sábado, novembro 12, 2016

França é o último bastião de liberdade por conquistar a ultra-direita?


Trump não costuma falar sobre as suas relações com a extrema-direita europeia, mas tanto o seu programa como o tipo de eleitores que cortejou são semelhantes aos que Marine Le Pen e a Frente Nacional (FN) perseguem há anos em França.

Os sindicatos franceses sabem bem que a Frente Nacional, um partido de extrema-direita, rouba eleitores entre os operários, com um discurso proteccionista em que mistura o nacionalismo económico com políticas de defesa dos trabalhadores. Marine Le Pen explorou ao máximo este filão para conquistar novos territórios eleitorais no Norte de França, zona deprimida devido à desactivação das minas de carvão e da deslocalização das fábricas para outros países – efeitos da globalização, tão demonizada em França.

Os eleitores de Marine Le Pen, em França, que se deixam encantar pelas promessas de saída do euro e de encerramento das portas aos imigrantes, não são muito diferentes dos que elegeram Donald Trump, que teve melhores resultados entre eleitores brancos (em especial homens), sem formação superior, que vivem em zonas rurais ou semi-rurais.

A vitória de Trump com este eleitorado é, para Le Pen, um bom augúrio para as presidenciais que terão a primeira volta a 23 de Abril de 2017, e para as quais é dada como vencedora na primeira volta. À esquerda,  o Partido Socialista está dividido e sem um bom candidato - François Hollande transforma-se cada vez mais num Presidente recordista de impopularidade. Para a segunda volta, no entanto, a aposta é que o candidato de centro-direita conseguirá batê-la.

sexta-feira, novembro 11, 2016

MÁRCIO FERNANDES: Critica sobre peça teatral "O Cortejo"

Colunista convidado
MÁRCIO FERNANDES


CRÍTICA: Espetáculo "O Cortejo"

A Peça é sobre uma família ascendentes de italianos que moram no bairro do bexiga em São Paulo. Uma idosa com cerca de oitenta anos, viúva, mãe de quatro filhos: Antonio, Giorgio, Sergio e Emilia. A confusão começa quando os filhos discutem para ver quem fica com a idosa e ela resolve desaparecer. 

Logo o que chama atenção é o local da peça, uma casa de verdade! Fico sabendo no final da peça que na verdade foi improvisado que o verdadeiro local seria ali perto, no mesmo terreno, com mais espaço. Mas acredito que não tenha lugar melhor que aquela casa. Me senti perto daquela família e senti todo o drama vivido ali. A casa junto com a trilha sonora ajudou muito sentir na pele toda aquela vivência das personagens. 

A primeira cena tem a personagem Suzana preparando comida e ao mesmo tempo embalando com os pés o carrinho com o bebê. O Improviso do boneco que fazia o bebe não estragou em nada a cena que segue com a personagem Giorgio o marido de Suzana e Mama Cora que é a idosa. Quem fez Giorgio foi uma atriz que foi substituida em ultima hora, mas não chegou a prejudicar a trama. As atuações dessa cena e as que seguiam foram fluidas. Era como se os atores andassem pela casa 

naturalmente. Fiquei sabendo mais tarde que não haviam marcações, penso que isso deve ter dado esse efeito de "deslize". Em nenhum momento ficaram de costas ou na frente um dos outros, tudo transcorreu naturalmente mas tecnicamente bem. 

As personagens usavam um sotaque característico "italopaulista" que lembra fielmente os ascendentes de italiano. A personagem Mama Cora que é a mais velha deveria ter um sotaque mais carregado, tipico das matriarcas dessas famílias. Algumas atrizes eram chilenas, mas ainda assim, o sotaque italiano "brasileirado" ficou bem evidente. Tipo de dialogo conturbado, alto e rápido em alguns momentos, ficaram muito engraçado. A personagem Elvira parecia uma autentica dona de casa italiana. 

