domingo, dezembro 25, 2016

La Chicharra: O Jornal que faz ruído!

Por Nando Schweitzer -

É Natal e Chambón precisa de dinheiro. Seu Lino lhe oferece um salário extra, se ele escrever uma história comovente, simpática e terna. Chambón não consegue escrever mesmo com várias tentativas. Ao sair do jornal, um ancião quer lhe vender um exemplar de "La Chicharra" e Chambón decide comprar para ajudar o sujeito. Na última tentativa de escrever a história, Chambón redige uma carta para o Papai Noel, pedindo presentes para todos os seus companheiros do jornal. No dia da Ceia de Natal, o ancião que lhe vendeu o jornal volta a aparecer e surpreenderá a todos. Elenco: Roberto Gómez Bolaños, Florinda Meza, Rubén Aguirre, Angelines Fernández, Raúl Chato Padilla.

Apesar de não ser cristão posso entender a lógica e até mesmo compreender a genialidade de Roberto que como autor é um dos maiores fenômenos registrados até então, não que não possam existir outros. É indubitável que até mesmo ao escrever um dos últimos episódios de uma série que fala da nuances cômicas e trágicas da vida de um jornalista independente e sem contrato fixo que cobre matérias de pouca expressividade e é pago por reportagem, ele pôde ser fantástico.

Mas a careira do maestro Chespirito também teve um ligeiro recuo. Esta é a série "A cigarra"(La Chicharra), transmitido entre 1979 e 1980, que teve as aventuras de Vincente Chambón, um jornalista desajeitado e descuidado trabalhando no jornal que deu nome à série. Sua parceira mais próximam era a fotógrafa Candida (Florinda Meza), o dono do jornal, Don Lino(Rubén Aguirre). Apesar de ser a substituição de Chapolin Colorado, a série não foi bem sucedida e só teve uma temporada e 14 capítulos, sendo relegado para esquete até 1982. Existiu um remake no início dos anos 90: "Buena Notícias", produzido por Florinda Meza e estrelado por Juan Antonio Edwards, Paulina Gómez (filha de Chespirito), Mario Casillas e Eugenia Avendaño.

Creio que o grande pesar na produção é o estigma que sofrem os artistas não norte-americanos, pois se por lá o trabalho de um ator é reinventar-se a cada papel, pelo ares do sul o establishment busca impor como se latinos fossem seres desprovidos de versatilidade, o oposto. Se encontra em canais do Youtube atualmente disponíveis 14 episódios, aonde se pode apenas em espanhol admirar este lindo e sarcástico comediante sem tantas firulas como em outros de seus produtos televisivos. 

Enquanto vejo este romanesco jornalista, Chambón, a recusar mesmo que necessitando ganhar o seu suado dinheiro por matéria sinto que ao menos na ficção já houve um bom jornalismo. Dentre vários episódios que mostsram a versatilidade este artista e seus pares é o episódio "El Teatro". Neste uma das frases maiorais de Roberto: "Os Teatros têm memória...". Que conta a triste história da demolição de um histórico teatro aonde o jornalista "comodín" termina por dar vida a muitos clássicos do teatro mexicano e mundial em seu devaneio e conversa com um velho guarda-teatros. Pura filosofia!


sábado, dezembro 24, 2016

Vídeo gravado na capital aborda dualidade interna e de gênero

Gravado em Florianópolis, fundada como Nossa Senhora do Desterro, o vídeo com temática sobre aceitação traz como protagonista a atriz Lirous K’yo Fonseca Ávila

Fonte: Portal Som do Som


Banda Falso Coral, ganhou o seu segundo clipe. Depois de “Aurora (Espera Um Pouco Mais)“, a canção escolhida foi “Desterro”.

Gravado em Florianópolis, fundada como Nossa Senhora do Desterro, o novo vídeo aborda a temática de aceitação ao trazer como protagonista a atriz Lirous K’yo Fonseca Ávila, ativista da causa LGBT em Santa Catarina. Diante da discussão sobre representatividade que tão presente em 2016, "concluímos que a ideia que encaixava muito bem oferecer o papel para uma mulher trans, que no fim também retrata a jornada do indivíduo trans em se descobrir, buscando equilíbrio e identidade.”, explica o violeiro Luís Gustavo Coutinho, que assina a direção do clipe.

