Verão, sol, caminhadas... Assim pensei meu dia livre. Ao andar pela "renovada" avenida que perpetra um dos metros quadrados mais caros do país tive uma infeliz constatação. Aos 35ºC do primeiro dia de calor forte em Florianópolis, fazendo o trajeto bairro-centro senti uma mistura de alegria e tristeza.
A felicidade em estar em uma ainda bela paisagem, apesar de degradação da mesma. A tristeza veio ao olhar uma ave nadando ao lado de uma garrafa de Smirnoff Ace, não sei precisar se era um flamingo ou um cisne, enfim. Pensei ser uma excessão, mas depois de contar mais de 35 objetos a margem da baia da contabilidade.
O mais impressionante foi perceber que apesar das novidades como 2 bancos de madeira ecologicamente correta a cada 2 Km, essas obras arquitetônicas tal qual o restante do percurso são privados de lixeiros. Portanto, não se é de admirar a quantidade de lixo jogada ao mar e a sua margem.
O nível de educação da nossa burguesia é nulo. Imagina-se que apenas as camadas menos abastadas não possuam educação, consciência, ecológica e sociabilidade. Equívoco sublime. É de impressionar a qualquer ser racional que se gaste dinheiro com palmeiras que nem sombra farão ao invés de árvores mais bonitas e de maior utilidade urbanística e climática.
Segundo o secretário de Obras da cidade, a parte do calçadão da avenida deve ficar pronta em janeiro. Já a recuperação do asfalto, que começou no fim de outubro, está prevista para ser concluída ainda antes do Natal. A avenida construída durante nove anos – de 1969 até 1978, nunca havia recebido uma revitalização completa, por isso há necessidade urgente de um recapeamento com asfalto especial. De acordo com o secretário de Obras, Luiz Américo, a revitalização vai custar mais de R$ 17 milhões.
Esperemos que até o caríssimo e também inútil show da virada, que a cada ano sai mais caro e tem atrações piores, tenhamos lixeiras na nova Beira Mar e não multiplicado o lixo que trogloditas burgueses e não burgueses fazem o favor de nos contemplar ao visual da baia norte. Se já não bastasse que a anos o esgoto despejado sem tratamento a tenha tornado imprópria para banho.
Sanitários e lixeiras ou heliponto?
O que se pode esperar para este Ano novo? Ano novo, lixo novo e costumes velhos. E nossa grande mídia apática comemorando a inauguração de mais uma obra inútil com dinheiro público no país. Tanto dinheiro e não conseguiram nem colocar no orçamento da grande obra pra inglês ver, nem lixeiros, tão pouco banheiros públicos. Aliás, problema esse em toda a cidade. Sobram lixo e fezes nas ruas, principalmente nas festas de fim de ano e carnaval, bem como no decorrer do ano e em fins de semana nem comentar. Mas ganhará um novo trapiche e um heliponto que já está pronto.
O que se pode esperar para este Ano novo? Ano novo, lixo novo e costumes velhos. E nossa grande mídia apática comemorando a inauguração de mais uma obra inútil com dinheiro público no país. Tanto dinheiro e não conseguiram nem colocar no orçamento da grande obra pra inglês ver, nem lixeiros, tão pouco banheiros públicos. Aliás, problema esse em toda a cidade. Sobram lixo e fezes nas ruas, principalmente nas festas de fim de ano e carnaval, bem como no decorrer do ano e em fins de semana nem comentar. Mas ganhará um novo trapiche e um heliponto que já está pronto.
Com respeito aos leitores, mas acho muito mais importante ter onde jogar o lixo e cagar que um heliponto. Pelo menos por hora, afinal desisti de comprar um helicóptero essa ano, porque o novo governo resolveu aumentar a taxa de juros.
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