A Peça cumpre o que promete, é engraçada e divertida. Tipo de comédia que faz agente levar questionamentos para casa. Um ponto baixo foi o final, ultima cena mostra a família abraçada e de repente se dão as mãos e Mama cora sai para fora com um de seus filhos e retornam. Ficou confuso, então algum ator fala "deu". Mas isso não estragou em nada as maravilhosas atuações dos atores experientes e novatos.

Ficha Técnica

Giorgio – PAZ MILLAN
Susana - CAMI DELBENE
Mama Cora – SUSAN MARGOT
Sergio – JACKSON BOSA
Elvira – THAIS MARTINI
Matilde - GABRIELA MAGNANI
Nora – RAISA CAROLINA
Antonio – NANDO SCHWEITZER
Emília - PAZ MILLAN
Adaptação e direção: Nando Schweitzer

QUANDO? 05(Estreia), 12, 19 e 26 de Novembro/2016
HORÁRIO? 17:00h (Estreia); 19:00h (Temporada)
QUANTO? P$ 15,00 (Quinze pila, colaboração mínima e forçosamente espontânea)
LOCAL? Centro Cultural MATRIKA - Rua: Auroreal, 716 - Campeche (Esquina ao Baia)


quarta-feira, novembro 09, 2016

Cuba se torna a primeira sociedade com 100% de jovens ateus

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País evoluído é isso aí! Pesquisa da Universidad de la Habana comprova que em Cuba, um dos países da região do caribe (país com a menor taxa do analfabetismo do planeta), jovens com menos de 25 anos não acreditam em Deus. E sabem em qual proporção? 100%! isso mesmo! 100%.

Um índice alarmante para sociedades ainda bastante religiosas como os EUA e o Brasil, que tratam a religiosidade e a crença em seres divinos como "evolução humana" quando a prática mostra justamente o oposto. Em grupos sociais menos racionais, a religiosidade se torna mais forte. O que sinaliza que a religiosidade é forte em mentes que ainda não souberam utilizar de forma plena o intelecto.

Cuba mostra agora uma juventude responsável e livre de ilusões, na dianteira da evolução espiritual e com a missão de eliminar a inútil e nociva religiosidade, que tem causando estragos de todos os tipos, além de provocar discórdia e preconceitos, desunindo a humanidade. No Brasil, a cada dia que passa, cada vez mais estragos ocorrem por causa da religiosidade e da teimosia em mantê-la.

Parabéns aos cubanos por se livrarem dessa escravidão ideológica e saírem em rumo da verdadeira evolução humana, sem deuses, santos, espíritos ou divindades de todos os tipos para os fazer perder tempo e desviar o foco de nossa sobrevivência.

domingo, novembro 06, 2016

A Bolsa de Empregos Públicos é uma fora de trabalhar em Portugal


Bolsa de Emprego Público (BEP) tem como objetivos fundamentais constituir-se como uma base de informação que permita simplificar e dar maior transparência aos diversos processos de recrutamento e de reafetação dos recursos humanos da administração pública, bem como facilitar os mecanismos de mobilidade. Pretende ser um instrumento que assegure a ligação entre a oferta e procura de emprego público, independentemente do respetivo tipo da relação jurídica, utilizando a Internet (espaço web), no que se insere nos objetivos da sociedade da informação e nos de uma gestão eficiente e transparente dos recursos humanos da AP.

A BEP será constituída por uma base de informação contendo: 

Ofertas de emprego público – dados das necessidades de recrutamento de pessoal expressas pelos Serviços e Organismos da Administração Pública, através do preenchimento de formulários electrónicos adequados; 

Procura de emprego público – dados dos trabalhadores em funções públicas que voluntariamente se disponibilizem para colocação por recurso aos mecanismos de mobilidade geral. 

As diversas funcionalidades da BEP são, sinteticamente, as seguintes: 

Actividade dos Serviços e Organismos: 
1. Consulta de pessoal em situação de mobilidade especial para qualquer recrutamento de pessoal por tempo indeterminado, através do menu ”Declaração de inexistência de pessoal em SME”; 
2. Criação da oferta de “selecção para reinício de funções”; 
3. Introdução de ofertas de emprego de acordo com as suas necessidades de pessoal. 