“Essa busca da qual fala a música amadureceu para a busca de uma pessoa por si mesma." No videoclipe, explorou-se a dualidade deste desencontro, com uma mulher interpretando as duas vozes, masculina e feminina. Com uma só atriz a ideia de que esse desencontro pode, também, ser interno. 

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Vem Verão: Exercícios a dois são motivacionais


  Hábitos do cotidiano e a vida moderna nos fazem muitas vezes perder a forma, a resistência e a saúde. 

Que a atividade física faz bem para a saúde “sensu latu” é inegável. O que não se pode conceber é o engajamento em programa de exercícios, sem o prévio   conhecimento da real  condição clínica. A sensação de ser aparentemente saudável não exclui o risco de alguma anormalidade assintomática do  sistema circulatório,  até mesmo de grave prognóstico, como  é possível ocorrer até mesmo com os atletas profissionais.
As mountain-bikes são bicicletas que a priori atendem a todo tipo de terreno (tanto que em Portugal e nos países hispânicos são chamadas de BTT – Bicicletas Todo Terreno). Mas se você for fazer um percurso longo, é melhor pelo menos trocar os pneus por pneus slick (lisos e, de preferência, finos), porque isso vai deixar a bicicleta mais “leve” por ter menos atrito com o solo.

Seria mais ou menos isso:

- Para andar dentro da cidade, apenas em ruas asfaltadas: qualquer tipo de bicicleta, seja estradeira, mountain-bike, bicicletas de passeio, comfort-bikes, reclinadas, etc., etc. Com uma ressalva: se o asfalto for muito ruim e esburacado, ou se parte do percurso é de paralelepípedos ou outro tipo de piso baseado em blocos de pedra/concreto/etc., fica ruim para uma bicicleta de estrada.

- Para pegar estrada de asfalto, o ideal é uma estradeira, que o pessoal geralmente chama de speed, aquelas bicicletas que têm um conjunto mais leve, que colocam o ciclista em uma postura mais aerodinâmica, tem pneus finos, etc. Reclinadas também se dão muito bem nesse tipo de terreno, principalmente se a distância é longa. Dá pra usar mountain-bike também, mas é bom trocar os pneus por pneus slick, que são mais finos e sem cravos (senão haja perna) e quem estiver em uma MTB não vai conseguir acompanhar o ritmo dos speedeiros, não só porque a bike é mais pesada mas também pela aerodinâmica do conjunto e pela relação de marchas. Se o grupo todo estiver de MTB, beleza, mas de speed você iria mais longe.

- Para fazer uma cicloviagem (uma viagem de vários dias usando como meio de transporte principal a bicicleta) você precisa de uma bicicleta diferente, que não é uma mountain-bike e nem uma estradeira, que tenha bagageiros para pendurar alforges e etc. Para isso é preciso preparo (psicológico e físico) e planejamento, se um dia você for querer fazer isso posso te indicar umas boas fontes de consulta.

- Para fazer trilhas leves (basicamente estradas de terra sem muitas pedras nem buracos), você precisa de uma mountain-bike, que pode ser até essas bicicletas de supermercado que chamam de mountain-bike mas que pra mim não são, são bicicletas de passeio. Outros tipos de bicicleta estão fora de questão (com exceção de alguns tipos de reclinadas).

- Para fazer trilhas de nível técnico médio e alto (estradas de terra muito esburacadas, com pedras, “costelas” e valetas, single-tracks, barro, etc.) você precisa de uma mountain-bike de verdade (as de supermercado não aguentam). Essa bike não precisa necessariamente ter suspensão atrás, mas tem que ter quadro e rodas resistentes, pneus adequados e uma suspensão razoável na frente, além de um conjunto de peças que não coloquem em risco a sua segurança. Comprar uma bicicleta de 100 reais e ir pra uma trilha de verdade com ela é ter que deixá-la por lá (e talvez deixar alguns dentes junto com ela).

