terça-feira, novembro 24, 2009

Pareço um Menino

Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista



Os meios autônomos de comunicação hoje em dia são a fábula das mais interessantes em meu a pasteurização da informação e até mesmo da vida atual. Hoje vivemos o status sobreposto a qualidade seja da informação ou da vida sócio-cultural. Quando vejo que coisas do tipo briga de egos, despudorarem e baixarem o nível da discussão como diria minha avó, sinto que estamos em uma via crucies desordenada e sem caminho ou rota de retorno, no caso a sana coerência da qual deveriam se manejarem os seres humanos.

Os meios hiper-valoraram e os meninos de super salários brigaram por net como dizíamos em minha época de usuário de Mirc, e como mau menino levou uma bronca da Globo e teve de retirar do ar o bate-boca com Homerinho. O barraco que irritou a cúpula da Globo, que não aceita ver seus funcionários se expondo dessa maneira foi mais uma chanchada do señor Huck, este que fora aconselhado a cuidar mais da imagem.

Como é impulsivo esse moço, né? - disse Homero Salles, diretor de Gugu Liberato, que não agüentou as acusações feitas pelo menino Luciano, se defendeu, e ainda o chamou de babaca: Deixa de ser babaca…você dirige um táxi que o Gugu dirigia e pensa que pode falar dos outros? Ô nobre colega, até três anos atrás você perdia pro Raul Gil. A Globo teve de gastar uma nota preta comprando formatos. Luciano Huck ficou nervoso porque Gugu entregou um caminhão, ontem, e ainda entrega casas reformadas, como acontece no Caldeirão.

Hoje a TV brasileira vive do comprar formatos, devido as leis americanas de patentes que tem não sei porque um peso internacional que as nossas não possuem. A mim parece absurdo que uma invenção patenteada no brasil possa ser patenteada em terras do Império do Norte e esse registro seja de maior valia e faca com que o inventor brasileiro tenha de pagar para usar seu próprio invento pirateado pelos caros colegas do império. Enfim. Lucianinho que com quadros como o Lata Velha, do Caldeirão, que reforma carros, e a atração que faz reformas de casas são inspirados em formatos de programas internacionais pode falar de plágio?.

Compartilho de algumas idéias imbutas nas afirmações do nada ponderado diretor da Rede Record: “Todos nós assistimos aos programas de reforma de carros americanos…( eu jamais porque não financio a guerra do Iraque e nenhuma outra coisa americano cometo o sacrilégio de comprar para) nem você nem nós inventamos isso…”, disse o diretor em meio a sua cólera pelo ataque sofrido via Twiter.

Para não tomar partido vou usar do elemento de cita e que o universo reflita e tome suas próprias conclusão desse hipertexto concavo que trago para o mundo. Em tempo, a tarimba da cita que poderia se colocar nessa discussão é de Anna Muylaert do filme É Proibido Fumar, que estréia dia 4 em circuito comercial. Em seu segundo longa (o primeiro é o também excelente Durval Discos), Anna que desde seu primeiro filme opta por usar elementos contraditórios com giros brusco de enredo.

Falando sobre a temática do filme, ela diz que tenta examinar esse nó do moralismo presente. "Estamos vivendo num mundo politicamente correto e o filme não é. A grande discussão que quis colocar é sobre a impunidade, a culpa, a escolha que todos podemos fazer, mesmo com um cadáver embaixo do tapete."

Esperemos que nossos ilustres televisivos que tem nas mãos um grande instrumento de massa escolham evoluir do nível pré-escolar, do não corremos o risco de sermos vitimas da insanidade infanto de nossos infantes que em suas briguinhas por rixas bobas em vez de criarem algo novo, e as criações por si só fazem história. Saudades do tempo em que as pessoas eram tão criativas que não se preocupavam com as cópias pois tinham a capacidade de se renovar. Recém completo mais um ano de molesta existencia, e pulo citar minha idade, e descobri por sorte justo a tempo como apaziguar minha crise existencial, vou fazer como os meninos grandes e brigar por besteira como criança manhosa. Será que os senhores estão com síndrome de Peter Pan?


Fernando Schweitzer, Buenos Aires/ARG - Ator Não-Global, Diretor Teatral, Cantor, Escritor e Jornalista

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