Actividade dos Organismos de afectação de Pessoal em SME: 
1. Introduzem os dados do pessoal em SME; 
2. Prestam apoio aos organismos que pretendam realizar o procedimento para reinício de funções. 

Actividades dos Funcionários Públicos: 
1. Podem registar pedidos de mobilidade geral, com a possibilidade de manter os seus dados pessoais confidenciais; 
2. Podem solicitar esclarecimentos ou demonstrar interesse por uma oferta, preenchendo, para o efeito, um formulário electrónico para contacto com o Serviço/Organismo. 

Actividades dos cidadãos: 
1. Podem pesquisar Ofertas de emprego (excepto as que se destinam a quem já tem um vínculo à Administração Pública); 
2. Podem solicitar esclarecimentos relativos a determinada oferta. 

O INA, através do Suporte BEP prestará apoio aos utilizadores e fornecerá os necessários esclarecimentos.

sábado, novembro 05, 2016

Comer cocô é normal? Estudos comprovam que sim!

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Você sabia que o cocô é um dos alimentos mais saudáveis do mundo? Se você tem fácil acesso à essa maravilha, considere-se uma pessoa de sorte. Pesquisadores descobrem mais e mais evidências que a combinação única de ácidos graxos encontrados no cocô tenha impactos muito positivos e profundos sobre a saúde em geral.

Se você quando vai ao banheiro fica imaginando que gosto deve ter o cocô. Não importa se comemos algo doce ou salgado, o cocô vai ter sempre o mesmo gosto? Existem cocôs pretos, marrons, e cocôs de nenéns, alguém pode dizer, que gosto tem o cocô? Todos tem o mesmo sabor?

Isto vai depende do que contém no bolo fecal. Mas para você tirar sua dúvida quanto ao sabor, só experimentando mesmo. Acho que se sua curiosidade for grande mesmo, você cria coragem de experimentar. Mas recomendo que comece pelas suas próprias fezes para ir se acostumando, só parta para fezes alheias depois. Pois quem não tem o paladar preparado para esse tipo de alimento as chances de regurgitar são enormes.

Pra quem gosta, é um prato cheio, procure na rede tem um filminho de duas garotas comendo as fezes uma da outra. Coprofagia vem do grego copro, que significa “fezes” e fagia, que significa “comer”. É um hábito dos cães que todos achamos nojento, mas como costumamos dizer, cães são cães. Alguns deles tem preferência por fezes de animais como herbívoros, como coelhos ou cavalos.




quinta-feira, novembro 03, 2016

Diretor de O Cortejo concede entrevista ao Portal Aloka e destila seu veneno

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ACESSEM E COMPARTILHEM A ENTREVISTA DE NANDO SCHWEITZER ao Portal Aloka. E confira esta dentre outras polêmicas declarações do diretor de O CORTEJO

- Laura: A estreia de O Cortejo acontece na capital simultaneamentix a outra peça, o musical O Grande Sucesso, com o ator Alexandre Nero. De um lado uma produção independentix, do outro uma que conta com toda a máquina de divulgação da Rede Globo via RBS TV. Como você vê esse cenário?

- Nando: Bem, concorrer com peças de atores globais em Floripa é comum… Com Bacalhau em 2007 concorremos...
https://alokaoblog.wordpress.com/2016/11/03/lau-entrevista-comedia-o-cortejo-estreia-sabado-em-floripa-e-promete-causar-tuda-aloka/


Já aconteceu com Você? MACONHA causa homossexualidade temporária, relatam usuários

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Um estudo realizado na Austrália feito pelo cientista Hukg Juh, 59 anos, revelou que um dos efeitos colaterais da maconha é fazer com que héteros sintam atração por outros homens. A pesquisa revelou ainda que cerca de 10 minutos após o uso de maconha, algumas pessoas ficam “fora do controle” e acabam partindo para cima de um “alvo”. O resultado mostrou que cerca de 77% dos usuários de maconha que são héteros na Austrália tiveram algum relacionamento íntimo com outro homem após o uso da erva.