- Para fazer Downhill (que a grosso modo é descer ladeira), você precisa de uma bicicleta especializada e cara, além de muita técnica. No downhill o ciclista precisa saltar obstáculos em meio à descida, literalmente “cair” no que chamamos de drops e enfrentar situações de risco e perigosas. Quem pratica isso a sério o considera, junto com o Freeride, como “o lado extremo do ciclismo” (embora pra mim isso seja uma definição mais egocêntrica do que descritiva, porque passar dias viajando de bicicleta sozinho no meio do nada tanbém é um tanto “extremo”). De qualquer forma, é preciso uma bicicleta muito boa, equipamento de proteção adicional (capacete fechado, colete, joelheira, etc.) e uma boa dose de coragem. Talvez até um pouco de falta de instinto de auto-preservação, hehe.

Quanto a uma bike servir para os dois tipos de passeio, dá pra subentender do texto acima, mas é mais ou menos o seguinte: se você tem uma estradeira, você consegue fazer estrada e passeios no asfalto (mas cuidado com buracos e valetas, podem estragar as rodas). Se você tem uma mountain-bike, consegue fazer tudo, mas se for pegar estrada recomendo trocar o tipo de pneu.

Se você tiver uma bicicleta de baixo custo, dessas de supermercado, consegue fazer passeios no asfalto, trilhas leves e até um pouco de estrada, mas com algumas ressalvas: em trilhas leves ela pode quebrar ou entortar a roda e te deixar na mão; em estrada, ela pode dar algum problema e também te deixar na mão no meio do nada. Em ambas as situações, você pode ter que voltar quilômetros empurrando ela (caso ainda dê para empurrar).

Em qualquer passeio que você for fazer, principalmente se fora do perímetro urbano, é bom todo mundo levar:

- Água: essencial

- Comida: não precisa levar marmita, pode ser barrinha energética, biscoito ou um sanduíche pequeno de pão com geléia, por exemplo. Você não vai querer ficar de barriga cheia, mas também não pode passar fome. Se o passeio for na cidade, você pode fazer uma parada em algum lugar para comer alguma coisa e tomar um suco. Recomendo que não tome refrigerante e prefira água, suco ou isotônico, porque refrigerante mata a sede mas não hidrata o corpo.

- Ferramentas: você pode precisar apertar algum parafuso no meio do caminho. Se sua bike é boa, você só precisa de chaves allen, que são vendidas em forma de um “canivete” que em vez de lâminas tem diversos tamanhos de chave. Chave de corrente também é bom ter, se ela quebrar você tira o elo ruim e emenda de novo, pra poder pedalar até em casa (depois compre outra corrente!).

- Câmara reserva: se furar o pneu, você troca a câmara e continua. Não esqueça as espátulas para tirar o pneu e, se a bicicleta não tiver blocagem, da ferramenta para tirar a roda. Se o percurso for longo, leve duas câmaras.

- Kit de remendo: se todas as câmaras furarem, você vai precisar remendar alguma delas para prosseguir. Um kit de remendo custa 2 ou 3 reais e quase não ocupa espaço, não custa levar. Consiste em cola, lixa e pedaços de borracha especiais para fazer o remendo (antigamente chamados de manchões), que devem ser previamente cortados em círculos do tamanho de uma moeda.

- Um documento (pode ser uma xerox do RG) e um papel com o telefone de um parente em caso de emergência e seu tipo sangüíneo, para poderem te ajudar se for necessário. A gente torce pra nunca precisar, mas também não custa nada levar. Isso pode ajudar a salvar sua vida.

Acho que deu pra dar uma geral, se tiver mais dúvidas é só perguntar de forma mais específica, que no que eu souber ajudar, eu te ajudo.

Meio que por acaso eu acabei citando nessa mensagem algumas modalidades de ciclismo, mas ainda existem outras, como BMX e Trial, que não se aplicam ao contexto do nosso papo (até agora). Trial é algo muito bonito de se ver e muito difícil de se fazer. Se tiver oportunidade de assistir a alguma apresentação, vá.

quinta-feira, dezembro 08, 2016

SOMENTE TU E EU: Substituto de última hora arrasa em nova versão de comédia romântica


Imbuídos de suas convicções e fé, Romam Pereira passará a questionar a maneira de viver e ser de Xabier Quiñoá e as suas próprias, e vice-versa. A figura histórica de Deus acompanha esse dois complexos personagens no caminho de peregrinação que farão até Santiago de Compostela. A ratificação da fé cristã e a desconstrução do ser humano como agente social passivo é parte preponderante do trabalho apresentado pelos atores Nando Schweitzer e Luis Gustavo. Sagrado e profano estão presentes em Somente Tu e Eu, esta peça questionadora e intrigante do autor galego. Diversos questionamentos emergem, tais como: Qual o alcance da fé? Existem limites para o ser humano? Afinal, qual a natureza do amor? Questões universais em um espetáculo cômico e comovente.
 
