roraima no período eleitoral ano passado.
A violência aos imigrantes venezuelanos se desatou logo que se deu a notícia em vários meios de comunicação de que Yordi Rafael, 22 anos, tomou por refem no centro da cidade de Ibarra a sua parceira, Diana Cariolina Rodríguez Reyes, ecuatoriana e com 4 meses de gravidez. O venezuelano após negociações frusatradas com a polícia a esfaqueou, levando a mesma a óbito.
Ondas de equatorianos começaram a gritos de "Fora malditos assassinos!" uma verdadeira caça medieval as "bruxas". Violentando, e queimado pertences de venezuelanos e escorraçando os mesmos de suas próprias residencias. Algo muito similar aos atos xenofoibos brasileiros contra nativos de mesma nacionalidade.
Pelos mares do atlântico sul venezuelanos como o jovem vendedor Mario Angarita, radicado a mais de um ano no Uruguai comenta que a possível queda de Nicolás Maduro também "animará a muitos de seus compatriotas a regressar ao país."
Neste cruze de informações e acontecimentos podemos vislumbrar um novo exôdo ruma a Venezuela. Antes da tentativa de golpe o ainda então recém emposado presidente Nicolás Maduro deu forte declaração culpando ao presidente Ecuatoriano Lenín Moreno por incitar a xenofobia no país vizinho.
Possíveis desdobramentos destes polêmicos que e explosivos acontecimentos são imagináveis. Qual serão os posicionamentos dos parceiros do cambaleante Mercosul também.
Imágens ao vivo dos protestos
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