“As drogas forçam algumas pessoas a assumirem sua sexualidade, especialmente aquelas que estejam lutando contra”. E ai, será que a moda pega? “Eu sou um bom maconheiro incondicional… Eu me sinto muito atraído por meninas e não tanto quanto a homens quando estou sóbrio. Mas quando eu estou chapado, eu só quero chupar um pau grande de um homem que me foda todo. Qualquer outra pessoa tem os mesmos efeitos? Apenas curiosidade, não que realmente me incomode, desde que eu ainda esteja atraído por meninas, mas às vezes me sinto estranhamente atraído por amigos do sexo masculino”, descreveu um dos usuários. Em seguida, outra pessoa da comunidade respondeu: “Meu círculo chama isto de Highsexualism”.

Já no Brasil os depoimentos são mais disparatados. Um depoimento afirmava que com ele acontece a mesma coisa. "A maconha parece derrubar algumas barreiras para mim. Eu exploro meu lado gay latente quando estou chapado. Eu só introduzi coisas na minha bunda quando estava chapado."

Alguns homens que se consideram heterossexuais estão relatando um estranho comportamento homossexual após fumarem maconha. Esse assunto surgiu num fórum de discussão do site Reddit e está chamando a atenção dos internautas. Intitulado de “Maconha me faz temporariamente gay. Mais alguém?”, a publicação ganhou força e está gerando diversos comentários. Caso semelhante foi relatado em postagem de um grupo de alunos da USP.

Um aluno de Engenharia Civil da UFSC em entrevista ao blog confessou estar arrependido. “Depois disso acontecer mais vezes, eu decidi transar com um cara. Talvez seja porque eu tenho 19 anos e ele 23, mas eu me senti tão mal que não consegui passar do sexo oral”, admitiu em seguida. Afirmando ainda que a partir de então apenas fará sexo com homens sem o uso de maconha.

O termo “highsexual” entrou para o dicionário urbano em 2009 e é definido como “a súbita reversão de sua orientação sexual depois de fumar maconha”, complexo, né? E essa nomenclatura segue a onda de alguns nomes g0ys e spornsexual, que também são usados pra definir mudanças de comportamento de um nicho da sociedade.


Ética na TV, ainda existe?