Abordando temas como sexualidade e religião, o espetáculo mostra o encontro de um seminarista pernambucano, Román (Luis Gustavo), com um fotógrafo galego, Xabier (Nando Schweitzer) em uma viagem de trem de Portugal à Galícia. O destino final de ambos é a mítica e mística cidade de Santiago de Compostela. O espetáculo Somente Tu e Eu, dirigido e escrito por Nando Schweitzer, conta a história de dois jovens completamente diferentes, que tomam um trem na Cidade do Porto, rumo à Vigo, no sul da Galícia. Ao embarcarem em Portugal os protagonistas se conhecem, e a partir desse momento, o comboio com destino à Galícia mudará não apenas suas vidas, como também suas percepções de mundo.
O Texto que se inspirou na conversa de Nando com um amigo muito religioso via internet, e que estreou em Porto Alegre em Abril de 2014 já teve apresentações também em Florianópolis, cidade sede da companhia A Tribo da Arte. O projeto de remontagem de Somente Tu e Eu surgiu da falta de teatros e a opção por uma peça de elenco reduzido para possibilitar viagens e apresentações em outras regiões do país. Há uma carência histórica no estado de Santa Catarina em que sua capital hoje conta com apenas 5 teatros, estando um deles fechado por falta de técnico iluminador responsável, o que ocasionou a impugnação dos editais de pauta neste último semestre de 2016.
Visto a falta de elenco para projetos ousados e sem patrocínio na cidade de Florianópolis o diretor galego residente na capital catarinense buscou uma solução inusitada para sua nova peça. Passou a contactar atores da cidade de São Paulo para integrar elenco de seu novo espetáculo. O diretor Nando Schweitzer afirma que "após vários testes convocados e não encontrar atores interessados e com perfil para o espetáculo" se viu numa encruzilhada, "ou desistia do projeto, ou buscava atores de outra cidade". No caso, a estreia sendo marcada para a capital paulista, passou a contactar via redes sociais atores até que encontrou após inúmeros percalços a Luis Gustavo e por fim pôde concluir sua incessante busca por elenco para o espetáculo. 
Luis Gustavo
Nesta nova temporada a peça tem como protagonistas o ator, modelo e produtor Luis Gustavo e Nando Schweitzer. Tendo estudado na Fundação Escola de Sociologia e Política (FESPSP) e trabalhando a anos no ramos publicitário e de moda o modelo e galã encara sua primeira personagem protagônica no teatro. Em meio a problemas de elenco a montagem se viu em busca de um ator para substituição à semana de estreia, e Luis Gustavo embarcou de peito aberto na montagem, estreando brilhantemente no dia 3 de Dezembro no Teatro Commune. Integrante de oficinas na companhia Amadododito, em São Paulo o ator vê "que espetáculos que promovam o entendimento do diferente e possibilitem debates dentro da sociedade" têm suma importância. "Não por acaso o espetáculo teve origem em Florianópolis cidade aonde já vivi, tenho grande admiração e pretendo regressar a residir um dia", e em tempo, "lamento que tão bela cidade sofra de problemas semelhantes quanto a cultura e em particular o teatro. Mas vivemos tempos de golpes..." - filosofa o artista. Agora como ator fixo da montagem ele pretende seguir as apresentações futuras pelo resto do país. Nando Schweitzer diretor e autor da peça comentou que "é impressionante que em menos de uma semana além de ter aprendido o papel com sotaque e outras coisas tenha sido o melhor Román das 3 temporadas da peça já na estreia" - derreteu-se o diretor.
A companhia está em cartaz na capital catarinense com a comédia grotesca O Cortejo, em um espaço cultural alternativo. O texto conta com tradução e adaptação também do diretor, no clássico de Jacobo Langsner, com previsão de estreia em São Paulo em 2017. Visto a falta de patrocínios em seu projeto e o numeroso elenco(10), a companhia optou por seguir em cartaz em sua cidade para fazer caixa e assim auto-financiar sua temporada nas próximas cidades e em paralelo regressar com o espetáculo Somente Tu e Eu.
SERVIÇO DA PEÇA

