Fernando Schweitzer - Diretor Teatral e Jornalista
Será tão grande o desespero da denominada PIG (Partido da Imprensa Golpista)? Se disser apenas sim, seria limitar-se. Talvez, emburrecer-se. Não, alienar-se. O movimento de inclinação momentânea, recoberta de um docê caramelo, o elogio vazio, que hoje se faz a Marina Silva nada mais faz refletir.
Abramos o abanico. Se ela têm um programa que por um lado representa a esquerda ambientalista, por outro, seu discurso particular é mais conservador que o do seu novo partido o PSB, que de socialista apenas, e me vêm o fado, o nome possui.
A entrevista dada ao direitista e neoliberal Jô Suado, é aviltante. Não pelo conteúdo, porque felizmente e como poucas vezes o entrevistado pode falar. O que mais preocupa neste conflitante ser é o discurso reacionário. Principalmente nos tais debates políticos com as angustiantes meninas do Jô. Ainda bem que são dele e não minhas.
Um discurso ao estilo Lula Paz e Amor, vem se solidificando na tida como terceira via. Quando Marina em seu discurso no Recife afirma que “é preferível a gente perder ganhando do que ganhar perdendo. Porque quando a gente perde ganhando, a gente sai maior do que a gente entrou. Quando a gente ganha perdendo, você vai para o governo, mas não consegue fazer aquilo que gostaria de fazer porque é sequestrado por essa velha política”, tenta abraçar ao mundo.
Camposrina, ou Maricampos? Nem eles sabem. A primeira vista e como recém chegada ao Partido Socialista Brasileiro, Marininha é todo um pisar em ovos, pois sabe que o vespeiro é grande. Todavia, o PSB, não muito tempo atrás fazia parte do governo Dilma-Lula-FHC, na inversão, o continuísmo de rumos políticos e econômicos que sublevam o Brasil e seu eleitor, a não saber diferenciar muito os "grandes rivais", PT e PSDB.
Então caímos na incógnita. Escapamos, sim e felizmente, da polarização ridícula entre iguais. Mas sem embargo, não mudamos essencialmente o discurso político e o projeto de país. Na entrevista dada no Programa do Jô, entre outras farpas no coração de socialistas reais ou idealistas... veio uma terrível. Quando afirmara que deseja seu "novo jeito de fazer política", manter conquistas tanto do governo FHC, quando do primeiro mandato de Lula.
Um vendeu a Vale do Rio Doce, outro privatizava ações da Petrobrás, outrora se privatizava a telefonia... Realmente é positivo que o povo não repita a imbecilidade de definir uma eleição em primeiro turno como o faz desde 1994. O que é mais que preocupante é que os projetos dos agora três principais candidatos sejam tão símiles.
Lembro-me do filme semi erótico, onde 2 amigos: um homossexual e outro metido a macho alfa, faziam sexo com uma amiga, quando na verdade queriam um ao outro. Três formas de Amar. Que conclui sua saga na separação de pessoas que antes se acreditavam muito parecidos, e de repente seguem caminhos díspares.
Perguntem-se e perguntem ao vizinho teu: Qual o sentido de um país com 32 partidos políticos fechar a discussão em apenas três projetos de país, parecidos entre si? Porque conglomerados de comunicação que sempre decidiram por você estão a apoiar uma "nova" forma de fazer política? Vou caminhar... Mas creio que precisarei outra vez cruzar a fronteira.
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