Hoje, a Globo faz e desfaz dentro da sua grade que fora projetada por Walter Clark na década de 60 e continuada por Boni – o que hoje se chama ‘padrão Globo de qualidade’. Esse tal padrão nada mais é do que meramente formato que fora construído unicamente com objetivo de abarganhar audiência. E o resultado da estratagema da emissora é fator irrefutável que devemos considerar para analisarmos a TV brasileira hoje. O próprio Roberto Marinho teria dito, certa vez: ‘Eu uso o poder, eu sou o poder.’
Personagens pulverizados
O que hoje se chama de padrão Globo é uma cópia deslavada do que a TV Excelsior construiu desde sua implantação e estréia, em 60. Sendo a primeira televisão brasileira a se utilizar tanto da programação horizontal, em que a mesma atração é exibida no mesmo horário todos os dias, e a programação vertical, em que a atração que sucede a anterior visa a manter o público desta por afinidade de conteúdo, torna-se, dentro de seis meses de operação, a líder de audiência na cidade de São Paulo. Também de criação da Rede Excelsior é o top de cinco segundos para anunciar a próxima atração. A emissora foi a primeira a ter um logotipo: duas crianças, chamadas de Ritinha e Paulinho, que protagonizaram diversas vinhetas.
É engraçado o que ocorreu dentro da grade sanduíche do horário nobre global que criou o costume estratégico de se ter entretenimento e notícia como forma de amenizar ou suavizar a seus cativos os acontecimentos do dia. Para quem já teve a oportunidade de assistir Muito Além, do cidadão Kane do Channel Four, onde na quarta parte, a mais importante do filme, se mostram, em tese, os envolvimentos ilegais e mecanismos manipulativos utilizados pelas Organizações Globo em suas parcerias para com o poder em Brasília (incluindo fraudes em eleições, assassinatos encomendados por seus maiores figurões).
O cenário era complexo e é importante frisar que havia competição pesada, sim, na época. A Globo se impôs sobre uma TV Tupi bastante poderosa, sobre uma Record que durante bom período dominou a lista dos programas mais assistidos, embalada pelos festivais de música. Seria o que eu chamo de sucesso não planejado por mérito, e não por estratégia. Houve uma grande estratégia por trás do êxito da Rede Globo que se baseou, primordialmente, no estudo de comportamento social. O que até hoje pode ser visto na emissora carioca, nos famigerados grupos de pesquisa. Onde personagens de novela podem ser pulverizados da tela como o casal lésbico de Torre de Babel, que fora explodido no shopping, como alternativa à rejeição do tema abordado por Sílvio de Abreu de: ‘Um casal lésbico, bem-sucedido e feliz!’
O que vale são os índices
A questão ética na TV pode ser encarada ao pé da letra, mas também na essência. O surgimento do SBT na década de 80 é um grande exemplo, com seus hoje clássicos programas e que são considerados como cults hoje, mas que à época eram alvo de críticas severas, dado que eram amplamente rotulados por especialistas em TV de popularescas, especialmente os programas de auditório comandados por Gugu Liberato, Raul Gil, Moacyr Franco, J. Silvestre, Flávio Cavalcanti e pelo próprio Sílvio Santos. O SBT caía no gosto do telespectador de renda mais baixa. Na linha infantil, o grande sucesso era o programa do palhaço Bozo, um semi-enlatado, pois era uma versão da personagem americana criada na década de 40.
Os enlatados são também para mim uma forma de apelar, ou de redução de custos. Às vezes, com êxitos inimagináveis, dentro e fora da Globo. Em 1985, a minissérie australiana Pássaros Feridos consegue a liderança de audiência em seu horário graças à estratégia do SBT, de certa forma apelativa, de começar a exibição da minissérie quando a novela da Rede Globo Roque Santeiro terminava, o que era ostensivamente anunciado por Sílvio Santos em seu programa. A minissérie foi reapresentada várias outras vezes e teria se tornado um ‘curinga’ de programação na mão de Sílvio Santos, mas sem o sucesso inicial. O que, para mim, é uma forma também de apelar.
Quando se usa um determinado atalho na TV pelo Ibope, é uma demonstração clara de que o que vale são os índices, e não o conteúdo. E hoje quais seriam os casos em que o atalho foi pego para alavancar uma emissora ou um horário frágil?

ESQUERDA X DIREITA: O que fazem, o que comem, o que são?

Acredito que os ditos socialistas e tão pouco os liberais não iriam gostar muito do conceito proposto em relação a eles, como direita-esquerdista, ou como esquerda direitista. Não defendem a liberdade individual e, consequentemente, pautas como a liberação do uso das drogas, do casamento e da adoção por homossexuais, etc.?

Mas, senhores, os que madrugam no ler, convêm madrugarem também no pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. Entre a esquerda e a direita estende-se toda uma zona indecisa de mesclagens e transigências, que podem assumir a forma de partidos menores independentes ou consolidar-se como política permanente de concessões mútuas entre as duas facções maiores. É o “centro”, que se define precisamente por não ser nada além da própria forma geral do sistema indevidamente transmutada às vezes em arremedo de facção política, como se numa partida de futebol o manual de instruções pretendesse ser um terceiro time em campo.