Quando? 3 e 4, 10 e 11 de dezembro/2016
Elenco: Luis Gustavo e Nando Schweitzer
Produção Executiva: Gabriela Siqueira
Texto e Direção Geral: Nando Schweitzer
Horário: (sábados e domingos) às 20:00h
Valor? Inteira: R$ 50,00; Meia: R$ 25,00 ANTECIPADO: R$ 35,00 (Número limitado por apresentação, definido pela produção)
Aonde? Teatro Commune: Rua da Consolação, 1218 - São Paulo
Contato: (11) 3476-0792 / 3476-8669
Nando Schweitzer
Nando Schweitzer, diretor, jornalista e cantor na montagem de assina texto e direção, além de interpretar Xabier, um pungente e divertido militante separatista galego e trissexual. Em seu último trabalho na televisão, o ator estrelou como Alexandre Nardoni, a terceira temporada de "Killer Instinct" (instinto assassino, para a América Latina), no Discovery Channel, série produzida pela Endemol Argentina para o canal e veiculada para todo o continente. Com mais de 100 espetáculos como ator e mais de 30 como diretor o artista criou o que é considerado o primeiro história de stand-up com personagens a cerca da comunidade LGBT no continente americano a estrear em circuito comercial, na mítica Calle Corrientes, epicentro cultural da capital argentina. No cinema atuou como Mazzaropi no docu-drama o Brasil é o Meu País, sobre a vida do cineasta e integrou o elenco de Identificados, o último filme da carreira de Raúl Cortes. Depois de uma "censura-boicote" em 2007 de sua obra maestra Juan & Marco, e um auto-exílio em Buenos Aires retoma sua carreira teatral no Brasil a cargo da direção da companhia A Tribo da Arte.
“Somente Tu e Eu” é uma comédia aonde Nando Scheweitzer, na pele de um fotógrafo galego separatista trissexual(Xabier) e que se interessará inconscientemente por seu companheiro de viagem, o seminarista(Román), que cheio de dúvidas sobre seus votos e sexualidade terá uma longa, inesperada e peculiar viagem, sendo interpretada nesta nova temporada pelo ator LuisGustavo radicado em São Paulo.
Assim como a intolerância por parte de fiéis que encontram problemas em conviver com as diferenças da vida cotidiana extraordinária e que geram ataques agressivos aos cidadãos contemporâneos em tempos difíceis como os de hoje, Somente Tu e Eu chama a reflexão e faz-se por questionar: Se somos todos seres humanos, pecadores ou não, iguais perante Deus, então qual a justificativa para a intolerância? O amor e a fé podem ser trazidos como sinônimos e neste contexto estão Román Pereira e Xabier Quiñoá.
O seminarista e devoto, estará preparado para a convivência com o que não orbita por sua moral? Seria um ateu e trissexual capaz de preconizar e ter a leveza da tolerância perante a um cristão perene? E a sociedade está pronta para estabilizar um convívio enriquecedor e de respeito as diversidades de opiniões? Tendo o ser humano como cena principal em uma trama envolta a religiosidade, história, sexualidade, filosofia e normalidade, com um texto inclusivo e enredo capaz de acrescentar conhecimento e novos horizontes aonde antes existira apenas um ponto final. O mítico Caminho de Santiago de Compostela.
2016: Nova etapa e temporada
Em parceria com a produtora Gabriela Siqueira, o espetáculo partirá para captação de recursos com o objetivo de levar ao maior público e cidades possíveis do interior do país a proposta cênica. E em uma segunda fase da parceria também traçar rumo a outros estados do país e levar a mensagem de Somente Tu e Eu além das fronteiras catarinenses.
O espetáculo teve estreia na cidade de Florianópolis e Porto Alegre em 2014, e nesta temporada alça voos mais altos. Além das cidades já previstas (São Paulo, em dezembro e Porto Alegre) a produção busca firmar contrato para apresentações em Curitiba e Rio de Janeiro.