Uma das teorias sobre o povoamento das Américas afirma que os primeiros humanos chegaram à região ao cruzarem o Estreito de Bering, entre a Sibéria, na Ásia, e o Alasca, na América do Norte. Há mais ou menos 12 mil anos essa região estava toda congelada, formando uma “ponte” entre os dois continentes.
As populações que iniciaram a ocupação das Américas teriam ido primeiro aos planaltos norte-americanos e, daí iniciado seu deslocamento rumo ao sul, espalhando-se por todo o continente. Dos povos com traços orientais descendem todos os grupos indígenas existentes hoje e é certo que há cerca de 12 mil anos uma parte do território brasileiro já era ocupada por populações de caçadores-coletores. Chegaram a América pelo Oceano Pacífico muitos deles e não apenas pelo estreito glacial.Para os defensores dessa hipótese, o povoamento da América pode ter se iniciado muito tempo antes, cerca de 50 mil anos atrás.
Em Monte Verde no Chile( 13.500), foram descobertos centenas de artefatos de pedra e restos de alimentos mais antigos que as lascas de Clovis, no Novo México, tido então como o sítio arqueológico mais antigo do continente americano. Monte verde reúne um vasto tesouro da arqueologia americana. Lá foram encontradas fundações de casas de madeira, ossos de animais, plantas comestíveis, além de diferentes plantas medicinais. Outros sítios arqueológicos, pesquisadores nos países da América relevaram vestígios de datas mais antigas que os de Monte Verde, mas todos na América do Sul.
1) Venezuela ( Taia-Taima)
2) Na Argentina , nos sítios de Piedra Museo e Los Toldos.
3) No Brasil, nos sítios de Lapa do Boquete, LapaVermelha e Santana do Riacho, em Mnas Gerais.
Desde 1500 A.C. até o ano 300d.C já existiram grandes civilizações nas américas. Entre suas principais características está o predomínio do sedentarismo e da agricultura, principalmente o cultivo de milho. Nessa época a um desenvolvimento da metalurgia e o aperfeiçoamento do uso da cerâmica. Durante o período formativo grandes civilizações se desenvolveriam dando origem a grandes impérios. A região onde ocorreria o seu desenvolvimento seria chamada de Mesoamérica, o que corresponde atualmente ao México e ao norte da América Central.
A preocupação sobre os habitantes das Américas pré-colombianas só começaram da aceitação pelos europeus que os indígenas possuíam alma e, portanto, eram considerados seres humanos. Isso ocorreu por volta de 1540 após a publicação de uma bula papal, a qual confirmava esta afirmativa, baseada no argumento que um dos apóstolos esteve na América anteriormente. Outra teoria é a de Alis Hardilick ou teoria mongólica – o homem americano migrou para a América há cerca de 15.000 anos, através do Estreito de Bering. Esta teoria é negada por Paul Rivet, quando diz que o homem não é só de origem mongólica, mas oriundo da Polinésia e Austrália, isto é, o ameríndio possui origem múltipla, migrando através da Beríngia, como também das Ilhas do Pacífico, originando todos os povos americanos. Por sua vez, Salvador Canals Frau contesta a teoria de Paul Rivet, quando diz não existir esta passagem e sim ondas sucessivas de imigrações, devido ao fato da Sibéria e Alasca, ainda hoje, ser habitada pelos Esquimós.
Em 1972, o arqueólogo Knut Fladmark, da Universidade Simon Fraser em Vancouver, Canadá, afirmou que os primeiros americanos eram pescadores de embarcações precárias, originários da Polinésia, Ásia ou Austrália, vindos via Oceano Pacífico, através de uma longa cadeia de ilhas hoje desaparecidas. Para sustentar esta teoria, em setembro de 1998, descobriu-se no sul do Peru, dois acampamentos de povos marítimos desconhecidos: Quebrada Jaguay com 11.100 anos e seus moradores comiam mariscos e peixes; e os de Quebrada Tacahuay, mais ao sul de idade datada de 10.700 anos, os quais alimentavam-se de peixes e pássaros marinhos como os cormorões.
Nas regiões dos Andes Centrais, Mesoamérica e Patagônia, o clima, o relevo e os aspectos biológicos proporcionaram a transformação de bandos coletores e caçadores (nômades) em povos sedentários. Isso só aconteceu devido às condições pouco favoráveis, as quais levaram-nos a desenvolver técnicas agrícolas mais elaboradas como a irrigação, o terraceamento e as curvas de níveis. Os abrigos eram mais duradouros, as ferramentas melhores trabalhadas e que serviram como primeiro passo no surgimento de civilizações urbanizadas e mais desenvolvidas culturalmente. Ela é particularmente interessante, porque as espécies diferem em relação ao acúmulo de ácido hidrociânico concentrado nos tubérculos.
O algodão e a cucurbitácea são os vestígios de domesticação de plantas mais antigas, embora não sejam comestíveis. Enfim, vale salientar que o desenvolvimento tecnológico da agricultura através da irrigação, terraceamento, rotação de cultura e curvas de nível, está diretamente relacionado à urbanização e a transformação das sociedades construtoras.
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