Para pesquisadores, estes concluíram que, frente às situações novas que requerem modificação dos comportamentos habituais, os liberais têm mais sensibilidade neurocognitiva que os conservadores. Também deduziram que a menor sensibilidade neurocognitiva dos conservadores em tais situações poderia explicar seu comportamento mais sistemático e persistente. A avaliação neurofisiológica desse estudo foi tão consistente que serviu para prever com bastante exatidão se os participantes tinham votado em John Kerry ou George Bush na eleição de 2004 nos Estados Unidos. 

Nas beiradas do quadro legítimo, florescendo em zonas fronteiriças entre a política e o crime, há os “extremismos” de parte a parte: a extrema esquerda prega a submissão integral da sociedade a uma ideologia revolucionária personificada num Partido-Estado, a extinção completa dos valores morais e religiosos tradicionais, o igualitarismo forçado por meio da intervenção fiscal, judiciária e policial. A extrema direita propõe a criminalização de toda a esquerda, a imposição da uniformidade moral e religiosa sob a bandeira de valores tradicionais, a transmutação de toda a sociedade numa militância patriótica obediente e disciplinada.

Quando estás em um cruzamento e dobras a esquerda, isto é um ato de esquerda, e quando dobras a direita isto é um ato de direita. De fato, é extremamente raso e banalizante reduzir o debate à maior ou menor atuação estatal. O ideário de Estado mínimo apregoado por liberais consiste uma grande falácia. Exemplo disso são as medidas estatais de governos direitistas em épocas de crise econômica, medidas que suplantam direitos sociais visando repassar para toda a sociedade o prejuízo da classe dominante.

Há também uma observação curiosa que indica que as pessoas com altos níveis de cortisol (o hormônio do estresse) tendem menos a ir votar do que as que têm níveis mais baixos desse hormônio no sangue. Segundo esses dados, o estresse poderia ser um fator que diminui a participação dos cidadãos nas eleições. Nem é preciso dizer que determinados acontecimentos sociais, especialmente os traumáticos, podem produzir mobilizações importantes, ainda que nem sempre permanentes, na orientação ideológica das pessoas. 

Um em cada cinco jovens no Brasil não estuda nem trabalha

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Na cidade de Florianópolis 63,42% dos jovens entre 17 e 18 anos concluíram o ensino médio. A média de todo o Brasil é de 41%. Classificado como nível “muito alto”, o ensino público de Florianópolis mostrou que está fazendo a lição de casa e tirou a nota 0,800. O IDHM é contabilizado de 0 a 1, e quanto mais perto do 1, melhor é o desempenho do município. O cálculo relativo à educação leva em conta a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais e a frequência escolar. Mas esconde uma dura realidade pois os índices não se repetem fora da capital do estado e país afora.

A expansão da cobertura educativa no Brasil nos últimos anos melhorou a situação, mas não o suficiente: “Apesar do progresso notável na educação durante a última década, menos de um terço dos jovens com idade entre 25 e 29 anos recebeu alguma educação em faculdades, universidades e institutos técnicos de nível superior. Um terço dos jovens – 13 milhões – não completou o ensino secundário e não está sendo escolarizado”.

No âmbito da educação técnica tampouco se avança. “O Brasil exibe a maior diferença do mundo entre a oferta disponível de competências e as demandadas pelas empresas”, explica o estudo da OCDE. A América Latina avançou muito nos últimos anos, mas o risco de estagnação e retrocesso é enorme, embora os especialistas estejam confiantes de que a situação econômica vai melhorar em 2017. Os jovens aguardam ansiosamente uma resposta.

A América Latina foi, nos últimos anos, uma das grandes promessas do planeta. Um crescimento sustentado na maioria dos países, graças ao aumento do preço das matérias-primas, e políticas de inclusão da era dourada da esquerda fizeram com que o mundo olhasse para essa região com enormes expectativas. A classe média aumentou, nasceram polos empresariais, cresceu o comércio e milhões de pessoas saíram da pobreza enquanto se expandia significativamente a cobertura da saúde pública e da educação. Mas o ponto de partida era tão baixo, a desigualdade tão forte, que o primeiro vento contrário, com uma desaceleração da economia latino-americana nos últimos cinco anos que agora já é claramente uma recessão, com dois anos de queda do PIB regional pela primeira vez desde a década de oitenta, pode destruir a maior parte dessas conquistas. E o bloco mais vulnerável parece ser a juventude, de acordo com o relatório da OCDE que se especializou em analisar a situação desse grupo.

Crise das expectativas

Todos os dados analisados indicam a mesma coisa: a saída do desastre latino-americanos dos anos oitenta e parte da década dos noventa diminuiu abruptamente quando ainda não tinha chegado a um ritmo suficiente para tirar a região de seu atraso em relação aos países mais avançados. A América Latina tem uma grande vantagem sobre a Europa, os EUA e outras regiões mais desenvolvidas: é muito jovem. Um quarto da população tem entre 15 e 29 anos. No entanto, as carências na educação, formação profissional e a desigualdade e falta de oportunidades em vastas áreas da região, especialmente nas periferias das grandes cidades, colocam em risco essa vantagem.

No Brasil as conquistas até agora têm sido importantes, segundo o relatório. Mas não são suficientes. Entre 2000 e 2015 caiu de 42% para 23% a proporção de latino-americanos com menos de quatro dólares disponíveis por dia. Isso é causado por melhores salários, mais empregos e mais transferências. Mas em 2015, tudo isso foi truncado e sete milhões de pessoas caíram de volta na pobreza. Já há 75 milhões de pobres, 29,2% da população, e outras 15 ou 20 milhões de pessoas estão em risco de cair nela se a recessão continuar.

Isso está afetando especialmente os jovens, que estão sofrendo com uma enorme crise de expectativas. O relatório também detalha um dado inquietante já observado no Latinobarómetro, a principal pesquisa regional com mais de 20.000 entrevistas. “A desconexão profunda entre suas expectativas e demandas e a realidade está alimentando o descontentamento social e debilitando a confiança nas instituições democráticas. O resultado é que apenas um em cada três jovens confia nos processos eleitorais na América Latina e no Caribe”, diz o texto.

O principal problema é a desconexão dos jovens que abandonam a escola com o mundo do emprego formal, que nunca alcançam. “Os jovens procedentes de lares pobres e vulneráveis abandonam a escola antes que seus pares de lares acomodados e, quando trabalham, geralmente é em empregos informais. Com 15 anos, quase 70% dos jovens de famílias pobres estão estudando, enquanto que com a idade de 29, três de cada 10 nem estuda, nem trabalha. Outros quatro trabalham no setor informal, apenas dois trabalham no setor formal e um é estudante trabalhador ou estudante”, diz o estudo.

terça-feira, novembro 01, 2016

Bolsistas criam página no Facebook para denunciar preconceito

Resultado de imaxes para protesto ufsc“Uma vez na aula de introdução ao Jornalismo, a professora pediu pra entrevistar pessoas que estudam em colégio público. Durante a explicação, uma das alunas da turma perguntou pra colega que tava do lado: ‘Onde eu vou encontrar esse tipo de gente?’ Aquilo me paralisou e eu pensei em ironicamente ‘oferecer’ um dos meus amigos da Favela do Siri pra ela.”

Este é apenas um dos muitos relatos publicados na página Bastardos da UFSC, feita por oito alunos bolsistas para denunciar o preconceito que sofrem no dia-a-dia de estudos na universidade capital.  Criada em setembro, a página já tem mais de 11 mil curtidas e cerca de 80 relatos como o reproduzido acima.

“O interessante é que também estamos alcançando pessoas de outras faculdades. Isso mostra que o problema é maior e mais recorrente do que se imagina”, afirmou um dos organizadores, que preferiu não se identificar. Mas alerta que não sabe o quanto a página poderá ficar no ar, pois, sofreram já ameças e ataques de hackers pro nazismo, estes que tentaram retirar a página do ar.